Dever

Foto de kaew

Costatação

Hoje andei em busca de algo
Tentando encontrar razão e sentido,
Mas meu olhar estava perdido.
Perdido no desalento da angustia

Na ilusão de um dever de ser feliz
Como ser feliz diante do medo?
Desesperadamente procurei uma resposta
Enquanto meus pés caminhavam sem rumo

Respirava em harmonia com o ambiente
Tentando encontrar a paz no ritmo da natureza,
Mas meu coração já estava contaminado
Pelas responsabilidade e obrigações do dia a dia

A necessidade de produção pra sociedade
Já havia domesticado meus extintos
Não consegui me orientar
Estava cego e perdido dentro de mim

Até que em um momento acabamos explodindo
Isso acaba transformando nossas prioridades
E vemos que nada construímos só perdemos

Perdemos os pequenos milagres do dia
Como a transformação de lagarta em borboleta,
O florescer de uma rosa e a noite cair
Perdemos a oportunidade de viver

E tudo que lutamos pra acumular
parece já não ter importância
pois nossa maior riqueza já foi perdida

Foto de betimartins

Controvérsias!

Hoje, não existe mais o dever cívico
Nem muito menos o respeito e a moral
Certamente ainda a plena responsabilidade
Seja dos pais, dos dirigentes e dos governantes...

Ninguém é culpado, na terra de ninguém
Os ladrões roubam e saem para a rua
Os violadores violam e saem para a rua
Os traficantes traficam e saem para a rua...

Estamos em falsa democracia, moribundos, sobrevivendo
Os países são o que julgam ser e não são nada de nada
Os governantes apenas governam e como governam
Tudo o que não sabem é governar, ficam impunes...

Os filósofos perderam até a coragem de voltar a filosofar
Investigadores perderam até a vontade e fé de pesquisar
Os alunos já sabem demais e não precisam aprender
Os professores esses sim é que precisam aprender...

Países fazem reuniões com altos representantes
Onde segundo eles, dizem traçam metas e seus objetivos
De quem enche melhor os bolsos e suas vaidades, superadas...

Neste mundo de faz de conta, todos berram e ninguém, tem razão
Porque existem bocas famintas e onde ninguém ainda leva o pão
O velhinho é menosprezado, se tem dinheiro é bem tratado
Se não o tem, é despejado ao esquecimento e a cela da solidão...

Os agiotas agitam o mundo na falta demagogia e na falsa paz!
E eu aqui a desabafar, o que ainda pode vir a ser salvado por nós
Humanos que nós somos, onde ainda existe caráter e dignidade
Vamos lá tomar vergonha na cara e serem homens de verdade...

Foto de LillyAraujo

Eu e a coca-Cola

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Ah, coca-cola que o meu corpo vem refrescar,
onde estará o teu amado, amado meu?
Eu te bebo sem dever procurando-o
mas você é dele e não ele.

Ah, amiga minha coca-cola,
cá estamos nós duas a esperar.
Eu invejo-te quando ele a cheira, a deseja
não sei por quanto tempo suportarei tal divisão.

Coca-cola que corre em tantas veias,
mas tua cor é não-rubra, e negra és, e
semelhante ao petróleo, és também
um combustível de máquinas humanas.

Combustível de mentes estressadas,
século vinte e um de pernas apressadas,
tempo escasso e mais uma coca-cola...

Fique aí, coca-cola, na tua morada refrigerada.
Ainda estás melhor que eu,
neste domingo rabugento,
tempo quente, seco, sedento,
inóspito, inócuo e cheio da ausência dele.

Ah, coca-cola!
Poderia eu em ti me afogar,
e tentar sentir o que ele sente,
quando os teus lábios vai beijar,
mas tudo vazio ainda iria continuar.

Assim ficamos nós duas.
Eu a esperar, você a esperar ficando,
torcendo para que este domingo acabe,
a segunda amanheça, e imaginando
ele para nossos braços Retornando.

© Por Lilly Araújo- Direitos Autorais Reservados.

Foto de Carlos Henrique Costa

O Grilo e a Cigarra

-Teu canto Cigarra! Desperta o dia que irá nascer,
E se prolonga até o final da tarde já ao anoitecer!
O meu invade o silêncio da noite, o sono do homem!
-É bem verdade forasteiro companheiro de renome...

Nosso canto, mesmo em pranto, deve acontecer,
A vida nos ensina o que fazer qual o nosso dever,
Querer trocar o meu canto pelo seu, o nosso nome,
Infelizmente não poderei fazer o que lhe consome?

Quer seja a dor, quer seja a fome! Deverá me dizer!
-Nobre amigo! Vim ao dia ter contigo, vim ver o sol!
Sabe, a noite é triste e vazia, vivo todo dia muito só.

Querer mudar meu canto é um espanto para você!
Mas, não vim aqui nesse meigo dia isso fazer,
Só quero apenas um pouco desse arrebol conhecer.

Foto de Carmen Vervloet

7o CONCURSO - AMOR TAMBÉM É COMPROMETIMENTO

Era primavera. A exuberância das flores encantava os olhos. Dias amenos, onde a esperança pulsava no coração e a alegria dava um brilho mais intenso ao olhar. Lembro-me bem, final de setembro de 2006.
Nos palanques os mesmos discursos, as mesmas promessas criando uma falsa expectativa para o povo sofrido. Era véspera de eleição, tudo iria mudar para sempre. Hospitais seriam reformados e aparelhados, outros tantos seriam construídos, escolas para todos, desemprego coisa do passado, alimentos fartos, violência eliminada. Os jornais repletos de notícias de programas políticos brilhantemente desenhados em papel.
Maria que catava jornais para sobreviver, nem sabia destas notícias. A pobre coitada era analfabeta, provavelmente por falta de oportunidade, já que Maria não fugia à luta. Os jornais serviam-lhe apenas para conseguir alguns míseros “trocados” para matar a fome da família e, sobretudo para agasalhar seus filhos nas madrugadas mais frias. Eram lençóis, colchões e travesseiros para sua família que vivia sob uma ponte. Pobre Maria! Pobres crianças! Maltratadas, sofridas, criadas nas ruas, esmolando nos semáforos. Maria sofria, Maria chorava! Era analfabeta, miserável, mas amava seus filhos! E como amava... Lutava como uma leoa para proteger suas crias. Lutava e padecia, porque nem o mínimo conseguia. A fome espreitava com olhos de insídia.
Passaram-se dois anos e as promessas se perderam ao vento, os programas não saíram do papel. Os políticos eleitos desviando dinheiro numa corrupção jamais vista no nosso amado Brasil. Dinheiro em cueca, dinheiro em meias, dinheiro em malotes, em cofres residenciais, contas em paraísos fiscais. A impunidade reinando. E Maria continuava lá, na mesma vida miserável. Paulo, o filho mais velho, envolveu-se com drogas e morreu assassinado numa esquina de um bairro nobre da cidade. Teve a cabeça esmagada por uma pedra. Antonio, o filho caçula, morreu de uma simples pneumonia, nos corredores de um posto de saúde por falta de atendimento. Subnutrido não resistiu à doença.
Então Maria, na sua imensa dor disse: Homens, onde está o amor? A vida é dádiva de Deus e todos têm o dever de respeitá-la. Sou pobre, mas sou gente! Tiraram-me dois dos meus três únicos tesouros. Por negligência, por egoísmo, por crueldade, por falta de sensibilidade! O coração de vocês é de pedra! Foi esse coração de pedra que esmagou a cabeça do meu menino. Foi esse coração de pedra que não deu a ele a oportunidade de uma escola, de uma profissão. Foi também esse coração de pedra que desviou o dinheiro destinado à saúde. Vocês mataram meus filhos. Assassinos! Assassinos! Assassinos! E saiu desnorteada pelas ruas, seguida de Pedro, o filho que lhe restou.
Os jornais deram grande destaque ao fato, que logo foi esquecido. E tudo continuou do mesmo jeito. O desamor reinando pelos Palácios, os corações secos da seiva do amor. A sujeira cercando a consciência de quem por falta de amor não quer contribuir para a evolução do ser humano, trapos, num monte de lixo.
Neste Novo Ano que se inicia vamos colocar em nossa lista de desejos o nosso pedido a Deus para que ilumine, oriente e guie nossos novos dirigentes para que elevem suas consciências para essa realidade tão triste e feia e que se comprometam de fato para que a fome, a miséria, o analfabetismo, a violência sejam extirpados de vez do nosso rico e amável Brasil. Que possam merecer verdadeiramente a confiança do povo que os elegeu. Assim seja!

Carmen Vervloet

Foto de Karen Souza

Direitos e Deveres

Você tem o direito de me querer
E eu tenho o dever de te amar...

Você tem o direito de desistir de mim,
E eu tenho o dever de fazer de tudo
para que isso não aconteça...

Você tem o direito de me pedir em casamento
E eu tenho o dever de aceitar imediatamente

Você tem o direito de me matar
E eu tenho o dever de ajoelhar-se
aos seus pés, implorando que não faça isso

Você tem o direito de ser minha rainha
E eu tenho o dever de te beijar
dos pés à cabeça, se ordenares

Mas posso te pedir uma única condição a qual tenho direito?
Prometas que nunca esquecerás de mim?
E que me amarás até o fim de nossas vidas?
Que me fazerás feliz?
Que não me faças sofrer?
Que cuidará bem de mim?

Foto de Karen Souza

Direitos e Deveres

Você tem o direito de me querer
E eu tenho o dever de te amar...

Você tem o direito de desistir de mim,
E eu tenho o dever de fazer de tudo
para que isso não aconteça...

Você tem o direito de me pedir em casamento
E eu tenho o dever de aceitar imediatamente

Você tem o direito de me matar
E eu tenho o dever de ajoelhar-se
aos seus pés, implorando que não faça isso

Você tem o direito de ser minha rainha
E eu tenho o dever de te beijar
dos pés à cabeça, se ordenares

Mas posso te pedir uma única condição a qual tenho direito?
Prometas que nunca esquecerás de mim?
E que me amarás até o fim de nossas vidas?
Que me fazerás feliz?
Que não me faças sofrer?
Que cuidará bem de mim?

Foto de R.I.P.

Livro: Pensamentos Intransitivos - CAP1

CAPÍTULO 1

Utopia

Hoje, aproveito para falar de alguém que se tornou especial para mim, imprescindível para que eu viva feliz, alguém que se desaparecer, me tornará obsoleto e dispensável.
Alguém cuja presença é algo de excepcional e "fabulástico" (sim, eu sei, esta palavra não existe, mas bem que podia fazer uma petição para a adicionar).
Tão excepcional que, por vezes, me leva a sonhar e a imaginar coisas que não ocorrem na realidade onde me encontro mas em sonhos, sonhos esses que felizmente um dia se podem tornar realidade, e bem mais depressa do que possa supor em certos casos.
Isto é para ti:
Acordo de manhã. Sinto um leve calor na cara, agradável, confortável, quase que parece que está alguém ali presente. Mesmo com os olhos fechados, consigo descortinar uma luz intensa como se algo celestial estivesse presente. Penso em ti, enquanto faço figas para que a minha imaginação te traga para perto de mim.
Começo a sentir uma brisa tão suave como se de uma respiração humana se tratasse. Questiono-me, será que a minha imaginação se está a tornar tão real que consiga materializar a tua presença?
Não.
Pergunta retórica, penso eu, enquanto volto a cair num sono profundo, com esperança de sonhar contigo.
Volto a acordar, revoltado. Algo me despertou de um sonho magnifico, um sonho em que tu estavas presente, magnifica em todo o teu ser.
Reparo no motivo pelo qual acordei. Uma mensagem no telemóvel. De olhos semi-serrados, agarro no telemóvel e pacientemente abro a mensagem.
“De: MDMV @”.
Um sorriso surge na minha cara. Fico logo desperto. Uma mensagem tua. Afinal não foi tão mau ter acordado assim de maneira tão repentina.
Claramente, comunicar contigo acordado e na realidade é melhor do que em sonhos, sem sombra de duvida. Só o teu espírito leva a que me pareça que o mundo é perfeito, sem falhas, sem defeitos, aquela utopia que todos falam mas ninguém encontra, mas...
Eu encontrei!! És o meu mundinho perfeito, sem o qual não consigo viver, nem sequer sobreviver.
A tua presença é algo divinal mas ao mesmo tempo real, algo que parece estar fora do alcance de um ser mortal e simples como eu.
Isso tudo me leva a um único pensamento: como é possível que um anjo como tu, um ser extra-ordinário, se tenha apaixonado por mim?
Sim, penso e questiono-me acerca disso.
Pela aparência? Não, sou um rapaz muito simplório.
Pelas poses? Não, não tenho grande património.
Pelo dinheiro? Não tenho, aliás, até estou a dever ao banco.
Pela maneira de ser e estar? Nada de especial, igual a muitos outros.
Vagueio nos meus pensamentos, tal qual um vagabundo sem destino, perdido no espaço e no tempo.
Penso intensamente em querer-te fazer feliz, quero-te fazer sentir amada como nunca te sentiste!! Quero que tu sintas coisas que nunca sentiste... E acima de tudo, quero que comigo tu sejas a rapariga mais sortuda do mundo.
Nunca te irei desapontar... Pelo menos assim espero!
Amo-te como nunca amei, e acredita, nunca me passou nem de leve nos meus pensamentos me sentir assim de novo. És mais que ouro e diamante, quer dizer, és mais valiosa que ouro e diamante!
Espero que percorramos muitos caminhos diferentes sempre a partilhar o nosso amor um com o outro. E se não o podermos fazer por estarmos distantes, fica a saber: eu por ti corria o universo inteiro só pra poder estar contigo.. Para te poder acariciar, beijar, tocar, sentir...
Mereces ter o mundo nas palmas das tuas mãos.. E o universo inteiro a teus pés.
Por mim isso chega para ser feliz. Não preciso de mais nada.
És o ar que eu respiro, que me faz viver, que me faz sentir vivo e humano.
Quero partilhar contigo todos os minutinhos da minha vida, e não perder nenhum segundo longe de ti.
És uma presença tão forte em mim, que cada célula anseia por ti, cada àtomo meu te deseja e te quer perto de mim. Tão forte que já nem posso dizer que estás no meu pensamento.. Só posso dizer que já ÉS parte de mim, parte do meu ser, do meu viver..
Parte essa que... Se desaparecer... Duvido que consiga sobreviver.
Agradeço tudo o que tens feito e sido.. És magnífica.. E eu amo-te assim como tu és.
NUNCA mudes.
Amo-te tal como és, e sempre te amarei..
Deixo também aqui um pedido de desculpas pelas coisas que tenho feito e que não tens gostado, e uma promessa de não as voltar a repetir, e um GRITO bem ALTO: "@m0’t3 hoje e sempre A.F.L.R. ♥"

Foto de Carmen Lúcia

Respeito virtual

Seria a virtualidade uma faculdade ?
Uma simulação através de meios eletrônicos?
O virtual abrange a realidade?
Pode ser palpável, vir a ser, acontecer, existir?
Seria uma potência entre o real e o irreal?
Não há irreal, simulação, impalpável, inexistente.
Há o virtual, amigo, conselheiro, confidente.
Há uma enorme potência compartilhando conosco resolução de problemas;
um turbilhão de sentimentos iluminando nossos caminhos...
O virtual, que nos auxilia diante de duras realidades
e que às vezes passa para o lado de cá a nos oferecer seu ombro.
Portanto, é palpável, existe, vem a ser, acontece...
Cirandemos em prol ao respeito-virtual.
Exerçamos antes o respeito a nós mesmos, inseridos num contexto de paz e amor,
abraçados à virtude, qualidade do que é desejável, correto, do ponto de vista da moral,
da religião, do comportamento social, do dever, da dignidade.

(Carmen Lúcia)

Foto de robson oliveira

Notas de um Diário

Hoje sem querer encontrei a morena dos meus sonhos
Dos meus sonhos não, por que ela existe.
Ela é bela e formosa
Sua boca me encanta e me fascina
Eu fico meu tempo a imaginar um beijo dela
Como não dever doce e gostoso
Beijar aqueles lábios tão morenos e carnudos
Ela esta na minha frente agora
Ela lê...
Eu escrevo...
Ela não sabe que é pra ela
Mas eu olho pra ela
E ela não olha pra mim
Eu tento me concentrar para escrever,
Ela nem pisca lendo.
Eu fico abismado ao olhar pra ela
Ela ta nem ai pra mim
E ela é realmente bela
É a segunda vez que nos vimos
De novo na biblioteca
Eu de novo a escrever
Ela de novo a ler
Ela já me contou a sua historia
Já sabe da minha
Da primeira vez que nos vimos
Eu disse que ela ia pensar em mim
Hoje ela disse que pensou mesmo.
Hoje ela não sabe o que eu estou sentindo por ela
Mas e eu saberei?
Sei o que sinto por ela, ou o que ela sente por mim.
Seus olhos não saem do livro
Ela diz ser bom
Eu não achei tanto
Ela achou o livro que eu estava lendo ruim
Acho não combinamos então
Além do mais ela é morena;
Morena da minha cor.
Não gosto de morena
Não combina
Gosto de brancas,
Aquelas que fica marca até de pressionar o dedo na pele
Mas e daí...
esquece
Gostei dela mesmo morena
Mas ela escuta rock...
Ta agora eu apelei,
Por que procurar defeitos
Se ela tem tantas qualidades
Além do mais aquela boca...
Voltei-me a ela
Pensei comigo,
E se ela só esta a ler o livro porque não falo algo interessante
Mas o que seria interessante pra ela?
Iterai.
Vou me concentrar.
Não tem como.
É impossível
Seu olhar faz com que eu me perca
E tenho a impressão que ela quer que eu me perca mesmo
Sua boca faz-me viajar em fantasias e desejos
Falo pra ela...?
Deixo assim?
E se ela aceitar?
E se ela não aceitar?
As perguntas aumentam em minha cabeça
Mas porque não perguntar?
De repente...
Fui salvo.
Hora de ir embora
Fui salvo.
Ela foi com a duvida o que eu tanto escrevia
Mas ela saberá que é pra ela
Por que amanha ela estará na biblioteca de novo
E se ela pensou em mim da outra vez
Pensara de novo em mim.
Daí terei minha resposta amanha
E se ela não pensar agi certo
Se ela pensou falarei amanha
Ta, mas estava esquecendo ela é morena.
Ta e daí? Algo contra?

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