Brincadeiras

Foto de betimartins

Caminhos sem paz

Na laje do pátio do meu vizinho
Esta apenas dormindo o sem abrigo
No jardim da bela igreja vejo
Homens consumindo drogas
Acendo a TV e vejo as notícias
Mais cenas de cruel brutalidade
Mulheres submissas e expostas
A violência do homem maldito
Outras foram violentadas
E as que escaparam da morte
Hoje eu sinto que estou presa
Dentro da minha própria casa
Tenho até medo de sair
Para as minhas tarefas fazer
Vejo mortes premeditadas
Mortes apenas por vontades
Jovens que escolheram armas
Em vez de jogos de bolas
E nos convívios e brincadeiras
Todos buscam a forma mais fácil
De ganhar dinheiro sem nada fazer
A custa das nossas vidas humanas
Estamos apagar o nosso mundo
O preço esta sendo caro a todos
Pela falta de educação dos filhos
Ninguém quer perder minutos na vida
E a vida se vai num segundo
É urgente mudar nossos hábitos
De ser submissos ao terror
Meu mundo eu não quero mais assim
Apenas quero que seja de paz
E a paz começa apenas dentro de ti
Senão vivemos na guerra do dia a dia
È urgente trazer a tua paz aqui
Ao mundo que esta em lamentações
Precisando da verdadeira paz...

Foto de Marilene Anacleto

Meu Pai Partiu

Partiu como nunca viveu
Só ...
Sequer uma mão para tocar
As suas.
No rosto sereno de quem nada
Esperou,
Apenas a lágrima companheira,
Salgada
Feito onda do mar, em seu rosto
Deslizou.

“Mesmo que tenha um milhão
De voluntários,
Quando for a hora, terei de ir,
Só.
Não é possível poder
Levá-los.
Sendo assim, acostumar é
Melhor”.
Dizia sempre no acalanto
Dos dias,
Em voz suave de uma estranha
Alegria,
Por conhecer-se, por aceitar-se,
Por querer-se.

Assim também nos aceitava, amava
E queria,
Porque a cada Alma, cada Coração
Conhecia.
“Iguais a mim, passei por isso”,
Dizia.

Cinqüenta e oito anos
Casamento como tantos
Três se foram dos oito filhos,
Por certo o receberam
No reino
Dos escolhidos.

Orações,
Abraços aquecidos
Dos parentes
E afastados amigos.

Dele,
Abraços ternos, olhares
De afago,
Brincadeiras, piadas,
Causos,
Mente, coração e alma
Guardam.
Modelo, aconchego, repouso
Ainda trazem,
Apenas com a lembrança,
Saudade ...

Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

Alegria das Fogueiras Ciganas

Alegria das fogueiras
Nas noites de lua cheia.
Adultos, jovens senhoras,
Crianças em brincadeiras.

Depois a Dança da Luz,
De todas as almas faceiras.
Nossos corações se abraçam
Em torno da incandescência.

Todos fazem seu melhor,
Manifestam seu Divino,
De cada alma, a Essência,
No som mais que cristalino.

Guitarra em solo vai às nuvens,
Cada corpo em seu pulsar,
Não há quem contenha a emoção.
E os pés, em frenesi, a acompanhar.

O fogo dança em coloridas chamas,
O corpo esparge seu prazer e cor,
Recebe a alegria, e o viver com vontade,
Libera possíveis tristezas e alguma dor.

Se há corações partidos, lá se vão,
Num misto de nuvens e flores.
Almas abraçam esperanças,
Unem-se ao compartir sentimentos
E a dispensar o que pesa nas lembranças.

Em volta da fogueira, muita luz,
Muita leveza, muita paz,
Acende o pulsar de corações
Das Almas Gêmeas que estão a bailar.

Marilene Anacleto
5 de janeiro de 2008

Foto de CarmenCecilia

CHÁCARA JARDIM DO ÉDEN ( O PARAÍSO EXISTE )

CHÁCARA JARDIM DO ÉDEM

O paraíso existe... Que encanto!
Visitei cada recanto... Desse pedacinho do céu
Pinheiros abrem alas... Mestre salas da entrada
E uma brisa perfumada... De flores em profusão
São como um clarão... Enlevam-nos e levam
Para um mundo de sonhos... A casa aconchegante
De cômodos amplos como se aguardando a gente
Ah! A cozinha... Com aquela mesa enorme
De enormes reuniões...
Culinária de todos os sabores... Aromas onde a emoção
Dá cor, sabor e o tom... Mescla de dons...
Dali e do barzinho... Um cantinho especial
Avistamos a piscina... Nas azuis águas
Quantas risadas... Brincadeiras! Recordações!
E o relax tão esperado... Descanso! Paz!
E depois de tanta água e sol... Mais abaixo...
O campo de futebol...
O gramado bem cuidado... Para as peladas afinal!
E com a emoção tabelamos com o time do coração!
Prosseguimos e através de uma pequena trilha
Vamos caminhando até a represa.
Deparamos de repente...
Com coqueiros, abacaxis, mangas, limões
Laranjeiras, a parreira de uvas carregada
E plantas exóticas embelezam a caminhada
A natureza aqui se fez faceira... E se revestiu de beleza...
É de prender a respiração... Todo esse paraíso...
Tão bem sortido... Traz um misto de sensações
E boas vibrações...
Na volta avistamos o João de Barro...
E uma borboleta pousa na minha mão
Então pensamos... A natureza tão bela
Esse sossego e gozar desse privilégio
Só pode ser um bom presságio...
E como adivinhando o pensamento
Um arco-íris embeleza o céu...
E faz realmente pensar que no seu final
Há um pote de ouro...
Aguardando-nos com seu tesouro...
Agora aqui da rede observamos tudo...
E assim renovados... Maravilhados!
Reconstruímos nossas forças para voltar
E a rotina do cotidiano enfrentar...

Carmen Cecília
02/01/2011

PS: Dedico esse poema ao meu cunhado Claudio in memorian..., foi quem idealizou e construiu esse recanto mágico...e agora no dia de hoje nos deixa muitas saudades...( 18/08/2011)

Foto de odias pereira

' SENTI SAUDADES "..

Eu queria estar nêsse instante com você,
Pois senti saudades de você nêsse minuto.
De te beijar, te abraçar e te aquecer,
Senti saudades , do teu colo, do teu corpo e do teu fruto.
Senti saudades de ter você por inteira,
Do teu carinho e dos teus olhos castanhos.
Senti saudades, da tua fala,do teu jeito e da tua maneira.
Senti saudades , das brincadeiras, e dos teus modos risonhos.
Senti Saudades de você...

São José dos Campos sp
Autor : Odias Pereira

12/02/2011

Foto de betimartins

Diário da minha vida – Parte um

Diário da minha vida – Parte um

Minha vida é um faz de conta encantado, onde eu fui menina bem pequenina entre lembranças, birras, choros e gargalhadas.
Correndo entre os passeios do jardim da minha amada casa, lembro do balouço branco abanando com o vento, aquela menina sentada na cadeira de ferro, com o livro sobre a mesa, sentindo-se a dona do mundo.
Lembro do dia em que fiz a minha comunhão na candura do meu vestido minha alma estava confusa sobre o medo entre o gélido frio que sentia por medo de errar em algo.
Não entendi ali o magnífico momento e comunhão com Deus, coisas de criança distraída e teimosa.
Ainda lembro-me da casa, toda em pedra, pintada entre os desenhos da pedra em branco, as escadas onde eu alegre colocava as velas acesas para a procissão passar. Quanta vaidade eu sentia ali, naquele mágico momento, onde ninguém podia tocar só Deus e eu.
Lembro do jardim que mais tarde ajudava a cuidar, lembro das roseiras, do podar, regar, da exausta forma de tirar as ervas daninhas a sua volta. Eram as rosas mais belas em seu tom vermelho aveludado, nos presenteando com seu cheiro maravilhoso.
E as Primaveras, como eram belas as Primaveras, as flores desabrochavam e abriam deixando tudo repleto de pura beleza, os passarinhos vinham alegres fazer seus ninhos nas aves dos frutos, a tartaruga despertava do seu sono profundo e passeava entre canteiros e seu pequeno lago. .
Lembro-me de correr abraçando meu tio, mostrando as borboletas que por ali passavam, era tão belo, eram tão variadas, o céu azul, a brisa que por ali passava nos refrescando a alma, no silencio do mágico momento.
E as historia de vida e contos do cotidiano que meu amado avô contava debaixo da varanda, onde escutava feliz por estar ali, mas sempre em minha alegria e curiosidade eu pedia mais uma historia a que falava das bruxas na encruzilhada.
Sorrindo e com aquele rosto meigo e paciente, voltava a contar e contar e nunca me cansávamos de escutá-lo.
Um dia as nuvens vieram sobre a minha casa, com aquela escuridão levando aqueles que eu mais amava e tive que crescer e deixar de sonhar acordada.
Entre trovões e tempestades, entre lagrimas e desatinos, escolhas eu cresci velozmente com o relógio do tempo sem nunca parar.
Quis duvidar do meu Deus, gritei com ele sem medo, impôs respostas e no meio da minha revolta por vezes devo ter o ofendido com arrependimentos constantes.
O Deus do meu coração perdoou, mostrou-me o amor, abençoou e eu caminhei de pazes feitas com ele, feliz.
Hoje voltei a minha casa antiga, a casa de onde eu fui menina, onde corri entre brincadeiras e gargalhadas e vi que nada restou dela a não ser o lugar mágico que ainda eu senti ali naquele momento.
Nem jardim, nem o balouço, nem as pedras são iguais, a água sumiu, presa a um poço escondido, parece um palácio, mas não é o meu palácio onde eu fui feliz na infância.
Caíram as lagrimas de saudade, lembrando-me das historias que por lá passaram, lembrando-e de um casal que teve sonhos e os realizou no amor e na partilha da vida.
Esta é uma pequena parte do meu diário de vida.

Foto de CarmenCecilia

SALA VAZIA VÍDEO POEMA REFLEXIVO DE WADI BUZALAF ( narrativa )

POEMA: WADI BUZALAF

EDIÇÃO E NARRATIVA: CARMEN CECILIA

VÍDEO POEMA REFLEXIVO E INTROSPECTIVO

HOMENAGEM A MEU QUERIDO TIO WADI DO QUAL HERDEI O AMOR A POESIA...

CARMEN CECÍLIA

SALA VAZIA

Sala vazia
Cadeiras vazias
Outrora ocupadas
Gargalhadas
Sorrisos
Brincadeiras
Que inclinavam as cadeiras

Desjejum
Almoço
Jantar
Unidos como diante de um altar
Comemorações
Diversões
Reuniões
Gratificantes para todos "corações"

Sala vazia
Cadeiras vazias
Recordações sem fantasias

Nesta sala
Cadeiras vazias, só que quietude
O "silêncio ensurdecedor"
Transborda em mim lembranças de amor

Sala vazia
Cadeiras vazias
Quantas alegrias

Sala vazia
Quantos passaram aqui
Alguns não conheci

Sala vazia
Cadeiras vazias
Quantos partiram, deixaram a vida
Eterna despedida

Lembrança fraterna
Da casa materna
A vida não é eterna.

Wadi Buzalaf

Foto de Camila Senna ☆

Seria sem graça...

Assim como os grãos de areia sustentam o mar...
É minha vida...
Me componho de tudo que um dia vivi,
E assim...
Sigo a me alimentar, sigo a caminhar...
Meus olhos vibram quando vejo aquele lugar, que um dia,
Numa dessas datas de maio estive a passar.
Minha alma chora quando lembro-me das folhas que da minha árvore
partiram, deixando comigo um buraco em seu lugar.
Meu coração sente saudade quando lembro-me da minha infância, família reunida em volta da mesa, das brincadeiras...
Minha boca água, ao lembrar do paladar da comidinha gostosa da minha avó, minha saliva ainda sente o gosto do beijo de um antigo namoradinho.
Minha pele se arrepia quando sinto aquele cheiro, aquele, que
outrora jamais será esquecido, ficará impregnado no meu ser até o fim...
Os meus olhos transbordam e o meu coração aperta quando ouço a
melodia que marcou cada momento, levo comigo, uma trilha sonora de
sentimentos retratados em cada nota...
Os portões da casa abandonada cheia de flores,
Cheias de dores,
Cheias de amores,
Cheias de lembranças,
Se abrem...
Então entro devagar, respirando suave para não perder nem um grão da minha essência...
Sentindo a emoção de cada história bonita,
De cada história sofrida,
De cada história vivida,
Que não adianta, se eternizará.
Sou feliz por ter vivido de tudo um pouco, seria infeliz se tão tivesse
vivido nada, seria sem graça, não teria histórias para contar.

(( Camila Senna ))

Foto de Camila Senna ☆

Seria sem graça...

Assim como os grãos de areia sustentam o mar...
É minha vida...
Me componho de tudo que um dia vivi,
E assim...
Sigo a me alimentar, sigo a caminhar...
Meus olhos vibram quando vejo aquele lugar, que um dia,
Numa dessas datas de maio estive a passar.
Minha alma chora quando lembro-me das folhas que da minha árvore
partiram, deixando comigo um buraco em seu lugar.
Meu coração sente saudade quando lembro-me da minha infância, família reunida em volta da mesa, das brincadeiras...
Minha boca água, ao lembrar do paladar da comidinha gostosa da minha avó, minha saliva ainda sente o gosto do beijo de um antigo namoradinho.
Minha pele se arrepia quando sinto aquele cheiro, aquele, que
outrora jamais será esquecido, ficará impregnado no meu ser até o fim...
Os meus olhos transbordam e o meu coração aperta quando ouço a
melodia que marcou cada momento, levo comigo, uma trilha sonora de
sentimentos retratados em cada nota...
Os portões da casa abandonada cheia de flores,
Cheias de dores,
Cheias de amores,
Cheias de lembranças,
Se abrem...
Então entro devagar, respirando suave para não perder nem um grão da minha essência...
Sentindo a emoção de cada história bonita,
De cada história sofrida,
De cada história vivida,
Que não adianta, se eternizará.
Sou feliz por ter vivido de tudo um pouco, seria infeliz se tão tivesse
vivido nada, seria sem graça, não teria histórias para contar.

(( Camila Senna ))

Foto de betimartins

Carta de uma menina entregue ao Pai Natal para seu avô

Carta de uma menina entregue ao Pai Natal para seu avô

Querido pai Natal, gostaria de pedir que entregasses esta carta ao meu avô que partiu para o céu e não voltou mais. Dizem que ele é uma estrela a cintilar somente para mim e que é meu anjo da guarda e vela por mim ao lado do Pai do Céu.
È Pai Natal o que te peço pode ser impossível e difícil, mas dizem que é amigo do Menino Jesus e ele realiza alguns dos teus pedidos.
Eu tenho muitas saudades das nossas conversas, do estar com ele à beira da lareira, nos aquecendo e a tomar nosso chá de cidreira á noite. Sinto saudades do seu abraço e do seu aconchego, do olhar meigo e paciente contando histórias, ate minhas pálpebras não agüentarem abertas e adormecer.
Pegava em mim ao colo e levava para a cama, pacientemente, antes pedia que rezasse ao meu anjo da guarda pedindo por todos os que eu amava. O meu anjo esqueceu de mim e levou o meu avô para o céu e fiquei muito triste mesmo.
Sabes Pai Natal, era o meu avô que ensinou a sonhar, ele ensinou que podemos realizar os nossos sonhos, dizia sempre com sua voz segura:
-Ora minha menina só quem sonha acredita, acredita num mundo fantástico onde existe a magia e o mistério do acontecer.
Nunca mais esqueci sua frase até hoje, foi no seu ensinamento que eu achei que podia fazer isto enviar uma carta ao meu avô.
Aqui vai:

Querido Avô:

Meu querido avozinho queria matar a minha saudade de ti, dos teus belos contos de histórias sejam reais ou imaginários onde sempre aplicavas alguns ensinamentos de vida. Sei que foste um bom homem nesta vida aqui, como dizem os adultos, tu plantaste arvores e deixaste filhos, mas não escreveste um livro, mas um dia eu o farei ainda por ti. Pode ser?
Eras um mestre, um dos melhores mestres, ensinaste a ser uma boa filha no mundo, confesso que muitos dos teus ensinamentos passaram à geração futura das nossas crianças.
Avozinho lembra das nossas tardes, de mexer na terra, ensinares a semear, adubar e ver reproduzir as plantinhas? Claro que tu te lembras, eu jamais consegui esquecer e muito menos um dia quando cheguei a chorar desvairadamente porque a minha planta preferida morreu.
Sorrindo e com a tua calma explicaste que tudo nasce, cresce, reproduz e morre e que essa a certeza da vida. Pegaste na minha mão pequenina e fizeste-me apanhar um punhado de terra, ensinando o valor dela em tudo.
Dizias da terra vens e a terra, tu vais, parar. Assustada eu não percebia e queria entender e coitada de mim quando tu morreste, eu já entendi...
Lembro das nossas vindimas, onde tu me fazias rir com as tuas brincadeiras com os colhedores do vinho.
Lembro-me do Natal, onde juntos fazias o presépio comigo, cada figurinha era eu que escolhia o lugar. Quando terminávamos era eu que acendia as luzes e era uma festa.
Ainda recordo cada historia que me contava sobre, a época do Natal e sua magia, ensinaste com isso a ter esperança no dia a dia e nas pessoas.
Lembro do jardim repleto de neve, de tu partires os cavacos para colocares a lareira.
Lembro do teu cheiro, daquelas calças com os suspensórios que eu tanto gostava de brincar contigo, fazendo-os estalar nas tuas costas.
Ainda consigo ver teu rosto e tua mão pegando na minha e entrar na igreja para ouvir a missa de domingo, ficavas orgulhoso eu só querer ir contigo. Eu ficava parecia um pavão de tanta felicidade e quando paravas para dar um doce a minha escolha?
Por muito doces que eu possa comer nunca mais comi um com aquele sabor.
Avozinho poderia ficar aqui a falar muitas mais coisas e que coisas nós vivemos os dois, nunca senti tanto amor como aquele que transmitias para mim e é esse amor que sinto saudade. Saudade porque as minhas meninas não tiveram um avô assim como tu e talvez por isso eu ainda seja a criança que acredita na Magia do Natal e queria dar-te um abraço muito apertado e ficar em teu colo nem que seja um segundo apenas.
Avozinho só queria dizer que eu te amo e sinto falta de ti
Beijinhos e escuta as minhas preces feitas a ti antes de dormir.

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