Controle

Foto de MALENA41

O ÚLTIMO POR DO SOL ANTES DO ADEUS

Olhava meus dedos dos pés e chorava. Chorava por ele, por ele que logo partiria.
As malas estavam prontas...
Era a última noite que dormiríamos sob o mesmo teto. Na mesma cama já estava fazendo alguns meses que não dormíamos.
Eu já passava dos quarenta e cinco, porém, me sentia tão imatura.
A borboleta amarela e o beija-flor vieram me visitar. A tarde devagarzinho morria. Como eu, como eu.
Eu poderia chorar, desfazer as malas, me esgoelar. Ele desistiria da partida se eu implorasse.
Mas ficar com alguém desta forma? Como se ele estivesse me fazendo um favor?

A franja me caía nos olhos e eu a afastava, molhava suas pontinhas com as lágrimas que ensopavam meu rosto. Esfregava a boca e assoava o nariz. O lenço de papel estava ensopado. Precisava pegar outro. No entanto entrar na casa àquela hora?
Queria vê-lo chegar. Queria. Queria falar com ele.
Sofrer mais um pouquinho? ─ Diria minha sábia mãe.
Esticava a perna e recolhia, esticava de novo. Ela estava adormecendo de tanto tempo que ficara sentada ali. Uma hora, duas. O telefone cansou de tocar, o celular também. Não atendi.
Devia ser algum chato. “Poderia ser até meus filhos – mas eles ligariam outra hora”. Ou minha mãe. Ela também ligaria depois e faria milhares de perguntas. Sabia que não estávamos bem e estranharia meu silêncio. Conhecia meus hábitos e sabia que eu estava sempre em casa no final da tarde.
E se fosse ele? Ele não ligaria. Terminamos tudo e ele estava apenas aguardando que terminassem uns detalhes de pintura na casa que alugara. Levaria tão pouco, o indispensável eu diria.
Havia me dito que partiria bem cedinho.
Não brigamos desta vez. Só escutei e foi como se uma montanha de gelo despencasse sobre minha cabeça.
Nos últimos dois anos discutimos tanto que tudo se esgotou. O carinho morreu.
Houve um tempo que o medo de perdê-lo era maior e aí eu tentava reconquistá-lo. Depois fui me sentindo tão vazia e via que tudo era inútil.
Ele dizia coisas que me feriam fundo. Será que tinha noção do que estava fazendo? Não sei.
Acabei por feri-lo também. Não entendia ainda que estava agindo de forma errada.
Cada carro que passava fazia meu coração disparar, pois pensava que era Augusto que estava chegando.
De onde estava podia ver o sol descendo lentamente na linha do horizonte. Tínhamos uma vista privilegiada.
Quando compramos a casa comentamos que ninguém no mundo tinha uma vista igual. Até nosso ocaso era diferente, porque éramos muito especiais e nosso amor era exclusividade.
Nunca que terminaria um romance destes, nunca.

Um menino gritou na rua e fez meu coração pular e pensar nos meus filhos pequenos. Que pena que cresceram! Era tão bom tê-los sob a barra da saia.
De repente me via pensando no poema de Gibran: Vossos filhos não são vossos filhos.
Claro que não. Os filhos são do mundo. Só somos os escolhidos para colocá-los no mundo e orientá-los. E amá-los.
A menina se casara tão novinha e eu pensava que ela poderia ter esperado mais. Todavia havia o tal do livre arbítrio...
Meu filho estava cursando a universidade noutro estado. Foi o caminho que ele escolheu.
O menino continuava gritando e eu ficava ouvindo seus berros. Aquilo mexia com meus nervos que já andavam à flor da pele. O sol descia, descia.
Aí o carro estacionou. Era Augusto. Ele ainda tinha as chaves e o controle do portão. Foi abrindo e percebi que estava aborrecido.
Ele se mudaria no dia seguinte e nunca gostara de mudanças.
Na minha concepção meu esposo já tinha partido fazia bom tempo.
Olhei aquele belo homem estacionando na garagem e comecei a pensar quando nos conhecemos. Como ele era bonito!
Lógico que com os anos ganhara uma barriguinha, o cabelo diminuíra um pouco.
Mas num todo o corpo estava bem e o rosto sempre lindo.
Ele vinha em minha direção e meu coração disparava.
─ Você está bem?
─ Estou.
Minha voz saía rouca e eu pensava que precisava fazer aquele pedido, antes que nosso tempo se esgotasse.
─ Posso lhe pedir algo, Augusto?
─ Diga, Solange.
─ Não vai se aborrecer?
Que pergunta idiota! Eu o conhecia bem e sabia que estava arreliado.
─ Diga logo, que preciso tomar um banho. Tenho um compromisso daqui uma hora.
A frase veio como um balde de água fria me fazendo quase desistir de falar, Acontece que se não fizesse naquele instante não teria outra oportunidade e resolvi perguntar de uma vez.
─ Lembra-se quando ficávamos assistindo o sol se esconder de mãos dadas?
Ele pigarreou (andava fumando muito). Só que estava pigarreando neste momento para disfarçar.
E por fim falou baixinho:
─ Claro que lembro. Certas coisas não conseguimos esquecer por mais que tentemos.
─ Eu posso lhe pedir uma coisa?
─ Não se estenda, Solange. Já falei que estou apressado.
Outro balde.
─ Quero lhe pedir que sente aqui comigo para ver o sol se esconder. Falta pouco. ─ coloquei mais doçura na voz ─ Nem precisa segurar a minha mão.
Ele me olhou sem ternura no olhar, mas com pena.
Estaria eu fantasiando?
─ Augusto. Onde você vai morar dá para ver o sol se escondendo?
Ele virou o rosto na direção do horizonte e seu rosto parecia esculpido em pedra.
O telefone voltou a tocar e eu rezei baixinho:
─ Quieto, telefone. Fique quieto, por favor.
Por coincidência ou pela força de meu pedido depois do terceiro toque o telefone silenciou.
Em alguns instantes a magia daquele instante terminaria. Aquele corpo amado jamais estaria tão próximo ao meu.
Não resistindo eu busquei sua mão e ele estreitou a minha da forma que sempre fizera, apertando fortemente o mindinho.
Se eu chorasse naquela hora estragaria tudo. Ele havia me dito que não suportava a mulher chorona que eu me transformara.
Banquei a forte e nossos rostos estavam bem próximos. Os dois olhando o sol alaranjado e faltava apenas uma nesginha para o nosso astro rei se esconder.
Ele se levantaria em segundos e entraria no banheiro. Tomaria um banho e sairia. Chegaria tarde em casa e eu nem o veria chegar. Na manhã seguinte se mudaria e fim.
Um tremor percorreu meu corpo e de repente me vi estreitada em um abraço.
Aquilo não poderia estar acontecendo.
Sua boca sôfrega procurava a minha e eu me entregava inteira.
O sol acabava de desaparecer lá distante.
Eu já não via, mas sabia.
A língua dele tocava o céu da minha boca.
Estaria ficando louca?
Estaria sonhando?
Queria falar, mas o encanto se acabaria se falasse qualquer coisa.
Pressentia que não poderia me mexer, senão a poesia daquele instante se acabaria. Então fiquei bem quieta. Esperando. Esperando para saber se tinha escapado da realidade e entrado no sonho.
Eu não tomara absolutamente nada. Estava sóbria.
O corpo dele se estreitava ao meu.
Estreitava-se tanto que eu chegava a pensar que me quebraria algum osso.
Estava tão magra. Ossuda mesmo.
Ele é que rompeu o silêncio.
─ Desculpe.
─ Desculpar o quê?
Deus! Ainda era meu marido. Ainda era. Não tínhamos tratado da separação.
Augusto não sentia assim e provou isso pedindo desculpas.
─ Não tenho que desculpar nada, meu bem. Eu queria que acontecesse. E acho que você também.
Parecia que meu tom melodramático não o abalara em nada.
─ Foi um momento de fraqueza. Vou tomar um banho. Espero que você entenda que me deixei levar...
Eu o agarrei pelas costas e fiz com que se virasse e me olhasse nos olhos. Ainda haveria tempo de salvar nosso casamento?
─ E se eu mudar o meu comportamento?
─ Não há o que mudar. Tudo está resolvido. Amanhã cedo eu vou embora. Nossos filhos entenderão.
─ Será? Será que tudo é tão simples como diz?
─ Não vamos recomeçar.
E foi entrando porta adentro.
Eu fui seguindo-o. Se me beijara daquela forma ainda sentia amor e desejo. Ou estaria equivocada?
Ele colocou a chave do carro e a carteira sobre o rack e eu fui ao nosso quarto.
O que eu poderia fazer ainda? Jogar charme por cima dele não adiantaria de nada. Pedir? Implorar?
Deitei na cama e ele entrou no banheiro social e ligou o chuveiro.
Imaginei seu corpo nu e senti vontade de fazer amor com ele. Senti vontade de sentir de novo um abraço apertado, como o que acontecera há alguns minutos.
Que foi feito de nós? Fiquei me perguntando.
Em seguida desligou o chuveiro e fiquei pensando.
─ Ele nunca tomou um banho tão rápido.
A porta do quarto foi aberta abruptamente e molhado como estava ele me puxou para seus braços e me carregou para o nosso banheiro.
Usou a mão esquerda para ligar o chuveiro e com a destra livre foi me arrancando a roupa.
Será que em outras ocasiões fora tão impetuoso?
Era tudo tão espetacular e louco que eu custava a crer que estava sendo real.
Ele descia a boca para meus seios e mordiscava os mamilos.
Fizera isso milhares de vezes aqueles anos todos, mas estava sendo diferente, pois parecia haver uma raiva nele. Um desespero por me possuir.
Pensei se estava me violentando.
Acontece que eu estava querendo tudo aquilo e também o amei desesperadamente.
Também eu o mordi e o apertei.
Também eu quando tomei seu órgão genital nas mãos fui agressiva. Apertei mais do que devia.
Fazia-o não como uma fêmea no cio, mas como uma mulher desesperada.
Sabia que era a última vez e estava sendo maravilhoso e maluco.
Nunca nos amamos brutalmente antes e não estava sendo propriamente brutal. Era diferente. Era como se nós dois estivéssemos morrendo de sede e água nunca conseguisse nos saciar.
A relação sexual ocorria num ritmo alucinado. Bocas e mãos procuravam, deslizavam, corriam pelo corpo todo.
Palavras não existiam e antes falávamos tanto enquanto fazíamos amor.
Eu nem conseguia pensar direito tal a intensidade do que estava vivendo. Era como estar com um estranho. Aquele homem não era o Augusto de todos aqueles anos e aquela Solange exigente eu nunca fora.
Eu queria mais e mais e mais.
Antes nunca ocorrera comigo o orgasmo múltiplo e nem tinha conhecido que de repente pudesse senti-lo e sentia. O êxtase chegaria para nós? Ele aguentaria até quando?
Taxativamente eu desconhecia naquele homem meu companheiro de tantos anos e ele também devia estar me desconhecendo.
Prolongou-se ainda por meia hora o coito e quando por fim caímos exaustos na cama estávamos suados e arquejantes. Tão exaustos que não tínhamos forças para mexer um dedo.
Envergonhada pensava que não conseguiria mais encará-lo depois de tudo aquilo e foi ele que quebrou o silencio.
─ Estou desconhecendo-a, dona Solange.
─ E eu também não o reconheci ─ falei com débil voz.
Ele tinha se esquecido do compromisso?
Fiquei quietinha e nem queria pensar que ele pudesse se levantar e sair.
Augusto colocou o braço em volta do meu ombro e me puxou para seus braços.
Pensam que ele partiu no dia seguinte?
Está até hoje comigo e nossas noites costumam ser muito agitadas. Muitas vezes ele vem almoçar e esquecemos completamente da comida.
Ele perdeu a barriguinha e diz que eu acabo com suas forças, que sou a culpada.
Eu penso que sou a salvadora.

Foto de Jessik Vlinder

De Volta Ao Controle

Como foi bom não te ver. Não te encontrar quando pensei que iria. Confesso que a princípio meus olhos te procuraram e meu coração esperava, como um bandido quando vai roubar, o momento de acelerar descontroladamente quando deslumbrasse a tua imagem. Mas a esperança apagou tão rápido que me espantei por não ter doído. Eles (meus olhos e coração) simplesmente se conformaram sem dor nenhuma. E isso foi fantástico! Enfim estou de volta! Você de uma vez por todas retornou à posição que realmente merece – insignificância – e eu estou no controle novamente...
Sim, como é bom estar no controle. Por cinco ou seis dias você me tirou do comando e bagunçou um pouco meus compartimentos sentimentais. Ahh... eles são quase sempre intocáveis e eu tenho sido – há muito tempo – a única que põe ou tira qualquer coisa deles. Eu organizo tais compartimentos de uma maneira em que eu saiba exatamente onde está o que procuro, por isso às vezes sou tão fria, porque organizo meus sentimentos. Pow... é isso mesmo! Eu or-ga-ni-zo meus sentimentos. Daí você do nada, chega impondo regras e ditando ordens, querendo mudar minha forma de arranjar cada sentido e emoção fazendo eu me perder dentro daquilo que é meu e que praticamente só é tocado por mim... Ousado, invasivo, espaçoso e atrevido! E a pior parte, você foi tudo isso sem fazer ideia! Foi bem estranho pra mim essa “invasão” súbita. Eu vinha em minha vida calma e sob controle, tudo de acordo com o calculado, sem surpresas ou imprevistos. Eu podia ver a minha vida sentimental na palma da minha mão, como um pequeno quebra-cabeças montado. Então o susto de olhar e além de bagunçado vê-lo incompleto foi desnorteador! Por um momento fiquei parada de olhos arregalados tentando entender o que estava ali. Mas depois fui me acalmando e tentando encontrar a melhor solução. Aos poucos juntei algumas peças que estavam próximas e depois fui encontrando outras pelo chão e pela cama até que estava com todas as peças novamente, só faltava terminar de juntá-las. E hoje, ao perceber que tua ausência – e indiferença – não me causou mais nada, que nenhum tremor fez balançar as prateleiras das minhas dependências emocionais, coloquei a última pecinha que faltava no seu devido lugar.
Mas sabe que, olhando – sentindo – por outro lado eu diria que foi maravilhoso! Afinal, você pode me perguntar que graça tem viver assim. Sem um “abalo” desses de vez em quando (se não daqueles que causam estragos enormes e fazem você mudar tudo, pelo menos uns pequenininhos assim, que lhe faz repensar no mínimo em “pintar as paredes de outra cor”). Realmente é gostoso não saber o que falar, ter medo de ouvirem a batida no seu coração de tão forte que ele pulsa, ficar lembrando minunciosamente de cada olhar e toque por mais bobo que tenha sido, fazer de cada detalhe de contato parecer avassalador... se apaixonar. Sim, é muito gostoso. E admito que foi bom pra mim esse “tremor” inesperado. Eu pude sentir que ainda sou vulnerável, que não perdi minha sensibilidade nem me tornei uma calculista egocêntrica. Que ainda choro por não ser desejada como gostaria, que nem sempre sou desejada... Que nem sempre consigo medir meus passos e pronunciar palavras ensaiadas, manter a postura ‘perigosa e dominadora’ e acabar sendo a preza fácil e indefesa. Que meu coração ainda consegue gritar mais alto que minha razão e se deixar levar pelas emoções. Que nem sempre estou no controle...
Mas ainda prefiro ter o quebra-cabeças montado na palma da mão.

Foto de Amy Cris

Vingança

Espíritos invadem meu corpo
Minha alma está fora de controle
Flashes na minha cabeça, coisas sem sentido
Memórias distantes
Pensamentos incompletos
Vida incompleta
Estou possuída por mentiras
Minha mente só pensa em uma forma de mudar o que aconteceu
Estou tomada por pensamentos vingativos
Meu coração está sangrando
Tamanho é o ódio que toma conta de mim
Meus pesadelos se transformaram em realidade
E meus sonhos viraram ilusão
Nada me dominava até eu me tornar tão confusa
Suspeito de tudo e de todos
Até de mim mesma
Não existe segurança em nenhuma parte da minha sombria existência
Não existe resposta para nenhum de meus porquês
A morte é minha possessão
Estou presa e condenada por total falta de razão
Não há mas nada pra se fazer nesse mundo
É por isso que estou indo para outra dimensão
Onde eu possa terminar meus planos de vingança contra vocês...

Foto de Amy Cris

Dupla paixão

Eu te amo
Mas você sabe que ele é meu destino
Te quero
Mas ele invade minha mente
E me prende ao corpo dele
Meu coração está partido em dois pedaços
Não sei qual parte irá voltar a bater
Por enquanto estou morta
Esperando uma decisão
Um de vocês deve me salvar
Mas qual?
Estou dividida
Sem saída
Não tenho o controle sob mim mesma
Me sinto bem ao seu lado
Mas apenas no olhar dele posso ver o que não pude com você
Quero que saiba que nunca serei só sua
Sempre chamarei por ele
Mesmo sozinhos
Estará conosco a presença dele
E permitirei isso
A certeza jamais estará presente em nossas vidas
Você sempre irá se questionar se ainda o amo
Pois uma parte de mim estará com ele
Infelizmente minha paixão por você é tão forte quanto o que sinto por ele
Então se um dia se arrepender
Não reclame ou chore para mim
Está sendo avisado desde agora
Que existirá alguém em meu mundo além de ti
Pois não tenho certeza dos meus sentimentos
E só estou com você
Por ainda não ter conseguido ter ele...

Foto de giogomes

Tento me encontrar neste mundo perdido

Tento me encontrar nesse mundo perdido.
Nada do que sinto parece fazer sentido.

Observando as horas passarem a cada dia.
Buscando algum motivo para ter alegria.

Luta intensa que me tira toda a noção,
de como as coisas acontecem, sem reação.

Me sinto estagnado, parado no tempo.
Enquanto ele me passa, sem constrangimento.

Estou cansado de perder para o relógio,
os meus minutos de vida tão preciosos.

Os dias e noites perderam o significado.
São tão iguais, que nem vejo mudá-los.

Penso em tudo que vivenciei até o momento.
Vitórias, derrotas, orgulho e arrependimento.

Tentando aprender com o que fiz de errado,
para que o futuro não repita o passado.

Busco naquele que sempre esteve comigo.
O Deus, o pai e meu melhor amigo.

Ele é a bússola para que eu possa me encontrar.
Ele me mostrará que rumo posso tomar.

Me calo para que fale o que tem a dizer.
Que me mostre aquilo que não consigo ver.

Para que eu entenda as minha sensações.
Para que eu controle as minhas emoções.

Clamo com a inocência de uma criança perdida,
esperando pelo abraço que a fará protegida.

Até que enxergue, qual papel nesse mundo exercer.
Para que eu faça, o que estou predestinado a fazer.

Espero por palavras, que não entenderei de imediato.
Sei que sem esforço, nada me será mostrado.

Torço para que meus pensamentos saiam do chão,
e que sejam o início de uma mudança. Renovação !

Para que tudo o que está errado, seja mudado.
Para que o meu corpo e minha alma sejam curados.

Para que finalmente eu deixe de sobreviver,
e entenda de verdade, como plenamente viver

Foto de Herickvoodoo

Descubro

...E me inundam faíscas elétricas velozes,

Ferozes, no encéfalo bucólico, enlameado,

Que rege meus átomos de si atrozes,

Buscando então serem desencadeados.


Me dizem mil e um detalhes perdidos,

Queridos, necessários de nova atenção

Para serem de novo gemidos

E surgirem em nova correção.


Uma melhor lembrança, se espera, surgiria

Na razão de que nova experiência se faz

No momento qual se mude o que errado seria,

Mesmo se normal fosse o momento mordaz.


Planos nada mais, porém, aquém do esperado

De quem sempre se espera cumplicidade,

Mas na dubiedade vê seu petardo

Mesmo na sincera ingenuidade.


Que aos Diabos vá os fortes desejos

Que quebram o controle químico-neural

Que ao todo me afasta os ensejos

Que haveria de ser o natural.


Não importa o tempo requestado

Firmes serão os laços não Epicuristas

Onde nenhu’alma teria agüentado

Não fosse a Ágape em mim esculpida...

Foto de airamasor

Tua Boca

Tua boca
É meu desafio
É tentação
Um pecado
Misto de delirio, mistério e sedução
Tua boca
É minha fraqueza
Me faz perder o controle
Me faz esquecer o mundo
É doce e insinuante
Me faz me perder de mim
Fico louca, enfeitiçada
Te quero
Ardente chama
Louco desejo, atração fatal
Deliciosa traição
Me faz covarde
Diante de mim mesma
Inocente e pecadora
É fogo que me queima a alma
Explode o coração
Incendeia desejos
Anjo do meu Pecado...
(Aira, 21 de Janeiro de 2011)

Foto de ksantos

♥ ♫ ☼ NOSSA MAIOR MORADA....

Me perco nesse sentimento...
Sentimentos são forças que vem de nós mesmos, sem controle, sem porquês...
São águas correntes dentro de um mundo de silêncio, só nosso, que jorram no coração e transbordam nos olhos...
O amor é o maior deles
É soberano
Fugaz...
Reticente...
Dono...
Ele passeia em nós como se fôssemos sua propriedade... E somos!
E nos domina
Deixa-nos feito flor ao vento
Sacode-nos em brisas tão doces que parecem fruta
Joga-nos num mar de cheiros
Mostra-nos as cores do céu da boca...
Fotografa as costas da lua...

E nos encanta
Dá-nos asas
Um certo ar molhado
Um tempo eterno, parado

Nele vemos sorrisos em telas brancas...
Somos barco sem vela que corre solto, sozinho...
Viramos donos da chave do firmamento... Onde ligamos todas as estrelas em plena luz do dia...
É como planta sem semente...
É brilho explodindo na mente...

E nesse sentimento queremos a eternidade, a plenitude, o sempre...
Porque somos sozinhos, morando nesse mundo encantador de paixão
E dor...
Uma dor gostosa, louca
Que nos deixa vontades
Traz-nos medo
Secura doida na boca

E assim partimos do mesmo ponto
Caminhamos para um mesmo lugar
Voltamos para nós mesmos
Vivendo, sentindo, morando no amar!

(Ka Santos) ♥ ♫ ☼

Foto de usuario12345

Paixão

És minha paixão
Estás tão perto e tão longe
Que agonia
Que tristeza, que alegria
Sentimentos controversos

Não consigo entender
O que sinto por você
É real, é mágico
É legal, mas é trágico!
Parece que não tem controle
Não dá mais pra viver longe de você

Quando te vi
Logo quis me aproximar
E agora então quero estar
Cada vez mais próximo de você

Não consigo pensar em mais nada,
Nem desviar o olhar,
Você me encanta,
Você me fez estar feliz
Sem dizer uma palavra.
Apenas com um simples
E sincero...
Sorriso.

Foto de Graciele Gessner

Rir Sem Limite. (Graciele_Gessner)

Rir da vida insana.
Rir do que já foi...
Rir do que já poderia ter sido.
Rir do que a vida nos presenteia.
Rir do sol a cada alvorecer.

Rir da alma desnuda.
Rir do que nos parece sem noção.
Rir da liberdade camuflada.
Rir do conteúdo sem inspiração.
Rir do que a imagem tenta transparecer.

Rir do que muitos se fazem de cegos.
Rir da hipocrisia dos infelizes.
Rir, apenas rir sem limite,
Com a satisfação da missão cumprida.
Rir dos que pensam que sabem.
Rir do controle que nos aprisiona.
Rir da vida que escolhemos.
Rir do destino que cultivamos.

Apenas a vontade louca de rir.
Rir ao amar, ou pelo menos tentar.
Rir pelo que você conquista.
Rir e vibrar por tudo insignificante.
Ria desta vida maluca!

Copyright-©2008 Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!*

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