Tem o gene da cultura plural,
Razão da sua criatividade genial!
Seu sangue, mistura de tantas raças,
Dá-lhe aptidões e graças!
Na pele diferentes cores...
Branca, negra, parda, amarela,
Que lhe dá a tez,
Numa peculiar aquarela,
Tintas por escolhas misturadas,
Neste País por belezas emoldurado!
Cafuzo, mameluco, mulato,
Junção de etnias, vínculo, contato!
Nos olhos o lume voltado ao futuro,
Que clareia a esperança no obscuro!
Povo corajoso, arrojado, inteligente,
Sagaz, intrépido, valente!
Povo arguto, sobrevivente...
Germina sua semente
Em qualquer chão...
Faz dele seu torrão!
Planta suas raízes!
Samba no pé, carnaval e café!
Cerveja e cachaça,
Fermento na massa,
Vinho na taça!
O quadril da mulata,
Um monumento incomparável da raça!
O brasileiro
Distingue-se em qualquer país!
Mostra sua mais forte origem no nariz!
Sua ascendência, sua raiz!
Nos lábios um sorriso feliz,
A alma, sua matriz,
Opção de religião,
Dentre tantas, nesta confederação!
O brasileiro carrega no coração
O mapa da sua Nação
Desenhado em amor e devoção!
Porta fechada guardando palavras ilustres,
Fazendo sombra às fotos do passado,
Medo que a luz apareça sem sentido acordando a realidade dos monstros,
Água ao lado matando a sede das fabulas,
Escorrendo pelos rios e alagando florestas sem prejudicar as borboletas,
Voando pelos céus ao alcance da metamorfose.
Quarto sustentando o escuro poder de significado das quatro paredes,
O amor muitas vezes passou e deixou vozes do puro desejo,
Deixou aqui a velocidade dos constantes privilégios da emoção,
Uma viagem a marte com passaportes ao doce mel da abelha rainha.
Aventurado foi à aniquilação do silêncio,
Que provocou as promessas ameaçadoras,
Conservando a tal verdade dos homens,
Atuando no breve momento dos sonhos,
Acordando pelo próprio despertador no meio da madrugada.
Ninguém escutou,
O quarto permaneceu em silêncio no inverno constante,
Lágrimas deixaram à marca no chão delicado,
Base de vidro que hoje passo com calma,
Para manter-me firme ao local que acreditei.
Agora semeio a experiência,
Ganhei o semblante noturno,
Possuindo uma mascara de palhaço enfeitando o sorriso,
Neutralizando o atrevimento e esperando que o dia amanheça.
O tempo passa e sinto seqüelas oferecidas pela lembrança,
Ao desprezo do corpo sou vulnerável a luz,
Conduzindo a escuridão do quarto.
Esse rio grande que corre sem limites
Música viva! Arcos da viola e do violino
Movendo-se para cima e para baixo
Em movimentos concordes! Dançantes
E eu sinto-me como que perdida
Procurando-te num labirinto sem saída
Queria sentir a tua oscilação em paralelo
Com a minha e chegar a ser o arco tocado
Sentir a energia vital de um canto perfeito
Uma pauta sem notas mas cheia de melodias
Eternas!
Estranha sensação de pólos opostos
Em que a verdade é disfarçada pela mentira
Mas em que a atração prevalece à repulsão
JoaninhaVoa, In “ O Meu Amor” ( Costa da Caparica, Portugal )
(08 de Junho de 2008)
2ª Poesia: BRINCAR DE VERSEJAR
Tua sensibilidade me sensibiliza
Também, ela me reanima e me da mais força,
Coragem ao ver que tu me parabenizas
Com a pureza de alguém que não se esforça,
Não quer ser mais do que é e se às vezes ironiza
O faz por seu grande humor e como corça,
Ou bela gazela sempre nos energiza
E nos eleva ao alto alegre e lá nos coça
E depois nos solta lá do alto e em nosso aterrizar,
Com o bico dum pássaro sobre a palhoça
Nos apanha em pleno ar e não se atemoriza
Com brincadeiras, pois mesmo a mais jocosa
São expressões de poesias de quem memoriza
E reflete em nuances das formas gostosas. (Dirceu Marcelino 9 / 7 / 2008 )
3ª Poesia: À FLOR DA PELE
À FLOR DA PELE
Sensível eu sei que sou. O bastante
para sentir
O que toca e encanta minha alma e meu coração
Sejam palavras à solta ou em
prosas versos saírão
Do interior das profundezas de meu subtil devir
Gosto de rir e sorrir num riso aberto e franco
Adoro transmitir alegria e acabar com o pranto
Tristezas não pagam dívidas, diz o povo e com razão
Haverá alguém que não concorde comigo eis a questão
Sou Joaninha voa, agora gazela
ora corça
Vivo em mundos paralelos e minha
anima
É uma só!
Flui em ondas invisíveis e em tudo penetra
Deliciosa flutuante torrente das doces fragâncias
Inflamada nas tuas ressonâncias
perco-me
Para me encontrar... em ti.
JoaninhaVoa, In "O Meu Amor"
(08 de Julho de 2008)
4ª Poesia: A VIOLA, O VIOLINO E O VIOLÃO
Eu já tinha lido esta linda poesia
E guardei a essência da inspiração
E com ela compus a melodia
Dum vídeo com viola, violão
E o violino que é a força que extasia
Com seus acordes o coração
Atinge a alma com as freqüências
Agudas que faz eclodir a emoção.
Nos leva ao cume da alegria
E após nos faz por os pés no chão
Eis que no conjunto a sinfonia
Faz – nos ouvir a voz da razão
E assim prepara-nos p’rá mais um dia
Após essa grande reflexão. (Dirceu Marcelino, 6 / 7 / 2008 )
5ª Poesia: A VIOLA SUAVIZA O SOM DO VIOLINO
Às vezes sinto minha inspiração
Assim, como tu falas sem limites
Busco-a ao fundo d’alma e do coração
No recôndito profundo acredite
Onde os sons podem fazer a junção
Entre a escrita da poesia que emite
Através da melodia da canção
A mensagem que em acordes transmite
Para todos sem qualquer distinção
Com a sonoridade intermitente
Entre a viola que em suave evolução
Acaricia a mente resistente
Preparando para a aceitação
Do toque do violino estridente
Que atinge o coração...
(Dirceu Marcelino em 9 de julho de 2008 – Sorocaba-SP, Brasil )
Reinventaram o beijo.
Beijar deixou de ser paixão, virou mania...
Não se olha mais nos olhos de quem se beija
A moda agora é beijar várias bocas numa mesma noite
Nem precisa lembrar os rostos no dia seguinte.
O beijo moderno virou uma espécie de aposta,
Não se admire se alguém te perguntar
Quantas bocas você beijou na noite passada?
Também não se espante se alguém te disser
Que não se lembra quantas bocas beijou na noite anterior.
Pra ser moderno tem que beijar muito
Mesmo que esse beijo seja vazio
Mesmo que esse beijo seja sem paixão alguma
Mesmo que ele não cause nenhum arrepio...
E ai de você se ousar criticar esse beijo...
Ninguém vai querer saber se você é do tempo
Em que beijar envolvia todo um ritual maravilhoso...
Em que beijar despertava os sentidos, provocava suor nas mãos
Fazia você flutuar do chão e passar o resto da semana com o gosto
Da paixão na boca...
Ai de você se ousar dizer que você é do tempo
Em que o beijo era mais que uma corrida de boca em boca.
♥
♥
♥ AMOR PERMITIDO.
♥
É aquele que não é inibido, é desinibido e não sofrido.
É o que se permiti a todas as vontades e desejos e fantasias.
É amor que não cobra.
É amor que não faz mal, puro e natural, real.
Amor Permitido,
Onde se pode ousar, para amar,
Atrever-se para sobreviver, aprender.
Onde sonhar é o realizar.
Com os passos a finco ao chão.
Amor permitido.
É amor sem segredo, sem medo.
É satisfação, e fascinação e sedução.
E lançar-se a chama do amor,
Sem preconceito, sem insultos.
Amor permitido.
É um desejo incontido de amor despido.
Amor aberto a entrega a cumplicidade.
Sem pudores,sem punição, amar é a questão!
Com a certeza, de o outro amá-lo em questão.
Para tudo ficar em comunhão, na relação.
Amor permitido.
Amor correto, nada se retira nem acrescenta,
Apenas por ser permitido inventa.
E quando a coisa esquenta,
Não tem quem agüenta.
Amor permitido.
Não faz mal, desde que não haja ciúmes coisa e tal.
Se ciúmes houver, balanceio se puder.
Ciúmes na medida perfeita, é gostoso, aproveita!
Mas o amor, verdadeiro confia não suspeita.
Amor permitido.
Sabe respeitar,e receber respeito. De cada forma de amar.
Não pode ser culpado por dores, desgostos ou sofrimento.
Infalivelmente, isso se da em um envolvimento.
Mas o amor não tem nada, com mal entendimento.
Amor permitido.
Tem que ter liberdade, prisão é fatalidade.
Fechar as portas para alguém, é fechar ao amor também.
É onde você aceita o amor em seu coração.
Privando-se assim eternamente para solidão.
Viva um amor permitido.
Basta dar o primeiro passo!
Anna ( A FLOR DE LIS ) *-*
Se copiar favor colocar a autoria.
Enviado por CarmenCecilia em Ter, 08/07/2008 - 18:41
POESIA: CARMEN CECILIA
EDIÇÃO E ARTE: CARMEN CECILIA
MÚSICA: YESTERDAY ( PIANO )
Ao teu lado
Ao teu lado comecei...
Construir tudo que sonhei...
Fui navegante...
Nas ondas da paixão
Sempre te tendo em mente...
Nas asas da imaginação
Garimpei desejos
Buscando teus beijos...
Caminhei entre nuvens
Em meio a vertigens...
Desenhei teu corpo
Em comunhão com o meu...
Eterna descoberta entre você e eu
Perdi o chão...
Fui só emoção...
Quando sem noção
Sondava-me... Encantava-me
A veia saltava...
Pois contigo me soltava
Abria um sorriso...
Colorido sem juízo...
Quando aos poucos...
Todos os segredos...
Em meio aos folguedos
Revelavam-se...
E celebravam
Matizes que refletiam
Nossas imagens...
Ah! Doce sensação
Essa benção
De corpos e mentes
Em união...
Venha para meu lado
Esqueça o que houve de errado...
Pois se houvesse pecado...
Nessa louca magia...
Que nos extasia...
Nada mais teria sentido...
Pois todo o sentido
Vem entrelaçado...
Vem encantado...
Quando estou ao teu lado...
Enviado por CarmenCecilia em Ter, 08/07/2008 - 18:35
POEMA : CARMEN LUCIA
EDIÇÃO: CARMEN CECILIA
MÚSICA: NOBODY SUPPOSED TO BE HERE ( DEBORA COX )
Auto-descoberta
De repente, estremeço.
Um arrepio me rouba os sentidos.
Tira-me o chão, em transe permaneço.
Reflexos tomam conta de meus movimentos.
De meus atrevimentos...
O êxtase amplia tais momentos.
Um toque, um forte arrepio... Enlevo total!
Um vôo descomunal...
No ar, gemidos ofegantes, delirantes,
Encontro do sublime com o insano,
Choque do sagrado com o profano,
O arrojo e a fraqueza.
A entrega e a sutileza.
A dúvida e a certeza.
A força do desejo e a submissão.
A confirmação!
A paixão a rondar pelos cantos...
Doidivanas, semeando enganos...
Mentiras sutis, sentimentos vis,
Disfarce imprescindível à nossa carne,
Imbuído, incrustado, penetrado...
Uma fraqueza.Sim! A mais austera!
Uma mentira.Talvez!A mais sincera!
A alma dilacera, o corpo engabela.
E lá fora, em confronto com a paixão,
O amor correndo livre, sem direção.
Enviado por LuzCintilante em Ter, 08/07/2008 - 16:09
*
*
*
*
O dia começa a findar
O sol e seus últimos raios
Fica extasiado a contemplar
A dança dos altivos coqueiros
Passistas e dançarinos de destaque
Coqueiros majestosos e faceiros
Movimentos suaves e ritmados
As folhas com suas saias desfiadas
Exímias bailarinas giram de prazer
Bailam com a sinfonia dos ventos
E de tanto bailar e rodar
Solta do coqueiro uma folha
Folha bailarina estirada no chão
Bailou até seu derradeiro final
O vento, as folhagens, as árvores
O belo trinado canto dos pássaros
É a mãe natureza toda integrada e
Contemplada com o silêncio da paz.