Clamor

Foto de Anderson Maciel

A PROCURA DE UM AMOR

A procura de um amor
Assim saio eu
Nessas noites de clamor
Busco a ti oh amor meu

Apareça em minha vida
Não desejo mais sofrer
Quero ser alegre novamente
Poder enfim agradecer

Entre os sons do mundo
Desejo também gritar
Que meu maior amor do mundo
Veio até mim me encontrar... Anderson Poeta

Foto de Carmen Lúcia

Mãe, uma rosa...

Sigo teu rastro, o perfume que exalas,
tuas palavras, o mantra a conduzir à paz,
ando teus passos e transpasso meus limites
alcançando a luz que o teu ser ao meu, emite.

Olho o espelho e te vejo em meus traços,
teu sorriso sorri comigo, me acaricia,
me agasalha, no inverno, teu abraço
que me aperta quando o frio se anuncia.

Teu exemplo não me deixa desistir
quando cansada sinto que não vou chegar,
tua força me impele sempre a ir
e sempre vou, ouvindo a voz do teu clamor.

Mãe é imortal, estrela que não se apaga,
mesmo se a moldura não perdura e se acaba
fica a essência a preencher toda a carência
do filho que a tem presente, ainda que na ausência.

Colho uma rosa, colho-Te, em teu jardim...
cor vermelha a pulsar em minha veia, em mim.
Beijo-te com a doçura de teu acalanto,
sopro teu orvalho, lágrima de meu pranto.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Vervloet

Do Caçador

Minhas lágrimas em queda d’água
duas torrentes de prata
umedecem o seco chão.
As flores murcham silentes
e as borboletas ausentes
não voejam no quintal.
Os pássaros cerram os bicos...
Ouço um arsenal de tiros
e este barulho maldito
arranca de mim um suspiro...
Morro de dor
junto ao animal abatido
pela mão do caçador,
malvado infrator
que à preservação
das espécies em extinção
não ouve o lastimoso clamor,
nem tem no coração
ínfimos nacos de amor.

Foto de bob_j

Lua

uma lagrima
é o clamor de uma criança
uma gota de esperança
que mancha a fantasia

a alma que não cansa
dançar a mesma dança
com outras melodias

meu espelho
é o azul do infinito
onde pinto o seu sorriso
pra me iluminar

seu grito é tão tímido
bendito é fatidico
uma fera a repousar

o mundo
da volta em suas curvas
envolto em meio a brumas
desliza em nostalgia

fadas que vestem luvas
e desfilam sobre as ruas
roubaram a sua magia

lua
me mande uma canção
que encante um coração
e nos leve a sua altura

lua
me mostre as estrelas
pra que eu possa vê-la
em sua forma pura

Foto de WILLIAM VICENTE BORGES

SARÇA ARDENTE

SARÇA ARDENTE
Por: William Vicente Borges
CANTO I

1
Há um fogo que arde na sarça.
Ela está na minha frente.
Eu tremo. A terra treme!
A sarça arde, mas não se queima.
Continua viva, continua verde,
continua sendo sarça.

2
Há um fogo que arde na sarça.
E meu coração é pequeno demais
para entender este fogo que não queima.
Esta sarça que arde e não se consome.
Esqueço quem sou quem eu fui,
esqueço de tudo, até de meu nome.

3
Há um fogo que arde na sarça.
O deserto está muito quente.
Mas o fogo, este é diferente.
Fogo sem combustível, mas ardente.
Não sei o que faço, se corro, ou fico,
mas não dá pra ficar indiferente.

4
Há um fogo que arde na sarça.
Nunca vi nada assim antes,
como isto pode acontecer?
Será miragem de sol escaldante?
Será que fiquei louco neste instante?

5
Há um fogo que arde na sarça.
Não consigo ver nada ao redor.
Só eu e esta sarça que arde.
O chão não pára de tremer.
Ou são minhas pernas que tremem.
Será aqui que vou morrer?

6
Há um fogo que arde na sarça.
Ouço o crepitar do verde que não queima.
Ouço o crepitar de meu coração batendo forte.
Meu peito também está ardendo.
Sabe que está diante de algo não natural.
Será isto do bem, ou do mal?

7
Há um fogo que arde na sarça.
Devo me aproximar, ou não?
Há algum perigo que a espera?
Não sinto o perigo, mas temo.
Sairei daqui, machucado? Ferido?

8
Há um fogo que arde na sarça.
Quem me trouxe aqui pra ver?
O acaso? O destino? Não sei.
Não acasos ou destinos, creio.
Há propósitos e caminhos,
há na minha mente muito receio.

9
Há um fogo que arde na sarça.
Minha vida, sempre sem pressa, espera.
Preciso aqui aguardar.
O que vem depois da espera?
Deveria ser outro neste lugar.
Não eu diante de estranho queimar.

10
Há um fogo que arde na sarça.
Não irei mais me preocupar.
Uma paz estranha invade minha alma.
Posso neste fogo confiar.
Quero ficar aqui afinal.
Não preciso realmente recuar.

CANTO II

11
Há um fogo que arde na sarça.
O tempo parece que parou.
Começo a pensar em muitas coisas.
Lembranças antigas de outro tempo.
Não sei por que penso nela aqui,
parece que encontrei o infinito.

12
Há um fogo que arde na sarça.
Lembro-me menino ouvindo histórias.
As histórias de um único Deus vivo.
Ouvi de um menino lançado num rio.
Que não foi almoço de crocodilos.
E se tornou um príncipe no Egito.

13
Há um fogo que arde na sarça.
O meu povo escravo naquele país.
Tantos anos longe da terra de seus pais.
Da terra dos antigos adoradores.
Terra que mana leite e mel.
Vivendo, hoje, todo tipo de horrores.

14
Há um fogo que arde na sarça.
As lembranças não param de vir.
De minha mãe ouvi tantas histórias sem fim.
Dos sonhos do jovem José, que sofreu,
que usava capa colorida,
e que em terra estranha venceu na vida.

15
Há um fogo que arde na sarça.
Que faz arder meu peito.
Tenho um povo, tenho uma missão?
Mas não volto mais de onde saí.
Estou velho, tenho medo, não sei falar.
Nada posso fazer nesta situação.

16
Há um fogo que arde na sarça.
Melhor eu parar de pensar.
Esta loucura tomou conta de mim.
Meus olhos doem, estou tonto aqui.
Não quero mais recordar tanto.
Não quero lembrar que fugi.

17
Há um fogo que arde na sarça.
Isso não faz o menor sentido.
Ou será que todo sentido faz?
Não parece haver caminho de volta,
Perdi o sentido de direção
Por quer arde tanto este coração?

18
Há um fogo que arde na sarça.
Quer confrontar minha identidade.
O que espera de mim?
Não respeita minha liberdade?
Como pode me afetar tanto
logo eu nesta minha idade.

19
Há um fogo que arde na sarça.
As lembranças, teimosas, vem e vão.
Objetivação ou subjetivação?
Sim, eu feri, eu matei, em vão.
Meus pecados queimam meu interior.
Não vou reviver mais esta dor.

20
Há um fogo que arde na sarça.
Não vou lutar com estas recordações.
Queria eu, não ter mais memória
Aqui fiz nova vida, estou muito feliz.
Tenho esposa, família, filhos.
Estou como sempre esperei e quis.

CANTO III

21
Há um fogo que arde na sarça.
Volto-me finalmente para o hoje.
Detenho-me diante deste instante.
Como a vida se me apresenta dura.
Mas nada muda o que observo
A sarça cujo fogo perdura.

22
Há um fogo que arde na sarça.
Numa desconhecida relação universal.
Neste dia de um tempo qualquer.
Quem sabe na história ficará.
Ou apenas na lembrança de um homem velho.
Definitivamente não sei o que será.

23
Há um fogo que arde na sarça.
Parece elaborar uma nova ordem.
Acabará com o caos da minha vida.
Sabe bem aonde quer chegar.
Irá iniciar uma jornada definida.
E nada vai lhe embaraçar.

24
Há um fogo que arde na sarça.
Não há como isto contestar.
Há saída para o sofrimento.
O mal não irá triunfar.
Há dia para o fim do tormento.
Heróis com ou sem medo irão lutar.

25
Há um fogo que arde na sarça.
Há belos hinos angelicais.
Há milagres sendo gerados.
Há ventos que sopram do norte.
Há uma obra metrificada.
Há cheiro de vida e de sorte.

26
Há um fogo que arde na sarça.
Há segredos que nele se escondem.
Há verdades que serão reveladas.
Estou perdendo a respiração.
O fogo não vai se apagar?
Não sinto mais nenhuma aflição.

27
Há um fogo que arde na sarça.
Algo que jamais irei esquecer.
Momentos que jamais passarão.
Parece sonho, mas é vulcão em erupção.
A sarça arde com grande poder.
Aumenta minha palpitação.

28
Há um fogo que arde na sarça.
Que beleza sem igual esta visão.
Que mais eu poderia ver depois disto?
O que me chamaria mais a atenção?
Nunca mais esquecerei tal dádiva.
Será minha maior recordação.

29
Há um fogo que arde na sarça.
E que grande ponto de interrogação.
Quantas perguntas me estrangulam.
Quão grande minha imperfeição.
De onde me virão respostas?
Quem me dará a solução?

30
Há um fogo que arde na sarça.
E ninguém segura minha mão.
Que profunda é esta situação.
Como roda minha mente.
Estou ficando sem forças.
Tenho que ficar alerta novamente.

CANTO IV

31
Há um fogo que arde na sarça.
O tempo vai passando sem passar.
Minhas pernas continuam bambas.
Há um silêncio difícil de explicar.
As respostas ainda não vêem.
E eu não paro de suar.

32
Há um fogo que arde na sarça.
Estou com os nervos à flor da pele.
Este lugar parece não existir.
Quero gritar, mas não consigo.
Como suportar este mistério?
Preciso que alguém fale comigo.

33
Há um fogo que arde na sarça.
Uma voz retumba no ar.
É perturbadora, forte, tensa.
Fico paralisado de pronto.
Meu coração reconhece o estrondo.
Minha emoção se torna imensa.
34
Há um fogo que arde na sarça.
Uma voz sem igual sai dela.
Uma voz que não confunde.
Não posso estar delirando.
Não é o calor do deserto
É a voz que estava esperando.

35
Há um fogo que arde na sarça.
Tudo está tremendo mais.
Eu tremo absurdamente.
Não haverá misericórdia?
Quantas coisas na minha mente.
O coração e a razão entram em discórdia.

36
Há um fogo que arde na sarça.
Não sou tão corajoso.
Algo então me acalma.
A voz entra no meu interior.
Sinto que ela me abraça.
Ela é expressão maior de amor.

37
Há um fogo que arde na sarça.
Voz que é igual a de muitas águas.
Que faz até o céu enrolar.
Simplesmente Toda Poderosa.
Voz que tudo transforma.
E ao mesmo tempo formosa.

38
Há um fogo que arde na sarça.
Uma voz que está a me chamar.
Quem fala me conhece bem.
Sabe tudo o que sinto.
Sabe o que penso se,
digo verdades ou minto.

39
Há um fogo que arde na sarça.
Ela não se consome nunca.
Dela vem a voz não natural.
Nada pertence a este mundo.
É tudo para mim estranho,
Tudo é muito profundo.

40
Há um fogo que arde na sarça.
Sei agora que alguém comigo.
Nesta voz que tudo estremece.
Mas sinto nela um amigo.
Estou mais descansado,
Aqui se tornou meu maior abrigo.

CANTO V

41
Há um fogo que arde na sarça.
Há um comando que dela vem.
Ouço em alto e bom som:
E eu obedeço de pronto
__ Tira as sandálias dos pés.
Este lugar é santo!

42
Há um fogo que arde na sarça.
Há foco também na voz.
Há fogo em cada ordem.
Não há como não obedecer.
É a verdade personificada.
Sou parte do seu querer.

43
Há um fogo que arde na sarça.
Tirei as sandálias empoeiradas
Meus pés sentem o chão santo.
Nada é como dantes era.
O passado, o presente, o futuro.
Não existem mais nesta esfera.

44
Há um fogo que arde na sarça.
Uma voz que se deixa ouvir.
Um solo de santificação.
Pés descalços então.
Um poder que sente no ar.
E quase pára meu coração.

45
Há um fogo que arde na sarça.
Ouço atentamente quem fala.
A voz que os antigos ouviram.
O sonho que se tornou real.
O poder que os antigos sentiram.
Neste tom e sobrenatural.
46
Há um fogo que arde na sarça.
Ele esteve comigo no rio.
Guiou meus débeis passos.
O que quer ainda comigo?
Logo aqui no meu sossego.
O que quer meu amigo?

47
Há um fogo que arde na sarça.
Esse fogo existe e não come.
Muita coisa para este finito ser.
Diminuto verme neste mundo.
Tão pobre quanto inútil.
Um simples pastor imundo.

48
Há um fogo que arde na sarça.
A voz continua a falar.
E eu a ouço forte e potente.
O chão treme, estou tremendo.
Um misto de emoções me surpreende.
Mas eu escuto e compreendo.

49
Há um fogo que arde na sarça.
Eu vejo, escuto e sinto.
A cada dito sou atingido.
Não posso sair daqui.
Estou preso fora do tempo.
Não há nem como fugir.

50
Há um fogo que arde na sarça.
Tudo isso é tão possível.
Àquele que fala; àquele que vive.
Nunca de mim se esqueceu.
Em todo tempo me preparou.
Mas porque logo eu/

CANTO VI

51
Há um fogo que arde na sarça.
Ele ouviu o clamor dos aflitos.
E eu aqui livre e contente.
Sem ouvir de todos os gritos.
E daí, se um dia fui valente.
Hoje sou sombra de velho mito.

52
Há um fogo que arde na sarça.
Eu digo que não quero ir.
Vendo o fogo, ouvindo a voz.
Mesmo assim me mostro covarde.
Mas ele transforma a mão e o cajado.
Fortes argumentos de sua parte.

53
Há um fogo que arde na sarça.
Eu não imaginaria jamais isso.
Ter agora este “chama-mento”.
Sair da paz deste meu momento.
Para buscar um povo que chora,
Por que ele viu o seu tormento.

54
Há um fogo que arde na sarça.
Não há como a ele dizer não.
Convence-me de forma plena!
Subjugou minha teimosia atroz.
E quando me indagarem quem és?
Dirás que “Eu Sou” enviou a vós.

55
Há um fogo que arde na sarça.
Uma jornada de volta vou enfrentar.
Um grande inimigo me espera.
Mas este amigo me acompanhará.
Não sei o que verei daqui em diante.
Mas o poder me acompanhará.

56
Há um fogo que arde na sarça.
E tudo se transforma novamente.
Com Ele é assim, não há discussão.
Nada do que pensamos, quase? Vale.
Planos? São todos em vão.
Mas é melhor repousar em sua mão.

57
Há um fogo que arde na sarça.
Jamais irei saber por que eu?
Diante de tantos outros mais fortes.
Logo a mim, fugitivo de outrora.
Um homem sem nome ou atrativos.
Completamente destituído de glória.

58
Há um fogo que arde na sarça.
Este fogo agora arde em meu coração.
Sigo em frente, cajado na mão.
A voz ressoando em meus ouvidos.
Caminho agora para minha missão.
Ouço como ele dos irmãos os gemidos.

59
Há um fogo que arde na sarça.
Fogo para consumir a escravidão.
Que faz tremer o pior opressor.
Ai dos que oprimem o povo do grande “Eu Sou”.
Ai daqueles que tocam em seus ungidos.
Pois é o povo que ele sempre amou.

60
Há um fogo que arde na sarça.
Olhando-os livres, e dançando após o mar.
Vendo os milagres que Ele realizou.
Vendo as mulheres sem correntes nos pés.
Ainda me ressoa a voz onipotente:
__ Agora vai! Moisés!

.................................

Foto de Gideon

Há tanto tempo Senhor - Uma oração.

Há tanto tempo Senhor - Uma oração

Há tanto tempo, Senhor,
Antes que as estrelas brilhassem,
Antes que a escuridão reinasse no Universo,
Antes que o ser existisse,
Antes que as memórias registrassem as lembranças,
Antes de tudo o possível
Tu me amaste e me desejaste.

Há tanto tempo, Senhor,
Que jamais mentes puderam imaginar,
Quando a ciência nem se esmerava em buscar,
Tu me adotaste, me quiseste,
E me separaste...

Senhor, o seu amor expressa-se
Na exclusividade misteriosa,
Que destes a mim neste imenso Universo.

Em criar-nos, homens e mulheres
Para sobrepujarmos as estrelas,
As nebulosas, os buracos negros,
As nuvens de poeiras celestiais, as galáxias.

Enfim, todos os astros fincados
Nas entranhas de sua obra, o Grande Universo,
Para sermos, Senhor, nós, simples humanos,
Seus prediletos adoradores.

Há tanto tempo, Senhor
Resolveste transcender o seu habitar
E nos amar, amar tanto
Ao ponto de fazer-se infinitamente
Pequeno como nós, para sentir as nossas dores,
Os nossos sofrimentos e alegrias.

Para caminhar em nossas sinuosas estradas,
Compartilhar dos nossos sentimentos de amizade,
Sofrer a traição e dialogar com os desprezados.

Fazer-se, por amor, tão humano ao ponto
De se submeter ao abandono, na hora da própria morte,
De quem jurara, na pequenez humana,
Momentos antes, dar a vida por ti.

Há tanto tempo, Senhor
E por inúmeras vezes estendeste os seus braços
Recebendo-nos de volta com um carinho,
desconcertante para nós,
Por não compreendermos tanto amor.

Senhor, mesmo quando sentimo-nos distantes
E sozinhos, tu esconde-se em nosso coração,
Finca as suas sandálias em nosso interior,
E aguarda paciente e cuidadoso,
O nosso clamor de socorro.

Nesta hora, sorri e nos olha profundo,
De dentro para fora,
Lavando-nos de nossas impurezas e mazelas,
E consolando o nosso choro.

Há tanto tempo, Senhor
Nos ama, nos deseja e nos aceita,
Que sabemos que nunca seremos órfãos de ti
E que podemos contar contigo
E nos refugiar em seus ombros.

Senhor, pela nossa pequenez
Fitamos os olhos nos céus estrelados
Deslumbrados com a imensidão das constelações
Que conseguimos alcançar,
E pensamos no privilégio que nos destes
De sermos eternamente, os seus protegidos adoradores.

Nesta hora, Senhor, regozijamo-nos pela esperança
De que voltarás aqui, vindo deste infinito Céu
E nos resgatará desta impura Terra,
Já tão contaminada pela devassidão do pecado,
Para um outro, dentre tantos lugares que criastes
Neste imenso Universo.

Lá, então, viveremos uma nova realidade
Em nada comparada com a de cá,
E poderemos para sempre louvar a sua glória,
A sua magestade e infinitude,
Sem mais o incômodo do pecado...

Obrigado Senhor.

Foto de André2112

Despedida

Não sei mais o que fazer
Pra que permanecer?
Não quero estar aqui para ver
Acho que é assim que deve ser

Desse jeito abro meu coração
Se pudesse fazia uma oração
Nesse momento eu prefiro não
E nem vou fazer uma canção

Amanhã tudo vai mudar
Não teremos mais aquele olhar
Talvez só poderemos sonhar
Não saberemos mais como voar

Se eu te dissesse quando te vi
O que na verdade senti
Saberia que nesse momento vivi
E em cada momento depois sorri

Mas nem tudo é amor
Tudo perde o sabor
Nem ouves o meu clamor
Não há como sentir a minha dor

Nesse momento deixo sua vida
Não consigo ver outra saída
Não deveria haver despedida
Mas dessa forma será nossa vida.

Foto de Gabriela Bedalti

Ei, alguém ai...

Ei, alguém ai pode me dizer, pode me esclarecer
um dúvida, um raio de uma pergunta
Que não quer parar de minha mente atrapalhar
E me deixar louca, completamente doida.

Alguém ai já amou, por acaso se apaixonou
por um impossível amor, nascendo um clamor
de imenso desejo, pois é o que eu vejo
crescendo em mim nesse momento, acrescento.

Uma vez infeliz, alguém ai
já fortemente sonhou com o príncipe que encontrou
e os sonhos se foram, como fumaça dissiparam
porque eram grandes demais, alcançado jamais?

Alguém já chorou, de chorar se cansou
levantou se do chão, mas lutou em vão
por aquele sentimento, e só viu aumento
da dor, do calor do amor, daquele fervor?

Se alguém já passou, por esse caminho e deixou
história pra contar, coisas pra falar,
por favor me diz, como conseguiu sair
e como deixou de amar aquele com quem mais queria ficar?

Foto de Maria silvania dos santos

Ajude-me a ser um escritor!

Ajude-me a ser um escritor!

Quero ser vitoriosa, a vitória quero ganhar, por isto vou lutar para que ela eu venha a alcançar.

Quero conseguir meus certificados, em percas não quero nem pensar.

Pois o DEUS que eu sirvo é DEUS GEOVÁ é para glorificar, e as bênçãos contar.

Eu sei que terei algum valor, a DEUS darei o meu louvor, pois ele é meu professor e me ajudará com seu amor. A ele eu glorificarei, também o pedirei um grande favor, que atenda meu clamor, ajude-me a ser uma (o) escritora já que não pude ser uma doutora!Um dia eu quis ser doutora, os meus sonhos o vento levo, hoje quero ser escritora (o), mas não seio se tenho valor. Se um dia eu ser escritora, serei com honra e muito amor!

Mas por falta de meus estudos, ganhar é só por força da gloria do meu superior. Pois meus estudos não pude realizar, minha infância foi trabalhar, dos meus irmãos cuidar. Estudar não foi meu alcançar, por isto meus sonhos perderam em livros arquivados.

Deles com meus pais não pude falar nada, pra eles é coisa pra quem que ficar parado.

Por meus sonhos chorei calada, muitas vezes em longas madrugadas.

Será que um dia eles cerão encontrado, ou para sempre enterrado?

Silvania1974@oi.com.br

Foto de Bruno Silvano

Tudo o que era, que se foi, logo agora vai voltar a ser (Criciúma)

Era mais que multidões, embalados em um único foco
Focados, na direção dos campeonatos que, passaram de grandes desejos
Era apenas um simples sonho, que se passou pela mente de milhões de apaixonados
Exaltados pelo embalo, desse time brilhante, que nesses corações havia estado..

Guiados por um amor desenfreado, descontrolado por grandes ambições
De povos unidos, por um mesmo intuito, a que levava o time ao auge do seu ter
De emoções, em um dia poder ver, o que muitos não podiam crer

Das lagrimas que encheram um pranto de alegria, um povo de bem-dizer
Absorvidas por um manto sagrado, e consagrado em querer estar dentro de cada coração apaixonado crente em um novo reconhecimento, em um novo sonho a satisfazer..

De heróis do passado que apoiaram e desmistificaram, as barreiras do destino
Através de cantos que entoavam em cada coração
Da transformação de cada impulso, em celebração, que empolgavam e estimulavam a criação de uma nova direção

Onde os Desejos iam além, do poder, do desejo de conseguir, do impossível que tudo é possível pra quem, se arrisca em ser feliz,
Dos anseios de não ser campeão, mas ter dado o melhor de si.

Dessa explosão ofegante, de alegria eterna, de todo dia acordar e lembrar, dessa geração contagiante
Desses novos tempos que nos conduzira, a um novo apogeu
De glorias, que voltarão para provar que nada do que já foi, desapareceu.

De uma positividade refletida em cada face festejante
Vibrante por cada novo dia poder estar ao lado de que mais nos importa
De poder festejar, cada vitória alcançada, com todos os corações alucinados
Por uma mesma paixão
Dessa torcida, a mais apaixonado por seu time do coração!!

Bruno Patrício Silvano

“O Criciúma, é maior que tudo, é um conjunto de reações, jamais encontrados em outros seres-humanos, é todo o clamor e o amor da torcida, em um só coração”

Bruno Patrício Silvano

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