Desilusão

Foto de Sirlei Passolongo

Pedaços e retalhos

Deparo com o passado
Lembranças, dor e
Decepção.
Tento remendar os cacos
Colar os pedaços do
meu coração.
Pedaços de dor,
Sombrias mágoas.
Marcas da desilusão!

Recordações incessantes
Alma em cacos
Pesadelos constantes
Sonhos despedaçados
Sofrer é o meu instante!

Retalhos desfiados,
Rasgados por todos os lados
Assim está meu coração!
Não há remendos,
Somente recortes
De um sonho acabado
Do fim de uma desejada
Paixão!

Vida em cacos
Sem emendas, sem cola.
Dor da saudade
que meu peito assola
Sentimentos rasgados
Planos mutilados.
Sou vida em pedaços
Coração em retalhos
Sem você ao meu lado!
(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Paulo Gondim

Teus pedaços

Teus Pedaços
Paulo Gondim
22.05.2006.

Numa noite úmida e fria de inverno
Tu, sem explicação, sozinha, partiste
Por mero instinto ou intuição
A procura de sonhos, de nova paixão
Como formiga que se faz alada
E se perde na primeira chuvarada
E voa, voa, até perder as asas
E volta a ser formiga, agora sem morada.

Imagino quantas e quantas voltas
Por esses caminhos foram dadas
Na tua longa e sedenta caminhada
A procura da fé, a procura do amor
Em busca do encontro, do sabor
Que outrora só em meus beijos
Tinhas com fervor

E nesta desvalida aventura
Que te fez fugir tanto assim
A vida não te foi amiga
Bateste de frente, cara a cara
Com a desilusão, com a tristeza
Nessa estrada cheia de incerteza
Viste de perto a morte, ali
No convite fúnebre, mórbido
Oposto de tua esperteza

Mas, ainda não foi dessa vez
Uma chance a mais a vida te deu
De terminar tua obra, tua missão
De reconciliar-te com o amor
Olhar para vida, com olhos limpos
Baixar a guarda de teu coração
Deixar-se amar e também amar
Como sutura de tuas feridas
De tuas mágoas, de tuas cicatrizes

E é aí que entro mais uma vez em cena
No papel que me cabe nessa ópera
De menestrel de tua pobre orgia
Recitando-te meus versos rudes
Na apoteose de nossa agonia

Recebo-te toda nos meus braços
E mulher, mais uma vez te faço
Seco tuas lágrimas, remendo teus fracassos
E fecho os olhos à minha dignidade
Deixo de ser eu, ignoro tua falsidade
Olho para ti e colo, um a um, os teus pedaços

Foto de Don Juan sp

SOLIDÃO

SER SÓ NÃO É UM ESTADO DE ESPIRITO, PODE SER UM ESTADO DE INSEGURANÇA.
JÁ PASSEI POR ISSO E SEI BEM O QUE É SE SENTIR SÓ, O CORPO PARECE DESFALECER O SANGUE ESFRIA O CORAÇÃO PETRIFICA DE UMA TAL MANEIRA QUE NEM UMA BRITADEIRA CONSEGUIRIA PENETRA-LO.
É UMA SENSAÇÃO HORRIVEL, E PARA QUEM NÃO ESTA PREPARADO PODE SER PIOR AINDA, TEM QUE TER UM PSICOLOGICO MUITO BOM E ESTAR EM PLEMA PAZ DE ESPIRITO, POIS SENÃO A PESSOA ENLOUQUECE.
EU QUASE ME ENTREGUEI, NÃO ERA MADURO SUFICIENTE MAIS CONSEGUI DAR A VOLTA POR CIMA E ESTOU EM PAZ COMIGO MESMO.
CONTINUO SÓ, POIS ME ACOSTUMEI A VIVER ASSIM, NÃO VEJO NECESSIDADE DE DIVIDIR MINHA VIDA COM NINGUEM, TALVEZ EU SEJA EGOISTA, TALVEZ EU TENHA MEDO DE ME ESPOR, ME ENTREGAR A ALGUEM NOVAMENTE. EU SÓ SEI QUE DAQUELE JEITO EU NÃO FICAREI MAIS , NÃO AGUENTARIA OUTRA DESILUSÃO EM MINHA VIDA .
SÓ QUERO SER FELIZ, ESSE PARA EU SER FELIZ EU PRECISE FICAR SOZINHO, EU FICAREI SEM PROBLEMA ALGUM.

ASSIM SENDO !!!!!!

Foto de laurinda malta

Palmeiras Mágicas

Palmeiras mágicas

Quando pensamento errar,
Na ingénua comunicação,
Acolhe a mudez do chorar,
Acalma o sofrer de desilusão.

Quando o tacto amigo errou,
Na inocência do bem-querer,
Não critiques o que falhou,
São percalços onde erro ganhou ser.

Nas vergastadas da vida,
Onde madrasta chibatou,
Ficou a ferida escondida,
Na alma que o Sol bronzeou.

E nas horas risonhas do dia,
Ponte das dores de outrora,
É viaduto de florida orquídea,
E é aqueduto de ancora que chora.

Se a mente é alegre e comunicativa,
Gosta de partilhar toda a sua energia,
Espalha pólen e frenesim em toda a via,
Ilusionistas mudam festim em nostalgia.

Porque não sabe o coração estar calado?
Porque alastra confétis na rua de lama?
Porque será que o sonho não é guardado,
No coração de quem tem sonho de fama?

Rasgar os sonhos em pedacinhos,
É tiro certeiro a sair pela culatra,
Mesmo em cônscios escondidinhos,
São palmeiras mágicas de Samatra.

Foto de sonhos1803

Perguntas

Queria,
Que amar bastasse,
Que meu olhar te encontrasse,
Que meu choro fosse de felicidade,
Mas, não sei como,
Pedir pra você ficar,
Permitir-me, continuar a te amar,
Sem confiança,
Sem teu olhar,
Fico sempre a esperar,
Uma palavra tua,
Que me diga,
Que ainda sou tua,
Mas em resposta,
Encontro só minha voz,
A ecoar,
No vazio do teu olhar,
Não sei como esperar,
Não sei mais o que falar,
Quero gritar,
Defender-me, mas sem te perder,
Sei que não te tenho,
Que meu rosto,
Meu corpo ainda sinta teu gosto,
Como um amante,
A esperar,
Que o desejo volte a arder,
Que não venhas a esquecer,
Esse coração, no frio fio da desilusão.

Foto de rodrigues

SAUDADE

Saudade, doença que mata, que consome, que entristece o nosso olhar, que enegrece nosso dia, saudade, palavra que quero apagar do meu vocabulário, da minha cabeça, do meu dicionário... Saudade, sentimento que faz-nos chorar, que faz-nos sentir gosto de amargura...
Saudade, palavra que domina nosso ser, que leva-nos a fazer coisas que não queremos, faz-nos perder o sentido, perder a esperança...
Saudade, não quero senti-la, não gosto de senti-la, mas qual a solução?, é inevitável, é impossível fugir, não conseguimos escapar dessa horrível sensação de senti-la...
Hoje sinto saudades, sinto vontade de estar perto de ti, sinto o coração bater forte na ânsia inevitável de te ver, sinto a respiração ofegante desejando sentir o cheiro, cheiro de mulher, cheiro da minha mulher.
Hoje, aqui, deitado no chão gélido da solidão, usando o cobertor de amargura, respirando oxigênio de aflição e desilusão, sentindo na boca não mais os seus beijos macios e suaves com gosto de mel, mas sim, gosto de sangue e amargura, gosto que não consigo tirar da minha boca desde o dia em que você partiu.
Então, onde esta a felicidade? aquela que foi minha companheira de longa data? que me deu momentos lindos, momentos perpétuos? onde esta?? Felicidade, amor, saudade, amargura, palavras que são companheiras, sempre andam juntas, para fazer-nos hora felizes e hora infelizes...
Peço a Deus que passe de mim essa amargura em que vivo, que passe de mim todo esse calix amargo que insiste em me consumir, que insiste em ser meu companheiro...
Seja pra mim somente amor, seja pra mim momentos lindos e inesquecíveis, seja pra mim paixão, afeto, carinho, compreensão, desejo, sedução, em fim, seja pra mim a minha vida, faça-me viver, mas faça-me viver com muita intensidade...
Rodrigues
Rodrigues.srodrigues@hotmail.com

Foto de Junior A.

Meu quarto...

Hj tenho muitos poemas que não terminei...
Sentimentos que não descrevi
E momentos que idealizei,porém me recuso a lembrar.
Não que me doa reprimir tais sentimentos e lembranças
É que resolvi guarda-los na caixa do esquecimento
Na mala do desgosto
Resolvi colocar toda a desilusão
Parte daquilo que restou da triste viagem
A tua terra amar...
Agora estou em casa e tudo me é frustração
Hj estou tentando arrumar o meu quarto...
Meus Deus,meu guarda roupa de sonhos esta mofado
Há muito tempo não me visto bem
Estou deixado ao tradicionalismo do preto ‘solidão’
Meus calçados do desejo estão sujos,velhos
Afinal estou de pés feridos,descalços de carinho
Ao chão vejo apenas o findar
Minha cama da vida ainda é a mesma
Continua inteira apesar de tão gasta
Porém o colchão da esperança
Seria impossivél me deitar...
Ao canto vejo o criado pranto
Sim,pois outrora era mudo,hj apenas pranto
Na parede vejos fragmentos do meu amar
Teu perfume que outrora vida,exala apenas ausencia
Assim como teus batons que de cores em beleza
Hj pintam apenas saudades
Ali nada de mim restou apenas teias de lembranças
Na tua penteadeira da ilusão
Me vejo apenas no espelho da tua indiferença...

Junior A.

Foto de Junior A.

Tanto

Tanto tinha a dizer-te
Mas tive que escolher
E na dor da escolha
Como a noite cobre da lua o brilho do sol
Tive a primazia em deixar que se cobrisse o meu falar
Na escuridão do silencio...
Tanto tinha a dizer-te
Mas tive que escolher
E como gota caida ao rio
Ponderava-me entre ser achado ou
Ser levado pelas águas
Entre a desilusão de perder ou
O sonho de amar
Na esperança de que meu amor por ti morresse a sonhar me calei
Para que assim não tivesse
A desilusão de perde-la
Tanto tinha a dizer-te
Mas dou-te apenas o meu silencio
Como presente de valor inestimado
Não que eu desejasse não ama-la
É que no meu anseio de dizer-te tanto me calo
Mas tudo que assim guardo,tornas a mim
Em palavras,em lágrimas,em silencio...
Tanto tinha a dizer-te
Tanto tinha a amar-te...

Foto de TrabisDeMentia

1 dia depois

Te alimentaste nas minhas lágrimas. Te foste entre os meus dedos. Dedos que já tocaram os teus, mas que hoje estão separados por um vidro embaciado. Um vidro pelo qual já mal te vejo. Me estendeste a mão. Me tiraste do poço. Me mostraste o sol e a seguir me empurraste de novo para o buraco. Me disseste que foi um engano, uma ilusão, uma desilusão. E agora já nem quero olhar para cima. Fico apenas lembrando o eco das tuas palavras, do silêncio em que me deixaste. Quem ama não esquece quem ama. Tu te esqueceste de mim, aqui. Eu que já tinha aprendido a lidar com o meu destino... Tu me confundiste. Me mostraste um caminho e eu acreditei. Mas me mentiste. De mim levaste tudo o que eu ainda tinha. A minha resignação. O meu amor por ti. O meu amor por mim. Secaste as lágrimas do poço quando eu quase me afogava. E agora que quero morrer, não consigo. Vai levar algum tempo, mas espero conseguir ultrapassar estes momentos de aflição. Porque eu sei que não mereço estar assim. A onda gigante passou por mim. Eu bem a senti a chegar. Me deixou vazio. Sem objectivos. Mas hei-de encontrar algum que me dê novamente forças para me levantar. Quanto a ti. Desejo que nunca sintas um terço do que sinto neste momento, minha roseira cor de limão.

Foto de TrabisDeMentia

1 dia antes (do fim)

Ontem duvidaste e disseste que te magoei. Hoje não duvides, pois vou-te magoar ainda mais. Bem podes começar já a chorar pois vou-me abrir contigo. Tu não és um anjo, és uma sereia... Tu não voas, tu nadas. Tu sentas-te nos rochedos e encandeias os marinheiros com a tua beleza, cantas-lhes músicas de engano e os levas á morte. Obrigas-me a me amarrar ao mastro para não cair na tentação de me afogar. Vendo os meus olhos para não me iludir. Tapo os ouvidos para não te ouvir. Sinto o teu encanto na pele e me arrepio só de pensar. Que queres de mim? Queres me ganhar? Tens tido azar. De mim só tens levado derrotas e desilusão, não é não? Então diz-me porquê te meteste na boca do lobo. Tu gostaste? Ou és assim tão ingénua? Disseste que não eras um anjo pois eras má. Será que tens razão? És má para quem? Para mim? Para ti? Dizes que és feia? É só para me picar? Dizes que és feia e depois te encostas a uma parede a ouvir elogios de cem?! Enganas quem? A mim? A ti? Dizes que tens que os ir aturar e que nunca mais és salva! Mas quem foi que se deixou ir? TU orgulhosa de TI foste “salva” a sorrir. Pois é... São peças que se encaixam mais tarde na memória. Hoje... como foi que te encontraram. Como foi que combinaram? Foi no café? No jardim da escola? Por telemóvel? Boca a boca? Ouviste elogios que chegassem?! Adoraste quando brigaram por ti não foi! És assim tão má? Tão feia? Beijinhos, beijinhos para todos! O último é o primeiro! O que a malta quer é beijinhos, quanto mais fofos melhor. Isso e nanar bem! Sonhar muito! Que sonhem contigo aposto! Sim pois apostas não devem faltar. É só olhar á tua volta e contá-los pelos dedos... E dizes que és feia. Desculpa, mas pelo que vi não acredito que te aches feia. Tu sabes que és linda. És a nossa sereia! Hoje faço-te um xeque. Fico há espera de um mate. Quero que me dês um estalo por cada mentira que disse. Quero que me odeies. Quero que acabes com o meu sorriso sarcástico de vez. O amor?! Queres que te diga o que é o amor? O amor é um misto de amizade e de paixão! Paixão implica sexo ou desejo! Amizade implica partilha, compreensão, confiança. Pois eu não te compreendo e teimo em não confiar em ti. Desejo uma sereia, uma meia mulher que não se encaixa em mim. O que queres de mim?! Eu que tenho jeito para sofrer. Eu que gosto de dar e receber. Eu que sou merda. Eu que te quero feliz mas a chorar. Eu que te amo e te invejo, mas que te deito ao chão e te espezinho. Eu que sou nada e que sonho com tudo. Eu que não suporto a ideia de perder para ti. Eu que não sei o que digo nem o que faço. Que te sinto já entre os dedos. Eu que desvio os olhos de remorso! Quero drenar toda a alegria que te rodeia. Quero chupar toda essa falsa ilusão. É verdade? A paixão, já me esquecia. Quando foi que me tocaste? Não me lembro. Quando foi que me beijaste sem eu te pedir? Já me disseste porquê mas eu não entendi. Vais juntar esta carta á tua colecção de triunfos? Quem sabe para mostrares ao próximo? Vais-me reenviar uma mensagem de imagem? Uma frase feita? Vá lá! Mata-me de vez. Diz-me que me odeias! Que nunca me amaste! Só assim te levarei a sério! Eu não suporto sentir ciúme.
Me desculpa... Desculpa-me, beija-me e abraça-me.

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