Certeza

Foto de Felipe Ricardo

Um Singelo Soneto Para a Menina Que Pede

Então no sutil véu da noite
Escuta-se um sussurro e
A melódica intenção de desejar
Algo tão comum quando a felicidade

Peça linda menina, mas peça
Em voz baixa, pois as estrelas
Descansam agora e se acordares
Elas agora com certeza ignora a ti

Irão, então peça, deseje, rogue e
Solfeje tudo aquilo que vive no intimo
De tua sincera vontade e assim não

Enganaras mais tua infantil imaginação
Em fazer destes aviões fazedores de desejos
Pois por mim pediria as estrelas, peça agora [...]

Foto de Allan Dayvidson

PERSONAGEM

"A primeira vez que coloco aqui um texto que não é de minha autoria. É de uma grande amiga e é, de fato, um poema muito bonito, sensível e especial para mim..."

PERSONAGEM
-Ana Paula Melo (19/07/2011)-

Disseram-me que você é ator,
Um excelente ator.
Estou escrevendo um filme
E quero que você seja o principal personagem.

O papel que darei
Para você fazer será “Eu”,
Sim, “eu”!
Quero ver se saberá me interpretar,
Se terá coragem de encarar.

De todos os papéis que você já fez,
Esse, para mim, é o mais importante.
Porque tudo que ensaiei para te dizer,
Você irá sentir mais do que palavras,
A todo instante.

Sei que fará muito bem
E eu irei aplaudir.
Afinal, és um ator,
Um belo ator.

Por favor, fique à vontade ao se expressar.
Quando terminar, estarei no camarim
Para responder todas as perguntas
Que, com certeza, há de me perguntar.

Só queria que você soubesse de alguma forma
O quanto te amei.
Nem que fosse em um filme
Que, na verdade, na verdade mesmo,
foi todo inspirado em você,
meu amado ator,
meu admirável ator.

Foto de handersonpessoa

A certeza imaginária

Você descobre que encontrou a pessoa certa, no exato momento em que acorda e o primeiro pensamento vai automático procurando por aquele nome que encontra o seu porque estão conectados de uma forma que não conseguimos explicar. Você tem certeza de que está no caminho certo, quando você não precisa esperar uma ligação que você sabe que chegará naquela fração de segundo em que você pensa e acontece. E no momento mágico do “alô” a voz que entra pelo ouvido causa reações químicas e sudorese intensa, as mãos tremem e tudo que antes doía, já não dói mais agora, porque o momento é por si só feliz. E os planos começam a se materializar mesmo que no apenas no pensamento, e começam a tomar forma no mundo das ideias, mas os segundos teimam em passar mais devagar, já que aquela pessoa está ali tão perto, mas o jeito é esperar. Mas é talvez a melhor das esperas, é aquela espera que se sabe que vai dar certo, que é a última espera. É a espera que teimamos em permanecer, quando tudo está praticamente ao alcance da mão, mas só resta aquela música que agora é tema dos dois, e a foto no porta retrato na cabeceira da cama, que recebe o carinho dos dedos, no primeiro movimento do dia. É a espera de quem dorme com o cheiro da pessoa amada no travesseiro, tentando fazer com que o cheiro traga a pessoa mais para perto, já que ali, no lado vazio da cama, está apenas a lembrança, junto com a certeza. A certeza insana e teimosa que só tem quem ama de verdade, a certeza que temos quando pensamos tanto, que é possível sentir o toque, a tez, a cor e o sabor de coisas que não aconteceram ainda. Ainda. E é nesse exato momento que descobrimos que todas as coisas vividas, todos os anos esperados foram apenas a base para algo muito, muito maior e melhor. E é nesse exato momento que descobrimos que tudo aquilo que foi sonhado, planejado e imaginado, era tudo verdade, que não era fruto de uma mente delirante. Era e é tudo real. Muito real.

*publicado no site www.paranoiasedelirios.blogspot.com

Foto de Emerson PS

Sempre te querer ...

Às vezes penso que nunca vou te ter...
Mas tenho certeza que sempre vou te querer...
Cada dia me deparo com uma nova objeção, novos desafios...
Cada dia parece mais difícil te alcançar...
É tão estranho...
Ha tanto luto...
Há muito tempo persisto...
Será apenas um sonho...?
Um dia me disseram que sonhos se realizam...
Será que é verdade?
Se for... Então vou continuar sonhando até que este se realize...
Mas também disseram, que para que nossos sonhos se realizem temos de torná-los reais e alcançáveis...
Com certeza você já lutou muito por algo... e no fim o conseguiu...
Eu luto pelo amor que sinto por alguém...
Este alguém que sempre alegra meu coração...
Esta mulher que carrega os sentimentos mais puros que já senti...
Como eu a desejo...
Como é bom tê-la em meus pensamentos...
Como é bom te querer...
Quero que todas as noites continue a aparecer em meus sonhos...
Como pode as coisas começarem estranhas e continuarem “estranhas...”!?
Mas estranho é bom!
Talvez me achem maluco...
Mas maluco também é bom!!!
Acredito muito que tudo depende do quanto se quer algo para se conquistá-lo...
Se me perguntassem o que mais quero diria...: VOCÊ!
É VOCÊ...!!!
Se vou tê-la...
... um dia conto o quanto persisti e quantas maluquices fiz para estarmos juntos...
“Ontem eu achei...
Hoje tenho certeza...
Amanha...
Ah!
Que chegue logo o amanha”!
Nunca permita que problemas o sufoquem a ponto de desistir do que quer...
Nunca deixe de acreditar que você consegue...
Pois das “suas mãos” se criará o futuro em que você quer viver...

Foto de Rute Mesquita

'Compreender o que os matemáticos entendem por infinito é contemplar a extensão da estupidez humana', Voltaire.

O que é em parte o infinito para os matemáticos? E para um homem vulgar?
Creio que o infinito para os matemáticos, são os números. Dentro destes, infinitas são as fórmulas em que se conjugam. Infinitas são as rectas que estes mesmos originam. Infinitas são as suas coordenadas, as suas constantes, os seus produtos e imagens. Infinitos são aqueles algarismos que os envolvem em raciocínios. Mas, na verdade, tenho a certeza porém, que dominam de infinito, ao que desconhecem. E é precisamente nesse ponto que coincide e se manifesta um Homem vulgar.

Para um Homem vulgar, é-lhe entendido que o infinito é algo inacabado, que se prolonga para lá dos seus conhecimentos, para lá do seu alcance. Um Homem vulgar só conhece o finito da sua experiência e o infinito dos seus pensamentos. Não lhe é permitido compreender do que se trata o infinito neste caso, para e na matemática. Mesmo que nesta fosse entendido, ‘conheceria’ aqueles infinitos e saberia apenas que se prolongavam, vindo no fim a comprovar/constatar que nunca os conheceu.

Um matemático é um Homem, com perícia para os números, com dotes de um raciocínio desenvolvido e com uma lógica constantemente treinada. Contudo, e dando ênfase, ‘é um Homem’.
E como tal, escolhe num conjunto de infinitas possibilidades, um finito. Um finito no qual se alberga, um infinito do qual terá de ir aos seus radicais para partir do principio. Num processo, que a pressa é o pior inimigo. Num processo que se é fácil divagar, pelo que o tem de fazer cautelosamente. Um processo baseado na experiencia, nos deixados para a posterioridade. Um caminho muito longo e finito.

Concluímos, que somos demasiado finitos para compreender o infinito. E que o facto de um Homem vulgar querer entender o que é um ‘infinito’ para e na matemática, que como argumentei, julgo que nem mesmo os matemáticos podem estabelecer um infinito por si só, deixa muito a observar, pois assim o Homem assume logo à partida a sua ignorância com a grande marca da sua inocência.
Sabendo que o Homem é um ser curioso e que vive permanentemente insatisfeito com a realidade, não admira que queira compreender o que é incompreensível. Se é esta a estupidez humana? Não sei bem, só sei que toda a estupidez também teve um início e que se prolonga para o infinito.

Foto de Paulo Gondim

Mágaos

MÁGOAS
Paulo Gondim
06/08/2011

Meu infortúnio não foi perder você
Mas a certeza amarga de me ver
Frente a frente, no espelho
Só eu e minha imagem fosca
Que demonstra um estranho ser

Não sou eu. Não me reconheço.
Essa imagem nunca foi minha
E diante da ausência da verdade
Desfeito em sonho e realidade
Melhor ter sido assim...

Hoje, somos apenas fantasmas
Cada um com medo da escuridão
Que envolve nossas pobres almas
Num labirinto escuro, de mágoas
O que sobrou dessa triste paixão.

Foto de Amy Cris

Simplesmente gótica

Quando a escuridão cai sobre a cidade
e a neblina envolve os túmulos em um cemitério qualquer,
lá estou eu, a ouvir o silêncio da noite
e fugindo de um mundo difícil de compreender.
Sou o esquecimento do passado,
a certeza do hoje
e a dúvida do amanhã.
Sou a poetisa da realidade,
aquela que guarda suas ilusões
e se deixa levar por uma boa música.
Sou a admiradora da lua,
aquela que sente fascínio pelo céu noturno.
Aquela que você dificilmente verá chorar
pois, não tem medo da vida,
não se sente humana
e quer mesmo é ver o tempo passar.
Sou o que poucos têm coragem de ser
Sou quem você apenas fingirá entender;
aquela a quem você não conseguirá enganar.
Sou aquela que se conforta com frio e chuva
e que sorri quando o sol se vai.
Tenho o negro pintado nos olhos, unhas e roupas
e me sinto bem por assim estar.
Sou simplesmente gótica
e sem com os outros me importar,
sempre serei eu mesma,
não me intimidarei com força alguma
e aconteça o que acontecer,
serei eu o ser da paz noturna.

Foto de lover.emmaster

Os Porque's dos Porquês

Porque todos nós um dia nascemos
porque todos nós um dia desejamos algo

Porque todos nós algum dia deixaremos tudo
porque todos nós algum dia irá irar.se

Porque algum de nós por estes dias deixaremos de amar
porque por nada, não se luta

Porque a razão do princípio é a vasta certeza do fim
porque a vida é ampla e muito mais que sonhos são realidades

Porque assim que o primeiro raio de sol raiar o dia irá levantar.se
porque os sóis jamais existiriam se a vida fosse plena

Porque por detrás de uma luz, há escuridão
porque sem ti nada poderei fazer

Porque o poeta será sempre a sombra de uma vida
porque assim coexistimos...

Foto de Saulo Lalli

Errar é humano, mas acertar é Ser Humano

Errar é humano, mas acertar é Ser Humano.

Os relacionamentos de longa data proporcionam uma repetição de experiências semelhantes, onde cada um mostra ao outro suas reações, decisões, atitudes, capacidades e incapacidades. Desta forma ambos, pouco a pouco desenvolvem outras reações como respostas a cada uma das manifestações do outro, também de forma repetida e com poucas variações, tornando-se bem conhecida e previsível.

Cria-se um mundo particular entre estas duas pessoas e bem conhecida no âmbito inconsciente e pouco no âmbito consciente. Por ser baixo o nível de conhecimento consciente pouco se faz para alterar este quadro. Todas as reações acostumadas que provocam sensações agradáveis ao outro não faz falta aprofundar, porém as que provocam no outro sensações desagradáveis merecem um estudo e compreensão mais profundos.

Como em experiências de ratinhos de laboratório, que podem ser treinados para terem respostas certas a estímulos repetitivos, nós humanos temos certa semelhança em relação a eles. Nada mais, nada menos o que ocorre nas relações de longa data é esse treinamento onde ambos se revezam no papel de cientista e rato. Pressupõe-se que o papel mais favorecido é a do cientista que tem a ciência a seu favor.

Numa relação dentro do estágio de desgaste, por repetitivas sensações desagradáveis, podemos deduzir facilmente que se houver uma vocação ou inspiração ou desejo do rato virar um cientista, pode ser um início de melhora na relação. Se apenas uma das partes virar cientista eliminar-se-á cinquenta por cento dos problemas.

Mas como um rato pode virar cientista?

Basta admitir inicialmente que é um rato que age instintivamente sem ciência e que deve agir com ciência. Em seguida deve procurar a ciência. Mas onde encontrar essa ciência? Uma forma mais direta sem ter que frequentar uma universidade é a busca em seu próprio interior. Descobrirá este rato um mundo novo. Perceberá que pode deixar de ser rato e ser humano no melhor sentido da palavra.

Contradizendo o ditado popular de que errar é humano descobre-se que acertar também é humano e ainda mais que escolher também é humano. Basta então escolher ser humano e não ser um rato que reage sempre de forma mecânica à sua própria história, às adversidades da vida, bem como às reações daquele que convive diariamente.

Depois de descobrir que não é um rato e sim um humano inicia-se outra etapa que consiste em silenciar a máquina mental que provoca todo processo de reações mecânicas. Escolha um momento onde possa ficar só, sem interferências do mundo externo e mergulhe no silêncio interior. Aquiete-se seu corpo, deixando-o paralisado e não abasteça a máquina mental afim de que fique em ponto morto, em baixa velocidade. Desta forma perceberá que existe alguém no comando desta máquina, alguém humano, que não é máquina, que não é rato. Este humano pode intuitivamente agir dentro de escolhas estimuladas por um silêncio presente onde não se impera a história, o registro do passado, ou expectativas do futuro, nem em função das reações do outro.

Esse alguém recém descoberto pode escolher as suas reações mediante estímulos internos e profundos, de alguém aparentemente desconhecido, mas por outro lado muito familiar. Este encontro com esse alguém ou consigo mesmo é muito agradável. Esse alguém, que é a própria pessoa, é a essencialidade humana onde existe a matéria original, nativa, responsável, inteligente, sábia, conhecedora da ciência universal. Como uma fonte inesgotável dentro de si mesmo produz os estímulos com ciência de como agir. Ela é a energia que decide na vida de seu mundo externo, ou seja, em relação ao mundo social e consigo mesmo. Esta força interior, este poder é que deve comandar a máquina mecânica mental. Uma vez alcançada a experimentação de si mesmo, percebendo a independência que existe e deva existir em relação a mente mecânica e repetitiva é que o rato se torna um cientista.

Uma vez diante da pessoa a quem tem relacionamento de longa data, de posse de quem comanda o rato, poderá se relacionar em outro nível não programado e ainda surpreender a outra parte. Aquela que estaria esperando uma reação conhecida assiste perplexa a uma nova reação. Esta diante de uma reação nova poderá reagir de forma diferente da usual. Desta maneira abre um portal para um mundo maior, livre e cheio de possibilidades.

Antes disso o mundo desta relação era pequeno, como uma prisão de ações e reações predefinidas e com pouquíssimas chances de novas possibilidades. Este novo cientista, que não irá revezar o papel como rato irá sabiamente conduzir a nova relação com parâmetros dentro de valores universais coerentes à sua condição original e primordial própria de um ser humano que acerta, pois quem acerta também é humano. O outro uma vez rato, recebendo um tratamento diferente, humano e sábio deixará de ser rato ou terá maior chance de não se-lo.

Quer resolver uma relação desgastada, de uma vez por todas? Deixe de ser um rato e torna-se um cientista ou um verdadeiro humano que acerta.
Prepara-se meditando e sossegando o corpo e a mente (ingressando ao seu mundo interior e assumindo as rédeas de si mesmo). Visualize o outro já como outro humano igual a você e não a um rato, como era. Comece a conversar, mostrando mais através de expressão corporal que na fala, que não é um rato. Mude o tom de voz costumeiro, olhe nos olhos, sorria, respire pausada e profundamente, oxigene mais seus pulmões proporcionando alento à sua essência primordial. Lembre-se de si mesmo a todo instante e repita se necessário for: Eu não sou um rato. Sabiamente ouça o que o outro tem para lhe dizer. Após uma introdução do que queira transmitir ao outro deixe-o manifestar. Algo dentro de você conhecerá as reações costumeiras antigas, mas você, não sendo rato, terá a certeza e abertura para receber novas impressões. E caso receba aquelas reações velhas não haverá problema algum, pois são reações conhecidas, não haverá surpresas. Você é que deve surpreendê-lo com as reações novas diante das velhas dele. Reações próprias de um humano e não de um rato evocarão ao outro, dentro de uma grande chance, reações de humano e não de rato.

Rato! Você não quer virar humano?

Melhorando: Humano! Você não é rato.

Aperfeiçoando: Errar é humano, mas acertar é Ser Humano.

Descondicionando para renovar.

Foto de Nailde Barreto

"Depois do vinho"

A ansiedade conduz ao erro. Então, porquê me perco no erro de ainda bater no seu portão? E, porquê você se perde no erro de acolher-me, envolvendo-me em ti, no apreciar das sua mãos? Enfim, depois do vinho, cá estamos, afundados, apaixonados, mas, com a certeza do erro, cuja culpa, nos corroe.

_escrito em 03/08/11_

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