Bonitos

Foto de Minnie Sevla

Bolhas de sabão

Bolhas de sabão.
Sentimentos infinitos,
levam pelo ar,
sonhos tão bonitos!

Refletem a luz do sol.
Multiplicam-se no azul do céu,
como pontinhos perdidos,
viram nada no infinito.

Bolhas de sabão.
Que o vento leva para longe.
Cortejam rios, mares,
montanhas, colinas e vales.

Dançam no céu de inverno.
Brincam de esconde-esconde
e nas nuvens de algodão
adormecem desejos eternos.

Minnie Sevla/Ramgad

Foto de Fernanda Queiroz

O Show

O Show

Terça, 26/09/2006 - 23:23 — Fernanda Queiroz

Em meio aquela multidão eu me sentia perdida. Por mais que imaginasse nunca cheguei a pensar que pessoas poderiam ser tão apressadas e barulhentas.

Na hora de reservar meu ingresso optei pela geral, pensei que assim passaria despercebida, a idéia de camarote não me inspirava privacidade e sim destaque e como jamais tinha assistido a show de uma Banda famosa ou qualquer outra tudo era novidade. Minha experiência se resumia nas quermesses organizadas pela Associação Comunitária da Vila onde o som da banda dominical entoava valsas enquanto desfilávamos entre barraquinha de jogos e doces e aguardávamos os fogos, estes sim eram a estrelas das festas. Ficar olhando para cima vendo um pequeno zumbido se transformar em imensas partículas colorida era um espetáculo, mesmo que ás vezes acarretasse lembranças nostálgicas, eu amava aquele céu pontilhado de luminosidade.

Enquanto tentava entrar em um enorme recinto, daqueles que se vê somente pela TV, empurrada para lá e para cá por uma multidão que parecia não conhecer as normas da boa educação, estava pensando o que tinha me levado a tomar esta decisão.

Já havia se passado quase dois anos desde que falei com ele pela última vez, neste tempo tão forte quanto às lembranças que sobreviveram estava meu medo de saber o rumo que ele tinha dado a tua vida.
Afastei-me completamente do mundo das manchetes, onde certamente ele sempre seria destaque. Não lia revistas, jornais somente seção de investimentos e cultura, TV canal fechado sobre economia e agricultura, assuntos fundamentais em meu trabalho.
É claro que sem que eu pudesse evitar ás vezes os ouvia cantando, no radinho de pilha de algum operário, nas grandes magazines de eletrodomésticos na cidade, na faculdade onde os rapazes bonitos e famosos fazem à cabeça das garotas que até tatuavam em teus corpos nomes juntamente a desenhos exóticos.
No principio sofria muito por isto, depois sabendo que nada podia fazer, passei a ignorar, afinal quem tinha mandado me apaixonar pelo ídolo do Rock?

Finalmente tinha conseguido entrar no estádio onde a multidão se aglomerava onde estar á frente era certamente um privilégio para expressar o fanatismo que alterava o comportamento das mais diversas maneiras.
E agora estava ali, há poucos minutos e metros de onde ele entraria, duvidando de minha sanidade em ter tomado a decisão de ir vê-lo. Talvez se não fosse próximo à cidade que estava a trabalho há dois dias, jamais teria ido. Fui exatamente para ficar dois dias resolvendo questões de Marketing, mas era impossível não ver todos os outdoors espalhados pela cidade. Minha primeira reação foi de pânico, queria voltar sair correndo ao fitar ele entre o grupo sorrindo, como sorriu muitas vezes para mim... Deus...as lembranças voltavam em avalanche fazendo meu corpo estremecer, meu coração disparava, como aquele ressoar de buzinas que soavam atrás de mim, foi quando me dei conta que estava atrapalhando o transito e com mãos tremulas segui em direção ao hotel onde me hospedara, parando somente em uma loja especializada onde adquiri um potente binóculo, se fosse levar esta loucura a frente ele seria necessário, pois pretendia me manter mais distante possível e algo dentro de mim gritava para ir...Eu iria.

Já se passava 1 hora do horário grifado nos cartazes, a multidão que formara era tudo que jamais tinha visto, parecia uma disputa de quem conseguiria gritar mais alto, ou agitar mãos blusas lenços ou faixas mais altos. De onde estava bem retirada da multidão a tudo assistia ocultando minha ansiedade.

De repente os gritos se tornaram mais forte e contínuo em resposta a presença deles no palco.
Minhas mãos suavam tremulas, meu peito parecia que iria explodir lançando meu coração ao palco, por um momento pensei em desistir e sair correndo para meu abrigo, meu canto onde meus segredos me protegiam... respirei fundo, ergui a cabeça, encostei em uma pilastra, como se ela pudesse segurar meu fardo de dor, estava cantando acompanhado eloqüentes pela platéia minhas mãos levantaram o binóculo sem a pressa de quem esperou tanto por este momento, lentamente o ajustei aos meus olhos onde avistei gigantes holofotes, estava tentando me orientar, olhei em volta tentando ajustá-lo. Vi o baterista movimentado ao frenético ritmo que me fez piscar várias vezes, parecia a minha frente, lentamente movi para a esquerda encontrei o saxofonista, voltei-me para a esquerda devagar, quase sem respirar para não perder o foco, quando o vermelho da guitarra coloriu as lentes senti um impacto tão grande que parecia atingida por um soco no estomago.Engoli saliva inexistente, tentei suavizar os ressequidos lábios passando a língua por eles, meu peito arfava e meus olhos buscava naquela potente tecnologia, tua face amada.

Recosta bem no fundo, longe da entusiástica platéia sabia que precisava vê-lo. Determinada, ajustei as lentes tentando reencontrar o foco reluzente de tua guitarra e lá estavam tuas mãos a segurarem firmemente, dedos firmes dedilhando-a, mãos de artista. Fui subindo, encontrei tua camisa alaranjada, Deus eu amava esta cor em você, lembra-se daquele casaco? Quando o vi sabia que tinha sido feito para você. Caiu como uma luva ficou lindo como sempre foi, será ainda que o guarda? Ou estará jogado e esquecido em algum armário?

Pela camisa entreaberta pude ver tua inseparável medalha segura pelo fino cordão de ouro que cismava em colocar entre os lábios quando estava nervoso, como naquela vez que esqueci o celular desligado por toda tarde exatamente no dia que te aconteceu um imprevisto, tinha que viajar, e não conseguia contato. Quando conseguiu falar, a primeira coisa que disse... já mastiguei todo meu cordão... risos, era sinal de perigo... mas também das pazes de teus beijos ardentes de tuas palavras que compunha as mais belas declarações de amor.

Teu rosto... Deus... a barba feita, cabelos desalinhados como sempre te dando um ar de garoto, tua boca em movimento, cantando ... para a platéia...para o mundo, como gostava quando cantava só para mim que entre risos sempre podia ouvir dizer que me amava... muito, fitando-me longamente com este olhos da cor do oceano e infinitamente maior, pois era a janela que me transportava para as portas do paraíso que meus sonhos tanto almejaram.

Deus... é ele, meu eterno amor, há poucos metros de distancia, no palco, no teu show, no teu mundo.
A lente ficou turva, lágrimas desciam copiosamente por minha face, uma dor física me invadiu fortemente fazendo-me escorregar pela pilastra até encontrar o abrigo do chão, pensamentos desatinado trazia o passado de lembranças onde o presente se fundia em uma imagem com o olhar perdido na platéia.

Teus olhos sorriam as manifestações enlouquecidas, gritavam teu nome em todos os tons, gestos, mãos erguidas, cartazes, onde os pedidos nítidos requeriam tua atenção... teus olhos vagavam acompanhando em um misto de alegria e encantamento.
Olhos para o flash, foi como me disse um dia. Que era um olhar reservado á todas outras garotas do mundo... que para mim sempre seria um único e eterno olhar.
E agora? Que olhar era este? De flash? E se pudesse me ver, me olharia de novo como se tivesse me inventado? Como se tivesse me feito nascer a partir de teu olhar?

Levantei-me cambaleante, tonta, ouvindo o frenesi se tornar mais acentuado, você jogava rosas...a toalha que usou para secar teu rosto...como se doasse um pouco de você...e tudo de mim.

Às vezes vivemos em minutos, muito mais que em dias ou meses, minha mente parecia entorpecida diante da lente que deixava você tão perto quanto eu queria estar, teu rosto, teu sorriso, teu corpo... você do jeito que eu sempre amei... no mundo que não conhecia...no palco...na fama...tua vida, tua carreira, teu destino.

Sai caminhando devagar, virar as costas me custou muito... muito mesmo... nunca saberá o quanto...
A menos que um dia queira assistir um show... em um palco diferente... cheio de galhos e flores... talvez se quiser se juntar á platéia dos passarinhos... ouvindo somente o som de minha flauta, que mesmo tocando baixinho pode-se ouvir além do horizonte...

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Licia Fonseca

Sensivel

Tocar em minha mente
com sonhos bonitos,
quando você me prender
enquanto eu durmo.
E com ternura acordar enquanto voce
ainda me prende.
Te amo

Foto de neiaxitah

Os Nadas da Vida

A vida é feita de nadas...
Mas que ao mesmo tempo são o nosso tudo,
Vejo aqueles bonitos sorrisos
E aqueles olhares alegres
Serenos,
Calmos,
Que me tranquilizam...
Sinto o cheiro fresco das flores
E os aromas profundos de todos os amores,

A vida é feita de nadas
Mas que ao mesmo tempo são o nosso tudo,
Vejo aqueles grandes campos
Campos esses onde crianças passam nos sonhos,
Vejo aquelas pessoas marcadas pela vida,
A pensarem como um dia já fomos.
A vida é feita de momentos,
Verbos,
Adjectivos,
Pensamentos,
Viagens ao mundo do impossível,
De caminhos sem fim,
E carinhos de amigos enfim...

A vida é feita de nadas,
Mas que ao mesmo tempo são o nosso todo,
Todo esse que é o nosso amor,
Aquele que me atira contra ti,
Aquele que te puxa para mim,
Aquele que te traz ate aqui,
Onde nos podemos amar sem fim....

A VIDA E' FEITA DE NADAS
MAS QUE AO MESMO TEMPO SAO O NOSSO TUDO,
A VIDA E' COMPOSTA POR TUDOS,
QUE AO MESMO TEMPOS SÃO PARA NOS, NADAS.......

A.C.

Foto de Minnie Sevla

Mendigo

Vejo o sol que resplandece e
salta das nuvens reverenciando
o dia que nasce com o pulsar da vida,
mesmo que moribunda ainda insiste.

Onde nem a dor é sentida
e todos os sentimentos indiferentes.
Vive dentro de mim um mendigo,
que busca no súbito silêncio a esperança do amor que persiste.

No dia que não tem reprise, na noite interminável,
na cor púrpura de minh’alma que sofre
um vazio imenso, uma camada de ozônio,
que se resume no nada para compor uma canção.

Queria ver seu sorriso, os dentes brancos e bonitos,
pois hoje é dele que preciso, anseio seu toque suave
e a chave inexorável do seu coração
para alojar-me no jardim das tuas emoções.

Arriar minha cabeça em teu peito másculo
Deixar as lágrimas rolarem pela face ainda pálida
Aconchegar-me em teus braços, como ninho
e inebriar-me com tuas palavras cálidas.

Sou mendigo vagando pelo mundo da solidão
Vasculhando o lixo e tentando juntar meus pedaços.
Dormindo nas ruas da amargura, me aquecendo com jornal,
pois o frio que congela meu ser já não causa tanto mal.

Minnie Sevla/Ramgad

Foto de Lou Poulit

O Beiço da Feiosa

Cansado demais para continuar meus trabalhos de pintura no ateliê, de falar com meu próprio silêncio, decidi dar um tempo a mim mesmo. Assim também, escapava um pouco do convívio com o senso crítico de artista plástico. Tinha e ainda tenho esse hábito. Em arte, faz bem de vez em quando apagar tudo o que há no consciente. Depois deixar que o subconsciente, onde de fato habita a arte, aos poucos recomponha toda a estrutura de critérios e conceitos. Fazia uma tarde morna e abafada, típica do verão carioca. A tática era escolher um lugar sossegado no calçadão da praia de Copacabana, de onde pudesse observar de perto as milhares de pessoas que vão e vem caminhando. O apartamento da rua N. Sra. De Copacabana, onde havia instalado o ateliê, era de fundos e de lá não se via ninguém. Um artista precisa observar, muito, como um exercício diário. Apenas observar e deixar que seu silêncio assuma o lugar do piloto. Então uma série de impressões, não apenas luz e forma, serão armazenadas. E quando ele voltar ao trabalho elas estarão lá, disponíveis no subconsciente.

Depois de alguns poucos minutos esparramado numa cadeira de quiosque, já havia conseguido reunir tantas observações que era difícil mantê-las na mente de modo organizado. E ainda mais concluir alguma coisa daquela bagunça. Tentei interromper a observação para fazer uma seleção prévia sem novos dados. Muitíssimo difícil. Minha mente estava de tal modo seduzida pelo que estava em volta, que não podia evitar o assédio da sucessividade. Sempre que sentia a alma crescer e “viajar” nas próprias avaliações, subitamente era trazida novamente ao fundo do abismo por alguma sensação irresistível, como num grande tombo, que só poupava a cadeira de plástico. Tentei fechar os olhos então, mas isso também se mostrou inútil, ainda pior. O estímulo causado pelas demais percepções, que dessa forma ficam mais conscientes do que o normal, era poderoso o suficiente para provocar a mais estranha angústia de não ver com os olhos. Reabri-los seria quase um orgasmo!

Mas depois de um obstinado esforço consegui finalmente identificar algo suficientemente freqüente e interessante: muitas pessoas aparentam imaginar que são alguma coisa muito diferente do que aparentam ser! Talvez ainda mais diferente do que na realidade sejam. Achou confuso? Não, é muito simples. Veja, o nosso senso crítico tem a natural dificuldade de voltar-se para dentro, ademais, os defeitos dos outros não são protegidos pelas barreiras e mecanismos psíquicos de segurança que criamos para nos defender, inclusive de nós mesmos. Por exemplo, um jovem apenas fortezinho e metido numa sunga escassa, parecia convencido de ser uma espécie de exterminador do futuro super-dotado. Um senhor setentão, parecia convencido de ser mais rápido e poderoso que o Flash Gordon (um dos primeiros desses super-heróis criados pela fantasia americana do norte). Uma mulher com pernas de uma cabrita, difícil descobrir onde guardara os seios, fazia o possível para falar, aos que ficavam para trás, com uma linguagem de nádegas, que na verdade mais parecia uma mímica de caretas.

Mas houve uma outra (essa definitivamente feia, tanto vindo quanto partindo) que me surpreendeu, me deixou de fato muito fulo da vida, me arrancou dos meus pensamentos abrupta e cruelmente: vejam vocês que ela torceu o beiço pra mim, em atitude de desdém, como se eu houvesse dirigido a ela algum tipo de olhar interessado... Onde já se viu?! Quanta indignação! Ora, se com tanta mulher bonita no calçadão de Copacabana, de todos os tipos e para todos os gostos, passaria pela cabeça de alguém que eu dirigisse algum olhar interessado logo para ela? Só mesmo na cabeça dela.

Assim que ela passou me aprumei na cadeira, levantei-me e tomei o rumo de volta para o ateliê. A princípio me senti muito irritado com aquela feiosa injusta, no entanto, como caminhar no piloto-automático facilita as nossas reflexões (embora aumente o risco de atropelamento) já a meio-caminho havia mudado de opinião. Não quanto à sua feiúra, nem tão pouco quanto àquela grosseria de sair por aí torcendo o beiço para as pessoas, inocentes ou não. Mas o motivo de promovê-la a feiosa perdoável era o seguinte: sem querer, me ofereceu muito mais do que havia saído para procurar! E por quê?

Bem, antes de mais nada demonstrou ter se apercebido de mim. Não tenho esse tipo de necessidade, normalmente faço o possível em espaços públicos para não ser percebido, mas o fato é que algumas centenas de pessoas também passaram no mesmo intervalo de tempo sem demonstrar nenhum julgamento, nem certo nem errado, bom ou ruim.

Ora, o meu objetivo ao sair não era o de fugir do julgamento alheio, mas sim do meu próprio senso crítico, que mais parece um cão farejador infatigável e incorruptível (capaz de desdenhar altivamente todos os biscoitinhos que lhe atiro), sempre fuçando eflúvios psíquicos e emocionais nas minhas reentrâncias almáticas. Outro ponto a favor da boa bruxinha: o julgamento alheio desse tipo (au passant) não permite qualquer negociação, como acontece por exemplo quando criamos subterfúgios e argumentos para falsear nosso próprio juízo, às vezes oferecendo até uma boa ação como magnânima propina!

Pensando bem, ela me deu algo muito mais importante. Pergunte comigo: não seria razoável imaginar o tipo constrangedor de reação que ela recebe quando homens jovens, bonitos ou interessantes têm a impressão de perceber alguma intenção no olhar dela? Claro, não apresentando nada de bonito nesse mundo onde todos somos tão condicionados à superfície das coisas e pessoas, qualquer reciprocidade seria mais provavelmente uma gozação. Então, nesse caso, a minha presença (não intencional) na prática ofereceu a ela a generosa e graciosa oportunidade de se vingar! Ou, dizendo isso de uma forma mais espiritualizada: de restaurar sua auto-estima e elevar o nível dos seus pensamentos. Quer saber? Me deu uma vontade de estar lá todos os dias.

Depois de algum tempo, certamente eu a levaria às portas do céu! Isso parece muito penoso? Nadica de nada, esforço nenhum. Veja bem, eu precisaria de muito mais tempo, abnegação, e força de vontade (dentre outras) para levá-la às portas do céu por meios, digamos, mundanos! Isso seria tarefa para um desses rapazes “bombados”, cheios de tatuagens, pierces, juventude e vigor, e sem 40 anos de alcatrão nas paredes arteriais! Nunca leram o Kamasutra, ou O Relartório Hite, ou coisa do tipo, mas pra que? Quando eu era jovem não os tinha lido ainda e não senti nenhuma falta disso.

Em resumo, de quebra ainda fiz a minha boa ação do dia e assim posso manter a esperança de chegar algum dia às portas dos céus, digo dos céus celestiais, lugar cuja direção desconheço completamente... Agora, penoso mesmo (e definitivamente brochante) seria encontrar a dita cuja lá! Sim, por ter chegado antes ela poderia sentir-se à vontade para fazer o meu julgamento e proferir solenemente que todas essas palavras que aqui escrevi não são mais do que uma mísera propina, só para liberar a minha mísera auto-estima do meu sentimento sovina de rejeição! Se assim acontecesse, eu não daria mais para a frente o passo consagrador, ao invés disso daria muitos de volta (sem saber em que direção ficaria o meu ateliê). Ainda juraria para todo o sempre aceitar o meu próprio senso crítico (assim como as demais pessoas comuns do meu convívio) e nunca mais sair do ateliê, interrompendo o meu processo produtivo, com o mesmo fim.

Copacabana, mar/2006

Foto de Nino Ivo

Em sua precença

Passo dias a poetiza, palavras, frases de amor,
Para um sorriso seu ganhar,
Esqueço tudo ao te encontrar,
Quando seu olhar se cruza com o meu,
Mas como posso lembrar,
Se ate o chão não consigo achar.
Fico perdido no tempo,
Sem saber o que dizer no momento
Parado em sua frente,
Uns segundos é o suficiente,
Segundos que em sua presença, me faz viajar.

Viajo para o infinito;
Para o Paraíso;
Para um lugar bonito,
Viajo junto á maresia,
Em um dia ensolarado;
Viajo junto ao vento,
Viajo para um só momento,
Sento e fico vendo,
Viajando com o pensamento,
As estrelas eu fico vendo, brilhar todo momento.

Um sorriso seu me faz voltar,
Junto com ele vem o desejo
Desejo, vontade de ficar ali,
Parado em sua frente;
E não nos lugares bonitos,
Que por segundos visitei-os.

Descubro que não é preciso,
Dizer nada ao te encontrar,
Basta em seus olhos eu olhar,
E um sorriso seu ganhar.

Mas você me fez despertar;
Que não existe nem um lugar,
Tão bonito e desejado,
Como estar ao seu lado, obrigado.

Foto de brgigas

medo

Olha que o medo não te protege, com serenidade e determinação enfrenta tudo, até o teu coração. Mas nessas coisas do coração não peças ajuda à razão, deixa-a fora disto se for um caso de amor, ela que apareça só na hora da decisão. Acredita em mim, vai ser melhor assim. Sai da sombra, assim não se vê a tua cara, essa escuridão não deixa o teu sorriso brilhar e acredita há tanta gente que precisa dele. Eu sei que pesa, eu sei que custa, sei que custa de uma forma inimaginável para mim, pois, és tu que sofres na sombra…mas, respira, deixa o ar entrar, enche o peito e deixa também o amor entrar. Arrisca, sai dessa sombra, porque não tentas tu ser especial? Eu sei que serás ainda mais. Deixa essa sombra desaparecer, esse sol de amor não queima, esse sol só aquece. Torna esse gelo em calor de amor, tenta, arrisca. Não deixes esse medo tomar conta, só vais ficar com mais frio. Tenta, pode ser que ganhes um sol, um daqueles bem bonitos, se assim quiseres ele ficará no teu peito e iluminará o dia com o teu sorriso. Olha que esse medo de amor não te protege.

Foto de Taygra_lost_in_love

A amizade

A amizade

Muitas pessoas irão entrar e sair da sua vida, mas somente verdadeiros amigos deixarão pegadas no seu coração.

Para lidar consigo mesmo, use a cabeça; para lidar com os outros, use o coração; raiva é a única palavra de perigo ...

Se alguém te trai uma vez, a culpa é dele; se alguém te trai duas vezes, a culpa é sua.

Grandes mentes discutem idéias, mentes médias discutem eventos, pequenas mentes discutem com pessoas.

Quem perde dinheiro, perde muito;

Quem perde um amigo, perde mais;

Quem perde a fé, perde tudo ...

Jovens bonitos são acidentes da natureza; Velhos bonitos são obras de arte.

Aprenda também com o erro dos outros, você não vive tempo suficiente para cometer todos os erros.

Amigos você e eu .. Você trouxe outro amigo .. Agora somos três ... Nós começamos um grupo .. Nosso círculo de amigos .. E como um círculo, não tem começo nem fim ...

Ontem é história; Amanhã é mistério, Hoje é um presente, É por isso que é chamado presente ...

TAYGRA

Foto de Taygra_lost_in_love

Gostar é muito fácil

Gostar é muito fácil...
Gostar é tão fácil...
Talvez seja tão simples,
tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar:
aprenda a fazer bonito o seu amor.
Aprenda, apenas,
a tão difícil arte de amar bonito.
Tenho visto muito amor por aí:
amores mesmo, bravios, gigantescos,
descomunais, profundos, sinceros,
cheios de entrega, doação e dádiva,
mas esbarram na dificuldade de se tornar bonito.
Apenas isso: bonitos...
Amores que são verdadeiros,
eternos e descomunais de repente
se percebem ameaçados apenas
e tão somente porque não sabem ser bonitos:
cobram, exigem, rotinizam, descuidam,
reclamam, deixam de compreender,
necessitam mais do que oferecem,
precisam mais do que atendem,
enchem-se de razões.
sim, de razões.
Ter razão é o maior perigo no amor.
Quem tem razão sempre
se sente no direito (e o tem) de reivindicar,
de exigir justiça, equiparação,
sem atinar que o que está sem razão
talvez passe por um momento
de sua vida no qual não possa ter razão.
Nem queira...
Ter razão é um perigo:
em geral, enfeia o amor,
pois é invocado com justiça mas na hora errada.
Amar bonito é saber a hora de ter razão.
Ponha a mão na consciência!
Você tem certeza que está fazendo o seu amor bonito?
De que está tirando do gesto,
da ação, da reação, do olhar,
da saudade, da alegria do encontro,
da dor do desencontro, a maior beleza possível?
Talvez não...
Cheio ou cheia de razões,
você espera do amor apenas aquilo
que é exigido por suas partes necessitadas,
quando talvez dele devesse pouco esperar,
para valorizar melhor tudo de bom que
de vez em quando ele pode trazer.
Quem espera mais do que isso sofre,
e sofrendo, deixa de amar bonito.
Sofrendo,
deixa de ser alegre, igual criança.
E, sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.
Não tema o romantismo.
Derrube as cercas da opinião alheia.
Faça coroas de margaridas
e enfeite a ca beça de quem você ama.
Adie sempre, se possível, com beijos,
aquela conversa importante que precisa ter,
arquive se possível,
as reclamações pela pouca atenção recebida.
Para quem ama,
toda atenção é sempre pouca.
Quem ama feio não sabe que pouca atenção
pode ser toda atenção possível.
Quem ama bonito
não gasta o tempo dessa atenção
cobrando a que deixou de ter.
Não teorize sobre o amor, ame.
Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.
Não tenha medo exatamente
de tudo o que você teme, como a sinceridade,
não dar certo e depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito),
abrir o coração, contar a verdade
do tamanho do amor que sente.
Jogue pro alto todas as jogadas,
golpes, espertezas,
atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser sabido):
seja apenas você no auge de sua emoção e carência,
exatamente aquele você que a vida impede de ser.
Seja você cantando desafinado,
mas todas as manhãs,
falando besteiras, mas criando sempre,
sentindo o coração bater
como no tempo do Natal infantil.
Revivendo os carinhos que instruiu
em criança sem medo de dizer:
eu quero, eu gosto, eu estou com vontade.
Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito,
ou fazer bonito o seu amor ou bonitar
(a ordem das frases não altera o produto),
sempre que ele seja a mais verdadeira
expressão de tudo o que você é e nunca, deixaram,
conseguiu, soube, pôde, foi possível, ser.
Ame-se o suficiente para ser capaz
de gostar do amor e só assim poder começar
a tentar fazer o outro feliz.

Páginas

Subscrever Bonitos

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma