Burguesia

Foto de Tayson Teles

Por que escrever?

Desde minhas épocas infânticas tenho erigido olhar pescrutador, minucioso, acurado e percuciente para tudo o que me rodeia. Hoje, por conseguinte, consigo constatar que em nada Sebastião Maia (o Tim) estava errado quando diccionava que o mundo está podre. O ser humano encontra-se desumanizado. A fetidão das mentiras, dos enganamentos, da inveja, das ilusões é propalada a todo momento. A hipocrisia predomina na relação vivencial precípua que há, consoante Karl Marx: a família demanda consumo e oferta mão de obra. O mercado demanda mão de obra e oferta consumo. Porém, malgrado “prima facie” pense-se haver proporcionalidade nessa troca, a putrefata Burguesia dá-se melhor, porquanto aufere a “mais - valia”. Olho para tudo e enojo-me. Entretanto, lembro-me de Nietzsche (o Maior) e tento a cada dia ser um Super-homem, lembrando que a cada rotação devo lutar contra mim mesmo, contra meu fracasso, contra minha derrota. Vivamos, incursionemo-nos no melhor da vida. Esta oportunidade é irrepetível. É por isso, e mais um pouco, que vale à pena escrever. Escrevamos! Libertemo-nos!

Foto de Allan Sobral

Pai, afaste de mim este cálice

Os últimos acontecimentos, e os atos de repressão que tem ocorrido, nos mais diversos pontos do nosso país, faz com que se levante das cinzas o monstro que sempre combateu o espírito jovem revolucionário brasileiro, pois é como se os tempos do cativeiro, da autocracia brasileira, a ditadura militar, mostrasse aos poucos suas garras, sufocando qualquer ar de liberdade que conquistaram nossos heróis. Como se o velho tempo do “cálice de vinho tinto e sangue” ressurgisse, ou ao menos se faça em memória.
Já há muito tempo que nossa sociedade se estagnou, por uma falsa estabilidade econômica e moral, acorrentando-se a um laço servil regido por uma minoria, como diria Marx, a burguesia; minoria esta que se manteve no trono por possuir supostamente o controle das riquezas universais, podendo assim obrigar grande parte de nossa população a submeter-se a suas vontades, e trocar suas vidas pela miserável parte de seu capital, suficiente apenas para manter-se em vida.
Com o avanço tecnológico, esta mesma parcela controladora da sociedade, expandiu seus ideais escravistas a um horizonte antes impenetrável, chegaram ao ponto maximo de domínio, controlar pensamentos, com o poder de formar opinião e distorcer a realidade, poder fornecido pela mais poderosa ferramenta de coerção, a mídia. Atributos que caberiam a população, ou a cada ser em sua particularidade, hoje são supostamente digeridos pela partícula dominante, e vomitada sobre nós, classe trabalhadora, operaria e estudante. Ditam os pensamentos padrões, roupas padrões, empregos padrões, atitudes padrões, e tacham esta padronização como normalidade, traçando um perímetro, onde qualquer que se opor ou se afastar de tal ideal é tido como louco, ou rebelde, baderneiro, ou até mesmo como maconheiro (como foi o caso recente dos estudantes da USP).
Simplesmente somos tachados como estúpidos, pois a tal “ditadura militar” apenas mudou de nome, agora a conhecemos como Republica Federativa do Brasil, o DOPS agora não tem mais grades e não tortura fisicamente quem se opõe as regras, agora ele manipula a sociedade para que se volte contra os que a querem libertar, os militares já não andam mais fardados de verde ou cinza, agora obrigam a população a vestir um terno ou um uniforme operário, assinar um contrato de trabalho, e lutar o quanto puder, em busca de sua carta de alforria, ou como preferem, sua suposta aposentadoria. Fazendo que a sociedade acredite que a liberdade é um favor, e que a sua remuneração mensal, é justamente recompensada a medida de seu esforço. Como os adultos fazem com crianças, para que não os chateei, dão passatempos, para que não desviem sua atenção, nos é imposto a distração, como a novela o futebol e outros supérfluos, para não chatearmos quem se beneficia com tal estabilidade.
Basicamente, a ditadura não acabou da mesma forma que não acabaram os revolucionários, pois não deixaremos de lutar em busca de nossa liberdade, pois o sistemas sempre deixa brechas (nós), que podem se tornar rachaduras, que ruminarão as muralhas da imposição fascista, e porá em ruínas as ideologias ditatoriais, pois só lutando poremos fim nas corrente que nos prendem para termos paz, pois como disse Malcom X “...Não se pode separar paz de liberdade porque ninguém consegue estar em paz a menos que tenha sua liberdade”.

Allan Sobral

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Resistência Poética da Poesia

Discursos e convicções
Virtudes
Debate acalorado
Abobalhado
Na descrença da velhice
Ou luxúria das juventudes
Prostituições
Entre outras marcas
Barcas
Furadas
Charadas
E bombásticas declarações
Reflexões
No espelho maquiado
Hosana para chatice

Fazei política
Filosofia
Pedagogia
Demagogia
Lenda mítica
Amargurada
Fazei caras e bocas, caretas!
Carnavais e micaretas!
Enfim, nada
Adote um cachorro

Poema
Pois é, sem poesia...
Enchendo a cara nos feriadões
Holerite
De pequenas frustrações
Pequena burguesia
Freguesia
Dermatite
Subindo o morro

Não é esperado
Nosso instinto desesperado
Pelo andróide do estado
E pela imensa minoria

Foto de Carmen Lúcia

Viaduto (in memoriam)

Nível divisório (e ilusório) entre dois mundos,
Que não se encontram, mesmo perto, sempre juntos,
Realidades paralelas, não se cruzam, se recusam,
A apoteose e o apocalipse, a discrepância, a discordância.

Em cima o sol, a passarela, a vida bela,
Poder sonhar, a ostentação, a ambição.
Embaixo a escória, restos de vida, degradação,
O submundo, o escracho, a solidão.

No alto, a vida indo ao encontro do sucesso;
Debaixo, escorrendo ao retrocesso.
Passa o burguês, indiferente à desigualdade,
E indiferente, o indigente...o que perdeu a identidade.

Muitos despencam lá de cima, lá do luxo,
Feito suicidas, enclausurados pela dor...
Sombras que assombram, que retratam o desamor
São bichos-homens, vira-latas, degustam lixo.

E permanece lá em cima, a indiferença.
Todo o glamour, a arrogância, a burguesia,
E os maltrapilhos, recolhidos, embevecidos
Com os out doors, os pisca-piscas...Zombaria!

Até quando esse cenário revoltante?
Só se aproximam pra tirar fotografias,
Virar manchete nas colunas de jornais,
Tão cordiais com tais problemas sociais!
E as soluções? Ora, quanta hipocrisia!

Quando acolhido pelo abraço maternal
E acarinhado pela morte, o indigente,
Seu corpo jaz, caído ao chão, sobre um jornal,
Do pedestal (aí se cruzam), a sociedade
Vem dissecá-lo para o bem da Humanidade.

_Carmen Lúcia_

Foto de Jamaveira

Bigodeadas

Nos versos que ora improviso
Dou de cara com grande risco
Mas, não importa me arrisco.
Na casa do congresso olho vivo
Por todo lado há perigo
Palavras ferem tal qual navalha
Canetada muda destinos
Na surdina elegem apadrinhados
Atos ferem a democracia sem cura
Na contramão da razão palavrões
Todos na mesma panela
Enganam a nação.
A quem diga isso vai mudar
Outros cospem de indignação
As maiorias de mãos atadas aguardam
Sabem serem enganados
O sorriso cínico nos bigodes engravatados
Faz o humorismo deleitar-se
Tirar de foco tal gravidade
Por traz de tanto desvarios
O poder sem passaporte
Estalam-se do sul ao norte
Os barões bradam em bom som
Que se dane o povo
Mente curta logo esquecem
Uma casinha ali, uma feirinha aqui...
Pacote social eis à salvação
Próximas eleições
Nas urnas devoção, tantas emoções.
Nesta terra de escravidão
Nunca foi diferente
Burguesia escarra hegemonia
A plebe em massa aplaude desgovernada.

Jamaveira

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

' QUANDO EU ESTIVER COM VOCÊ"

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Quando eu estiver com você,
Não irei me conter.
Irei me aproximar de você
Vários beijos e abraços quero dar e ter.

Quando eu estiver com você.
Vamos permitir nossos
Desejos incontidos.
Seu desejo de me tocar.
E sua vontade de amar.

Não escondo a grande vontade
De te abraçar, de me entregar.
Nós somos dois amantes.
Loucos, estamos amando
Como nunca antes.

Quando eu estiver com você.
Quero viver nossos desejos
Mas insanos.
Esquecermos a burguesia
E realizaremos nossas fantasias.

Quero sentir seu toque seu retoque.
Com seu afago, seu amasso.
Quero que esse momento seja
Único, desprovido e atrevido.
Quero você de qualquer jeito.
Sentir seu coração em meu peito.

Quando eu estiver com você,
Tudo será permitido acontecer.
O amor veio para nos fazer viver.
Como eu amo amar você!!!
Não vejo a hora de estar com você.

*-* Anna A Flor de lis.

http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de Wilson Madrid

O VOTO BRASILEIRO

*
* ACRÓSTICO
*
*
O VOTO BRASILEIRO

O voto consagra ou sacrifica...

V emos no Brasil uma coisa interessante:
O povo faz do voto uma mercadoria de troca...
T er alguma vantagem individual é coisa fundamental,
O s vícios do egoísmo e do orgulho consagram a mediocridade...

B izarros são os resultados de todas apurações em variadas votações,
R esultando no sacrifício da qualidade de vida de tantas gerações...
A troca de favores é tão evidente que chega a ser imoral;
S e isso é coisa tão desonesta e hipócrita não faz mal...
I mporta a vantagem que o eleitor pensa que leva apenas para a sua toca...
L ixem-se a verdade, a honestidade, a arte, a competência e até a consciência;
E m compensação, consagrem-se a corrupção, a injustiça, a violência e a desonestidade,
I gnore-se o bem comum, menospreze-se o que for justo e eleja-se o mais farsante,
R ime-se poesia com confraria e democracia com burguesia e epilepsia...
O que importa é levar vantagem em tudo, certo? Errado! Meu voto não é teu! Fariseu!

http://www.sonhomusical.com/nacionais/geraldovandre/GeraldoVandre-TerraPlana(AA).mid

Wilson Madrid o Poeta Azul

Publicado no Recanto das Letras em 20/06/2008

Código do texto: T1042797

Foto de Carmen Lúcia

Viaduto (in memoriam)

Nível divisório (e ilusório) entre dois mundos,
Que não se encontram, mesmo perto, sempre juntos,
Realidades paralelas, não se cruzam, se recusam,
A apoteose e o apocalipse, a discrepância, a discordância.

Em cima o sol, a passarela, a vida bela,
Poder sonhar, a ostentação, a ambição.
Embaixo a escória, restos de vida, degradação,
O submundo, o escracho, a solidão.

No alto, a vida indo ao encontro do sucesso;
Debaixo, escorrendo ao retrocesso.
Passa o burguês, indiferente à desigualdade,
E indiferente, o indigente...o que perdeu a identidade.

Muitos despencam lá de cima, lá do luxo,
Feitos suicidas, enclausurados pela dor...
Sombras que assombram, que retratam o desamor
São bichos-homens, vira-latas, degustam lixo.

E permanece lá em cima, a indiferença.
Todo o glamour, a arrogância, a burguesia,
E os maltrapilhos, recolhidos, embevecidos,
Com os out doors, os pisca-piscas...Zombaria!

Até quando esse cenário revoltante?
Só se aproximam pra tirar fotografias,
Virar manchete nas colunas de jornais,
Tão cordiais com tais problemas sociais!
E as soluções? Ora, quanta hipocrisia!

Quando acolhido pelo abraço maternal
E acarinhado pela morte, o indigente,
Seu corpo jaz, caído ao chão, sobre um jornal,
Do pedestal (aí se cruzam), a sociedade
Vem dissecá-lo para o bem da Humanidade.

(Carmen Lúcia)

Obs:Já havia postado essa poesia, mas não a encontro.

Foto de Raiblue

Beco sem saída

.
.

Nos becos sujos
Da cidade vazia
Eles se encontram
Fugitivos do cárcere
Da burguesia
Amam-se como bichos
Sobre um jornal
Anunciando
As dores do mundo...
E o amor se derrama
Sobre a notícia
Dissolvendo as letras
Desfazendo a realidade
Tudo por um instante
É só carne...carne...
Quente...úmida...trêmula...
De dia, nos becos,
A fome dos meninos
Abandonados nas ruas ...
À noite,outra fome....
Dos pervertidos amantes
Abandonados
Ao mais carnal desejo...
Alheios a tudo
Aos perigos dos submundos
Bebem na taça do corpo
O antídoto dos dias vazios
Sem a rebeldia do amor...
Dissolvem os medos
E fazem do beco
Um ninho...um segredo...
Devoram-se
Como se devorassem a vida
E não mais precisassem
Voltar...
Perdidos no beco sem saída
Da paixão mais devassa
Em uma noite que não passa...
E,de repente,
Estrelas de sussurros
Iluminam o beco escuro
E os amantes tocam o céu
Azul derramado sobre o concreto
Mar invadindo o deserto
Milagre...
Mistério...

(Raiblue)

Foto de Paulo Marcelo Braga

HIPOCRISIA NACIONAL


“Enquanto houver burguesia
não vai haver poesia”.
(Cazuza).

Quem não entendeu entenderá
a importância de uma reação
contra toda a hipocrisia que há,
em abundância, nesta nação.
Há uma ciranda indevida,
um fingimento a imperar,
e uma demanda reprimida
de um atendimento popular.

Impera o fisiologismo,
a negociata, a hipocrisia politiqueira,
de quem reitera o cinismo
que desacata a cidadania brasileira.
Há várias legislações , decretos,
além de tantas injustiças deprimentes.
Sectárias facções dos espertos
têm as gargantas omissas, coniventes...
O governo federal não é fiscalizado
e nem fiscaliza como deveria.
O tenesmo de um banal eleitorado
sempre prioriza uma confraria.
Eu não entendia, mas entendi,
a importância de uma reação
contra toda a hipocrisia que vi,
em abundância, nesta nação.

Paulo Marcelo Braga
Belém, 24/12/2007
(04 horas e 05 minutos).

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