Companheiros

Foto de Sirlei Passolongo

Qual a cor do pecado? 13 de maio

Qual a cor do pecado?

Me roubaram a liberdade
Tomaram posse da minha alma
Me fizeram
rezar outros credos
abandonar minhas canções.

Trocaram o meu nome
Poluíram minha cultura
Criaram mitos malditos
De que minha crença
Era bruxaria e feitiço...

Mas a crença dos brancos
Poderia me salvar do inferno
E me mostrar o paraíso
Um lugar de escolhidos...
E me jogaram num tumbeiro
Conheci o inferno e o lixo.

Perdi pai, mãe, filhos
irmãos e companheiros
Para conhecer o tal céu
Pra libertar minha alma
Onde esteve esse Deus dos brancos?
Meu povo morreu no mar
Na terra, na guerra, no canavial
No chicote, de doenças
No tronco e corrente
Da sorte de todo mal.

Mas não me responderam
E o pecado tem cor?

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Dirceu Marcelino

PARADA LUZITANA - Marchas e passeios nas praias de Caparica - 5ª parte da VIAGEM DO TREM ENCANTADO para Portugal

************************************************************************EDSON
Homenageio ao nosso amigo Poeta EDSON MILTON RIBEIRO PAES, que em coments de APITO DO COMBOIO, escreveu este lindo POEMA:

PARADA LUZITANA -

Em Barreiro, Lourosa ou Lisboa...
A emoção é sempre a mesma...
Com sentimento de coisa boa!!!

Na Costa da Caparica...
Em Olhão ou Aveiro...
Esta historia esta ficando rica...
È por demais lisongeiro!!!

Todos em perfeita harmonia...
Compõe uma magistral obra...
O Território Portugues é pura poesia...
E Poetas tem de sobra!!!

Espero que O Prof Marcelino...
Não dê partida no trem...
Esta viagem é a melhor parte do meu destino...
A cada instante se junta mais alguem!!!

A todos companheiros de viagem...
Levanto um brinde com vinho do porto...
Juntos escreveremos a paisagem...
Todos, ajudando uns aos outros!!!

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"CONSTRUINDO FANTASMAS"

“CONSTRUINDO FANTASMAS”

A cada medo...
A cada sussurro...
Perde-se totalmente o sossego...
Mergulha-se no escuro!!!

Esconde-se do nada...
Treme do vento...
Renuncia avisada...
Perigosos lamentos!!!

Barulhos ameaçadores...
Sombrias figuras...
Teatro dos horrores...
Museu das agruras!!!

Fantasias da mente...
Rotina do acuado...
Fugas da verdade...
Terror simulado!!!

Fantasmas companheiros...
Seguidores tristonhos...
Acumulo de medos...
Tempos medonhos!!!

Um grito de liberdade...
Uma explosão de alegria...
Uma injeção de vaidade...
E uma vida em harmonia!!!

Foto de Gideon

A Arte de Gabriela

Estou envolto em um mundo de pensamentos. Aqueles que nos assaltam parecendo ninjas insurgentes da escuridão. Livros, um após o outro, um junto ao outro, um por cima do outro. Estava lendo Exegese Bíblica, um livro maravilhoso e profundo sobre interpretação bíblica, mais ainda, sobre a interpretação do Cristianismo. De repente após o almoço, caminhando incertamente pelo Centro do meu maravilhoso Rio de Janeiro com a intenção de fazer a digestão do almoço, encaminhei-me para a charmosa Livraria Imperial, no Paço Imperial. Entrei e vaguei de um lado para o outro observando os livros sem pretensão e disposição financeira de comprar qualquer um deles, os quais eu olhava displicentemente. Como sempre faço, caminhei para a estante de Artes para ver alguma coisa sobre música e pintura. Deparei-me, então, com dois imensos, pesados e envelhecidos volumes de Arte em perfeito estado de conservação. Dois "tomos" com pinturas famosas desde a Renascença até a publicação dos livros, que se deu em 1932. O texto, com aquele português antigo e regra de acentuação diferentes da atual, me cativou profundamente. As pinturas são coladas nas páginas conforme aqueles álbuns de fotografias da época de nossos avós. Meus olhos brilharam. Me apressei e comprei os dois volumes. No caminho para o caixa, casualmente olhei para o lado e vi um outro livro: "Eu, mulher da vida" de Gabriela Silva leite. Alcancei-o instintivamente e folheei-o rapidamente. Resolvi também comprá-lo. Cheguei ao caixa, paguei-os e os enfiei em duas sacolas grandes. Saí saí e apressei os passos de volta para o trabalho.

Imediatamente quando cheguei em casa, comecei a ler os livros. Ora, eu iniciei este escrito falando dos diferentes livros lidos ao mesmo tempo, lembram-se! Pois é, assuntos contradizentes, conflitantes, etc. Mas não é assim a nossa imaginação, o nosso pensamento? Náo é tudo misturado mesmo? Nossos pensamentos parecem preemptivos e compartilhados. Folheei com atenção e curiosidade os livros de Arte. Realmente muito bonitos. As obras são fotografias autênticas, ou seja algumas tiradas pelo autor e outras reunidas e organizadas por ele diretamente de onde estavam expostas. O livro inicia com obras do século XIII. Para cada pintura o autor descreve as situações que as envolvem etc. Vou usá-los para decorar a minha sala e o meu quarto no futuro. Ficarão expostos, abertos ao acaso... Bem, mas o que me impressionou muitíssimo mesmo foi a Gabriela. Isso mesmo. O tal livro que veio como de brinde junto aos de Arte. Trata-se de uma prostituta que se tornou líder de todas as outras prostituas. Ela hoje deve ter uns 54 anos, mas na época em que escreveu o livro tinha 40. O livro foi editado em 1992. Devorei-o em 3 dias, dando descanso para o de Exegese.

(...) O Lula estava no palanque com o Gabeira, que fez questão que eu
falasse...
Não tive dúvida quando me deram a palavra. Contei a história,
dizendo mais ou menos assim: "Ao conhecer pessoalmente o cara que eu via de
longe falando em São Bernardo do Campo, como sindicalista, a sensação que
eu tive foi uma baita raiva porque ele me molhou de suor quando me abraçou. É
que isso me fazia lembrar dos homens na zona, no verão, e uma coisa que eu
detestava era quando eles iam transar com o corpo suado e ficavam pingando o
suor em cima de mim.
Senti que o povo se assustou um pouco, os
políticos mais ainda ( a não ser o Gabeira, que dava um sorrisinho
cúmplice), aí acrescentei: "Depois que a raiva passou, eu fiquei pensando.
Então, ele é um homem igual aos outros, porque ele também sua. É igual aos
homens que iam na zona e transavam comigo nas tardes de
verão."

Continua ela:

Quando desci do palanque, tinha um
monte de gente chorando, querendo me abraçar. Era gente comum, que eu nunca
havia visto na vida. Mas vieram também meus companheiros católicos do PT, (...),
esbravejando comigo, que aquilo não era discurso para se fazer em comício. (...)
Quando foi à noite, estava ainda bastante confusa, achando que no fundo tinha
feito mesmo algo errado. Envergonhada do meu discurso, fui à Churrascaria
Majórica, no centro de Friburgo.
Ainda na porta, o Lula me chamou meio de
lado, e me disse com aquele vozeirão rouco:
“Gabriela, eu queria fazer uma
perguntinha a você. Minha mulher sempre me disse para eu usar desodorante, mas
eu não gosto. Ela diz que eu transpiro demais e que meu suor fede. E hoje você
falou disso no seu discurso. Me fala com sinceridade, não precisa mentir: eu
estava fedendo muito naquele dia? Foi por isso que você ficou com
raiva?”

Imaginem que este livro foi escrito muito antes do Lula ganhar as eleições presidenciais.
O mais interessante do livro é uma coisa que ficou clara para mim. A Gabriela era prostituta e não queria deixar de sê-la. As pessoas e instituições que tentaram ajudá-la o faziam com a intenção de que ela deixasse a sua vida indigna. Ela sempre afirmou que gostava de ser prostituta e mesmo assim ser útil para a sociedade e para as outras pessoas que precisassem dela. Por aí vai o livro.

É uma visão realmente chocante. Confesso que me chocou também. São os nossos preconceitos que são revolucionados com situações que ela conta no livro. Achei bom ler este livro. De fato fez-me ver um pouco o outro lado da moeda, apesar de achar que existem formas de vida muito mais saudáveis e que nos fazem infinitamente mais felizes que a que ela optou, ou seja, a prostituição. A felicidade da família é algo inigualável.
Impossível não associar o estilo de vida de Gabriela com uma obra de Arte. Seria a Arte da Vida? Os lugares que ela freqüentou, as pessoas que ela conheceu em situações e momentos singulares parecem todos tons das tintas de uma palheta de aquarela. Eu aqui, lendo o seu livro e paralelamente pintando na imaginação um quadro!

No início achei Gabriela meio grosseira, mas a medida em que fui passando as páginas fui descobrindo uma erudição espontânea e, talvez, inconsciente. A erudição de Gabriela é especial por não permitir que a sua narrativa tome forma clássica e torne-se comum. Ela pincela, vez outra, doses de “grosseria” na linguagem coloquial que nos faz lembrar a sua origem e forma de vida. Isso é deliberado e me fascinou na leitura, pela sutileza e inteligência que ela demonstrou.

A Arte, pelo menos no meu ponto de vista, não tem de ser necessariamente materializada. Tem de ser sentida. Que seja por uma só pessoa, e isto, de alguma forma é uma característica da Arte, de nos dar a liberdade de subjetivamente vivê-la, experimentá-la. O livro de Gabriela fechado, é como uma partitura na estante. Lido, torna-se uma música executada, com todas as suas componentes, melodia, harmonia e ritmo. Ou seja, a sua Arte somente é sentida quando entramos em seu mundo, quando a ouvimos, quando nos chocamos com a sua firmeza em ser chamada de prostituta. Talvez pelo seu deboche da sociedade careta e hipócrita, como ela repetidamente declara.. Desesperadamente procuro referências nas formas de Arte existentes, como a música, a pintura, para decifrar Gabriela. Mas deveria? Ou seria a prostituição a própria Arte de Gabriela? Gabriela não é prostituta. Gabriela é artista! Não, com certeza, ela gritaria ao ler essa abominação à sua maneira de viver:

- Mais um idiota tentando me redimir para o seu mundo!

E assim segue Gabriela, pintando na vida a arte da prostituição, e com isto me chocando e fazendo-me mais sensível à Arte, a mãe de todas as Artes. A vida!.

Enfim, vou voltar para o meu livro de Exegese que por sua vez está também mexendo profundamente com a minha maneira de encarar o Cristianismo.

É a leitura, os livros, transformando-nos. Viva aos livros! Viva às pessoas!

Foto de Rose Felliciano

RETROSPECTIVA

(O Vento só leva, quem se deixa levar...)

RETROSPECTIVA

"Apesar de beber o mel e amargar o fel...
Dei risadas refletidas
Contemplei as madrugadas
Como o maior espetáculo da vida...

Andei de mãos dadas
Sonhei acompanhada
E meus olhos brilharam por nada...

Viajei por lugares belos
Onde o sol de um amarelo
Se negava a ir embora

Mas a lua de ciúmes
vinha a se aproximar
e espiava de mansinho
O meu jeito de amar....

Se despedidas houveram
se a dor sem dó meu coração dilacerou,
não foi isso que sobrou...

Vi o amor frente a frente
Estive por vezes contente
Fiz poemas até da dor....

Tive amigos companheiros
Uma família que esmero
Trabalho conquistas e satisfação

A saúde está saudável...
O coração teimou um pouco
mas foi de saudade, coitado....
Já está bem...Já está bem....

O mais importante eu tive
Deus bem pertinho de mim...
E Sua Graça e Amor
Me mostrou o meu valor
e me fez Recomeçar.

Nessa Retrospectiva
se passos houveram prá trás
Com toda certeza do mundo
Fora o impulsionar
para que eu pudesse saltar!!!!!" (Rose Felliciano)

Foto de psicomelissa

Desde quando a solidão é uma escolha ?

DESDE QUANDO A SOLIDÃO É UMA ESCOLHA?

As pessoas passam a vida criticando às outras, mas não se dá o trabalho de se colocar no lugar do outro. Afinal estar tecnicamente com alguém pra que?
Se muitas vezes a companhia de um morto seria muito mais companhia do que de uns e outros indivíduos que se dizem companheiros e cúmplices.

Maria Eduarda sabe que é muito exigente e tem um temperamento muito difícil de lidar, porém os candidatos estão cada vez pior, não valorizam nem reconhece nenhuma qualidade da mulher, mas exigem a perfeição, sendo que nada fornecem em troca, mas é curioso que um relacionamento amoroso é uma estrada de mão dupla.

Observamos que existem mulheres, como Maria Eduarda que desejam um amor de verdade, uma verdadeira historia de amor, mas que não deve ser escrita sem os protagonistas e que os substitutos só iram fornecer migalhas de afeto, o que deixaria uma enorme insatisfação e uma frustração gigantesca porque sempre haverá a seguinte pergunta: como seria minha vida se eu tivesse feito outra escolha.

Se tivesse optado em ficar só, será que não podia ter conhecido o CARA certo?

Serei infeliz eternamente?

Terei a chance de ser feliz novamente?

A grande dificuldade é achar a pessoa certa, na hora certa. Por isso que devemos ter ciência de que na nossa vida as conseqüências são apenas os reflexos ou o pagamento das escolhas feitas.

Foto de psicomelissa

Desde quando a solidão é uma escolha

As pessoas passam a vida criticando às outras, mas não se dá o trabalho de se colocar no lugar do outro. Afinal estar tecnicamente com alguém pra que?
Se muitas vezes a companhia de um morto seria muito mais companhia do que de uns e outros indivíduos que se dizem companheiros e cúmplices.

Maria Eduarda sabe que é muito exigente e tem um temperamento muito difícil de lidar, porém os candidatos estão cada vez pior, não valorizam nem reconhece nenhuma qualidade da mulher, mas exigem a perfeição, sendo que nada fornecem em troca, mas é curioso que um relacionamento amoroso é uma estrada de mão dupla.

Observamos que existem mulheres, como Maria Eduarda que desejam um amor de verdade, uma verdadeira historia de amor, mas que não deve ser escrita sem os protagonistas e que os substitutos só iram fornecer migalhas de afeto, o que deixaria uma enorme insatisfação e uma frustração gigantesca porque sempre haverá a seguinte pergunta: como seria minha vida se eu tivesse feito outra escolha.

Se tivesse optado em ficar só, será que não podia ter conhecido o CARA certo?

Serei infeliz eternamente?

Terei a chance de ser feliz novamente?

A grande dificuldade é achar a pessoa certa, na hora certa. Por isso que devemos ter ciência de que na nossa vida as conseqüências são apenas os reflexos ou o pagamento das escolhas feitas.

Foto de psicomelissa

Desde quando a solidão é uma escolha

As pessoas passam a vida criticando às outras, mas não se dá o trabalho de se colocar no lugar do outro. Afinal estar tecnicamente com alguém pra que?
Se muitas vezes a companhia de um morto seria muito mais companhia do que de uns e outros indivíduos que se dizem companheiros e cúmplices.

Maria Eduarda sabe que é muito exigente e tem um temperamento muito difícil de lidar, porém os candidatos estão cada vez pior, não valorizam nem reconhece nenhuma qualidade da mulher, mas exigem a perfeição, sendo que nada fornecem em troca, mas é curioso que um relacionamento amoroso é uma estrada de mão dupla.

Observamos que existem mulheres, como Maria Eduarda que desejam um amor de verdade, uma verdadeira historia de amor, mas que não deve ser escrita sem os protagonistas e que os substitutos só iram fornecer migalhas de afeto, o que deixaria uma enorme insatisfação e uma frustração gigantesca porque sempre haverá a seguinte pergunta: como seria minha vida se eu tivesse feito outra escolha.

Se tivesse optado em ficar só, será que não podia ter conhecido o CARA certo?

Serei infeliz eternamente?

Terei a chance de ser feliz novamente?

A grande dificuldade é achar a pessoa certa, na hora certa. Por isso que devemos ter ciência de que na nossa vida as conseqüências são apenas os reflexos ou o pagamento das escolhas feitas.

Foto de Raiblue

Ponto de fusão

.

Minúsculas partículas
Átomos, íons ,divisão
Repulsão, atração
Fluxos de energia
Pulsação...
Pupilas, retinas
Fantasias...
Esferas que viajam
Pelo o espaço dos sonhos

Atmosfera mística...

Projeção, pressentimento
Guiando o fluxo
Da alma e dos corpos
Sem destino...
Mistura de elementos fluidos
Química entre delírios úmidos
Desejos ácidos que corroem a pele

Mas não dói...

Portais são abertos
Para encontro secretos
Marcados na linha de um tempo
Só nosso, habitantes da noite...
Na realidade, estrangeiros...
Oniricamente, companheiros
Tripulantes da mesma nave...

Viajantes insanos, demasiadamente humanos ...

(Raiblue).

P.S.:Todos os meus textos estão registrados na Biblioteca Nacional.
Lembre-se que plagiar é crime!!

Foto de Joaninhavoa

Óh! Tempo

Óh! Tempo volta pr`a traz
Queria mudar a minha vida
Que jaz perdida… numa lida
Num vem que não vai
Vem. E não vai pr`a ninguém!...

Óh! Tempo volta pr`a traz
E traz-me tudo de bom
Daqui pr`a frente vê com
bom tom… como sou sagaz
e até capaz… de te achar um ás!...

Óh! Tempo volta pr`a traz
E sê um bom cavalheiro
A lutar. Se preciso for d`espada
Como os companheiros da luz e da paz
Na longa caminhada desta estrada!...

Óh! Tempo volta pr`a traz
Mas não me tragas o que eu perdi
Porque eu só perdi o que o destino
Quiz que eu ganhasse
A ti!...

JoaninhaVoa, em
10 de Janeiro de 2008

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