Cima

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Poema de Coração (TR)

Este é um poema que escrevi num momento de inspiração, tem um mistério que é decifrado no final, por isso dá liberdade de conclusões enquanto se lê....

Como é escuro lá fora,

tudo dá medo, tudo apavora!

As coisas que vêem me fazem mal,

percebo então sair do normal,

Ora sou tomado de adrenalina pura,

outrora por tristeza insegura.

Por momentos saltito, deixo de ser constante,

sou feliz....só por um instante.

Momentos também há em que quero parar.

Não, uma esperança! Vou lutar.

Os olhos me traduzem lindo brilho,

quisera eu seguir seu trilho!



Às vezes sou contraído por quem penso conhecer,

Parecem a algo maior (mais forte) obedecer.

Sei que sou forte, trabalho duro.

Porém estou aqui, sozinho, escuro.

Passam por mim a toda a hora,

e nem me notam, como agora.

Que tamanho é a imensidão, o que é a vida?

É o que procuro, uma saída.

Sempre me indago, me questiono:

Para que sou, de nada sou dono?!

Então uma força contagiante,

me guia, me leva adiante.

És parte do todo, simultaneamente tudo,

como se fosse energia, escudo.

Um conjunto depende de você,

e de suas acções com os demais. Porquê?

Porque todos formam um,

pensar só em si não traz bem algum.

Preciso de respostas a meus estímulos.

Transbordo o que tenho, sem acúmulos.

Às vezes julgo, por não saber o que os altera.

"-Imagina, confia, espera...."

Me sinto bem quando tudo está bem,

e o movimento reflecte a presença de alguém.

Recebo sinais de cima,

Me fazem bombear mais rápido,

Embora depois sinta dor, traído...

Sou vermelho, cor da paixão,

nada mais nada menos que seu coração!!!!

TR

Foto de Carolinapinsilva

Sentidos (Carolina Silva)

Leia de cima para baixo e depois de baixo para cima:

"Não te amo mais

Estarei mentido dizendo que

Ainda te quero como sempre quis.

Tenho certeza que

Nada foi em vão.

Sinto dentro de mim que

Você não siginfica nada.

Não poderia jamais dizer que

Alimento um grande amor.

Sinto cada vez mais que

Já te esqueci!

E jamais usarei a frase

Eu te amo!

Sinto, mas tenho que dizer a verdade

É tarde demais..."

Carolina Silva

Foto de Kalyxynha

Para Sempre (Thaís Caliman)



Sangue, por todo lado, Sangue!

Meu sofrimento está acabado

Estamos juntos para sempre

Gritos abafados, gargalhadas

Esse é o som da minha felicidade

O lençol ensangüentado,

Você em cima dele, quieto

Sem brigas...Sem sofrimentos

Um ultimo grito,

Levo minhas mãos ao meu peito...

Meu sangue escorre por um corte

pequeno..mas fatal

Finalmente juntos, sem brigas

Eu ao seu lado..

Meu sangue misturado ao seu

Foi

Foto de brunomiguelmata

Homem desesperado (Bruno Miguel Mata)

Viver na solidão

é viver com dor,

com sofrimento,

é viver sem emoção.

Para quê levar uma vida assim?

Será que vale mais morrer,

ou sofrer?

Vida sem valor,

sem amor.

Mas que mal fiz eu,

porquê a mim?

Eu só queria um grande amor,

com muita ternura,

com muito calor.



Um calor tão intenso

que me aquecesse o coração,

uma mulher que me amasse,

que me pudesse pôr louco de paixão.

Como não tenho essa sorte,

pois ningém gosta de mim,

vou beber um copo de veneno,

pois prefiro morrer assim.

Pode ser que lá em cima,

eu seja mais feliz

pois neste mundo de ódio, de guerra, sem alegria

já não aguento mais.

Não sei o que se passa

sinto o corpo a tremer

estou cheio de calor

será que é agora que vou morrer?

A quem encontrar este meu corpo infeliz,

leia esta minha menssagem,

pois só lhe darei um conselho,

sê mais forte do que eu.

Adeus mundo cruel!!

Bruno Miguel Mata

Foto de quimnogueira

Queria ser o teu sonho...(Quim Nogueira)



... Em frente ao espelho da cómoda do teu quarto, sentada num banquinho forrado a tecido de cortinado vermelho, penteavas os teus cabelos, num ritual que funciona mesmo sem dares por isso...

... a escova passava ora uma, ora duas vezes, de cima para baixo e alisava os teus cabelos sedosos, cor de mel e de marfim... brilhavam no espelho e te revias momento a momento numa expectativa de mudança, o que não acontecia pois não podias ficar mais bela do que aquilo que já eras... a beleza em ti não residia nem morava ... era!...

... a tua camisa de noite, acetinada bege, de rendas sobre o peito alvo de seios firmes e redondos, deixava transparecer a cor da tua pele suave e doce ao olhar sem ser preciso tocar...

... a tua cama de lençóis de prata, aguardava o teu corpo numa ânsia lasciva de quem à noite, só, te espera num desespero de intocabilidade ... e tu, demoravas...

... da cómoda tiraste um frasquinho de perfume e te ungiste com ele o que provocou um agradável respirar a todos os móveis que te rodeavam ... e a tua cama, ansiava pela tua presença... e o teu corpo demorava a conceder-lhe esse desejo...

... levantaste-te de fronte do espelho e te miraste novamente de corpo inteiro e gostaste da tua imagem alva e bela naquele quarto iluminado pela tua presença ... olhaste de soslaio e ... sorriste ...
... sentaste-te na beira da cama e esta suspirou docemente perante a antevisão de que em breve te possuiria. Tiraste os teus pézinhos leves de dentro dos chinelos de cetim vermelho, levantaste um pouco o lençol e te entregaste total e lentamente ao prazer de estender do teu corpo e da entrega final ao teu leito...

... a tua cama nem sequer se mexeu ... aquietou-se para não te perturbar, para que não te arrependesses daquilo que acabaras de fazer, com medo que te levantasses e ela te voltasse a perder...

... a tua cama inspirou baixinho a fragrância do cheiro da tua pele e deixou-se ficar aguardando o teu próximo movimento...

... deitada de bruços te deixaste finalmente ficar e tua cabeça leve pousada de mansinho na almofada, arfava lentamente o teu respirar de prazer por mais uma noite de descanso... e de sonhos...
... teus olhos semicerrados viram a lâmpada acesa e teu braço se estendeu ao interruptor da mesinha de cabeceira para a desligar. Os teus movimentos eram propositadamente lentos para que o tempo demorasse ainda mais do que aquele que já existia...

... e a tua cama sentia... na obscuridade do teu quarto, teus olhos semicerrados olharam o tecto e se fixaram na sua alva cor que permitia uma réstia de luz no meio da escuridão...
... olhaste a janela e pelas frinchas da persiana, divisaste a luz cinzenta duma lua crescente ... avizinhava-se uma noite de lua cheia e teu corpo descansou por um momento... a tua cama então suspirou e te abraçou fortemente...

... em suas mãos te acabavas de entregar... e o sono chegou.... adormeceste...

... não sei mais o que se passou... a noite decorreu, teu corpo diversas vezes se moveu...
... a tua cama não se movia, com receio de te acordar; abraçava-te sempre para não te deixar fugir ... sentia-te sua e possuía-te num sonho imenso de impossibilidade, de impotência, de raiva, por não te conseguir ter tendo-te ali...

... tua mente adormecida, movia-se e sabia-se que sonhavas...
... a tua cama te tinha ... ali, indefesa, sozinha...
... sonhavas e eu aqui, nada mais te pedia ... nada mais desejava...
... queria apenas ser o teu sonho..

Quim Nogueira

Foto de Carlos

De Tarde (Cesário Verde)

Naquele piquenique de burguesas,

Houve uma coisa simplesmente bela;

E que, sem ter história nem grandezas,

Em todo o caso dava uma aguarela.



Foi quando tu, descendo do burrico,

Foste colher, sem imposturas tolas,

A um granzoal azul de grão-de-bico

Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima duns penhascos,

Nós acampámos, inda o sol se via;

E houve talhadas de melão, damascos,

E pão-de-ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro, a sair da renda

Dos teus dois seios como duas rolas,

Era o supremo encanto da merenda

O ramalhete rubro das papoulas!

Cesário Verde (1855-1886)

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