Cores

Foto de Nailde Barreto

O Amor em branco e preto.

O amor em branco e preto.

O motivo infinito da bela canção da vida,
Revelação constante das notas cheia de cores;
E, por si só, mesmo em branco e preto,
Rege com louvor os corações maestros e tenores...

Sábio, conduz o regente;
Agora regido, pelo poder majestoso,
Notável diante das cortinas de cada olhar,
Observando perfeita sinfonia, do amor rodopiando no ar...

O silêncio para o solo no piano,
Revela a agonia sufocante, de agora já não tê-lo;
Permite-nos a ligeira, introspectiva, indagação:
Por que e pra quê, afinal, existe esse nem sempre, então, afinado coração?

Alguém da platéia se levanta, começa a responder sua própria indagação;
O povo todo se espanta, mas, ouve com atenção:
Esse tal amor é coisa de doido, e, cá estou; está-lo-ei? Não sei, mas, ficarei,
Se não falar o que a tanto, hesitei em compartilhar:

Eis aqui uma alma carente, desejosa para se libertar,
Diante deste maestro regente, que a muito me fez apaixonar,
Com tamanha destreza, sempre me permite te tocar,
Em meus sonhos, desde então, insiste em repousar...

Esse sentimento escondido no meu próprio exílio,
Me fez conhecer o ódio, o medo, a solidão, a coragem, o perdão;
E tantos outros que me fizeram caminhar até aqui,
No grandioso palco desta sua apresentação...

Com a sinceridade das minhas lágrimas,
Pude despir meu coração,
Das vestes já rasgadas, da longa caminhada,
Para alcançar o seu perdão...

Ao som de violinos, delicadamente demos as mãos,
E, agora, juntos no seu palco com grande emoção;
Como bálsamo, pude sentir novamente seu beijo, ardente,
Ao som dos aplausos, regendo o recomeço da nossa inesquecível canção...

Nailde Barreto.
02/01/2011
Olá poetas, estou muito feliz de volta aqui no nosso cantinho de poemas, depois de alguns anos sem escrever. Voltei!!!!!

Foto de Rosamares da Maia

AS QUATRO ESTAÇÕES

As quatro estações

É outono e o tempo passa macio, faceiro,
A primavera hiberna no cio, até desabrochar,
Num turbilhão de cores e exóticos perfumes.
A água flui, vai ao encontro do rio matreiro,

Que manso e brejeiro alimenta as margens.
Um ritual de fertilidade dá a vida passagem,
Mesmo se a estação se despe para o outono,
Ou para o inverno, na luz que morre cedo.

Sempre a florescer, me ofereço sem medo.
Banhos no orvalho nua, na luz prata da lua.
Olhos abertos, danço, na calçada, na rua.
A brisa fria sopra a oração - mística liturgia.

Sou a flor de semente somente Maria.
Sem vergonha, impura, ao lado da estrada.
Nem do bem nem do mal, a margem, nada.
Finalmente, no ponto certo, sou primavera.

Não há novidades, só fervor, intensidade,
Constatando o prazer a estação me invade.
Mas, é fogo, o corpo aquece e de febre arde.
E o desejo forte tudo consome em emoção.

A razão é controversa e explode em paixão.
A luz dourada invade outra estação - é verão.
Nova semente plantada - ciclo que se refaz.
Maria é semente regada - vida em profusão.

Rosamares da Maia
12/06.2019

Foto de Siby

A beleza do Outono

Quando abro a minha janela,
Posso a brisa de outono respirar,
E vejo o que a natureza veio pintar,
Com as suas cores de aquarela.

Com o clima do outono no ar,
Procuro reparar nas coisas belas,
E vejo folhas verdes e amarelas,
E ainda aquelas frutas no pomar.

É o outono se mostrando na janela,
Onde a natureza tem o seu lugar,
Emoldurando sua arte tão singela.

Como um quadro para admirar,
Olho a paisagem linda pela janela,
É a beleza do outono que paira no ar.
(Siby)

Foto de Jardim

ando pelas ruas molhadas

ando pelas ruas molhadas
sob a noite fria.
a cada passo o peso
das histórias mal resolvidas
e dos sonhos deixados para trás.
o toque da noite é frio,
futuro mutilado, metades perdidas
que eu arrasto pelas ruas.
ausência de cores, sonhos impossíveis,
um sorriso forjado no rosto.
contagem lenta e regressiva
dos dias, fome infinita do destino.
no túnel escuro das madrugadas
as mãos geladas nos bolsos furados,
contemplo sombras que gemem,
ouço os lamentos do vazio,
o amor em lençois encardidos.
os loucos não mentem.

Poema do livro Diários do Desassossego
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Foto de carmenpoeta

Chegada

Chegaste…
num dia qualquer
de uma certa estação…
Sem aviso, sequer,
nenhuma empolgação,
como quem chega sem querer,
dissimulando o querer ficar…
Como um bem maior, um privilégio,
presença indispensável, sortilégio,
burlando o fuso horário,
mudando o calendário,
o itinerário, a hora , o fadário,
senhor absoluto do tempo.

Chegaste…
Surpreendendo a manhã
ao entregar o cetro para a tarde,
revelando sombras em vertical
de pessoas vagando sob o sol,
rito costumeiro e pontual
anunciando o meio-dia,
do dia em que escolheste pra chegar.
Entremeio de manhã e tarde,
das entrelinhas para o baluarte,
da surdina ao gesto de alarde,
na expectativa de espreitar a beleza,
roubar tons em gradação,
cores em formação
no momento exato do impacto
causado pelo sol tingindo o céu
e logo se perder no horizonte.

Foste…
Junto com as cores do arrebol
morrer também atrás dos montes,
renascer, talvez, um novo sol
a irromper no amanhã,
com a manhã de cada dia.

(Carmen Lúcia)

Foto de carmenpoeta

Incoerência

No ápice da montanha onde a beleza aporta
em cores reinventadas, luzidias e mescladas,
nuances celestiais, misticismo que aborda
permeando cascatas de águas dançantes,
plantas exóticas e fontes ondulantes
bordando uma cortina, exposição do encanto
onde o desencanto e a inveja só observam da janela,
galopa a grande dor num cavalo alado
querendo se mostrar ao mundo
num voo incoerente ao inusitado...
Abrindo-se feito um leque úmido,
mofado, estraçalhado,
cuspindo dos dissabores, os mais profundos.

E a dor perpassa pela beleza...
Não se curva ao sagrado,
não cobiça tal riqueza,
não se importa com seu toque
nem responde ao seu chamado...
Cavalga a sua grandeza,
busca o ar que a sufoque.

_Carmen Lúcia _

Foto de Cid Rodrigues Rubelita

Quando você chegar...

Quando você chegar...
Com sua singular simplicidade,
Tudo em mim vai aflorar
Num universo de felicidade.

Feito os lírios sob a neblina,
Enfeitados na florada,
Os meus olhos, em ti minh’amada,
Fixados nesta beleza que fascina.

Em mim um turbilhão de sentimentos,
Como refugiado ao retornar à pátria,
Vou te olhar por tanto tempo!
Até que eu me recupere a fala.

Quando você chegar...
E me envolver na sua essência,
As estações do ano vão disputar
A vez para estar na sua presença.

Quando você chegar...
Acho que estarei feito arco-íris,
Que colhe as cores do céu e do mar
Só para ser e te fazer feliz.

Quando eu chegar perto de você
Toda energia positiva do universo,
Toda poesia de meus versos,
Todo amor que cultivamos na distância,
Toda saudade contida na esperança:
Tudo isso fará de nós um só ser.

Quando você chegar...
Vou tomar passiflora,
Vou inundar meus olhos,
Vou levar lenço de seda,
Vou lhe presentear com orquídeas.

Vou rezar pelas nossas vidas.
Pode ser que suceda
Que eu me deságue em choros
Diante de sua paz minha senhora
Quando você chegar.

Foto de RonanCardoso

A poesia

A poesia não é a cadeira de balanço da consciência
É a árvore intacta, plena de possibilidades
Árvore professora, mestra natureza, universidade transubstancial
O poeta não corta a árvore para dela se servir
O poeta sabe que a árvore é um ser magnífico
O que encanta o poeta é a beleza inerente e a inteligência da semente
Linhas e cores
Quando a vida é mais fresca à sombra de uma árvore
Quando o vento alucina as folhas
Quando o fruto está maduro
Tudo isso, o aroma intrínseco, a vida harmônica
É natural o sonho do poeta
A poesia não é a cadeira de balanço da consciência
É a árvore intacta, universidade transubstancial...

(Ronan Cardoso)

Foto de carmenpoeta

Buscas

Busquei na transparência da manhã
motivos pra desencadear o riso
ante a melancolia exposta em cada rosto,
a reviravolta de um ideal deposto,
como se fora um grito de agonia,
um pedido de socorro, uma premonição,
um aviso…

Busquei no matiz das cores
flores para enfeitar o dia,
mas o encanto se murchou
junto à flor mais recolhida,
perfume a desimpregnar rancor
diante do desencanto da aflição,
olhares perdidos na mesma direção…

Busquei levar consolação,
porém o desconsolo fez-se solução
e meu alento para mim voltou
feito flecha a penetrar o coração
sangrando a liturgia da doce ilusão…
Ideologia não se muda da noite pro dia,
nem se vende feito peça de leilão.
Eis a questão.

Busquei falar através de versos,
da poesia que canta o perdão
e acalanta os reversos
restaurando a união,
mas o coração machucado
jamais ouve qualquer canção…

Recorro ao tempo…
Nele busco compreensão,
o amor que se desfez ao vento,
a paz que reina na exclusão,
que retornarão numa manhã
banhada de luz e recomeços,
no silêncio da oração.

(Carmen Lúcia)

Foto de Siby

Mundo azul

Como a aquarela tem a sua diversidade,
No mundo vivem diversos seres humanos,
Estranhos, amigos, parentes ou manos,
Todos com sua própria personalidade.

Alguns seres parecidos, outros diferentes,
São como uma aquarela,com as suas cores,
Ou como um jardim com diferentes flores,
Onde a beleza se harmoniza nos contrastes.

Muitas tradições entre as nacionalidades,
Entre os seres humanos faz a diferença,
Mas todos trazem consigo muita esperança,
De alcançar os seus ideais de felicidades.

Quisera que não existisse preconceito,
Pelo mesmo sol somos todos iluminados,
Filhos da mãe terra, somos irmanados,
Em um mundo azul que pede paz e respeito.
(Siby)

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