Canto

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"CAÇADORES"

CAÇADORES

Neste mundo de ilusões, entre ódios e amores.
Vou me esgueirando dos vilões, não sou caça.
Pertenço ao clã de caçadores
E na disputa ferrenha da sobrevivência defendo a minha raça.

Planeio por vales e colinas em busca das presas perfeitas
Tenho o faro das águias alpinas, feroz contundente e certeira.
E neste mundo de geral confusão que insisto em querer competir
Abro um leque de opções,mas não baixo as garras e não aceito Sair.

A vitória tem que ser companheira.
E quando a caça é astuta e insistente guerreira
Realizo-me, pois não aceito desistência.
A pelleia tem que ser verdadeira.

E por fim o descanso é marcado
Caçadores felizes cansados
E iniciantes totalmente deslumbrados
O vencido arfa em um canto, e o vencedor descansa aliviado.

Foto de Sirlei Passolongo

Lembranças

A vagar pelas lembranças
Rondando cada pedaço
que ficou
Surto em meio às recordações
rodeada da dor do que restou
Sentindo o seu cheiro
por onde passo
Vendo seu rosto
em cada rosto
Em cada abraço
o seu abraço
Lembranças,
amor que virou desgosto!

Ouvindo
sua voz em cada canto
Banho o meu rosto
com a saudade ingrata
Lavo meu coração
com esse triste pranto
Lembranças
que aos pouco me mata
Tinjo meu corpo
com esse desejo insano
É por você que eu chamo!

A vagar pelas lembranças
Reencontro
seu beijo ardente
Recordo
seu cheiro embriagante
Choro esse passado
tão presente
Choro essa saudade
incessante
Clamo por você
a todo instante!
Lembranças,
tristes lembranças.
Recordações...
desse amor distante.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Civana

Doces Lembranças

Você está em cada pedaço de vida,
Na pétala da flor
No verde da folha
No pássaro que voa
No sol que brilha
No orvalho da noite
Na lua que ilumina
Na chuva que cai
Nos bosques, no mar...
Você está em toda parte,
Você amava a vida,
E nós te amamos muito!
Você jamais será esquecido,
Em cada canto, cada mínimo detalhe
Vemos você, amado irmão!

(Civana)

Poema criado em 27/07/1987, após falecimento do meu querido irmão em 02/11/1986 aos 29 anos.

Foto de fer.car

MAIS UM ANO SE PASSOU

Mais um ano se passou
Memórias em meu viver, lembranças alegres e tristes
Pesssoas que se foram, outras que chegaram
Lágrimas que escorreram de minha face
Sorrisos que brotaram com novas vidas
E as mãos que acalentaram a dor
Um ano se passou
Beijos que mataram a saudade
Abraços que preencheram o vazio de noites
Passos que encontraram outros passos
Um viver de luta, e para tanto, continuamos firmes
Mais um ano que se passou
Partidas de amores que não deram certo
Novo amor que calou a maldade e saciou o alma
E meu coração aqui está, ainda a amar
Juntos, unidos, todos ao redor da ceia
Fogos que celebram a luz, a vida
A escuridão que se vá longe de meus olhos
Aqui, deste canto de sala, avisto Deus
ELE me guia, me fortalece e já não temo
Tenho a fé, a saúde, o amor cristão em meu peito
Agora lembro que só se vive vivendo
E minha saudade é talvez não ter vivido ainda tudo
Mas ei de viver sempre, porque mais um ano se passou
E outro ainda está para chegar
E não estou só, pois tenho você, ou melhor
Vocês, amigos, companheiros, família
Esta estrada ainda continua
Até que meus pés fraquejem de andar
Meus olhos de avistar
Meu coração de bater
Mas ainda assim a fé me move
Porque Deus me traz mais um ano
E apesar do sofrimento, vejo apenas a esperança
Ano Novo que é sinal de recomeço, de paz
Porque não estou só
Estou com Deus, com todos vocês
Um ano que se finda, um ano que está a iniciar

Foto de fer.car

MAIS UM ANO SE PASSOU

Mais um ano se passou
Memórias em meu viver, lembranças alegres e tristes
Pesssoas que se foram, outras que chegaram
Lágrimas que escorreram de minha face
Sorrisos que brotaram com novas vidas
E as mãos que acalentaram a dor
Um ano se passou
Beijos que mataram a saudade
Abraços que preencheram o vazio de noites
Passos que encontraram outros passos
Um viver de luta, e para tanto, continuamos firmes
Mais um ano que se passou
Partidas de amores que não deram certo
Novo amor que calou a maldade e saciou o alma
E meu coração aqui está, ainda a amar
Juntos, unidos, todos ao redor da ceia
Fogos que celebram a luz, a vida
A escuridão que se vá longe de meus olhos
Aqui, deste canto de sala, avisto Deus
ELE me guia, me fortalece e já não temo
Tenho a fé, a saúde, o amor cristão em meu peito
Agora lembro que só se vive vivendo
E minha saudade é talvez não ter vivido ainda tudo
Mas ei de viver sempre, porque mais um ano se passou
E outro ainda está para chegar
E não estou só, pois tenho você, ou melhor
Vocês, amigos, companheiros, família
Esta estrada ainda continua
Até que meus pés fraquejem de andar
Meus olhos de avistar
Meu coração de bater
Mas ainda assim a fé me move
Porque Deus me traz mais um ano
E apesar do sofrimento, vejo apenas a esperança
Ano Novo que é sinal de recomeço, de paz
Porque não estou só
Estou com Deus, com todos vocês
Um ano que se finda, um ano que está a iniciar

Foto de Li.sayuri

O Vale

Escrevo poemas
Fantasio em meu quarto
Canto sozinha
E durmo, com a caneta em mãos.

Cansada de um mundo sem limites
Jazo-me em um vale profundo
Com flores e borboletas
Árvores e natureza.

Ouço a música das águas e dos passarinhos
Com um ar de sobrevivente
Descanso sob uma árvore
Tranquilidade, enfim.

Amor?
Não o busco, ele não me busca.
E assim vivo,
Tranquilamente, no vale.

Foto de Claudia Nunes Ribeiro

Porque se deseja Feliz 2008?

Porque se deseja Feliz 2008?

A felicidade é um estado tão efêmero que se ficarmos o ano inteiro procurando a tal felicidade desejada, não viveremos os momentos felizes que tivermos.
Às vezes são poucos, esses momentos, mas significativos e importantes para nossa caminhada ao longo do ano.

Portanto, já que é essa a minha impressão, vou fazer meus votos de bom ano de 2008 assim:

"Que em 2008 você possa ser mais simples.
Não simples demais, do tipo de não se importe se esta vestido ou calçado,
Mas simples em não se preocupar se a roupa ou o calçado pertencem à última coleção de Dior ou Chanel.

Que em 2008 você possa ser mais alegre.
Não a alegria bêbeda e implicante, de quem não pode ver ninguém quieto que vai logo implicar,
Mas a alegria autêntica, de quem fica contente em apenas ver uma criança.
Ou que se delicia, verdadeiramente, apenas em tomar um sorvete.

Que em 2008 você tenha muitos amores.
Não o amor que nos maltrata e nos faz perder as estribeiras,
Mas o amor que nos eleva a alma e nos torna mais humanos
Apenas porque sentimos no peito o calor que é estar amando.

Que em 2008 você tenha dinheiro.
Não dinheiro de sobra, pra gastar com bobagens e coisas sem sentido,
Mas dinheiro o suficiente para que você possa ter conforto nas suas necessidades e sobre o bastante para ajudar aos que precisarem.

Que em 2008 você tenha saúde.
Não saúde pra perder com noites insones, em boates e baladas,
Mas saúde para estar presente entre seus entes queridos e poder trabalhar em prol do bem estar comum.

Que em 2008 você tenha paz.
Não a paz de quem fica isolado num canto, esquecido,
Mas a paz de espírito, de quem sabe que fez o possível e o impossível para fazer de seu mundo um mundo melhor.

Que em 2008 você tenha sucesso
Não o sucesso das capas de revistas, de flash e entrevistas,
Mas o sucesso de ser alguém melhor do que foi em 2007.
Afinal, todos queremos ser sempre melhores do que fomos.

Um abraço a todos os meus amigos, reais ou virtuais... Isso é o que menos importa, todos são meus amigos.

Grande beijo no seu coração.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"CANTO MEU"

CANTO MEU

Eu quero um canto...
Que possa guardar tudo que amo...
Aonde possa me refugiar em momentos de dor...
Onde possa acariciar o meu amor!!!

Eu quero um canto...
Aonde o grito não seja ouvido...
E o choro não seja notado...
Onde o riso fique escondido...
E o prazer seja alcançado!!!

Eu quero um canto...
Um canto só meu...
Que seja o meu ninho...
Que acompanhado ou sozinho...
Sinta-me acariciado!!!

Eu quero um canto...
Longe de tudo e de todos...
Que o silêncio me abrace...
E a madrugada seja cúmplice...
Que dali saia fortalecido...
Para conquistar o mundo!!!

Eu quero um canto...
Um canto só meu!!!

Foto de Maria Goreti

A HISTÓRIA DE ANA E JOAQUIM – UM CONTO DE NATAL.

Chamavam-no “Lobo Mau”. Era sisudo, magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba desgrenhados, unhas grandes e sujas. Gostava da solidão e tinha como único companheiro um cão imundo a quem chamavam “o Pulguento”. Ninguém sabia, ao certo, onde morava. Sabia-se apenas que ele gostava de andar à noitinha, sob o clarão da lua.

Ana, uma pobre viúva, e sua filha Maria não o conheciam, mas tinham muito medo das estórias que contavam a respeito daquele homem.

Num belo dia de sol, estava Ana a lavar roupas à beira do riacho. Maria brincava com sua boneca. Eis que, de repente, ouviu-se um estrondo. O céu encobriu-se de nuvens escuras. O dia, antes claro, tornou-se negro como a noite. Raios cortavam o céu. Ana tomou Maria pela mão e correu em direção à sua casa. Maria, no entanto, fazia força para o lado oposto. Queria resgatar a boneca que ficara no chão. Tanto forçou que se soltou da mão de Ana e foi arrastada pela enxurrada para dentro do riacho. Desesperada, Ana lança-se nas águas na vã esperança de salvar a filha. Seu vestido ficara preso a um galho de árvore e ela escapara, milagrosamente, da fúria das águas. Desolada, decidiu voltar para casa, mas antes parou na igreja. Ajoelhou-se e implorou a Deus que lhe tirasse a vida, já que não teria coragem de fazê-lo, por si. Vencida pelo cansaço adormeceu e só acordou ao amanhecer. Ana olhou em derredor e viu a imagem do Cristo pregado na cruz. Logo abaixo, ao pé do altar, estava montado um presépio. Observou a representação da Sagrada Família: Maria, José e o Menino Jesus. Pensou na família que um dia tivera e que não mais existia. Olhou para o Menino no presépio e depois tornou a olhar para o Cristo crucificado. Pensou no sofrimento de Maria, Mãe de Jesus, ao ver seu filho na cruz. Ana pediu perdão a Deus e prometeu não mais chorar. Ela não estava triste, sentia-se morta. Sim, morta em vida.

Voltou à beira do riacho. Não encontrou a filha, mas a boneca estava lá, coberta de lama. Ana desenterrou-a, tomou-a em suas mãos e ali mesmo, no riacho, lavou-a. Depois seguiu para casa com a boneca na mão. Haveria de guardá-la para sempre como lembrança de sua pequena Maria.

Ao chegar em casa Ana encontrou a porta entreaberta. Na sala, deitado sobre o tapete, havia um cão. Sentado no sofá um homem magro, alto, olhos negros e grandes, nariz adunco, cabelos e barba longos e lisos, unhas grandes. Ana assustou-se, afinal, quem era aquele homem sentado no sofá de sua sala? Como ele conseguira entrar ali?

Era um homem sério, porém simpático e falante. Foi logo se apresentando.

- Bom dia, dona Ana! Chamo-me Joaquim, mas as pessoas chamam-me “Lobo Mau”. Mas não tema. Sou apenas um homem solitário. Sou viúvo. Minha mulher, com quem tive dois filhos, Clara e Francisco, morreu há dez anos e os meninos... Seus olhos encheram-se de lágrimas. Este cão é o meu único amigo.

Ana, muito abatida, limitou-se a ouvir o que aquele homem dizia. Ele prosseguiu:

- Há muito tempo venho observando a senhora e o zelo com que cuida de sua menina.

Ao ouvir falar na filha, os olhos de Ana encheram-se de lágrimas. Lembrou-se da promessa que fizera antes de sair da igreja e não chorou; apenas abraçou a boneca com força. Joaquim continuou seu discurso:

- Ontem eu estava escondido observando-as perto do riacho, quando começou o temporal. Presenciei o ocorrido. Vi quando a senhora atirou-se na água, mas eu estava do outro lado, distante demais para detê-la. Também não sei se conseguiria. Pude sentir a presença divina naquele galho de árvore na beira do riacho. Quis segui-la, mas seria mais um a nadar contra a correnteza. Assim que cessou a tempestade vim para cá, porém não a encontrei. Queria lhe dizer o quanto estou orgulhoso da senhora e trazer-lhe o meu presente de Natal!

Ana ergueu os olhos e comentou:

- Prometi ao Senhor, meu Deus, não mais chorar. Mas o Natal... Não sei... Não gosto do Natal. Por duas vezes passei pela mesma situação. Por duas vezes perdi pessoas amadas, nesta mesma data.

Joaquim retrucou:

- Senhora, a menina está viva! Ela está lá dentro, no quarto. Estava muito assustada. Só há pouco consegui fazê-la dormir. Ela é o presente que lhe trago no dia de hoje.

Ana correu para o quarto, ajoelhou-se aos pés da cama de Maria, pôs-se em oração. Agradeceu a Deus aquele milagre de Natal. Colocou a boneca ao lado de sua filhinha e voltou para a sala. O homem não estava mais lá.

Um carro parou na porta da casa de Ana. Marta, sua irmã, chegou acompanhada de um jovem casal – Clara e Francisco, de quinze e treze anos, respectivamente. Alheios ao acontecido na véspera, traziam presentes e alguns pratos prontos para a ceia.

Ana saiu para recebê-los e viu o homem se afastando. Chamou-o pelo nome.

- Joaquim, espera. Venha cear conosco esta noite. Dá-nos mais esta alegria.

Joaquim não respondeu e se foi.

Quando veio a noite o céu estava estrelado, a lua brilhava como nunca!
Ana, Marta, Clara e Francisco foram à igreja. Ao retornarem a porta estava entreaberta. No sofá da sala um homem alto, magro, olhos negros e grandes, nariz adunco, sorridente, cabelos curtos e barba bem feita, unhas aparadas e limpas. Não gostava da solidão e trazia consigo um companheiro - um cão branquinho, limpo, chamado Noel.
Antes que Ana pudesse dizer alguma coisa ele disse:

- Aceitei o convite e vim participar da ceia e comemorar o Natal em família. Há muitos anos não sei o que é ter família.

Com os olhos marejados, Joaquim começou a contar a sua história.

- Eram 23 de dezembro. Minha mulher e eu saímos para comprar brinquedos para colocarmos aos pés da árvore de Natal. As crianças ficaram em casa. Ao voltarmos não as encontramos. Buscamos por todos os lugares. Passados dois dias meu cachorro encontrou suas roupinhas à beira do riacho. Minha mulher ficou doente. Morreu de paixão. A partir do acontecido, volto ao riacho diariamente para rezar por minhas crianças. Ontem, mais um 23 de dezembro, vi sua menina cair no riacho e, logo depois, a senhora. Fiquei desesperado. Mais uma vez meu “Pulguento” estava lá. E foi com sua ajuda que consegui tirar sua filhinha da água e trazê-la para cá.

Clara e Francisco se olharam, olharam para Marta e para Ana. Deram-se as mãos enquanto observavam o desconhecido.

- Joaquim, ouça, disse-lhe Ana. Há dez anos, meu marido e eu estávamos sentados à beira do riacho. Eu estava grávida de Maria. Eu estava com os pés dentro d’água e ele estava deitado com a cabeça em meu colo. De repente ouvimos um barulho, seguido de outro. Meu marido levantou-se e viu duas crianças sendo levadas pela correnteza. Ele conseguiu salvá-las, mas não conseguiu salvar a si. Entrei em estado de choque. Fiquei sabendo, mais tarde, do que havia acontecido por intermédio de minha irmã, que mora na cidade. Foi ela quem cuidou das crianças. Não sabíamos quem eram, nem quem eram os seus pais.

Aproximando-se, apresentou Marta e os dois jovens a Joaquim.

- Joaquim! Esta é Marta, minha irmã. Estes, Clara e Francisco.

Ana e Joaquim olharam-se profundamente. Não havia mais nada a ser dito. Seus olhos brilhavam de surpresa e contentamento.

Maria brincava com sua boneca e com seu novo amiguinho Noel. E todos cantaram a canção “Noite Feliz”, tendo como orquestra o som do riacho e o canto dos grilos e sapos.

Joaquim, Ana e Maria formaram uma nova família. Clara e Francisco voltaram com Marta para cidade por causa dos estudos, mas sempre que podiam vinham visitar o pai.
Joaquim reconquistara sua fama de homem de bem.

O povo da região nunca mais ouviu falar do “Lobo Mau” e do seu cachorro “Pulguento”.

Autor: Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 23/12/07

Foto de carlosmustang

"""""RELIQUIA""""

Quantos sonhos tive antes de ti
Quanta utôpias tive, antes de saber
Quem é você, que me fez ver esse desejo...
Faço as coisas como se tudo fosse acabar!

Mas algo me faz ver...
Que tem que continuar
E esse engano...tss..
É porque não dizer um percurso

Necessário e incurso
Mesmo num fim de tarde
Sempre uma esperança
De não ser sugado !

Eu só quero acreditar....
Que você vai me levar
A algum canto...
Eu ser feliz...

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