Desmedida

Foto de Carmen Vervloet

ENCANTO DA PRIMAVERA

Sou menina vestida de flores coloridas
pulando corda nos fios dos raios do alvorecer...
Trago comigo uma alegria desmedida
na explosão da estação que me fez nascer.

Brinco com o vento que desgrenha as árvores
e eleva as pipas ao telhado pintado em anil...
Sou a canção da pauta que não necessita de clave,
sou alegre, fascinante, bela e juvenil.

Sou rosa menina de sete saias encarnadas
que desperta nos corações a paixão...
Sou perfume e alma nas chuvosas madrugadas.
sou magia, frescor, ventura e sedução...

Sou botão que se abre à tarde em suspiros
e em nuances, encanto o mais hostil dos vilões...
Acendo à noite com estrelinhas e lampiros,
sou primavera de amores, poesias e inspirações.

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Lúcia

Corrida insana

Da janela semi-aberta observo a vida
acelerada, apressada, incontida...
Em movimento cíclico
voltando sempre ao ponto de partida
pra de novo recomeçar...
sem saber onde chegar,
sem saber como parar,
onde parar...

Passos incertos conduzem as pessoas
num vaivém desnorteado, descompensado...
A incerteza do caminho as levam a perambular,
vontade insana de chegar...
Em desalinho procuram uma porta,
ansiedade é o que se vê em cada olhar,
entre tropeços e arremessos elas se trombam,
mas não importa,
sonham chegar em primeiro lugar...

Nessa corrida cega e obsessiva
regada à ambição desmedida
desprezam paisagens significativas,
o belo em cada canto contido,
as cores pintadas pela primavera,
flores que sempre estão a nossa espera...
Canções entoadas pelos rios,
a relva que seus pés acaricia,
mas seguem em frente sem se importar,
sem ver o pôr do sol, tampouco o amanhecer,
indo sempre em desencontro ao amor,
sem dar a ele o mínimo valor...

Queimam as etapas mais bonitas da vida
numa competição desenfreada e descabida
sem tempo de parar e observar,
sem tempo de se render e absorver...
Sem nunca amenizar essa corrida,
sem perceber o real sentido da vida...

Carmen Lúcia

Foto de BIENVENUTI

Explorar...

*
*
*

Observar o terreno,
medir..
procurar suas depressões,
conhecer suas montanhas,
ir até o cume do mais alto...
cair, deitar,
rolar, em sua vegetação,
provar das frutas, ja maduras,
que estão logo a mão,
fazer ali morada,
repousar de madrugada,
Conhecer seu cheiro vespertino,
lamber a relva,
matar a sede desmedida,
que o longo caminhar,
causou a esta vida...

Foto de Joaninhavoa

Liberdade

*
Liberdade
*

De braços abertos abraço
a liberdade que me dá mais força
e uma outra côr! Asas para voar
no espaço apaziguando a dança
da vida
Uma e outra vez desmedida
Abraço-te! Quero-te tanto

Joaninhavoa
(helenafarias)
29/03/2010

Foto de Centelha Luminosa

DESASSOSSEGO DO POETA

Eu queria compreender-te a alma, poeta!
Conhecer a tua desmedida ânsia de amar
Vislumbrar o mundo onde habita
A tua alma inquieta...
Imaginei que pudesse humanizar o divino
Que existe em tua veia pulsante
Trazer-te para o chão um só instante
P'ra escutar de perto
A cítara que vibra em teu coração...
Sondar-te os arcanos insondáveis
No sagrado momento
Em que recolhes do cotidiano
Doces rastros de sorrisos e de lágrimas
Retalhos anônimos de faces sem nomes
Pra compor teus poemas-canções...
Parece-me captar as ondas
Das emoções que carregas em segredo
Misto de prazer e medo
Sob o véu do teu aconchego
Escravo e senhor. Dominado e dominador
Onde recuperas pedaços de amores antigos
Assim, é, poeta, o teu mundo em desassossego
Poesia destravada de incoerência e paixão
Labareda esquiva atirada a esmo
Capaz de incendiar livre
O mundo de fora
Tão cheia de ti mesmo!

Centelha Luminosa (Maria Lucia)

Foto de Carmen Vervloet

Peregrino

Voou paisagens fazendo novenas
sangrou muita dor secando feridas
pincelou telas brancas pintando açucenas
Galgou labirintos em paixão desmedida...

Rasgou as entranhas da vida...
Caminhou por fios de luar
buscou vãs acolhidas
um navio de sonhos... soltou ao mar...

Ah! Esse meu eu... eterno peregrino,
atravessou azuis poentes
versejou tal qual menino
um amor latente, sempre insistente...

Cruzou a Via Láctea já nebulosa
enfrentou marés em rebeldias incontidas
tantas vezes se fez açucena formosa
perdeu-se entre sonhos natimortos e angelicidas...

Passou por todos os caminhos
fez-se flor e também espinho...
Conheceu as agruras da vida
labutou e venceu a lida...

Sempre em busca da perfeição
fez sua explícita revolução
atravessou o milênio com galhardia
mas não me fez nítida radiografia...

Não me percorreu totalmente...
Não sei se...
Por incompetência ou covardia!

Carmen Vervloet

Foto de Joaninhavoa

Aquele abraço!

*
Aquele abraço!
*

Olá! Meu amigo...
Hoje lembrei de você.
Quiz ofertar algo de mim
E foi então que surgiu um movimento
Mais leve que um pensamento
Vestes de letras de todos os estilos
E sentidos correram em sua direcção...
Naquele abraço! De mim para você

Olá! Meu amigo...
Hoje lembrei de você.
Quiz te dizer o quanto é importante
Pra mim ter seu bem querer
E todo o tamanho do mundo
Mostra seu querer tão profundo
Naquele abraço! De você para mim

Olá! Meu amigo...
Hoje lembrei de você.
Mas o que eu quero mesmo é dizer
Faça sol ou faça chuva
Neblina! Nevoeiro o tempo inteiro
Eu lembro de você sempre
A todo instante desta vida
Na saudade desmedida
Naquele abraço! Aquele abraço
Eu quero tanto

Joaninhavoa
(helenafarias)
08/01/2010

Foto de Graciele Gessner

Sentindo a Loucura. (Graciele_Gessner)

A loucura deliciosa
A loucura desmedida
Ah! Loucura...
Vai-me levar a perder a razão.
Quão insensato, um coração.

A loucura tem seus excessos
A loucura tem a sua calmaria
Ah! Loucura...
Tem seu gosto, a provocada satisfação.
O prazer arrebatador, a sua alegria!

A loucura de se expor
A loucura da quietação
Ah! Loucura...
Conduz-me a transpor, o sabor.
Um sentimento revelado, o amor!

07.01.2010

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!*

Foto de Paulo Gondim

Insônia

INSÔNIA
Paulo Gondim
27/10/2009

Uma procura desmedida
Um ai gemido, uma vontade incontida
Ausência total de sentido
Um eco que ficou perdido
De um grito que não se deu

Assim, sou eu
No jogo de minhas perdas
Acostumado com elas
O adversário sou eu

E como mau contendor
As perdas já se avolumam
Inevitável o vazio...

O pensar confuso, de vez, me toma
Como presa do tanto que me exponho
Angustiado, vejo-me só na cama
Ah, se pelo menos me abraçasse o sono...

Foto de DeusaII

Não quero mais ter medo!

Este sentimento que me assola
Que termina e recomeça em mim....
Este estado de alma sentido
Que atormenta todos os meus sonhos...
Fervem dentro deste meu ser,
Fazem-me alucinar, delirar... tremer....
Este estado já nostálgico...
Que quebra tudo e nada reconstrói
Que aumenta esta ansiedade de não ter mais
Prendem-me a este presente.... quase sem futuro.
Este medo... de não poder mais sentir
De não poder mais ver para alem dos olhos
Fazem-me cair num estado de depressão, profundo.
A vida não anda... e os sentimentos que germinam
Dentro de mim.... fluem.. a uma velocidade estonteante...
Delirante... perigosa.
Não quero mais ter medo....
Essa ânsia desmedida, que não me deixa seguir em frente
Esse estado de desanimo que me mata por dentro
Que faz de mim... tudo o que não quero ser....
Não quero mais ter medo....
Quero viver, o que vida me dá
E assim ser tudo o que nunca fui.

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