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Foto de Zedio Alvarez

O castigo do amor

Escute aqui garota!
Não tenho mais nada a provar
Meu coração estar em ruínas
Minhas forças se entregaram a minha sina

Se não ficares comigo
Vais conhecer a espada do castigo
E com o pensamento da maldade
Verei-te nos porões da crueldade

Não ouvirás o canto do Uirapuru
Não verás o sol e a lua se cruzarem
Não verás as estrelas brincarem de Via Láctea
Você não ficará zen

Não atenderão a tua voz
Ficarás na companhia de um algoz
Trancafiada na casa da solidão
Serás acorrentada das mãos até o coração.

Não verás o passeio dos colibris
Não enxergarás a imensidão dos anis
O mágico primor de Deus lhes negará
A desgraça em ti se hospedará

Não terás a noção do que é amar
Pois lhes faltará paladar
Até para um alimento degustar
Teu Anjo da guarda te desprezará

Foto de Paulo Gondim

Sentir-se só

Sentir-se só
Paulo Gondim
19.06.2006

Viver só? não vivo.
Como ninguém vive só
Se é que isto é viver
Em simples companhia
De amigos, de família
Como filosofia
Porque assim foi
Porque assim é
Nessa atrofia

Viver só? Não vivo
Porém, o caso é bem pior
Não vivo, me sinto só
Eis a pior solidão
Sentir-se só, isolado
No meio da multidão

E vejo o vai-e-vem constante
Das pessoas andantes
Umas pra lá, outras pra cá
Como fantasmas errantes
Macilentas, obscuras
Fugindo se suas amarguras
Fingindo vida, fingindo viver

E os dias se repetem
Um a um, de forma constante
Na frieza do tempo, que passa
Implacável, como devassa
Do que fomos e não fizemos
Sem direito a defesa
Sem qualquer clemência
Sem a complacência
De uma nova chance

O hoje é agora. Não resta demora
Agora é a vez, não há outra vez
Nem nova partida
O tempo não volta
Passou, nunca mais...
Viveu, muito bem!
Não viveu? Diga amem!
Porque esse tempo se foi de uma vez
Não volta jamais, não tem outra vez
Por isso essa angústia me faz bem pior
Não sei quem eu sou, um vulto talvez
E nesse conflito, me sinto mais só

Foto de MitWin

Es tudo o que há de bom....

1000 elogios nao servem pa te descrever,
neste mundo es o mais lindo ser, que pode haver,
para mim és tudo o que há de bom,
eu sou a rima, tu és o som,
ou foi Deus que se esmerou ou tu tens um dom,
porque há músicas sem mensagem mas tu és um verdadeiro flow,
nao penses que tou a exagerar porque nao tou,
a verdade é pa dizer e se és perfeita pa ke esconder?
no meu puzzle es a peça, que me completa,
por vezes tens veneno mas esse veneno nao infecta,
quando nao tas ao pe de mim, olho para a tua fotografia,
porque a cena que mais keria e que tivesses na minha companhia,
porque agarrado a ti milagres eu fazia,
bastava estalar os dedos e o clima acontecia,
imagina tu como e que seria,
ficavas tao kente que o teu corpo tinha uma avaria,
se tas apaixonada é por minha culpa?
mas olha que eu e eu fazemos uma bela dupla.......
Amote....

Foto de Mitchell Pinheiro

Tempo Nimboso

O céu a chorar
Há alguém sendo ensimesmado
Olhando a natureza atuar
Deixando-se ser atacado
Deitado em companhia lunar
E de pingos irritados
A cabeça a menear
O corpo sendo revirado
Um destino a se quebrar
Um coração chacinado
Um amofinado a espadanar
Um espírito fracassado
E à noite se passa
Sem sono
Sem graça
E o sol acorda o mundo
Enxugando as lástimas
Um destino a se reedificar
Um coração conformado
Um obstinado a recomeçar
Um espírito sanado
Um passadismo a se apagar
Um futuro cogitado
Um receio em confiar.

Foto de MARTE

NOITES DE LUAR

São rimas os meus labirintos,
Que existem no meu coração
São pensamentos intimos
Quando sinto a tua sedução!

Percorrem todo o meu querer,
Quando encontro o teu olhar
De menina com sabor a mulher
Que sente este meu caminhar!

São loucas e longas madrugadas
Passadas na companhia do luar
Até ao nascer das alvoradas
Reflectidas neste imenso mar!

São sentidas as noites amenas
De muitas seduções místicas,
Com simples olhares apenas
De simples reflexões mágicas

Fazemos do luar confidente,
Um sentido murmúrio falante,
Num simples amor amante
Que é cada vez mais constante!

São noites de lua cheia,
Com uma certa brisa no ar
Caminhando pela praia
Olhando este imenso mar

Contemplo o céu coberto
Das luzes das estrelas,
Simplesmente fascinante
O tão longe e tão perto
Como um cintilar de velas
Num silêncio que é constante!

Sinto o gosto da água salgada,
Misturada com o teu cheiro doce,
Com o sabor do louco pecado,
Na simples malicia atrevida...
Como se tudo passado... fosse,
Um sonho na noite...sonhado!

Foto de bsmash

Nada se compara a ti

Nada se compara a ti. Tudo parece imperfeito quando comparado contigo. O teu olhar transmite tanto, o teu sorriso contagia seja quem for tão genuíno e tão doce. Quando olho para ti não vejo uma pessoa, vejo sim o anjo mais bonito que alguma vez vi. Dizes que és somente uma menina, mas essa menina é tão doce, tão bela. Que não existem palavras para te poderem descrever como deve ser. És uma menina a quem fiquei rendido, fico a cada segundo que passa, e ficarei sempre rendido. Sabes porque? Por seres quem és, nunca mudes a tua existência e vital para muitas pessoas. De certeza que o mundo não era o mesmo sem ti. Não consigo imaginar um mundo sem ti. Sem a preciosidade da tua existência. Nada digo de novo, talvez ate me repita. Mas continuarei a dizer isto ao vento, para vento poder espalhar ao mundo a menina maravilhosa que és. Para quem não te conhecer desejar conhecer-te. E se as pessoas depois de te conhecerem, não gostarem do que viram, não te preocupes porque eu continuarei a gostar de ti como és. Estarei sempre aqui nos bons e maus momentos. Limpar as tuas lágrimas a sorrir contigo e desejar que cada momento se torne imortal. Porque a tua existência para mim se tornara imortal. Nada mais quero dizer, senão que gosto muito de ti. Que tu para mim, és a razão da minha sobrevivência. Eu ainda estou vivo porque um dia me deste a mão, quando estava a um passo do abismo. A ti devo a minha vida. A ti devo hoje ser feliz, e querer a tua companhia, mais do que tudo. Ao ver o teu sorriso faz-me que o mundo pode ser maravilhoso basta lutarmos por ele, quando vejo as tuas lágrimas lembro-me que ele é como uma rosa com espinhos. Mas se tiveres ao meu lado saberei que por mais espinhos que a rosa tenha, eu ultrapassarei tudo. Moverei o mundo se for preciso para te ver feliz. Sei que não tenho dom da escrita, mas quero que fiques a saber que tudo o que escrevi foi pensado em ti, e para ti. Nada mais importa se dizeres que não gostas de mim. Agora neste momento vejo que és o meu sol, a minha vida. Por existirem pessoas como tu e que há pessoas felizes como eu, e por isso acredito que o mundo pode ser algo muito melhor basta querermos.

Foto de Mor

UM MENINO NUM JOGO DE INTERESSE

UM MENINO NUM JOGO DE INTERESSE

Em época não muito distante, duas mulheres se encontram na maternidade de um hospital.
Joelma chega de uma cidade do interior e é internada, pois estava próximo o dia em que deveria dar a luz a uma criança. Lúcia, a enfermeira que atendeu Joelma sentiu naquele momento uma sensação estranha que nem sabia explicar.
- Qual é o seu nome?
- Joelma, Cláudia da Silva.
- Solteira ou casada?
- Solteira.
- É o seu primeiro parto?
- Sim.
- De onde é natural?
- Carminha.
- A que município pertence essa localidade?
- Canto Novo em Santa Catarina.
- Tem algum plano de saúde?
- Não tenho, vim encaminhada pelo SUS, meu parto pode ser difícil por esse motivo fui encaminhada para uma maternidade que tenha mais recurso.
Carminha fica no interior do estado sem qualquer recurso, nem Posto de Saúde existe naquele ermo sertão.
Fez o prontuário da futura mamãe e encaminhou a mesma para o setor de internação da maternidade.
Logo em seguida fez o relatório da situação da paciente, nos mínimos detalhes para ser entregue ao ginecologista de plantão daquele dia.
- Doutor a paciente vem do interior do estado, cuja localidade não tem condições de atender em caso de um parto difícil, o médico da cidade encaminhou a mesma para um hospital que tenha mais recursos.
- Você trouxe roupas para usar aqui na maternidade?
- Não, só trouxe comigo roupas que vim vestida e uma outra para quando retornar como também para o bebê, já tinham me informado que aqui na maternidade as roupas de uso durante a internação são fornecidas pela maternidade.
- Nem sei bem porque a maternidade fornece as roupas?
- Aqui temos os mais rigorosos controles de infecção hospitalar, para garantir a saúde da mãe e do bebê.
A enfermeira da ala de internação da maternidade recebeu Joelma, anotou seus dados levando-a ao quarto indicando a cama que por ela seria ocupada, mostrou o local onde ficava o botão para acionar a campainha em caso de emergência.
Joelma levava consigo somente as roupinhas para o futuro bebê, que ficaram guardadas no setor de internação.
As roupas para seu uso, bem como para o futuro bebê eram fornecidas pela maternidade, com isso evitaria o problema de infecção hospitalar. A maternidade tinha um bom conceito em relação ao problema citado.
Mais tarde, Lúcia a enfermeira plantonista, que recebeu Joelma foi até o quarto, para saber se tudo estava em ordem.
Ela ainda estava impressionada com o que tinha acontecido quando da chegada de Joelma, pergunta:
- Está bem acomodada não falta nada para você? Estava preocupada, pensei que não tivesse um bom atendimento, muitas pessoas que chegam do interior são relegadas a um segundo plano no atendimento.
- Até parece que seu relato mostra que o atendimento pelo Sistema Único de Saúde deixa algo a desejar.
Despediu-se de Joelma dizendo:
- Se necessitar de alguma coisa durante sua estadia aqui na maternidade, peça para a enfermeira de plantão me chamar, meu nome é enfermeira Lúcia, meu plantão está no fim logo eu retorno para casa, até amanhã.
E Joelma responde:
- Até amanhã e bom descanso.
Lúcia chega ao final do seu turno de trabalho, bate o ponto, troca sua roupa e vai para casa pensando:
- O que aconteceu comigo hoje? O que tem aquela mulher que vi pela primeira vez até parece um imã a me atrair, nunca me vi numa situação dessas.
Lúcia entra em seu carro, demora para acionar a chave e seguir em frente, até parece hipnotizada, diante daquela situação liga a chave e aciona o carro, sempre pensando:
- Será que o caso de Joelma é tão complicado? Como vai ser o nascimento da criança?
Claro que Lúcia como boa profissional estava preocupada, mas será que era só isso?
Finalmente chega a sua casa, entra no condomínio estaciona o carro e fica imóvel dentro dele e pensa:
- Como cheguei aqui, nem sei por onde passei, nem me lembro de quem encontrei no caminho.
Estava realmente fora de si diante de tal situação, finalmente sai do carro, dirige-se para o elevador e sobe para o seu apartamento.
Joga-se sobre a cama e fica delirando:
- Como pode acontecer tal coisa comigo, quem é ela, de onde veio, porque logo fui eu que tive que atender essa pessoa? Ela vai ser bem atendida, o caso dela pode ser grave se vier a falecer durante o parto, com quem vai ficar o bebê, será que vai nascer sadio?
Finalmente depois de algumas horas naquela situação Lúcia acorda daquele torpor e se levanta toma um banho e vai preparar o jantar, pois morava sozinha e não tinha companhia.
Sua mente ainda não tinha se acalmado daquela situação, continuava pensando.
- O que vou fazer, como vai ser amanhã quando chegar na maternidade, como terá ela passado a noite, certamente é a primeira vez que é internada em um hospital.

...

O pessoal da cozinha serviu o jantar para todos os doentes.
No hospital, ao cair da tarde, serviram o jantar para Joelma que estava calma, mas pensativa pela acolhida dada pela enfermeira Lúcia.
- Que bondosa ela foi comigo quando cheguei à maternidade, que primor de atendimento, muito diferente do atendimento dado nos Postos de Saúde do interior, me impressionou.
A enfermeira de plantão passa no quarto faz as recomendações necessárias e fala:
- Em caso de emergência acione a campainha que logo atenderemos.
Ela respondeu.
- Obrigado pelas orientações.
No quarto do hospital tinha televisão, assistiu o noticiário depois desligou, e fez suas orações.
- Senhor, protegei-me nesta noite, bem como meu bebê que está prestes a nascer, a todos que trabalham nesse hospital, principalmente a enfermeira que me recebeu quando aqui entrei, que ela seja feliz, peço pela minha família que ficou no interior, agradeço por tudo meu bom Deus Pai nosso que estais nos céus...
Logo em seguida adormece.

...

Lúcia em seu apartamento continua a pensar em Joelma.
- Será que serviram o jantar? Como deve estar pensativa longe de seus parentes.
A imagem daquela mulher não sai da sua memória, mas finalmente ela adormece.
...

Durante o sono já de madrugada acorda assustada, pois sonhara que a paciente que havia atendido a tarde tinha morrido na hora do parto naquela noite. Ao acordar fica pensativa:
- Será que esse sonho significa? Terá ela morrido, ou só foi um sonho meio maluco desses que sempre acontece comigo de vez em quando?
Vira para o lado e logo dorme novamente. Quando acorda com o ruído do despertador pensa:
- Vou levantar tomar banho e depois tomar meu café.
Em seguida ela vai até a garagem retira o carro; sempre impressionada com o sonho da madrugada, estava um pouco fora de si, na saída da garagem quase bate em outro automóvel que ia passando na rua pensa:
- Meu Deus o que estou fazendo? Quase bati meu carro.
Sai com mais calma e segue até a maternidade, ansiosa para saber como está passando a paciente que tinha chegado para a internação, estaciona o carro e vai direto até o setor da Maternidade e fala com a enfermeira chefe:
- Como vai Joelma aquela moça que foi internada ontem à tarde?
- Ela vai bem, entrou em serviço de parto na madrugada passou um pouco mal, pois o menino era grande pesou seis quilos é muito lindo e gordinho.
- Qual é o quarto que está?
- Está no quarto anexo a enfermaria número 3 e está passando bem.
- Vou fazer uma visita.
Lucia vai até o quarto que Joelma está internada bate na porta e entra.
- Bom dia como está passando?
- Agora estou boa, mas o parto foi difícil, o menino era grande e demorou mais, para nascer.
- Há pouco, ele estava aqui mamando depois levaram para o berçário.
- Qual é o número que tem no braço?
- É o número 3A.
- Depois eu vou lá ao berçário ver o menino.
Lúcia retorna, pois está na hora de começar o seu trabalho na recepção da Maternidade, continua pensando:
- Como será o menino; branco, moreninho e seus cabelos que cor têm, tudo imaginação.
Mas realmente quem não saía de sua memória era Joelma:
- Continuava pensativa. O que vou fazer quando entrar no berçário para ver o menino? Deixa isso pra lá.
Depois do almoço, Lúcia vai até lá, para conhecer o filho de Joelma, nesse horário quem estava atendendo o berçário era sua amiga Maria. Chegando Lúcia fala:
- Oi! Maria que bom que é você que está aqui, vim ver o menino que nasceu essa noite passada.
- Você sabe o número que ele tem no braço?
- Sim sei é o número 3A.
- Ele está no berço número 6.
- Lúcia chegou perto do berço e viu um menino robusto gordinho bem claro cabelos pretos ele estava enrolado numa faixa e dormia.
Lúcia se despede de Maria e volta para seu posto de trabalho. Quando na portaria chega um senhor de mais o menos 50 anos e pergunta:
- É aqui que está internada Joelma?
- Ela responde sim, é aqui que ela está internada e ontem a noite deu a luz ao um lindo menino, ela está passando bem.
- Quem é senhor?
- Sou o pai dela.
- Qual é o seu nome?
- João da Silva.
- Posso visitar ela?
- Sim pode, espere vou preparar seu crachá.
- Aguardo.
Lúcia chama uma atendente:
- Nair venha aqui leve o senhor João até o quarto anexo da enfermaria número 3 ele é o pai da Joelma que deu a luz a um menino ontem à noite.
- Sim, por favor, senhor me acompanha até o quarto.
Nair bate na porta e pede licença e fala:
- Joelma seu pai veio lhe visitar.
- Obrigada por ter trazido ele até aqui.
- Até logo, eu já vou.
O pai de Joelma entrou, cumprimentou a filha e perguntou:
- Como foi o nascimento do menino?
- Apesar de ter sido um pouco difícil ele nasceu forte e robusto.
- E onde ele está?
- Está no berçário.
- Ele não fica com você?
- Só vem aqui na hora de mamar e só faltam cinco minutos para o trazerem aqui, quando o papai vai conhecer seu neto.
Nesse momento Maria a atendente do berçário chega com o menino para ser amamentado e pergunta:
- Dona Joelma quem é esse senhor?
- É o meu pai ele veio me visitar e conhecer o seu neto.
- Pensei que fosse o pai do bebê.
Maria por curiosidade olha a ficha no pé da cama e nota que Joelma é mãe solteira e quem sabe nem saiba de quem é seu filho e pensa:
- Posso ter cometido uma gafe, em não ter olhado essa ficha antes, posso ter melindrado os dois com essa minha pergunta boba.
Maria aguarda até o final da amamentação, e do avô ver seu neto e ficar um pouco com o bebê no colo para, na volta, contar a sua esposa Virginia. Seu pai pergunta:
- Quando vai ter alta e voltar para casa?
- Não sei bem certo, mas devo ficar internada segundo o médico por mais quatro dias, mas depende de quando vem à ambulância para que eu possa voltar.
- Logo, que chegar à cidade irei falar com o prefeito para saber esses detalhes para telefonar e informar o dia que eles vêm.
- Quando o senhor for sair fale com a enfermeira Lúcia e ela lhe dá o telefone da Maternidade com todos os detalhes do dia da alta.
Estava chegando o fim do horário de visitas e o pai da Joelma iria se retirar à noite retornaria a sua cidade de origem, e disse:
- Eu vou até a Portaria falar com a enfermeira e depois vou voltar com a Ambulância da Prefeitura, espero que logo você retorne para casa, todos querem conhecer o bebê.
- Boa viagem papai; que Deus o proteja um abraço para a mamãe. Quando eu voltar vou relatar o que aconteceu aqui.
- Fique com Deus minha filha.
Chegando à Portaria a enfermeira Lúcia já tinha tudo pronto, entregou todas as informações ao pai de Joelma e disse:
- Obrigado por tudo que fez pela minha filha, que Deus lhe proteja em sua atividade profissional.
O senhor João partiu de volta para sua cidade de origem no interior do Estado, levando a lembrança do bom atendimento que recebeu quando da visita que fez a sua filha e pensava:
- Vai ser uma festa quando ela voltar no dia do batizado. Vou começar a preparar tudo antecipadamente. Qual será o nome que vamos dar a esse pimpolho? Bom, isso eu vou deixar para quando ela voltar.
Durante a viagem de regresso no final de outono início de inverno, as noites eram frias ainda mais a cada cem quilômetros ia subindo até chegar à altitude de mais novecentos metros acima do nível do mar. Em alguns trechos durante a madrugada se via fina geada nos campos quando o sol raiou trazendo um calor que foi aquecendo aos poucos e derretendo a geada. Quando já chegava o fim da viagem de retorno, o senhor João perguntou ao motorista:
- Quando será a próxima viagem a capital?
- Não sei bem certo temos alguns pacientes que tem que fazerem exames especiais, mas temos um pequeno problema, no momento esses exames estão suspensos, por falta de verba; pode ser que surja alguma emergência, porque da sua pergunta.
- Você sabe a Joelma está internada na Maternidade e deve receber alta dentro de poucos dias e ela poderia voltar na ambulância para casa, depois vamos conversar com o pessoal da prefeitura.
Finalmente chegaram à cidade. O motorista foi até a prefeitura, para saber se tinha alguma coisa a fazer com a ambulância o responsável pela saúde disse:
- Vá para casa dormir, viajou toda à noite e tem que descansar. Volte amanhã no horário normal.
O Senhor João foi para casa e sua esposa já o esperava para saber as notícias de sua filha e também saber se tinha nascido o filho (a) de Joelma. Na chegada foi uma festa e todos a rodeavam fazendo perguntas:
- Como foi a viagem?
- A viagem foi boa com muito frio na volta.
- Como vai a Joelma?
- A Joelma vai bem, nasceu o seu filho é um pimpolho muito lindo, gordinho e saudável.
- Quando ela vem daqui a alguns dias depois de estar recuperada o parto não foi fácil.
Na capital ficou a Joelma na maternidade pensando em seu pai que viajou de volta para casa, ela pensava:
- Como foi a viagem essa noite foi fria lá na serra devia estar mais frio, será que tudo correu bem e quando chegou em casa quais foram às perguntas?
De manhã serviram o café e logo mais tarde a enfermeira Lúcia veio visitá-la e saber com tinha passado aquela noite e perguntou:
- Seu pai viajou ontem à noite?
- Sim ele retornou com a ambulância da prefeitura deve ter chegado hoje de manhã em casa.
- Quando ele vai voltar para levar você de volta para casa?
- Vai depender de saber o dia da minha alta e se a prefeitura naqueles dias tem uma viagem até a capital para eu retornar.
- Posso fazer uma pergunta?
- Sim, pode fazer.
- Você gostaria de ficar morando aqui?
- Como vou ficar aqui longe de meus pais e como vou cuidar de um filho? Sem emprego isso seria difícil.
- Sei que pode ser difícil, mas não impossível.
- Com pode ser isso se não tenho ninguém por mim aqui?
- Isso se dá um jeito.
- Qual seria o jeito?
- Depois vamos falar sobre o assunto.
Tinha chegado a hora da enfermeira começar seu turno de trabalho, então se despediu dizendo:
- Antes de você voltamos a falar sobre esse assunto.
Joelma ficou pensativa todo o dia a imaginar o porquê daquela proposta da enfermeira Lúcia pensava em tudo:
- O que realmente ela quer fazendo essa proposta para mim, mas nem posso fazer isso e minha família o que vai dizer? Na certa, papai foi preparar a festa para quando eu chegar e já tenha marcado o dia do batizado do meu filho. Nem posso imaginar alternativa para ficar aqui, deixa para depois quero ver em que vai dar.
No dia seguinte quando o médico fez a visita de rotina, como vinha fazendo todos os dias desde sua internação, ele disse:
- Dona Joelma, eu vou marcar o dia da sua alta para que você comunique a seu pai para providenciar seu retorno para casa.
- Qual vai ser o dia Doutor?
- Daqui a três dias será o suficiente para se comunicar com ele?
- Ele deverá ligar amanhã para a portaria da maternidade.
- Eu vou falar com a enfermeira Lúcia e deixo o comunicado com ela.
- Assim ele terá dois dias para providenciar com a prefeitura para mandarem a ambulância me buscar.
- Nesses dias farei as visitas normais até o dia da alta.
- Doutor muito obrigado pela sua amável atenção.
- Tenha um bom dia.
Joelma fica a pensar:
- O que vai acontecer quando o Doutor falar para enfermeira Lúcia que vou receber alta daqui a três dias, ela vai vir aqui insistir naquela sua proposta, mas não posso aceitar sem voltar para casa, quem sabe depois.
Naquele dia a enfermeira não visitou Joelma, como de costume. Ela estava preocupada pensou:
- Deve estar com muito serviço por isso não veio até aqui.
No dia seguinte cedo seu João telefonou para a Portaria da Maternidade, para saber noticias do dia da alta de sua filha Joelma. Quem atendeu foi à enfermeira de plantão:
- Alô! Que fala?
- É a enfermeira Lúcia.
- Aqui é o pai da Joelma queria saber se o médico marcou o dia da alta.
- Sim ele marcou ontem e deu a contar de hoje três dias.
- Ontem fui à prefeitura saber do dia a ambulância vai até a capital informaram que vão viajar daqui a três dias chegarão aí no amanhecer do terceiro dia, ela que fique com tudo pronto para voltar para casa, aqui todos estão com saudades dela. Vou comunicar para ela daqui a pouco.
- Obrigado pela sua atenção e tenha um bom dia.
- E o Senhor também.
Naquele momento a enfermeira Lúcia levou um choque, não sabia o que fazer, ir logo ao quarto avisar Joelma? Seria uma saída, iria ela tentar mais uma vez convencê-la da sua intenção. Chega lá discretamente e pergunta:
- Já tem uma resposta para a proposta daquele dia?
- Pensei muito nesses dias, mas vai ser difícil estou esperando que ele telefone para saber do dia da minha alta, ou ele já telefonou?
A enfermeira Lúcia fica num êxtase nesse momento sem saber o que responder Joelma pergunta:
- O que aconteceu Lúcia? Parece que morreu, meu pai ligou ou não ligou?
- Ele ligou agora de manhã eu passei todos os dados que o doutor deixou comigo ontem e ele disse que a prefeitura está mandando a ambulância para buscá-la no dia marcado.
- Quanto a sua proposta depois que eu voltar para casa e ajeitar tudo por lá voltamos a conversar sobre o assunto com mais detalhes.
Naquele momento chega ao quarto a chefe do berçário com seu filho e diz:
- Está na hora de amamentar o nenê.
Lúcia sai cabisbaixa sem nada falar. Joelma amamenta o nenê e no final entrega dizendo:
- Daqui a três dias retorno de volta para casa.
A chefe do berçário tomou o menino no colo e levou para sua cama sem nada falar. Aquele foi o dia mais nefasto para a enfermeira Lúcia, uma noite interminável, estava mesmo atordoada e só pensava:
- Porque ela não aceitou a minha proposta, nem me deixou apresentar o que e tinha a dizer a ela.
Chegou o dia da partida de Joelma tudo tinha sido preparado na véspera recomendações médicas e quando deveria retornar para uma nova consulta. O motorista da prefeitura chega à portaria da maternidade e pergunta:
- A dona Joelma está pronta para viajar?
Lúcia responde que tudo está pronto.
Logo ela chega na portaria cumprimenta o motorista:
- Bom dia o senhor veio me buscar?
- Sim daqui a pouco vamos partir tudo está pronto para carregar na ambulância?
- Sim tudo está aqui às malas e mais o meu filho que ainda não escolhi o nome dele.
Joelma se despediu de todos e também da enfermeira Lúcia. Agradeceu a atenção e o atendimento que deram a ela no tempo que esteve internada embarcou e partiu de viagem. Lucia com os olhos cheios de lágrimas ficou pensando.
- Será que ela vai voltar um dia...
A viagem transcorreu dentro da normalidade e no final da tarde chegaram à cidade, em frente à prefeitura estava a família de Joelma esperando-a. Quando ela desceu sua mãe falou:
- Que bom minha filha que você voltou com um neto para sua mãe.
- Obrigada mamãe por essa recepção.
- Filha, no domingo será batizado o meu neto, o padre vem rezar missa na Igreja e seu pai já providenciou tudo só falta escolher o nome e os padrinhos.

Foi a mais bela festa realizada na cidade. Com muita comida, churrasco, porco assado e galinha recheada.

São José/SC, 9 de maio de 2.006.
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Foto de Pianista ao Luar

Quer saber onde encontro você?

Quer saber onde encontro você?
Basta olhar e sentir o cheiros
dos campos floridos.

Quer saber onde encontro você?
Basta deixar o olhar perdido no horizonte.

Quer saber onde encontro você?
É senti o gosto do mel
Deslizar em meus lábios.

Quer saber como encontro você?
No soar de uma bela melodia
Que lembra sua doce voz.

Quer saber onde encontro você?
É nos cantos dos passarinhos
Que vem em minha janela
Cantar que você existe.

Quer saber onde encontro você?
Quando oro pra Deus
Pedindo uma boa companhia.

Quer saber onde encontro você?
É quando admito que
Não existe beleza maior que a tua.

Quer saber onde encontro você?
Quando sinto uma brisa
Suavemente me tocar.

Mais quer saber onde realmente encontro você?
Quando sinto meu coração bater
Pois você esta dentro dele,
Ele bate uma vez pra vida
E outra vez pra você.

Foto de InSaNnA

Meu poeta...

Olhando as estrelas..,me perguntava pensativa,o quanto ainda duraria esse sofrimento,que sufocava tanto a minha alma.Guardo ainda na lembranca..o seu ultimo poema...falava de amor,e eu sabia que ele nao era meu!.Quanta dor ,aquelas palavras lindas,me faziam...mas elas eram o nectar diario..para o meu ser..! Eu passei a ser dependente de voce..e isso me fazia bem..e como !
Agora,relendo,mais um de seus poemas,ameacei esbravejar.mas nao posso!...voce e minha vida!.. meu ultimo sopro de vida.Por isso, escolhi amar um poeta.....que vive para emocionar as almas,e minha alma,ja nao se encontrava mais emocionada,ela ja estava entregue a voce!E o estranho, e que mal sei seu nome,a cor de seus olhos...mas soube o suficiente..para te amar..e te sentir!Um dia,talvez,me confesse a voce..e nesse dia entao..eu possa,vir a,me perder,na imensidao do seu olhar,,e navegar no mar poetico de sua alma..lMeu poeta...ja estou a viajar,o sono,tenta me levar..para junto dos meus sonhos...onde voce me espera..e .as estrelas,que ha pouco,me faziam companhia,ja estao mais longe do que de costume...Estou quase entregue...mas posso ainda sentir,o perfume de seus poemas ,me chamando...Meu poeta,estou chegando...

Foto de cnicolau

Amor Verdadeiro

Cada dia que passo com você é mágico
Cada dia que passo com você é lindo
Cada dia que passo com você é

Inesquecível.

Cada dia que passo sem você é triste
Cada dia que passo sem você é nublado
Cada dia que passo sem você é

Vazio.

Você preenche todos os espaços de meu coração.
Você preenche todos os espaços de minha mente.

Todos os dias que passo em sua companhia me fazem
ver como estou feliz, não por te-la em meu lado
e sim por fazer parte de sua vida.

Posso dizer sem sombra de dúvida que sábado,
foi o melhor dia de toda a minha vida (até hoje,
pois sei que só tende a melhorar).

Ter você em meus braços,
foi muito especial.

Estou tentando de inúmeras maneiras
e possibilidades descrever o que
senti naquela noite.

Sou sincero em te dizer que não estou conseguindo.

Falta-me palavras,
Falta-me idéias para escrever.

Só sei dizer que

Te amo muito, e tenho vontade de dizer bem alto
para todo mundo ouvir

TE AMO

Sem medo
Sem receio

Somente dizer a todos o quanto você significa para mim.

Tenho passado os meus dias ultimamente pensando,
O que poderei eu ter feito para ter merecido tudo isso.

Estou amando uma pessoa muito especial
Muito amada por todos
Muito sincera
Que merece tudo e sempre mais.

Espero que saiba
que você tem aqui, mesmo que longe,
uma pessoa que se importa muito com você.

Como você dormiu a noite,
Como você levantou hoje,
Como você se arrumou hoje,
Como você penteou o cabelo,
Como você se perfumou,
Como você se alimentou.

Me preocupo muito com você,
Pois sei que você é a pessoa
que me foi destinada.

Amo-te
Quero-te
Desejo-te.

Nunca vou esquecer o que falei
e o que foi me dito na noite de
22 de Abril de 2006.

O mundo poderia ter parado neste momento
e nunca mais ter andado,
que te prometo
nunca te deixaria sozinha
nem por um instante apenas.

Minhas juras foram reais
e sinceras.

Meu Amor é verdadeiro

Suas palavras me encheram de esperança
e tranquilidade.

Te amo meu amor.

Quem te escreve é a minha alma,
pois minha mente não tem mais
espaço para tanta felicidade.

TE AMO COM TODA A FORÇA QUE TENHO

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