Confissão

Foto de MARTE

PERTO DESSE DIA...

Escrevo pensando em ti,
Nesta madrugada a nascer,
Sinto que sempre te pertenci,
Nos gritos do meu quer...
A minha alma levita no tempo,
Quando sinto-te ao meu lado,
Nos pensamentos perco-mo,
No teu olhar guardo-me...
O teu sorriso são as estrelas,
Os teus olhos são a luz,
Que aquecem o meu coração,
Que iluminam as minhas janelas,
Num sentimento que me seduz,
Amiga, amada, amante...tentação...
És a felicidade que me invade,
A minha musa dos amores,
As rimas da minha verdade,
Nos poemas... nos meus clamores!
São indeléveis sensações,
Como este luar de agora,
Que me trás estas emoções,
Vindas do horizonte que existe lá fora!
A madrugada ,uma canção,
Que contigo nunca dançei,
A lua em plena sedução,
Lembrar-me do que eu errei...
Vou misturando a minha emoção,
Perdendo-me nos meus devaneios,
Fazendo de ti a minha confissão,
O poema dos meus anseios...
Só sei que és a minha tentação,
Neste sentimento avassalador,
O olhar da minha razão,
Um sentimento tentador...
Lado a lado contigo quero estar,
Sentir a tua doce companhia ,
E um dia...... na beira do mar,
Eu sonho....como seria!

Foto de Alinee

SONETO DO AMOR

No campo do seu olhar
fez meu coração chorar
no lindo verde da ilusão
pintou uma compreensão

Na paisagem do luar
o céu como mar
da inocente solidão
se transformou numa confissão

O sentimento do viver
no mundo do ter
fez meu amor partir

Em vez de me fazer sorrir
deixando-me sozinho
no meu caminho

Foto de Junior A.

Homenagem a um poeta... (Carlos Magno)

Caro Carlos Magno

Sua última carta era dessas que ou se responde imediatamente, na paixão da leitura, ou não se respondem nunca. Creio que optei pela segunda decisão, ou antes, que fui levado a ela. O certo é que li sua carta com um interesse danado, que a vivi intensamente, que tornei a lê-la muitas vezes, e que, apesar da distância em tempo e espaço, me senti acompanhando você na terrível e dolorosa descoberta do poema "Um dia Eterno". Não sei se você meditou bem no que escreveu sobre isto, mas considero sua carta muito mais importante do que qualquer poética ou tentativa de explicação e interpretação de poesia, dessas que os eruditos escrevem, escrevem... friamente. Impressionou-me ver você tateando no escuro, apalpando, procurando, monologando, sofrendo e ao mesmo se observando tão lúcido, desdobrado e ao mesmo tempo uno, que poder! Me perdoe se achei sua confissão admirável, certamente você não quis se dar para mim como espetáculo, nem eu senti isso, mas não posso deixar de manifestar a espécie de susto iluminado, de terror feroz, não sei bem, todas estas palavras parecem bestas, diante do itinerário do poema que você traçou. E você me pede opinião! Como posso dar opinião sobre aquilo que resultou de uma experiência tão pessoal e tão direta de você, cada palavra tendo surgido de uma necessidade ou uma circunstância específica de você, o poema todo sendo tão propriedade sua que.. A verdade é que acabo não podendo escolher entre as variantes, aceito todas as variantes, e você me ensina que é possível fazer um poema com diversas redações, todas rigorosamente legítimas, coisa em que eu não acreditava. Já vê você que abandono toda atitude crítica e só lhe confesso a emoção grande que me provocou esse episódio poético do "Um dia Eterno". E não considero esta carta resposta da sua, porque o gênero de coisas que ela acordou em mim não encontra expressão idônea nestas palavras que estou escrevendo.
Devolvo esta folha de caderno, embora quisesse ficar com ela; mas deve voltar ao caderno. Agora fico desejando que você me mande sempre coisas novas... Pelo menos quando puder mandar, e isso não o chatear muito. Obrigado pelas boas palavras sobre minha situação pessoal. Mas não há nada de escuro no céu, e vai-se vivendo, às vezes com gosto, às vezes enfezado. E tudo dá certo, enquanto há força no braço, vontade e sentimento cá dentro... Me sinto capaz de viver. Não uma grande vida, nem uma vida cheia, mas o meu pouco de vida tímida e inconformada, com desejo de fazer alguma coisa que não sei o que seja, mas que seja bom para os outros, isso eu vivo. E é bom saber, no momento indeciso, que a amizade de alguns poucos como você está vigiando e solidária. Adeus, Carlos.Dê notícias suas. O abraço forte do seu velho

Junior

PS:Esta carta Carlos Drummond de Andrade escreveu ao seu grande amigo Mário de Andrade quanto ao poema Reis dos Reis,mas faço minhas as palavras aqui descritas em homenagem ao grande poeta que a pouco tempo conheço... Mas me encanto a cada dia com suas expressões. Carlos Magno

Foto de Rafael pereira de souza

Meu grande amor nunca esquecido!!!

Sempre soube terminar os poemas que falam de saudade, de amores finitos, mas nunca começá-los, pois o início  tem gosto de ausência, tem cheiro de perda, tem peso de outrora. Amores passados, perdidos, partidos, apenas convidam ao silêncio, e a confissão, e a solidão, florescem implacáveis na ponta da língua, como brados, como adagas, e então, ao pretender o afago, apenas desenho um lamento profundo, e ao tentar esquecer o inesquecível implanto as lembranças na retina da memória, que dói como se fosse o dia da partida e não a hora das reminiscências.
Mas, sim: aprendi a dizer que não te esqueço; que o eco dos teus pés - que já foram o meu chão - retumba a cada passo que caminho nesta doce amargura escandinava, escondido entre ruivissímos cabelos e branquíssimas mentiras.
Revejo os instantes e vejo que o tempo, a destempo, ensina a dizer que te amo, que te lembro quando é tarde, quando a noite do tempo deitou-se para sempre entre nós, como  água sem barco, como  margens sem rio como um dia sem horas.
Difícil começar a dizer da saudade que sofro, da angústia que vivo, da dor que me ataca, da culpa que sinto, que não é vã, mas justa: mea culpa, mea máxima culpa.
E os minutos, esses que teimam em ficar horas a lembrar-te; e as horas, que ficam dias teimando em reviver os instantes que não voltam, apenas desamarram as palavras que impunes e sem medo se escrevem letra a letra lapidando um pedido de socorro, rabiscando um retorno ao passado, esculpindo um desejo de futuro, conquistando uma chance de ventura.
Sim, não nego: quis construir uma ponte de amor, um dizer de saudade, um grito de esperança, um pedido de clemência.
Nem mais, nem menos, nem muito ou pouco, nem tarde ou nunca: um tudo ou nada.
Sim, um poema de amor manchado de saudade, pintado em cor remorso, é o que tento iniciar e não consigo,
pois dizendo que sim, que te amo e não te esqueço, não começo, mas termino.
E isso faço, começo terminando com um resto de esperança, que é o fim de todos os princípios, e repito, como um disco, que te amo, que te amo, e que deixar-te foi tão duro como te saber distante. E termino começando, pronunciando o teu nome, o que até agora apenas me atrevia: vivendo de amor, e não morrendo, suando de ternura e não de angústia gritando de esperança e não de raiva, é como digo que te amo, minha Kleice nunca esquecida!

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