Chão

Foto de Bianca Ruiz

Como dizer o que Amor

Eu estava procurando quem pudesse me dizer o que era amor,
Procurei nos dicionários, eles me disserem algo do tipo
“Atração afetiva ou física que, devido a certa afinidade, um ser manifesta por outro;
forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consangüinidade ou de relações sociais.”
Aquilo não eram exatamente palavras que me saciavam a dúvida,
Então continuei minha busca,
Uns diziam que podia ser pouco ou muito,
Outros me disseram que era uma coisa quase impossível,
E o que mais me intrigou foi quando me falaram que era fatal e inexplicável.
Passei anos tentando entender o que isso significava,
Quando eu já estava quase desistindo da palavra, você apareceu,
Senti um frio na barriga, a perna tremula e meu olhar fixado no seu.
Não consegui dizer se quer uma palavra, não sei o que aconteceu,
Dias e noites pensando em você,
Minutos e segundos passando e eu já louca para te ver,
O que eu senti naquele momento não tinha explicação,
Tentei pegar um papel para descrever, e cheguei a uma conclusão,
Foi intenso, fatal e inexplicável...
Logo lembrei das palavras que antes não me faziam sentido,
Tudo de repente teve encaixe,
Certeiro foi aquele cupido,
Mas eu quis experimentar mais daquilo que eu havia sentido,
Todas as vezes que eu te olhava não havia como resistir,
Eu poderia pensar em mil e uma histórias para nós dois,
Tive medo de não te ter, de você simplesmente ir,
Mas era só eu sentir que, nós estamos juntos,
Longe ou a sós no mundo e além
Pode crer que tudo bem,
O amor só precisa de nós dois,
Mais ninguém...
Se você quiser ser meu namoradinho
E me der o seu carinho sem ter fim
Pra você eu digo sim!
E já que aconteceu, é amor,
Que seja fiel , sincero, verdadeiro,
Intenso e inteiro!
Resumo aqui, em novecentas e noventa e nove milhões de palavras,
Nem mais, nem menos, o que eu sinto por você,
Amor tão grande e eterno que sem você não posso viver,
Tanto amor que em todos os meus dias rezo a Deus,
Para não te fazer sofrer,
Agradeço por te ter,
Nunca pensei que eu fosse merecer alguém tão especial como você,
Que me faz sorrir, amar e sonhar como nunca ninguém mais conseguiria fazer,
Como explicar que você é o único, e que só você sabe como me proteger,
Suas palavras que me acalmam,
Seu jeito tão doce e forte de ser,
O medo de nos deixar perder,
Essa nossa insegurança de um dia todo esse nosso sonho acabar,
Esse nosso jogo de sempre nos conquistar,
Foi de pouquinho em pouquinho que entendemos nosso amar,
Amor, à nossa maneira, se torna a nossa perdição, e a nossa salvação,
Essa paixão que nos leva ao topo, e com medo de um sopro,
Que fizesse tudo cair ao chão.
Mas eu não quero parar, não quero te perder,
Vem comigo, vamos caminhando,
Nós precisamos estar para sempre juntos e aprender a viver.
Então não, não tenha medo,
Sim, sei que somos jovens, e tem muito tempo,
Muita coisa para acontecer,
Mas as coisas só aconteceram se você estiver aqui,
Ao meu lado, e não me deixe só,
Nada eu poderia fazer sem você me ajudando em cada passo,
Ninguém separará esse nosso laço,
Eternamente juntos e apaixonados,
Amantes e enamorados,
Estamos confiantes e entregues a esse amor,
Sei que não vou me arrepender,
Pois sei que vou te ter,
Em cada amanhecer, e anoitecer,
E nada mais poderá atrapalhar tudo que para nós esteja para acontecer,
Sem medo de me entregar a você,
De sentimento e alma sem pensar,
Se um dia esse nosso sonho vai acabar,
Porque se depende de mim,
Não acabará assim,
E simplesmente não terá fim.
Pegue a minha mão,
Tome meu corpo em seus braços e não me largue,
Nunca mais,
Não me deixe ir, porque eu também não irei o deixar,
Olhe nos meus olhos e me peça com jeitinho um beijo,
E à nossa maneira de amar,
Continuamos, em cada dia de nossas vidas,
Cada dia sem temer,
Porque não deixaremos nosso sentimento adormecer.
Palavras essas que me consomem,
Que me dominam, sem medo de pará-las,
Que tentam de tudo para te dizer, que para sempre é você meu homem,
Meu único e eterno amor,
Cheio de esperança, sonhos e esplendor.
Se me apaixonei?
Com certeza sim, e agora eu sei,
Amor Incondicional,
É o que eu sinto por você,
Que vencerá as barreiras, vencendo todo o mal,
Diz-me se é normal?
Amor tão forte, intenso e inteiro.
Pois não é, nosso amor é mais e muito mais,
Nosso amor é simplesmente especial.

Foto de sigmar montemor

EU E VOCÊ

MEU SOL ATRAI TUA LUA
TUA FLOR CULMINA EM MINHA FRUTA
MEU VENTO ENCRESPA TUAS ONDAS
TEU RIO DESÁGUA NO MEU MAR

MINHA MENTE SINTONIZA TUA ALMA
TEU CORAÇÃO ACORDA MEU ANIMAL
MEU CAMINHO MATA TUA SEDE
TEU DESEJO ME FORÇA A VIAJAR

MEU PEITO É ONDE TU TE DEITAS
TUA BOCA DESPERTA MEU VULCÃO
MINHA LÁGRIMA TE FAZ FILOSOFAR

TEU COLO É ONDE TU ME AJEITAS
MINHA SEMENTE NASCE NO TEU CHÃO
TEU SER SÓ FAZ MEU BEM ESTAR

Foto de Samoel Bianeck

Jogral da Solidão

-I-
Solidão; porque coloca esta sua mão fosca
sobre minha inocente cabeça?
Destilas a tua seiva, não doce, que vai ao poucos
se misturando com meus maus pensamentos
e descem lentamente até meu coração.
Nada te fiz - porque me persegues?
---
Olha quem diz; sou a solidão sim; mas é você quem me segue.
Estou sempre a seu lado – sou tua aprendiz.
Nunca amaldiçôo quem na minha frente não se ajoelha.
II
Me enganas, sua loba com pele de ovelha,
Invades o meu ser e ainda me aconselha!
Espedaça a minha vida; fico sangrando então se apresenta
- camuflada de remédio.
Me arrebata para o tédio; te trago e me sufoca no isolamento.
Em minha pele injeta seu veneno - não suporto este tormento.
---
Sou um pleonasmo inverso – “a bebida que você não bebeu”.
Sou gustativa - “a delícia de mulher” que você não degustou.
Sou utopia da sensação - “o corpo que você não sentiu”.
Sou o paradoxo da companhia – “comigo; sempre estará só”
III
Não entendo teu linguajar, basta; já esta me arrancando tudo.
Sinto ira; ordeno, suplico - alguém me conte uma mentira!
Grito; vou para rua, lá você está, como um rolo compressor.
Não ouve meu brado; me esmaga, tritura – fico quebrado.
Levanto arrasado e você só diz – veja mais um pobre diabo!
---
Sou a mescla rara de um néctar maldito - tudo que te magoa.
Sou a mãe da tristeza - filha primogênita da angustia.
Me chamaste; vem tristeza - agora sou sua pele, “sua beleza”.
Me atiras para o alto; sou bumerangue – circulo com teu sangue.
--IV--
Sigo a rua, estou só, mas você me segue e grita – não esqueça de mim.
Olha um manequim: escute estão rindo, não tem ninguém - só pode ser de mim.
Sussurras no meu ouvido; sou invisível, é de você; viro e olho para eles.
Fazem cara de sério, não digo nada, mas te interrogo – eles são felizes?
Sim; não sabem que vão morrer; só porquê estão rindo?
---
Porque usas de metáforas para me atingir? Vai indo!
Teus passos sabes dirigir? – acha que agora vou rir.
Estou aqui para: com dor te atingir – não vou fingir.
Nem pense que vou te acudir, no chão pode cair.
Tenho uma missão a cumprir - tenho que te punir.
--V--
Logo decido, vou seguir - mas como posso?
Você é uma sombra, me segue como fantasma – não posso fugir.
Angustia-me, me faz mal, olha a manchete no jornal
– a felicidade está mais à frente.
Mas não sou crente, me empreste o pente, não te; esqueça
– nunca mais coloque a mão sobre minha cabeça.
---
Conheço tuas sensações tácteis – e sempre estarei te atormentando.
E fui, eu fiz, eu sou, tudo de bom que você queria ter vivido
pequenas e grandes coisas, um amor querido – sem viver, ficou inibido.
Alguém querido que não ajudou – uma conquista interrompida.
-VII--
Escute é a voz do mar; na esquina vou virar - acho que é lá seu ninho.
Chupo-te como uva, urino no esgoto - mas voltas com a chuva.
Tenho preguiça; tento correr e me seguras - como a areia movediça.
Na hora derradeira; sem querer te chamo de companheira.
Sei que és a antítese – do meu viver sem vida.
---
Esqueceu; sou o acróstico das iniciais de todos os teus males.
Mas lembre-se; sou tua companhia mais sociável - não te deixo ao léu.
E nem te quero no mausoléu – sempre te alcanço um chapéu.
--IX--
Esta é boa, agora você é meu anjo da guarda, minha amante.
Lembrei estou precisando é de uma amante, duas ou três
– quem sabe a solidão espante.
Estou ilhado preciso de alguém, vou ver uma boneca ou uma madona
- se não tiver vou para zona.
Vejo uma; grito; estou aflito - vem meu amor, me tira da solidão.
---
Engana-se; sou insubstituível; nem amor, dor ou pudor.
Sou a esfinge; ninguém me decifra; não tenho cor – sou ilegível.
Sem pudor dou a luz à angústia – e batizam meu filho de dor.
--X--
A festa acabou, vem comigo - mas não sei aonde vou.
Virei olhando seu rosto; uma lágrima rolou; ela chorou - que foi?
Tu és uma flor; sim mas você vai - a solidão me atacou.
Sai em silêncio, bati a porta, corri, gritei, adeus - nunca mais solidão.
Deixei-a com ela, ela ficou com minha solidão - estou livre!
Como um pássaro; quase seminu - atirei minha penas para o ar.
---
Pare, pare, aquela solidão era a dela - eu sou a sua.
Cada um tem a sua companheira que é a solidão verdadeira.
Sempre te acompanhei, acompanho - nunca largarei.
Senta ai e se acalme, volte a ser triste – nada de alarme!.
--XII--
Se cada um tem a sua; porque ninguém gosta da solidão?
Quero distância, vou embora - você é bem sem elegância.
Há quem se queixe; nas festas, nos amores – lá você está presente.
Veja quanta gente; fernandinhas e caubóis – mas tua marca os corrói.
---
É filho; estou com os poderosos, incapazes e medrosos.
Nova; sou invisível, nada aparece, com o tempo meu ser se fortalece
– junto com tuas desilusões meu poder cresce.
Sou abstrata, imaginária mas todos sentem o peso de minha mão
– minha maldade sempre aparece.
--XIII--
Não me chame de filho. Alguém disse que você é a praga do século.
Tem muita gente sofrendo por tua causa, até se matam ou matam.
Você leva a depressão; a tristeza, que deve ser tua irmã ou irmão.
Toda vez que sua sombra cinza visita um ser - sempre rouba um pouco.
Solitário ou nas festas, sempre tem alguém sofrendo – aqui acolá.
---
Amigo; nós da família solidão não temos culpa – cada vez tem mais espaço.
Estamos só cumprindo nossa função; tem gente que vive em uma eterna solidão
- sempre me chamam com a droga, intrigas, brigas – dizem que são amigas.
Você é um que sempre fica comigo. A propósito gostou de te chamar de amigo?
--XIV--
Amigo está melhor; já que não posso me livrar - vou te aceitar.
Chamarei-te de Teresa, ela também cansa a minha beleza.
Responda-me com certeza; e esta gente que só enxerga seu umbigo?
Sim mesmo aquele que se dizem bravos; também são seus escravos?
---
Amigão; para estes tipos de coisa eu nem ligo, são estúpidos sem receio.
Cá entre nós; são os que mais vivem a sós - e para solidão é um prato cheio.
Não invento, e ao ver eles afundando na amargura – só contemplo.
Ainda é tempo, me entenda; me aceite como sua amiga – sou pura.
Fico má, te afogo no veneno quando você quer – o sabor é da tua mistura.

Foto de Welington de Haia

Sonhar sem adormecer

Quando me deito, atento ao sonho...
Sinto a realidade cansando e desanimando a minha brava espera.
E os pássaros de sons mais profundos almejam me arrebatar,
arrancando as sementes dos frutos que me levam a provar o amargo sumo da solidão.
Como companheiro...alguém sem braços nem ao menos mãos,
mesmo assim cobre o meu corpo que senti frio, e aquece desde o meu travesseiro até os pés que me apoiam no chão.
Assim, me queima com ferro em brasa as horas, para demarcar mais uma noite,
Me alertando que tenho que encontrar, mesmo no fundo do poço, lábios quentes com respostas sem que obtenha a palavra “GRATIDÃO”.
Sou como sou por assim dizer gente, mas gente que sempre vence sem receber amor por compaixão, não preciso de drogas nem migalhas de pão.
Refletido, volto para mim mesmo e confirmo...
Sonhar sem adormecer é si embriagar de ilusão.

Foto de Welington de Haia

"Estátua alma destinada"

Estátua vida petrificada
De luxuria ouro e prata
Da cabeça aos pé
Ao chão de sua sustentação.

Estátua face...
De semblante meigo.
Despida estátuas curvas belas,
De corpo forte mente fria de razão e paixão.

Estátua que não move os seios.
Estátua sinuosidade gelada.
Que me encanta...
Mas não desperta em mim, nenhum tesão.

Estátua de lábios carnudos
Inspiro...Mas...
Me arrepio ao imaginar,
Beijo frio, estátua de pedra lascada.

Estátua que com gestos
Me diz sem palavras
O que vejo, sinto e penso,
Sobre sua voz calada.

Ah! Corpo cinza de alma macabra!
Por que insiste meu olhos aos teu?
E enxergo em suas formas expressivas,
O sorriso da dor, e o abraço de mágoas!?

Mas pedra fundida não fique ofendida.
Pois muita gente de vida,
Não sente a vida de outra vida,
E talha o próprio amor...

Ah! Estátua, não fique triste.
Pois és amada e cobiçada,
Pelo seu criador,
Que cria dor transpassada, talhada por ele em você, o valor.

Foto de Samoel Bianeck

Jogral da Solidão

-I-
Solidão; porque coloca esta sua mão fosca
sobre minha inocente cabeça?
Destilas a tua seiva, não doce, que vai ao poucos
se misturando com meus maus pensamentos
e descem lentamente até meu coração.
Nada te fiz - porque me persegues?
---
Olha quem diz; sou a solidão sim; mas é você quem me segue.
Estou sempre a seu lado – sou tua aprendiz.
Nunca amaldiçôo quem na minha frente não se ajoelha.
II
Me enganas, sua loba com pele de ovelha,
Invades o meu ser e ainda me aconselha!
Espedaça a minha vida; fico sangrando então se apresenta
- camuflada de remédio.
Me arrebata para o tédio; te trago e me sufoca no isolamento.
Em minha pele injeta seu veneno - não suporto este tormento.
---
Sou um pleonasmo inverso – “a bebida que você não bebeu”.
Sou gustativa - “a delícia de mulher” que você não degustou.
Sou utopia da sensação - “o corpo que você não sentiu”.
Sou o paradoxo da companhia – “comigo; sempre estará só”
III
Não entendo teu linguajar, basta; já esta me arrancando tudo.
Sinto ira; ordeno, suplico - alguém me conte uma mentira!
Grito; vou para rua, lá você está, como um rolo compressor
Não ouve meu brado; me esmaga, tritura – fico quebrado.
Levanto arrasado e você só diz – veja mais um pobre diabo!
---
Sou a mescla rara de um néctar maldito - tudo que te magoa.
Sou a mãe da tristeza - filha primogênita da angustia,
Me chamaste; vem tristeza - agora sou sua pele, “sua beleza”.
Me atiras para o alto; sou bumerangue – circulo com teu sangue.
--IV--
Sigo a rua estou só, mas você me segue e grita – não esqueça de mim.
Olha um manequim: escute estão rindo, não tem ninguém - só pode ser de mim.
Sussurras no meu ouvido; sou invisível, é de você; viro e olhos para eles.
Fazem cara de sério, não digo nada, mas te interrogo – eles são felizes?
Sim; não sabem que vão morrer; nem porque estão rindo?
---
Porque usas de metáforas para me atingir? Vai indo!
Teus passos sabes dirigir – acha que agora vou rir.
Estou aqui para: com dor te atingir – não vou fingir.
Nem pense que vou te acudir, não chão pode cair.
Tenho uma missão a cumprir - tenho que te punir.
--V--
Logo decido, vou seguir - mas como posso?
Você é uma sombra, me segue como um fantasma – não posso fugir.
Me angustia, me faz mal, olha a manchete no jornal
– a felicidade esta mais à frente.
Mas não sou crente, me empreste o pente, não te; esqueça
– nunca mais coloque a mão sobre minha cabeça.
---
Conheço tuas sensações tácteis – e sempre estarei te atormentando.
E fui, eu fiz eu sou, tudo de bom que você queria ter vivido.
Pequenas e grandes coisa, um amor querido – sem viver, ficou inibido.
Alguém querido que não ajudou – uma conquista interrompida.
-VII--
Escute é a voz do mar; na esquina vou virar - acho que é lá seu ninho.
Te chupo como uva, urino no esgotos - mas voltas com a chuva.
Tenho preguiça; tento correr e me seguras - como a areia movediça.
Na hora derradeira; sem querer te chamo de companheira.
Sei que és a antítese – do meu viver sem vida.
---
Esqueceu; sou o acróstico das iniciais de todos os teus males.
Mas lembre-se; sou tua companhia mais sociável - não te deixo ao léu.
E nem te quero no mausoléu – sempre te alcanço um chapéu.
--IX--
Esta é boa, agora você é me anjo da guarda, minha amante.
Lembrei estou precisando é de uma amante, duas ou três
– quem sabe a solidão eu espante.
Estou ilhado preciso de alguém, vou ver uma boneca ou uma madona
- se não tiver vou para zona.
Vejo uma; grito; estou aflito - vem meu amor, me tira da solidão.
---
Engana-se; sou insubstituível; nem amor, dor ou pudor.
Sou a esfinge; ninguém me decifra; não tenho cor – sou ilegível.
Sem pudor dou a luz à angústia – e batizam meu filho de dor.
--X--
A festa acabou, vem comigo - mas não sei onde vou.
Virei olhando seu rosto uma lágrima rolou; ela chorou - que foi?
Tu és uma flor; sim mas você vai - a solidão me atacou.
Sai em silêncio, bati a porta, corri, gritei, adeus - nunca mais solidão.
Deixei-a com ela, ela ficou com minha solidão - estou livre!
Como um pássaro; quase seminu - atirei minha roupas para o ar.
---
Pare, pare, aquela solidão era a dela - eu sou a sua.
Cada um tem a sua companheira que é a solidão verdadeira.
Sempre te acompanhei, acompanho - nunca largarei.
Senta ai e se acalme, volte a ser triste – nada de alarme.
--XII--
Se cada um tem a sua; porque ninguém gosta da solidão?
Quero distância vou embora você – é bem sem elegância.
Há quem se queixe; nas festas, nos amores – você está presente.
Veja quanta gente; fernandinhas e caubóis – mas tua marcas os corrói.
---
É filho; estou com os poderosos, incapazes e medrosos.
Nova sou invisível - nada aparece, com o tempo meu ser se fortalece
– junto com tuas desilusões meu poder cresce.
Sou abstrata, imaginária mas todos sentem o peso de minha mão
– minha maldade sempre aparece.
--XIII--
Não me chame de filho. Alguém disse que você é a praga do século.
Tem muita gente sofrendo por tua causa, até se matam ou matam.
Você leva a depressão; a tristeza, que deve ser tua irmã ou irmão.
Toda vez que sua sombra cinza visita um ser - sempre roubas um pouco.
Solitário, nas festas, sempre tem alguém sofrendo – aqui acolá.
---
Amigo; nós da família solidão não temos culpa – cada vez tem mais espaço.
Estamos só cumprindo nossa função; tem gente que vive em uma eterna solidão
- sempre me chamam com a droga, intrigas, brigas – dizem que são amigas.
Você é um que sempre fica comigo. A propósito gostou de te chamar de amigo?
--XIV--
Amigo está melhor; já que não posso me livrar - vou te aceitar.
Te chamarei de Rodrigo, pelo menos rima com quem
- da felicidade é mendigo.
Agora te pergunto ou digo; e esta gente que só enxerga seu umbigo?
Mesmo aquele que se dizem bravos; também são seus escravos?
---
Amigão; para este tipos de coisa eu nem ligo, são estúpidos sem receio
Cá entre nós; são os que mais vivem a sós - e para solidão é um prato cheio.
Não invento, e ao ver eles afundando na amargura – só contemplo.
Ainda é tempo, me entenda me aceite como sua amiga – sou pura.
Fico má, te afogo no veneno quando você quer – o sabor é da tua mistura

Foto de rodrigues

ANGUSTIA

Coloco-me a pensar como será minha vida...
Como será sem seus abraços...
Como será sem seus beijos...
Como será sem seus carinhos...
Como será sem o seu “colo”...
Como será sem você...

Hoje, mais uma vez, a solidão e a angustia me dominam...
Novamente, coloco-me em busca do amor...
Estou sem esperanças de encontrar a felicidade...
Pois sei que meu destino é cruel e infiel...

Sei que minha vida será só amargura...
Sei que a felicidade irá partir da minha vida, deixando me mais uma vez no chão gélido da solidão...
Sei que estou afundando...
Estão me submergindo nas profundezas da angustia...
E não tenho forças para nadar...

Estou sem forças para subir a montanha...
Sem forças para lutar contra o inevitável...
Sem forças para ser “eu” novamente...
Sem forças e sem querer lutar, somente querendo me afundar ainda mais em angustia, dor e sofrimento...

Não consigo amar...
Não consigo pensar...
Não consigo sonhar...
Não consigo viver...

Minha vida se transformou num enorme caos...
As luzes que brilhavam na minha vida se apagaram...
A lua já não da mais o seu brilho...
O sol já não mais me aquece...
Pois um terrível eclipse apareceu na minha vida...
Um eclipse que parece não ter fim...
As estrelas já não mostram mais o seu esplendor...
Já não brilham mais pra mim...

Já perdi a sede de viver...
Agora tenho que comer comida sem gosto...
Tenho que viver numa vida sem sal...
Tenho que ser e tenho que fazer...

Não sei quanto tempo essa chuva de amargura irá durar...
Mas espero que depois de todas essa tempestade...
Eu possa amanhecer num lindo dia de sol...
Num lindo e eterno dia de esplendor...
Onde todas as coisas voltem a ser como antes...
E ver e sentir a vida novamente me tocar...
Sentir que posso ainda ser feliz ao seu lado...
rodrigues.srodrigues@hotmail.com

Foto de Fernanda Queiroz

Desencontro

Hoje, caminhando pela calçada, distraída, despreocupada, letárgica e indiferente, com os olhos perdidos no infinito.Vi você parecia tão real, tuas vestes, teu cabelo, teu porte seguro e firme, tua forma de caminhar.

Tentei chegar perto depois de tanto tempo esperar, precisava te encontrar sai correndo, tropeçando, tentado te localizar, ou ficariam pensando que foi uma miragem De quem vive a sonhar, em meio a multidão que se acotovelava, tinha que conseguir ir além e te encontra.

Multidão esta que se fundia em um plano de fundo eu te perdia,não mais o conseguia localizar, nem teu rosto tua sombra ou teu andar olhava para todos os lados, a ansiedade me dominava, estaria sonhando? Seria possível, depois de tanto tempo eu não o encontraria?E que toda esta ousadia em te acompanhar seria sonhos esperanças e conflitos da alma

Voltou a estar tão perto?Ou foi meu anseio incontido que te viu em outra face?Não posso me iludir de novo, preciso saber, tenho que o seguir e mesmo que seja dolorosa a verdade aderir mas o escurecer da noite torna ainda mais difícil distinguir teu rosto em minha mente difusa porque simplesmente não tropeçaste em mim?me fizesse derrubada, no chão estaca, a te contemplar?E depois caíste em meus braços como em meus sonhos contínuo porque me faz vacilar quando me sinto segura? Sem a tua presença só sinto amargura e um sonho a busca e ficar a pensar eu tudo não passou de um grande sonho, e agora você aparece para tornar nítida tua imagem que persiste em me dominar e assim de repente como chega se vai ignorando minha mente, que vivi a te buscar, seja longe ou presente ou na multidão a caminhar e lá me deixa onde as pessoas vivem alheia a minha dor sem se preocupar se sou de fato um corpo a caminha a espera de outra miragem,outra ilusão ótica á espera de um novo esplendor que me leve pra outra margem onde poderei saber, se você por mim passou, ou quem te viu foi meu eterno amor

Fernanda Queiroz e Trabis de Mentia

(Direitos Autorais Reservados)

Foto de rodrigues

SAUDADE

Saudade, doença que mata, que consome, que entristece o nosso olhar, que enegrece nosso dia, saudade, palavra que quero apagar do meu vocabulário, da minha cabeça, do meu dicionário... Saudade, sentimento que faz-nos chorar, que faz-nos sentir gosto de amargura...
Saudade, palavra que domina nosso ser, que leva-nos a fazer coisas que não queremos, faz-nos perder o sentido, perder a esperança...
Saudade, não quero senti-la, não gosto de senti-la, mas qual a solução?, é inevitável, é impossível fugir, não conseguimos escapar dessa horrível sensação de senti-la...
Hoje sinto saudades, sinto vontade de estar perto de ti, sinto o coração bater forte na ânsia inevitável de te ver, sinto a respiração ofegante desejando sentir o cheiro, cheiro de mulher, cheiro da minha mulher.
Hoje, aqui, deitado no chão gélido da solidão, usando o cobertor de amargura, respirando oxigênio de aflição e desilusão, sentindo na boca não mais os seus beijos macios e suaves com gosto de mel, mas sim, gosto de sangue e amargura, gosto que não consigo tirar da minha boca desde o dia em que você partiu.
Então, onde esta a felicidade? aquela que foi minha companheira de longa data? que me deu momentos lindos, momentos perpétuos? onde esta?? Felicidade, amor, saudade, amargura, palavras que são companheiras, sempre andam juntas, para fazer-nos hora felizes e hora infelizes...
Peço a Deus que passe de mim essa amargura em que vivo, que passe de mim todo esse calix amargo que insiste em me consumir, que insiste em ser meu companheiro...
Seja pra mim somente amor, seja pra mim momentos lindos e inesquecíveis, seja pra mim paixão, afeto, carinho, compreensão, desejo, sedução, em fim, seja pra mim a minha vida, faça-me viver, mas faça-me viver com muita intensidade...
Rodrigues
Rodrigues.srodrigues@hotmail.com

Foto de TrabisDeMentia

Pena não!

Essa expressão em teu rosto é de humilhação?
Esses olhos se desviam de vergonha para o chão?
Não sintas pena de mim...
Não quero ninguém com pena de mim não!
Podes dizer-me com todas as palavras,
Com todas as letras para que eu te entenda,
Mas diz-me nos meus olhos, não pelas costas,
Me diz! Responde! De quem gostas?
Quero saber se foi bom, se valeu a pena,
Para que eu sinta minha dor menos pequena
Para que não sinta mais engano em mim
Para que eu me encha por completo de nojo de ti
Vai, vem, porque esperas, então?
Te ergue, termine o seu trabalho, sem perdão!
Cobarde, te pesa assim tanto no peito a traição?
Eu permito tudo de ti, mas pena??? Pena não!

Páginas

Subscrever Chão

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma