Desânimo

Foto de Lorenzo

Faz Tempo

Faz tempo que não sou
Tempo que foi, passou
E já não fantasio ir tão longe na vida
A vida bonita, quase sempre sofrida

Atleta duas décadas atrás
Decadente nos dias atuais
Arcando com escolhas erradas
E algumas bem acertadas

Porrada vai, porrada vem
Problemas que parecem vir do além
E o desânimo bate à porta
A vida de outrora parece morta

Ao seu lado aquela moça de rugas
Reclamando das roupas sujas
Enfrentando o mundo ao seu lado
Enquanto sorri do boleto atrasado

E a vida não precisa ser tão calma
Porque se tem o outro lado da alma
O sangue de dentro do seu coração
O braço que tem a sua mão

E dá gosto viver cada luta ao seu lado
Da garra desse espírito determinado
Tanto orgulho de acreditar em mim
Mesmo que eu não creia tanto assim

No meio de tanta turbulência inesperada
Agradeço a Deus por ter minha amada
E penso em tantos que não tem
Que quando busca ao lado, ninguém

Sei que vamos passar por tudo
Vamos casar e dominar o mundo
Sei que quer, e também quero
Fazer igual o Pink e o Cérebro

Todo dia acordar pra novamente
Planejar e executar só a gente
E mesmo quando tudo der errado
Sempre terá alguém ao lado

A gente tá abusando da sorte
Com tanto sexo sem camisinha
Quero ver depois como pode
Porque nossa proteção é só divina

Pelo menos a gente trabalha
Não é avó que vai criar
A gente tem nível superior
Só não tem salário pra ostentar

Mas aí eu acordo mais cedo
Durmo mais tarde todo dia
Pra nunca faltar nadica de nada
Pro motivo da nossa alegria

Eu sei que o casamento tá marcado
Que agora que não rola gravidez
Que já tá quase tudo pago
Pro nosso sonho de "era uma vez"

Só queria dizer que eu te amo
Que você é meu bem e meu mal
Porque você soube como ninguém
Como tocar no meu coração.

Foto de Ivone Boechat

Setenta

Quando se pega
o caminho reto
dos setenta,
ileso, sobrevivente,
salvo dos vendavais,
cada vez mais discreto,
o ser humano reduz a pressa,
sentindo, pressentindo
o tempo por um fio
das primaveras finais...
Setenta ?
o rumo fica
mais correto,
a esperança segue
na frente
da caminhada regressa
da vida;
então, fuja do dissabor,
não se detenha na curva
do desânimo na lida,
se agaselhe do abandono
e do frio,
evite reclamação,
abrigue-se no abraço
de quem pode acompanhar
seu passo...
ah! vai ter que marchar
no compasso do amor.

Ivone Boechat

Foto de Ivone Boechat

Setenta

Quando se pega
o caminho reto
dos setenta,
ileso, sobrevivente
e salvo
dos vendavais,
cada vez mais discreto,
o homem reduz a pressa,
sentindo, pressentindo
o tempo por um fio
nas primaveras finais...
Setenta?
o rumo fica
mais correto,
a esperança segue
na frente
da caminhada regressa
da vida;
fuja do dissabor,
não se detenha na curva
do desânimo na lida,
se agaselhe desse frio,
evite reclamação,
abrigue-se no abraço
de quem pode acompanhar
seu passo...
ah! vai ter que marchar
no compasso do amor.

Ivone Boechat

Foto de Carmen Lúcia

Mudanças

Em fase de reconstrução
quebro meus tabus, estereótipos vencidos,
normas, padrões, regras , princípios,
tudo o que faz infeliz
e que a mim já não condiz.
Boto o pé na estrada...
Mudo a fachada, a cor descorada
mantida por nada.
Ausência de vida, pulsação, ação atrevida
acomodada em mórbida situação.
Perco a chave de casa
ao deparar a saída
e me entrego ao que vier, sem despedida,
ao que me desperte o desejo de viver.
Tiro da bagagem o supérfluo,
o peso, o excesso,
o desânimo expresso
num cansaço mental, moral, letal.
A inércia sem controvérsia, sem manifesto.
O sim bradado em contradição,
o não engolido por persuasão .
Quero gargalhar até chorar
lágrimas que brotem do sorriso...
Gritar mil vezes sim e não.
Florir em qualquer estação
sem respeitar placas de aviso.
Pisar na relva verde
e de verde reabastecer a alma
até que ela aporte num cais que seja calma,
onde seja feliz, onde conforte a alma.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Mudanças...

Em fase de reconstrução
quebro meus tabus, estereótipos vencidos,
normas, padrões, regras , princípios,
tudo o que faz infeliz
e que a mim já não condiz.

Boto o pé na estrada...
Mudo a fachada, a cor descorada
mantida por nada.
Ausência de vida, pulsação, ação atrevida
acomodada em mórbida situação.

Perco a chave de casa deparando a saída
e me entrego ao que vier, sem despedida,
ao que me desperte o desejo de viver.
Tiro da bagagem o supérfluo,
o peso, o excesso,
o desânimo expresso
num cansaço mental, moral, letal.

A inércia sem controvérsia nem manifesto.
O sim bradado em contradição,
o não engolido por persuasão .
Quero gargalhar até chorar
lágrimas que brotem do sorriso...
Gritar mil vezes sim e não.

Florir em qualquer estação
sem respeitar placas de aviso...
Pisar na relva verde
e de verde reabastecer a alma
até que ela aporte num cais que seja calma,
onde seja feliz, onde conforte a alma.

_Carmen Lúcia_

Foto de Paulo Gondim

Recolhimento

Recolhimento
Paulo Gondim
23/01/2013

Contei horas e minutos, um a um
Sem te ver; ficou a dúvida
O desconforto, o desânimo

Olhei pela fresta da porta
E não vi o raio de luz
Um a nevoa fosca cobria o sol
E mais uma vez não te vi
Tua imagem perdeu-se no arrebol

A noite derramou-se sobre a tarde
E a lua também não apareceu
E tudo se fez nublado
Como meu coração magoado

E mais um novo dia, sem sol
Sem um fio sequer de claridade
E me recolho ao claustro úmido
Com o frio de tua saudade

Foto de poetisando

A mentira

É Traiçoeira como os cobardes
Ela aparece de súbito e inesperado
Não tem hora de chegar
Pode ser de manhã ao romper do dia
Ou ao entardecer
Ou até de madrugada vem silenciosa.
Quantas vezes vem até com um sorriso
Vem em qualquer momento
A mentira não escolhe hora
A escolha é ela que a faz
Ela sabe a chave que vai usar
Para acabar com os sorrisos de alegria
Está em suas mãos acabar com a vontade de vivermos
Quando ela a fecha a porta
Sela o destino de quem ela escolheu naquela hora
A mentira é impiedosa
Insensível aparece de repente
Por isso,
Muitos a tememos ou arriscamos falar
Sobre a sua presença
A presença dela é raro não dar fruto
A mentira é mesmo muito feia
Temos horror mesmo dela
A mentira
Não fala com que ela vai destruir
Aparece e destrói
Sem fazer a avaliação de quem ela vai destruir
Quando aparece
Aparece com ódio para a destruição
É uma fera terrível
Uma fera que causa pesadelos
A quem ela ataca
Goza quando
Provoca choro lágrimas de tristeza
Vem para provocar o desânimo
Provocar lágrimas
Gritos de dor
Quantas vezes de saudade
A mentira é pior que uma fera enjaulada
Vive sobre só á espreita
Sempre á espera da menor fragilidade nossa
Paira sobre a nossa cabeça
A ver quando pode desferir
Golpes fatais
O seu rasto
Não é fácil de encontrar
Geralmente ela ataca e foge
Como uma cobarde que é
Ela não pode ser vista
Vive só para atacar
Os mais fracos e os inocentes
Muitas das vezes quando não sempre
Ataca os que estão a viver a felicidade
Quantas vezes ela foi difícil de conquistar
Mas isso para ela não tem qualquer importância
Para a mentira só interessa é provocar
Dor, lágrimas e a perda da vontade de viver
A quem ela ataca
A mentira não é humana
É uma criatura que não vemos
Só sabemos que existe
Vivemos com medo que ela nos ataque
A mentira é traiçoeira
Aparece de onde não se espera

De: António Candeias

Foto de Paulo Gondim

Seca

SECA
Paulo Gondim
24/04/2012

Nuvem escura
Vento quente
O céu se abre
Chuva de repente

Simples sonho
Mera utopia
O pensamento
Fez de conta que chovia

De pé, na porta,
O olhar distante
Céu infinito, azul,
No Sertão, é desconfortante

Do sonho ao desânimo
Sem espiga, sem grão
Prenúncio da fome
Praga do Sertão

Mais uma vez, a seca
Resseca o chão
Restringe vida
Acaba-se o pão

Foto de Paullapam

Poema Mais Lindo Que Eu Li!!!!

Não quero alguém que morra de amor por mim, Só preciso de alguém que viva por mim. Que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame. Não me importando com que intensidade. Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim... Nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível... E que esse momento será inesquecível... Só quero que meu sentimento seja valorizado. Quero sempre poder ter um sorriso estampado em meu rosto,mesmo quando a situação não for muito alegre. E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor. Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém... E poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos... Que faço falta quando não estou por perto. Queria ter a certeza de que apesar de minhas renuncias e loucuras. Alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho... Que me veja como um ser humano completo. Que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona. Que dá valor ao que realmente importa, que é o meu sentimento... e não brinque com ele. E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça. Para que eu seja sempre eu mesmo. Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer. Quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe... Que ele não é superior ao ódio e ao rancor. E que não existe vitória sem humildade e paz. Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia. E se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz. Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas... Que a esperança nunca me pareça um angústia que a gente teima em maquiá-la de verde. E compreendê-la como desânimo. Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, De poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, Sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento. Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão, Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e as pessoas Que a vida é bela sim, E que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!!!

Mario Quintana

Foto de Marilene Anacleto

Mãos Negras

Mãos negras sobem desde meus pés
O frio segue pelas veias
Deixa meu corpo adormecido.
Aperta minha garganta
Consegue alcançar meu cérebro
Comanda olhos e ouvidos.

O desânimo se espalha
Rápido em minhas entranhas
No cansaço do silêncio
Minhas idéias, emaranha.

Negras já são minhas veias
Sem esperança, com torpor
No estresse da espera
Da volta da vida em cor.

Sofro angústias suspensas
De ser para ele a melhor
De estar sempre solícita
Ao bom gosto do amor.

A tristeza invade a alma
Com ares contaminados
Com frases não terminadas
Que nem pensa em se despedir
Do então amor, tão amado.

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