Convívio

Foto de Poetando

Vida de loucura

Vivemos tempos de correria
Numa vida de loucura
Parece que andamos todos
A correr sempre à procura
Já não convivemos com os amigos
Não sabemos o que procuramos
Nesta vida de tanta loucura
Também já não nos encontramos
O convívio que antes havia
Hoje nesta vida de correria
Deixou de todo de existir
Já não há amigos como havia
Vivemos numa correria louca
Os tempos já não são como outrora
Em que todos convivíamos
Eram outros amigos que não como agora
Que vida de loucura agora vivemos
Sempre em correria desenfreada
Deixamos de ter tempo para os amigos
Ficamos sem tempo para nada
Levamos toda a vida acorrer
A correr sempre à procura
Deixamos de ter tempo para os amigos
Vivemos uma vida de loucura

De: António Candeias

Foto de michelle machado

DESEJO DE RECONCILIAÇÃO

PELAS FORÇAS DO TROVÃO QUE A MINHA IMAGEM ENTRE EM SEU CORAÇÃO, PARA QUE (MRM) NUNCA DIGA NÃO.
FAZEI COM QUE (MRM) SINTA UMA REAÇÃO POR MIM(MVGM), Ó GRANDE UNIVERSO, TRAZEI PARA MIM (MRM), ASSIM COMO O GALO CANTA, O BURRO RINCHA, O SINO TOCA, ASSIM TU (MRM) HÁS DE ANDAR ATRÁS DE MIM(MVGM),, ASSIM COMO O SOL APARECE E BRILHA, ASSIM COMO A CHUVA CAI, FAZEI CO QUE (MRM) SEJA DOMINADO POR MEU AMOR, QUEM ME AME LOUCAMENTE E QUE SINTA DESEJO SÓ POR MIM (MVGM), E NÃO CONSIGA OLHAR NEM FALAR COM OUTRAS MULHERES COM DESEJO, QUE NÃO SEJA EU. (MVGM),
QUE ATENDA TODAS AS MINHAS (MVGM), VONTADES E NECESSIDADES, QUE NUNCA ME FAÇA SOFRER, QUE DURMA E ACORDE PENSANDO EM MIM (MVGM), COM MUITO AMOR E GRATIDÃO.
QUE NÃO CONSIGA VIVER SEM MIM(MVGM), E QUE SEUS PENSAMENTOS E DESEJOS SEJAM SEMPRE VOLTADOS A MIM (MVGM), QUE ELE SEJA CARINHOSO, ROMATICO E TRANSPARENTE COMIGO (MVGM),, HUMILDE E MANSO PARA QUE POSSAMOS TER UM BOM CONVÍVIO E HONRAR NOSSO SAGRADO CASAMENTO, ABENÇOADO POR DEUS.
PEÇO AO INFINITO PODER DO UNIVERSO QUE O MEU AMOR (MRM) ME PROCURE (MVGM), PARA FAZER AS PAZES E VOLTAR E HONRAR NOSSO CASAMENTO.
PEÇO ISSO AO PODER DO TROVÃO QUE LEVE AGORA MINHA IMAGEM(MVGM), AMOROSA E SORRIDENTE, MESMO EM SEUS SONHOS, PARA DENTRO DO SEU CORAÇÃO PARA QUE SINTA UMA ENORME EMOÇÃO E MINHA FALTA (MVGM), AO LEMBRA-SE DE MIM (MVGM),, QUE PASSE POR UMA TRANSFORMAÇÃO E QUE MEUAMOR (MRM) SINTA UM DESEJO POR MIM (MVGM), TÃO FORTE COMO UM LEÃO.
AMÉM DEUS PAI, DEUS FILHO E DEUS ESPIRITO E TODAS AS ALMAS ILUMINADAS QUE NOS CERCAM E QUEREM NOSSA FELICIDADE (MRM & MVGM).

AMÉM.

Foto de Carmen Lúcia

Escrevivendo

Escrevo o dia que se abre
e toda a sensação que me invade
ao sentir que nunca é tarde
e a vida me chama para recomeçar.

Escrevo o ato que se predomina
ao escrever definitivamente o fim,
ou inevitavelmente o começo
e tende a se emaranhar nas entrelinhas.

Escrevo o crível do tosco monjolo
ao debulhar com arte o milho e o café,
escrevo do que vejo o que me convier,
o que ficou marcado no profundo,
na essência da essência do meu mundo.

Escrevo sentimentos, razão de minha fé,
arquivados onde , às vezes, mora a dor
e só vêm à baila no momento exato
em que se rompe o extravasor.

Escrevo, descrevo, reescrevo
a minha própria vida
onde minh’alma está contida...
O ontem, o agora, talvez o depois,
o instante em que vivo agora,
o convívio entre nós dois,
as lembranças do outrora,
o tempo que me desafia.
O resto, escreve a poesia.

(Carmen Lúcia)

Foto de poetisando

Vida de loucura

Vivemos tempos de correria
Uma vida de loucura
Parece que andamos todos
A correr sempre á procura
Já não convivemos com os amigos
Não sabemos o que procuramos
Nesta vida de tanta loucura
Também já não nos encontramos
O convívio que antes havia
Hoje nesta vida de correria
Deixou de todo de existir
Já não há amigos como havia
Vivemos numa correria louca
Os tempos já não são como outrora
Em que todos convivíamos
Eram outros amigos que não como agora
Que vida de loucura agora vivemos
Sempre em correria desenfreada
Deixamos de ter tempo para os amigos
Ficamos sem tempo para nada
Levamos toda a vida acorrer
A correr sempre á procura
Deixamos de ter tempo para os amigos
Vivemos uma vida de loucura
De: António Candeias

Foto de Himesama2012

Saudade

O que é a saudade?
Bem... eu sei que só a sentimos por alguém que nos comunicou algo. Sim! Porque de alguém que nada tenha deixado conosco não creio que seja possível sentir saudade.
Saudade é o abraço ausente de alguém que está presente em você.
Você já sentiu saudades de alguém?
Às vezes acho que sentir saudade é bom. Sim! Porque ela nos aproxima de certa forma de alguém que, mesmo distante , está ali, no nosso pensamento, constantemente.

E queríamos, é claro estar junto daquela pessoa, mas quando isso não nos é possível, nos contentamos somente em pensarmos nela.
Imaginarmos o reencontro depois de tanto tempo, o sorriso que aquela pessoa nos dará de presente. E a alegria!
Toda aquela alegria que sentiremos então.
Sim... a saudade vale a pena ser sentida. É um sentimento que nos dignifica. Porque, ao pensarmos naquela pessoa nos sentimos mais gente, sabe? Sentimos que somos seres humanos, que temos a necessidade de convívio. Que somos sociáveis.
Saudade... Como é bom tê-la no meu coração...
Você não sabe como é maravilhosa sua presença em mim... Talvez você não saiba mas foi através de você que eu percebi o quanto “aquela” pessoa me comunicou e o quanto ela está presente em mim...
Saudade... Se você não existisse, o que seria da nossa esperança?
Saudade... Como eu gosto de você!

Himesama2012

Foto de poetisando

Vida de loucura

Vida de loucura
Vivemos tempos de correria
Uma vida de loucura
Parece que andamos todos
A correr sempre á procura
Já não convivemos com os amigos
Não sabemos o que procuramos
Nesta vida de tanta loucura
Também já não nos encontramos
O convívio que antes havia
Hoje nesta vida de correria
Deixou de todo de existir
Já não há amigos como havia
Vivemos numa correria louca
Os tempos já não são como outrora
Em que todos convivíamos
Eram outros amigos que não como agora
Que vida de loucura agora vivemos
Sempre em correria desenfreada
Deixamos de ter tempo para os amigos
Ficamos sem tempo para nada
Levamos toda a vida acorrer
A correr sempre á procura
Deixamos de ter tempo para os amigos
Vivemos uma vida de loucura
De: António C.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro – Capítulo 4

Engolidores, mais escravos que os escravos. Esse nome foi dado para seres de sangue quente, na sua maioria, que não se opuseram a dominação total de sua espécie e aceitaram seu destino de submissão. Os seviciados levam esse infeliz adjetivo, como uma marca indelével de sua covardia e pavor. Se forem coitados, pouco importa. Os engolidores são ao mesmo tempo vitais e descartáveis.
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- Sou sua amiga. Confie. Vamos sair daqui. Venha comigo.

A voz me era familiar, como se já a conhecesse. Os gestos eram familiares, os jeitos e trejeitos, a aura que emanava do corpo, seus olhos alaranjados e incomuns tão convencionais ao meu admirar. Ela era fria, brisa gélida que suspirava os meus lábios ao seu beijo. Sabia quem era, por milésimos, sem certeza. Mas sabia ainda que sem saber.

- Sim. Obedeço.

Eu estava sendo heróico e lamentável naquele ato.
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A senhora que me resgatara do cativeiro tinha as chaves para a saída da prisão com a qual eu me acostumara a suportar. Ela carregava apenas a si mesma, enquanto eu transportava anos de humilhação e resignação. Num silêncio que não escondia o sorriso do despertar para um sonho, eu subia para nuvens depois de um infernal período de insatisfação. Eu exultava, exorcizava o demônio do temor, até sermos cercados.

- Então vai fugir...?

O Luís Maurício nos olhava com um misto de nojo e tara.

- Não vou fugir. Você nos expulsou.

- Como assim, os expulsei? Eu te expulsei, mas não ao escravo.

- Pode ficar com esse lixo, só o trouxe para sacrificar em meu lugar.

Eu estremecia de rancor.

- Cínica. Você é tão covarde como esse traste.

- Não, eu aprendi a ser sórdida contigo.

- Não estou nem aí. Pode ir embora, agora você vale a mesma ninharia que os engolidores. Lá fora, sua corja é repudiada. Você vai ser relegada ao gueto, e isso se preferir não morrer. Seu destino está maculado. Sua sina é passar fome, é ter a necessidade e não saciá-la, é ser linchada e escarrada por não ser mais do nosso convívio. Será lembrada como louca e perdida, e isso se mencionarem seu nome. Diga adeus a sua vida, chegou sua hora.

Dona Clarisse calou-se. Pela primeira vez algo que ela não queria lhe descia pela garganta.

- Dimas, não deixe que ele me toque.

Ela saiu correndo à minha frente e largou-me aos chutes do meu cruel superior.
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A porta não fora fechada. Em fúria, meu chefe me espancava e extravasava os nervos que lhe explodiam. Mas desta vez eu não me encolhi. Tentei um primeiro revide, do chão com um pontapé. Ele nada sentiu e de cima pisou meu rosto. Tentei mordê-lo. Ele golpeou meus dentes com os cadarços que o sobravam. Uma alavanca rasteira o derrubou. Acertei seu olho esquerdo. Descobri que meu patrão também sentia dor. Arrastei-me até uma foice, estávamos no jardim da residência, agora florida de uma irônica primavera. Ele pisou minhas mãos. Com um puxão escorregou, estatelado junto à lâmina. Ele dedilhou o cabo da agora arma. Sorriu e hesitou na sua vitória iminente. Subi sob suas costas, o acotovelei e esfreguei sua face no solo. Enfim a foice era minha. Enfim eu tinha a possibilidade de matá-lo. Mas era mais prático arrancar seu braço. Foi o que fiz.
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O Luís Maurício uivava e alguns perceberam indo ao seu socorro. Dona Clarisse era linchada. Eu corria para não ser encontrado em direção ao meu desconhecido gueto. Eu me esgueirei enquanto os brados procuravam seu culpado. O pânico tomava as então plácidas alamedas dos dominantes. Vinha a tona todo o furor selvagem sufocado pela supremacia instalada na nossa realidade. Um embevecido decidiu tacar fogo na cidade incontrolada, para solucionar pela facilidade. Acabou piorando o caos. Os seres, tomados e extasiados, puseram-se a brigar entre si. Tudo estava por ser quebrado. Um instinto me indicava o caminho do tal gueto, o intocado e tranquilizado gueto. Não havia paralisia que diminuísse meu ímpeto. Tudo estava por ser destruído. Uma toca me escorregou sem que eu quisesse. Mas eu sabia que estava seguro. As mãos que me sugaram da superfície eram trêmulas e vibrantes. Eram mãos quentes, que até ardiam as minhas canelas. Nessa escuridão me vi logo inconsciente.
_____________________________________________________

Uma humilde vela acendia. Vi cenhos me pedirem senhas. Nenhum código me ocorreu. O que parecia o chefe deles pediu a palavra por possuí-la de verdade. De fato era o líder em seu nome celebrado.

- Não nos conhece, irmão, mas o acolheremos. Prove que merece nossa confiança e não será incomodado. Agora você está conosco. Discipline-se, e encontrará sua glória

Eu um milésimo me converti ao seu comando.

Foto de luzimar xavier

DAR TEMPO AO TEMPO

Amigos...quais seriam aqueles que poderíamos considerar como
Nossos amigos? É pergunta de difícil resposta? Via
De regra aqueles que, pela convivência de anos
E mais anos, por eles chegamos
Realmente a nutrir grande admiração por
Se tornarem como se fossem
Os nossos “meio-irmãos”. E
Não é que poderemos até considerá-los como

Muito mais que isso pelo apego que, com
O longo convívio, chegamos a ter? Entretanto,
Não devemos, segundo orientação bíblica,
Tomar atitudes precipitadas com relação a
Esse ou àquele “amigo”, para nosso próprio bem, confiando
Imediatamente neles. É preciso dar tempo ao tempo. Insiste-nos a Bíblia que
Reflitamos sobre o Eclesiástico 6: 5 e 7: “Palavras afáveis aumentam
Os amigos e fala amável encontra acolhida.

Lembre-se: se você quer ter um amigo, coloque-o
À proa e não vá logo confiando nele”.
Uma coisa é certa: se temos que dar ouvidos às sugestões que
Vêm de pessoas experientes, porque então não dar ouvidos às que vêm do
Senhor através da Bíblia para que não tenhamos decepções com certos “amigos?”

VALE A PENA REFLETIR: “PORQUE EXISTE AMIGO DE OCASIÃO QUE NÃO SERÁ FIEL QUANDO VOCÊ ESTIVER NA PIOR. EXISTE AMIGO QUE É COMPANHEIRO DE MESA, MAS QUE NÃO SERÁ FIEL QUANDO VOCÊ ESTIVER NA PIOR. QUANDO TUDO CORRER BEM, ELE ESTARÁ COM VOCÊ, MAS QUANDO AS COISAS FOREM MAL, ELE FUGIRÁ PARA LONGE. SE VOCÊ FOR APANHADO PELA DESGRAÇA, LHE DARÁ AS COSTAS E SE ESCONDERÁ DE VOCÊ. AMIGO FIEL É PROTEÇÃO PODEROSA E QUEM O ENCONTRAR TERÁ ENCONTRADO UM TESOURO. AMIGO FIEL NÃO TEM PREÇO E O SEU VALOR É INCALCULÁVEL”. (Eclo 6: 8, 10 a 12, 14, 15).

COMO SÃO OS SEUS AMIGOS? COM “ASPAS” OU SEM “ASPAS?”

Elixis – 23/06/09

Foto de luzimar xavier

QUE DIFERENÇA QUE HÁ ENTRE O AMAR E O GOSTAR!

Muita diferença existe entre o
Amar e o gostar pois para se amar verdadeiramente
Requer que haja aproximação, convívio, sem o qual é
Impossível que se possa amar esse alguém. Quando existe
A distância entre as pessoas, obviamente,

A única coisa que pode acontecer, e que muitos
Não pararam para pensar
Ainda, é simplesmente gostar. Simplesmente gostar e nada mais.
Lamentavelmente esse processo sempre permanecerá
Inalterado e pensar o contrário seria uma tolice pois só se
Ama àqueles com os quais se convive. O casamento é uma prova disso.

Fórmula mágica? Não existe fórmula que vá mudar o ritmo das coisas. Se você
Ainda pensa de maneira diferente, procure deixar de
Lado essas tolas idéias, reflita e chegará à
Conclusão de que é apenas disso que necessita o amor:
APROXIMAÇÃO. Da aproximação vem a convivência e daí nasce
O amor. Não há como pensar de forma diferente.

Difícil, diria impossível, seria dizer que nesse caso
O tempo se encarregaria de “criar situações” para se amar

Realmente a quem quer que seja. Pode até ser que
Ocorra algo nesse sentido... mas de possibilidades bem remotas.
Somente temos visto demonstrações sensacionalistas de amor
A “ausentes em vida”, regadas de lágrimas e abraços, em programas de TV. É
Raro, muito raro mesmo, ou melhor, é
Impossível, amar a quem, desde pequeno, não teve a
Oportunidade de se conviver. Agora, com a aproximação, a convivência...

...AÍ SIM, SERÁ POSSÍVEL AMAR, E MUITO AMAR. MAS TEM QUE SE CONVIVER.

Elixis - 09/02/97

Foto de Carmen Lúcia

Margarida e margaridas

Figura sinistra, simbólica,
que trago em minha memória,
que faz parte de minha história...

Metódico e irreverente, despojado e carente,
sábio e indolente, infeliz ou demente...(?)
Lembrava Cristo, fisicamente.
Vestes rasgadas, cabelos longos, barba mal aparada.
Ou quem sabe, um anti-Cristo,
oscilando entre o normal e o descomunal,
às margens do convívio social.

Andava pelas ruas e calçadas
fazendo gestos sem nexo, sem fazer mal,
balbuciando palavras distorcidas,
apavorando os perplexos normais
que temiam uma conduta anormal.

Um buquê de margaridas,
alvas, brancas, cultivadas,
a todos ele ofertava (e se orgulhava),
pois, por ele eram plantadas
em terras baldias, abandonadas.
Flores por todos ignoradas.

Havia momentos de agitações.
Delírios, alucinações, comoções...
Então ele era rei, poeta e compositor,
erguia o cabo da vassoura e era imperador!
-Camisa de força para o louco, o agitador!
Ao som da sirene era levado a um abatedor ...

E num desses manicômios,
tratamento de choque, fortalecer neurônios,
encontrou sua Margarida, sua amada, sua vida
e como loucos, amaram-se mais que o normal.
Amor que surpreendeu a muita gente
pela doçura, pela brandura de dois doentes.

Porém um dia, não mais a encontrou.
Levaram-na dali, outro rumo tomou
e transtornado pela dor, o louco chorou.

Não mais quis ser rei nem imperador.
Somente poeta pra cantar a sua dor...
Até que um dia para sempre se calou.
E numa cova fria, em pó se transformou,
ou foi ao encontro de seu amor...

Ao passar o tempo, viram lá nascer,
fazendo a cova triste resplandecer,
risonhas e brancas margaridas...
Vida e paixão, após a morte, restabelecidas.

_Carmen Lúcia_

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