Criação

Foto de LordRocha®

Filho...

Rebento em desenvolvimento;
Acolhido e embalado pelo ventre;
Alimentado pelo cordão da vida.

Esperado, desejado, almejado;
Fruto do amor da criação;
Resultado infalível do Criador.

Pequeno, sensível, e delicado;
Ansioso, impetuoso e divino;
Eficiente e eficaz no transformar.

Pequeno, médio e grande;
Semente, broto e fruto;
Óvulo, feto e rebento.

Fruto da criação;
Excelência do Criador;
Filho, Filha, Filhos.

Foto de LordRocha®

Preso...

Como um pássaro preso no visgo;
Um prisioneiro as algemas do cárcere;
Um rebento ao cordão da vida;
A presa nas garras do predador.

Assim sou eu preso a você;
Preso ao nosso amor;
Ligados pela razão da vida;
Pelo sentido da existência.

Como a noite precisa do brilho da lua;
O dia da majestade do sol;
O mar da existência dos peixes;
E o mundo da excelência da criação.

Assim sou eu, dependente de você;
Carente por seus beijos e caricias;
Pela melodia da sua voz a sussurrar;
Pelo calor do seu corpo junto ao meu;

Assim é o nosso amor;
Sublime e divino como a prata;
Perfeito e sagrado como o ouro;
Forte e impetuoso como o diamante.

Foto de LordRocha®

Criação...

Na criação foi me dado membros que são seus escravos.
Olhos que buscam no infinito, sua presença;
Narinas que procuram, a suave fragrância da sua pele;
Ouvidos que não cessam de buscar, a sua doce voz;
Lábios que numa débil ternura, buscam os seus;
Pele que em agonia constante, busca o calor do seu corpo;
Braços que querem, a todo instante sustenta-la;
Pernas que buscam, o caminho mais curto e rápido até você;
Coração que como um ninho, acolhe o amor que sinto por você;
Cérebro que cria e declama a importância da sua existência;
Rosto que na agonia e na angustia, busca o afago de suas mãos;
Sou escravo desse amor: enxergo, cheiro, ouço, beijo, sinto, penso...
“Amo. Logo, você existe.” Eu existo por você, para você, sempre...

Foto de Boemio

A falta de um Salvador

Recriei minha criação
A imagem e semelhança
De um pobre latão
Dei a ele uma programação,
Forneci a ele 60 giga de memória,
Instalei uma gravadora de sentimentos,
E um tocador de mesmas noticias,
Baixei alienação da internet
E gravei dentro do HD
Pra ele nunca mais se esquecer,
Deletei da lixeira seus sentimentos mais profundos,
Tais como a amizade e o amor próprio,
Escolhi seu numero de serie
E estampei em sua testa larga,
Equipei com o que há de moderno
No que se trata a agir com as pessoas
E trata-las de um modo frio,
Deixei espaço livre para ele poder gravar
Em disco rígido
Todas as condutas e modo se comportarem
Perante nossa sociedade atual,
Ah, sim eu vou produzir em grande escala,
E todas as casas vão um exemplar
Dos Super-humanos,
Pensando bem vão ser tão perfeitos
Que nem sei se os chamarei assim,
Mas enfim tudo partira de você
Meu protótipo particular
Alcançaremos o topo do mundo
E faremos do universo nossa morada...
“Este é o seu plano? Criar-me e depois fugir?
Que falta de salvação...
Que falta de um Salvador...”

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Foto de Lou Poulit

O Caminho é o Mestre.

Precisei viver muito, cair e levantar muitas vezes, para legitimar no meu silêncio a simples impressão de que tudo valeu a pena, por ter aprendido algumas coisas. Há tantos anos que nem me lembro mais quando foi, li sobre o conceito cabalístico de amor. Achei que era uma coisa muito bonita, mas impossível de se conseguir. Parecia um paradoxo existencial insolúvel, porque parece pressupor o sacrifício da individualidade própria e sem ela, ainda que consigamos pisar no horizonte, não poderia haver nisso um mérito nosso, já que não terá sido uma obra nossa. Guardei o conceito com carinho numa das últimas gavetas da alma.

Os anos se sucederam e através deles uma aparentemente infindável sucessão de logros e malogros, que deixavam uma coisa cada vez mais clara e insofismável, na minha alma obstinada e penitente: as melhores coisas que havia conquistado não eram aquelas pelas quais me dispusera a tantos sacrifícios, não eram a montanha, mas sim as que em algum momento me pareceram uma pedra suficientemente firme, para enterrar o cravo e continuar a escalada. E isso foi verdadeiro em literalmente tudo. Sabia exatamente o que queria e, quase sempre, soube encontrar meios de prosseguir. Mas não sabia o mais essencial.

Não sabia que nossas ambições são como uma miragem. Ainda que sejam alcançadas, podem durar bem pouco nas nossas mãos. Mesmo porque logo precisaremos desesperadamente de um novo objetivo, uma nova referência para que possamos canalizar nossa energia. Precisaremos fazer isso, ou teremos a impressão de que todo o universo, em seu legítimo direito de prosseguir, está nos atropelando lenta e minuciosamente. Talvez possamos parar para comemorar uma conquista, ou nenhuma conquista, como fazemos mais freqüentemente, e assim exercer nossa auto-estima, e simplesmente não querer mais nada. Porém não poderemos interromper a sucessividade das coisas, ou a transitoriedade de tudo.

Como não podemos assumir nenhum dos extremos do paradoxo, ou seja, não podemos ser Deus nem tão pouco um inútil grão de areia, a solução está necessariamente no meio do caminho entre um e outro. Não é como encontrar uma agulha no palheiro, ou um determinado grão na praia, é muito mais difícil que isso!

Às vezes, por minha própria experiência, tenho a impressão de que posso propor uma solução: desconcentrar o foco. No entanto, preciso esclarecer uma coisa da maior importância: Quando digo desconcentrar o foco não estou defendo nenhuma abstenção, negligência ou leviandade generalizada, como pode perecer. Mas sim, muito ao contrário, redistribuir o feixe, contemplando mais as pequenas coisas do caminho, que estão sempre tão perto da gente; e nem tanto no horizonte, em cuja distância o foco talvez se perca irremediavelmente.

Isso não é nada fácil, concordo, mas deve ser uma espécie de aliança profícua. Sim, uma aliança porque assim daremos ao universo a oportunidade de participar muito mais proveitosamente das nossas conquistas, de nos oferecer alternativas, enquanto damos a nós mesmos a oportunidade de exercer mais legitimamente o nosso livre-arbítrio. Porém, aqui cabe um alerta: Não se deixe iludir pelo seu conceito vulgar e tão divulgado: O tal livre-arbítrio, instituição criada a partir textos inspirados, não pode ser o direito absurdo de fazermos o que bem entendermos. Crer nisso seria subestimar a inteligência do Grande Legislador, depois de superestimar a nossa. Não é minimamente razoável.

Vejo isso da seguinte maneira: suponhamos que você tenha dito ao seu filhinho amado que parasse a brincadeira para fazer o dever de casa. As crianças nunca têm pressa para aprender. Na verdade, ao fazer seus exercícios, querem mais se livrar da obrigação do que aprender o que os adultos pensam ser necessário. Ora, se você lhe desse dois ou três cascudos mais alguns gritos, certamente ele faria os seus exercícios e alguma coisa sobre a matéria haveria de fixar na mente, além dos cascudos e gritos, claro. Mas tenho a mais cristalina convicção de que você se sentiria um pai/mãe muito melhor, se ele resolvesse fazer o dever e aprender por conta própria! Sem precisar de qualquer penalidade. A evolução dele e a sua satisfação seriam muito mais legítimos e perenes. Pois aí está, para mim, o sentido verdadeiro do livre-arbítrio, dentro dos limites da mente humana. Até onde a criatura e o criador eram uma coisa só, não poderia haver esse mérito. Então, porque resolvemos criar nossos próprios objetivos e expectativas, e engendrar os meios para isso, passamos a precisar dessa instituição. Porque Deus, que não pode ser um pai menor do que eu ou você, prefere não nos arrastar para casa pelos cabelos. Na verdade não se trata de uma liberdade, mas da oportunidade de escolher bem e com responsabilidade.

Então, juntando tudo, creio ter uma boa proposta. É simples e não tem o rigor hermético imposto pelas instituições dogmáticas, que também tendem a priorizar suas próprias necessidades: focamos o horizonte apenas para que tenhamos uma referência de direção; depois criamos focos nas pequenas coisas que estão em nós, à nossa volta, entre nós e na mesma direção que escolhemos. Sem perceber, estaremos abrindo mão de uma parte do nosso ego cabalístico, aquele que quer satisfazer a si próprio, entretanto, também estaremos sintonizando a energia cósmica, que quer satisfazer a toda criatura, humana ou não, que possa escolher, segundo as preferências de cada uma. Além de satisfazer, segundo a Sua preferência, a todas as demais que não podem escolher por si.

A polarização sexual dessa questão é muito bem representada por um mito antigo: Os deuses do Olimpo estavam prestes a se unhar, por não haver consenso sobre quem teria mais prazer no amor, se o homem ou a mulher (uma questão que, hoje, a ciência responderia facilmente). Então Zeus, tido como grande sedutor mas que, provavelmente, era um péssimo amante, mandou chamar um semi-deus, por sua vez tido como apaziguador. Não podendo recusar a missão que lhe fora confiada, este meditou um pouco e depois afirmou categoricamente (sem a tecnologia atual): Quem tem mais prazer no amor é a mulher... Liderado pela extremada deusa Hera, mui traída esposa de Zeus, o bloco dos feministas já estava começando a sua festa. Mas, olhando os olhares inchados de raiva dos machistas, ele completou: ... Mas o homem é quem o provoca. E assim, enquanto o bloco dos machistas fazia a sua festa, a enfurecida Hera cegou o pobre semi-deus. Na tentativa de ajudar os que queiram compreender melhor a inexplicável sabedoria dos antigos, aqui vão versos definitivos de Vinícius de Moraes, da sua “Brusca Poesia da Mulher Amada”:

“...E de outro não seja, pois é ela
A coluna e o gral, a fé e o símbolo, implícita
Na criação. Por isso, seja ela! A ela o canto e a oferenda
O gozo e o privilégio, a taça erguida e o sangue do poeta
Correndo pelas ruas e iluminando as perplexidades.
Eia, a mulher amada! Seja ela o princípio e o fim de todas as coisas.
Poder geral, completo, absoluto à mulher amada!”

O verdadeiro amor só pode ser isso: O sentimento de querer bem e de satisfazer as pessoas/coisas amadas. E para dar certo, basta que aquele que ama seja uma das pessoas amadas. Ponto passivo: não existe uma matemática humana para o amor, essa coisa de determinar de modo fixo um ponto entre os dois extremos. Tudo bem, mas não estaria exatamente nisso o mérito? Veja, essa exatidão fixa, humanamente lógica, redundaria em mais uma estrutura ideológica capaz de engessar a psiqué e atrair o foco para o ego. Ela não é necessária. Mais importa que se exerça a vida, a alma, que se ame e que se cresça. A alma é o maior objetivo, o amor é o meio mais eficiente, e o caminho, quanto mais escuro mais guarda estrelas: É o mestre!

Foto de Peter

A indiferença

Como um predador olha a sua presa
Sem qualquer respeito ou despeito
Porque tem preconceito
Olha-o por ser diferente

Como um sindrome
Ou mal formação
Olha-o com maldade

Ninguém sabe qual a sua enfemeridade
Ninguém quer saber a sua situação
É lhes indiferente só por ser diferente
Não merece respeito porque não é como eles
Não merece um olhar digno só porque é diferente

Porque o preconceito fala mais alto
Porque o conceito da vida não tem valor
Porque há a diferença
Porque tem uma cor diferente
Porque tem um estilo diferente
Simplesmente porque é diferente

Tanta indiferença pelo próximo
Como é que o mundo pode ser justo?
Como é que pode haver paz?
Se somos indiferentes aos diferentes
Se não aceitamos todos
Se pomos alguns de parte
Se não tratamos todos por igual

Porque a vida, o conceito humano
Prevalece sobre qualquer preconceito
Sobre qualquer raça ou religião
Porque amar o próximo está no nosso coração
Porque toda a criação está na mão de deus

Todos diferentes todos iguaís

Foto de Juliana Almeida

OS DOIS CAMINHOS

No inicio era só brincadeira.
Era como se a vida, fosse nossa prisioneira.

Mas no silêncio da noite, nas garras do tempo,
As gárgulas do destino, tecem nossos caminhos,
Desenham nosso futuro, nossos descaminhos.

Tramam contra nós.
E nas veredas de nossos desatinos,
Revelam-se as traições, as emboscadas
As armadilhas de nossos corações.

Da cumplicidade terna, do sorriso doce
A alma se devassa. E nas entranhas de nosso ser
Tudo quanto era puro se transforma na chama
Em que faz nossos corpos arder e nossas almas perecer.

E o que era uma só alma em uma só alma
Em uma só alma, serão duas almas e,
Apenas no arder de nossos corpos
Fundem-se novamente nossas almas
Para sermos novamente uma só alma,
Em uma só alma.

O pecado e a virtude. Lado a lado.
Caminham entrecruzando nossos caminhos.
Não sabemos mais : Seguir o pecado
Ou se seguir a virtude!

Ambos opostos, contidos em si
Faces de uma mesma moeda
Prismas de uma mesma natureza.

Porque prisioneiros de nossos pensamentos,
De nossas aspirações, de nossa salvação?
Até quando seremos cativos
Desse algoz sem misericórdia e perdão?

A devassidão poder ser uma virtude
E a virtude pode ser uma devassidão
Devassidão é virtude
Virtude é devassidão.

Ambas são apenas uma verdade.
Uma só realidade, apenas opostos
Para a nossa percepção.
Em verdade compõe juntas
O todo perfeito, a divina criação.

Deixemos romper os vergalhões
As vetustas correntes da libertação
Deixe a verdade ser bússola
De nossos corações.

Que o amor seja uno
A felicidade completa
Seja puro e devasso
Sejam faces da mesma moeda.

A salvação e a perdição
Poder ser perdição em salvação
Poder ser salvação em perdição.

Que a brincadeira se perpetue
Que a pureza se devasse
Sejamos uma só alma
Na perfeição do criador.

Foto de Amalry

Ao Meu Amor!!!

Quando ficares triste, lembre-se que eu estarei aqui.
Sempre Pensando, e mandando vibraçoes positivas para você.
Quando estiver feliz, lembre-se eu estarei aqui, pronto para cultivar e manter a sua felicidade.
Quando estiver só, você não estará só, pois eu sempre estarei perto de você.
E mesmo que a distancia pareça grande, ela não é , pois nossos coraçoes estaram sempre perto. Porque voçê mora no meu coração, e eu sei que também moro no seu.
Eu sempre serei, seu cão de guarda, seu anjo protetor.

Criação: AmalrY

Foto de InSaNnA

Os poetas e as suas diferenças...

o poeta tem uma bela e grande alma,
não sabe passar pela vida sem emoção,
sente as suas dores e amores em poesia
Com as lágrimas e os sorrisos do seu coração

Mas o que eu acho engraçado é a diferença ,
O amor tem prazo de validade em cada caso,
a poetisa guarda o seu amor bem guardado
o poeta envaidecido , vive de oferenda

Homens poetas,não se ofendam, com a minha observação
Isso não é uma norma ,como tudo na vida,a poesia,
também tem as suas exceções,mas pelo que vejo por aí,
Tem sempre algum poeta mudando a musa de sua inspiração

Mas tudo é válido no reino da poesia !!??
Ferir corações igualmente sensíveis,
Dar esperanças ,para cintilar a criação?
Fazendo do amor uma grande fantasia ??

Mas o amor é assim tão passageiro?
O que falta de tempero nessa emoçao?
Ou cúpido não é um bom mensageiro?
Claro ! O culpado é o dono do coração !!

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Uma brincadeira com as diferenças ...rs..
Meninos poetas...é uma brincadeira saudável..mas que no fundo acontece demais..rs
Não me matem..olha o estatuto dos insanos !!!!
Beijocas com pedidos de desculpas aos meninos..

InSaNnA

Foto de Tancredo A. P. Filho

CORDEL DA NATUREZA

Queria por Deus sentir
no mais profundo do ser
a natureza enfim explodir
com flores no amanhecer.

Deus que criou tal beleza
no mundo de esplendores
e juntos com a natureza
não esqueçamos das cores.

Na natureza há beleza tanta
no azul do céu, no mar...
a nossa alma se agiganta
não se cansa de tanto olhar.

Esta terra é um paraíso
mas é preciso saber viver
basta um olhar, um sorriso
e o seu mundo há renascer.

As águas correm para o rio,
o rio corre e vai para o mar
eu sou fonte em extravio
e quero um rio encontrar.

Segue o rio, seu rumo manso
por entre as pedras correndo
penso num lago, num remanso
depois de quedas vencendo...

Assim é a vida da gente
muitas pedras no início
lutando contra as correntes
fugindo enfim do precipício.

Cantam alegres os passarinhos
de manhãzinha ao despertar
cantam nos formosos ninhos
alegres nos ensinam a orar.

Muitas vezes fico pensando
no que encontro nesta vida,
mas com garra vou lutando
para resolver essa partida.

Porque viver é a razão bela
não importando a condição
e após de cada procela
Deus renova sua criação.

De manhã abro porta ao sol
inspiro o ar bem ao fundo
olhando vislumbro o arrebol
pensei nesse triste mundo.

Já cantei muitos versos ao luar
cantei na noites maravilhosas
para a natureza exaltar
dos sonhos com olor das rosas.

Continuo os poemas cantar,
à Musa, canto a alegria,
tenho tempo pra meditar
pois quero ser a sua poesia.

Olhando o céu vi uma estrela,
junto com as outras a brilhar
fiquei extático ao vê-la,
era você, e comecei a cantar.

::::::TAPF:::::::

tancredoadvogadopf@yahoo.com.br

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