Difícil

Foto de Julinho Almeida

Um Amor Assim!

Um amor tão forte assim é difícil de descrever em palavras
mas não há como manter em silêncio um amor tão grande
Não é possível medi-lo em distâncias,
em tamanhos, ou intensidade,
mas sei que é mais distante que o horizonte,
é maior que o infinito,
e mais intenso que todas as forças da terra unidas...
Um amor que suporta as dificuldades e com elas se
torna ainda mais seguro pra seguir em frente...
É um Amor que como o vento não posso ver,
mas posso sentí-lo,
sinto em cada sorriso seu,
sinto em cada olhar, em cada abraço,
em cada beijo!!!
É em seus sorrisos que encontro forças pra lutar,
Em seus olhares busco a direção pra seguir
Em seus abraços encontro a segurança pra não
temer as dificuldades
E em seus beijos tão delicados encontro
todo amor que necessito pra viver!!!!!!!!!!!

TE AMOOOOOOO!!!!

Foto de Mor

UM MENINO NUM JOGO DE INTERESSE

UM MENINO NUM JOGO DE INTERESSE

Em época não muito distante, duas mulheres se encontram na maternidade de um hospital.
Joelma chega de uma cidade do interior e é internada, pois estava próximo o dia em que deveria dar a luz a uma criança. Lúcia, a enfermeira que atendeu Joelma sentiu naquele momento uma sensação estranha que nem sabia explicar.
- Qual é o seu nome?
- Joelma, Cláudia da Silva.
- Solteira ou casada?
- Solteira.
- É o seu primeiro parto?
- Sim.
- De onde é natural?
- Carminha.
- A que município pertence essa localidade?
- Canto Novo em Santa Catarina.
- Tem algum plano de saúde?
- Não tenho, vim encaminhada pelo SUS, meu parto pode ser difícil por esse motivo fui encaminhada para uma maternidade que tenha mais recurso.
Carminha fica no interior do estado sem qualquer recurso, nem Posto de Saúde existe naquele ermo sertão.
Fez o prontuário da futura mamãe e encaminhou a mesma para o setor de internação da maternidade.
Logo em seguida fez o relatório da situação da paciente, nos mínimos detalhes para ser entregue ao ginecologista de plantão daquele dia.
- Doutor a paciente vem do interior do estado, cuja localidade não tem condições de atender em caso de um parto difícil, o médico da cidade encaminhou a mesma para um hospital que tenha mais recursos.
- Você trouxe roupas para usar aqui na maternidade?
- Não, só trouxe comigo roupas que vim vestida e uma outra para quando retornar como também para o bebê, já tinham me informado que aqui na maternidade as roupas de uso durante a internação são fornecidas pela maternidade.
- Nem sei bem porque a maternidade fornece as roupas?
- Aqui temos os mais rigorosos controles de infecção hospitalar, para garantir a saúde da mãe e do bebê.
A enfermeira da ala de internação da maternidade recebeu Joelma, anotou seus dados levando-a ao quarto indicando a cama que por ela seria ocupada, mostrou o local onde ficava o botão para acionar a campainha em caso de emergência.
Joelma levava consigo somente as roupinhas para o futuro bebê, que ficaram guardadas no setor de internação.
As roupas para seu uso, bem como para o futuro bebê eram fornecidas pela maternidade, com isso evitaria o problema de infecção hospitalar. A maternidade tinha um bom conceito em relação ao problema citado.
Mais tarde, Lúcia a enfermeira plantonista, que recebeu Joelma foi até o quarto, para saber se tudo estava em ordem.
Ela ainda estava impressionada com o que tinha acontecido quando da chegada de Joelma, pergunta:
- Está bem acomodada não falta nada para você? Estava preocupada, pensei que não tivesse um bom atendimento, muitas pessoas que chegam do interior são relegadas a um segundo plano no atendimento.
- Até parece que seu relato mostra que o atendimento pelo Sistema Único de Saúde deixa algo a desejar.
Despediu-se de Joelma dizendo:
- Se necessitar de alguma coisa durante sua estadia aqui na maternidade, peça para a enfermeira de plantão me chamar, meu nome é enfermeira Lúcia, meu plantão está no fim logo eu retorno para casa, até amanhã.
E Joelma responde:
- Até amanhã e bom descanso.
Lúcia chega ao final do seu turno de trabalho, bate o ponto, troca sua roupa e vai para casa pensando:
- O que aconteceu comigo hoje? O que tem aquela mulher que vi pela primeira vez até parece um imã a me atrair, nunca me vi numa situação dessas.
Lúcia entra em seu carro, demora para acionar a chave e seguir em frente, até parece hipnotizada, diante daquela situação liga a chave e aciona o carro, sempre pensando:
- Será que o caso de Joelma é tão complicado? Como vai ser o nascimento da criança?
Claro que Lúcia como boa profissional estava preocupada, mas será que era só isso?
Finalmente chega a sua casa, entra no condomínio estaciona o carro e fica imóvel dentro dele e pensa:
- Como cheguei aqui, nem sei por onde passei, nem me lembro de quem encontrei no caminho.
Estava realmente fora de si diante de tal situação, finalmente sai do carro, dirige-se para o elevador e sobe para o seu apartamento.
Joga-se sobre a cama e fica delirando:
- Como pode acontecer tal coisa comigo, quem é ela, de onde veio, porque logo fui eu que tive que atender essa pessoa? Ela vai ser bem atendida, o caso dela pode ser grave se vier a falecer durante o parto, com quem vai ficar o bebê, será que vai nascer sadio?
Finalmente depois de algumas horas naquela situação Lúcia acorda daquele torpor e se levanta toma um banho e vai preparar o jantar, pois morava sozinha e não tinha companhia.
Sua mente ainda não tinha se acalmado daquela situação, continuava pensando.
- O que vou fazer, como vai ser amanhã quando chegar na maternidade, como terá ela passado a noite, certamente é a primeira vez que é internada em um hospital.

...

O pessoal da cozinha serviu o jantar para todos os doentes.
No hospital, ao cair da tarde, serviram o jantar para Joelma que estava calma, mas pensativa pela acolhida dada pela enfermeira Lúcia.
- Que bondosa ela foi comigo quando cheguei à maternidade, que primor de atendimento, muito diferente do atendimento dado nos Postos de Saúde do interior, me impressionou.
A enfermeira de plantão passa no quarto faz as recomendações necessárias e fala:
- Em caso de emergência acione a campainha que logo atenderemos.
Ela respondeu.
- Obrigado pelas orientações.
No quarto do hospital tinha televisão, assistiu o noticiário depois desligou, e fez suas orações.
- Senhor, protegei-me nesta noite, bem como meu bebê que está prestes a nascer, a todos que trabalham nesse hospital, principalmente a enfermeira que me recebeu quando aqui entrei, que ela seja feliz, peço pela minha família que ficou no interior, agradeço por tudo meu bom Deus Pai nosso que estais nos céus...
Logo em seguida adormece.

...

Lúcia em seu apartamento continua a pensar em Joelma.
- Será que serviram o jantar? Como deve estar pensativa longe de seus parentes.
A imagem daquela mulher não sai da sua memória, mas finalmente ela adormece.
...

Durante o sono já de madrugada acorda assustada, pois sonhara que a paciente que havia atendido a tarde tinha morrido na hora do parto naquela noite. Ao acordar fica pensativa:
- Será que esse sonho significa? Terá ela morrido, ou só foi um sonho meio maluco desses que sempre acontece comigo de vez em quando?
Vira para o lado e logo dorme novamente. Quando acorda com o ruído do despertador pensa:
- Vou levantar tomar banho e depois tomar meu café.
Em seguida ela vai até a garagem retira o carro; sempre impressionada com o sonho da madrugada, estava um pouco fora de si, na saída da garagem quase bate em outro automóvel que ia passando na rua pensa:
- Meu Deus o que estou fazendo? Quase bati meu carro.
Sai com mais calma e segue até a maternidade, ansiosa para saber como está passando a paciente que tinha chegado para a internação, estaciona o carro e vai direto até o setor da Maternidade e fala com a enfermeira chefe:
- Como vai Joelma aquela moça que foi internada ontem à tarde?
- Ela vai bem, entrou em serviço de parto na madrugada passou um pouco mal, pois o menino era grande pesou seis quilos é muito lindo e gordinho.
- Qual é o quarto que está?
- Está no quarto anexo a enfermaria número 3 e está passando bem.
- Vou fazer uma visita.
Lucia vai até o quarto que Joelma está internada bate na porta e entra.
- Bom dia como está passando?
- Agora estou boa, mas o parto foi difícil, o menino era grande e demorou mais, para nascer.
- Há pouco, ele estava aqui mamando depois levaram para o berçário.
- Qual é o número que tem no braço?
- É o número 3A.
- Depois eu vou lá ao berçário ver o menino.
Lúcia retorna, pois está na hora de começar o seu trabalho na recepção da Maternidade, continua pensando:
- Como será o menino; branco, moreninho e seus cabelos que cor têm, tudo imaginação.
Mas realmente quem não saía de sua memória era Joelma:
- Continuava pensativa. O que vou fazer quando entrar no berçário para ver o menino? Deixa isso pra lá.
Depois do almoço, Lúcia vai até lá, para conhecer o filho de Joelma, nesse horário quem estava atendendo o berçário era sua amiga Maria. Chegando Lúcia fala:
- Oi! Maria que bom que é você que está aqui, vim ver o menino que nasceu essa noite passada.
- Você sabe o número que ele tem no braço?
- Sim sei é o número 3A.
- Ele está no berço número 6.
- Lúcia chegou perto do berço e viu um menino robusto gordinho bem claro cabelos pretos ele estava enrolado numa faixa e dormia.
Lúcia se despede de Maria e volta para seu posto de trabalho. Quando na portaria chega um senhor de mais o menos 50 anos e pergunta:
- É aqui que está internada Joelma?
- Ela responde sim, é aqui que ela está internada e ontem a noite deu a luz ao um lindo menino, ela está passando bem.
- Quem é senhor?
- Sou o pai dela.
- Qual é o seu nome?
- João da Silva.
- Posso visitar ela?
- Sim pode, espere vou preparar seu crachá.
- Aguardo.
Lúcia chama uma atendente:
- Nair venha aqui leve o senhor João até o quarto anexo da enfermaria número 3 ele é o pai da Joelma que deu a luz a um menino ontem à noite.
- Sim, por favor, senhor me acompanha até o quarto.
Nair bate na porta e pede licença e fala:
- Joelma seu pai veio lhe visitar.
- Obrigada por ter trazido ele até aqui.
- Até logo, eu já vou.
O pai de Joelma entrou, cumprimentou a filha e perguntou:
- Como foi o nascimento do menino?
- Apesar de ter sido um pouco difícil ele nasceu forte e robusto.
- E onde ele está?
- Está no berçário.
- Ele não fica com você?
- Só vem aqui na hora de mamar e só faltam cinco minutos para o trazerem aqui, quando o papai vai conhecer seu neto.
Nesse momento Maria a atendente do berçário chega com o menino para ser amamentado e pergunta:
- Dona Joelma quem é esse senhor?
- É o meu pai ele veio me visitar e conhecer o seu neto.
- Pensei que fosse o pai do bebê.
Maria por curiosidade olha a ficha no pé da cama e nota que Joelma é mãe solteira e quem sabe nem saiba de quem é seu filho e pensa:
- Posso ter cometido uma gafe, em não ter olhado essa ficha antes, posso ter melindrado os dois com essa minha pergunta boba.
Maria aguarda até o final da amamentação, e do avô ver seu neto e ficar um pouco com o bebê no colo para, na volta, contar a sua esposa Virginia. Seu pai pergunta:
- Quando vai ter alta e voltar para casa?
- Não sei bem certo, mas devo ficar internada segundo o médico por mais quatro dias, mas depende de quando vem à ambulância para que eu possa voltar.
- Logo, que chegar à cidade irei falar com o prefeito para saber esses detalhes para telefonar e informar o dia que eles vêm.
- Quando o senhor for sair fale com a enfermeira Lúcia e ela lhe dá o telefone da Maternidade com todos os detalhes do dia da alta.
Estava chegando o fim do horário de visitas e o pai da Joelma iria se retirar à noite retornaria a sua cidade de origem, e disse:
- Eu vou até a Portaria falar com a enfermeira e depois vou voltar com a Ambulância da Prefeitura, espero que logo você retorne para casa, todos querem conhecer o bebê.
- Boa viagem papai; que Deus o proteja um abraço para a mamãe. Quando eu voltar vou relatar o que aconteceu aqui.
- Fique com Deus minha filha.
Chegando à Portaria a enfermeira Lúcia já tinha tudo pronto, entregou todas as informações ao pai de Joelma e disse:
- Obrigado por tudo que fez pela minha filha, que Deus lhe proteja em sua atividade profissional.
O senhor João partiu de volta para sua cidade de origem no interior do Estado, levando a lembrança do bom atendimento que recebeu quando da visita que fez a sua filha e pensava:
- Vai ser uma festa quando ela voltar no dia do batizado. Vou começar a preparar tudo antecipadamente. Qual será o nome que vamos dar a esse pimpolho? Bom, isso eu vou deixar para quando ela voltar.
Durante a viagem de regresso no final de outono início de inverno, as noites eram frias ainda mais a cada cem quilômetros ia subindo até chegar à altitude de mais novecentos metros acima do nível do mar. Em alguns trechos durante a madrugada se via fina geada nos campos quando o sol raiou trazendo um calor que foi aquecendo aos poucos e derretendo a geada. Quando já chegava o fim da viagem de retorno, o senhor João perguntou ao motorista:
- Quando será a próxima viagem a capital?
- Não sei bem certo temos alguns pacientes que tem que fazerem exames especiais, mas temos um pequeno problema, no momento esses exames estão suspensos, por falta de verba; pode ser que surja alguma emergência, porque da sua pergunta.
- Você sabe a Joelma está internada na Maternidade e deve receber alta dentro de poucos dias e ela poderia voltar na ambulância para casa, depois vamos conversar com o pessoal da prefeitura.
Finalmente chegaram à cidade. O motorista foi até a prefeitura, para saber se tinha alguma coisa a fazer com a ambulância o responsável pela saúde disse:
- Vá para casa dormir, viajou toda à noite e tem que descansar. Volte amanhã no horário normal.
O Senhor João foi para casa e sua esposa já o esperava para saber as notícias de sua filha e também saber se tinha nascido o filho (a) de Joelma. Na chegada foi uma festa e todos a rodeavam fazendo perguntas:
- Como foi a viagem?
- A viagem foi boa com muito frio na volta.
- Como vai a Joelma?
- A Joelma vai bem, nasceu o seu filho é um pimpolho muito lindo, gordinho e saudável.
- Quando ela vem daqui a alguns dias depois de estar recuperada o parto não foi fácil.
Na capital ficou a Joelma na maternidade pensando em seu pai que viajou de volta para casa, ela pensava:
- Como foi a viagem essa noite foi fria lá na serra devia estar mais frio, será que tudo correu bem e quando chegou em casa quais foram às perguntas?
De manhã serviram o café e logo mais tarde a enfermeira Lúcia veio visitá-la e saber com tinha passado aquela noite e perguntou:
- Seu pai viajou ontem à noite?
- Sim ele retornou com a ambulância da prefeitura deve ter chegado hoje de manhã em casa.
- Quando ele vai voltar para levar você de volta para casa?
- Vai depender de saber o dia da minha alta e se a prefeitura naqueles dias tem uma viagem até a capital para eu retornar.
- Posso fazer uma pergunta?
- Sim, pode fazer.
- Você gostaria de ficar morando aqui?
- Como vou ficar aqui longe de meus pais e como vou cuidar de um filho? Sem emprego isso seria difícil.
- Sei que pode ser difícil, mas não impossível.
- Com pode ser isso se não tenho ninguém por mim aqui?
- Isso se dá um jeito.
- Qual seria o jeito?
- Depois vamos falar sobre o assunto.
Tinha chegado a hora da enfermeira começar seu turno de trabalho, então se despediu dizendo:
- Antes de você voltamos a falar sobre esse assunto.
Joelma ficou pensativa todo o dia a imaginar o porquê daquela proposta da enfermeira Lúcia pensava em tudo:
- O que realmente ela quer fazendo essa proposta para mim, mas nem posso fazer isso e minha família o que vai dizer? Na certa, papai foi preparar a festa para quando eu chegar e já tenha marcado o dia do batizado do meu filho. Nem posso imaginar alternativa para ficar aqui, deixa para depois quero ver em que vai dar.
No dia seguinte quando o médico fez a visita de rotina, como vinha fazendo todos os dias desde sua internação, ele disse:
- Dona Joelma, eu vou marcar o dia da sua alta para que você comunique a seu pai para providenciar seu retorno para casa.
- Qual vai ser o dia Doutor?
- Daqui a três dias será o suficiente para se comunicar com ele?
- Ele deverá ligar amanhã para a portaria da maternidade.
- Eu vou falar com a enfermeira Lúcia e deixo o comunicado com ela.
- Assim ele terá dois dias para providenciar com a prefeitura para mandarem a ambulância me buscar.
- Nesses dias farei as visitas normais até o dia da alta.
- Doutor muito obrigado pela sua amável atenção.
- Tenha um bom dia.
Joelma fica a pensar:
- O que vai acontecer quando o Doutor falar para enfermeira Lúcia que vou receber alta daqui a três dias, ela vai vir aqui insistir naquela sua proposta, mas não posso aceitar sem voltar para casa, quem sabe depois.
Naquele dia a enfermeira não visitou Joelma, como de costume. Ela estava preocupada pensou:
- Deve estar com muito serviço por isso não veio até aqui.
No dia seguinte cedo seu João telefonou para a Portaria da Maternidade, para saber noticias do dia da alta de sua filha Joelma. Quem atendeu foi à enfermeira de plantão:
- Alô! Que fala?
- É a enfermeira Lúcia.
- Aqui é o pai da Joelma queria saber se o médico marcou o dia da alta.
- Sim ele marcou ontem e deu a contar de hoje três dias.
- Ontem fui à prefeitura saber do dia a ambulância vai até a capital informaram que vão viajar daqui a três dias chegarão aí no amanhecer do terceiro dia, ela que fique com tudo pronto para voltar para casa, aqui todos estão com saudades dela. Vou comunicar para ela daqui a pouco.
- Obrigado pela sua atenção e tenha um bom dia.
- E o Senhor também.
Naquele momento a enfermeira Lúcia levou um choque, não sabia o que fazer, ir logo ao quarto avisar Joelma? Seria uma saída, iria ela tentar mais uma vez convencê-la da sua intenção. Chega lá discretamente e pergunta:
- Já tem uma resposta para a proposta daquele dia?
- Pensei muito nesses dias, mas vai ser difícil estou esperando que ele telefone para saber do dia da minha alta, ou ele já telefonou?
A enfermeira Lúcia fica num êxtase nesse momento sem saber o que responder Joelma pergunta:
- O que aconteceu Lúcia? Parece que morreu, meu pai ligou ou não ligou?
- Ele ligou agora de manhã eu passei todos os dados que o doutor deixou comigo ontem e ele disse que a prefeitura está mandando a ambulância para buscá-la no dia marcado.
- Quanto a sua proposta depois que eu voltar para casa e ajeitar tudo por lá voltamos a conversar sobre o assunto com mais detalhes.
Naquele momento chega ao quarto a chefe do berçário com seu filho e diz:
- Está na hora de amamentar o nenê.
Lúcia sai cabisbaixa sem nada falar. Joelma amamenta o nenê e no final entrega dizendo:
- Daqui a três dias retorno de volta para casa.
A chefe do berçário tomou o menino no colo e levou para sua cama sem nada falar. Aquele foi o dia mais nefasto para a enfermeira Lúcia, uma noite interminável, estava mesmo atordoada e só pensava:
- Porque ela não aceitou a minha proposta, nem me deixou apresentar o que e tinha a dizer a ela.
Chegou o dia da partida de Joelma tudo tinha sido preparado na véspera recomendações médicas e quando deveria retornar para uma nova consulta. O motorista da prefeitura chega à portaria da maternidade e pergunta:
- A dona Joelma está pronta para viajar?
Lúcia responde que tudo está pronto.
Logo ela chega na portaria cumprimenta o motorista:
- Bom dia o senhor veio me buscar?
- Sim daqui a pouco vamos partir tudo está pronto para carregar na ambulância?
- Sim tudo está aqui às malas e mais o meu filho que ainda não escolhi o nome dele.
Joelma se despediu de todos e também da enfermeira Lúcia. Agradeceu a atenção e o atendimento que deram a ela no tempo que esteve internada embarcou e partiu de viagem. Lucia com os olhos cheios de lágrimas ficou pensando.
- Será que ela vai voltar um dia...
A viagem transcorreu dentro da normalidade e no final da tarde chegaram à cidade, em frente à prefeitura estava a família de Joelma esperando-a. Quando ela desceu sua mãe falou:
- Que bom minha filha que você voltou com um neto para sua mãe.
- Obrigada mamãe por essa recepção.
- Filha, no domingo será batizado o meu neto, o padre vem rezar missa na Igreja e seu pai já providenciou tudo só falta escolher o nome e os padrinhos.

Foi a mais bela festa realizada na cidade. Com muita comida, churrasco, porco assado e galinha recheada.

São José/SC, 9 de maio de 2.006.
morja@intergate.com.br
www.mario.poetasadvogados.com.br

Foto de paulobocaslobito

Sem ti

Querer sair sem te encontrar
É difícil.

Querer fugir sem te olhar
É difícil.

Mentir-te...
É difícil.

Fugir-te, é correr sem pernas,
Sem mãos...
É coxear.

Querer sorrir-te
É difícil.

Sorrir-te sem sorriso
Engasga...
Faz-me penar.

Fica mal
Querer falar-te.

Não tem graça
Correr sem mãos...
É difícil sorrir-te.

Ó vida que destoas
E a toa num rumo de barco incerto,
Dando-me asas para sonhar
E o teu amor imaginar,
Não sou de todo certo
Por te amar
Assim loucamente,
No meu despertar vadio...
Insane e descoberto.

Amar-te é difícil,
E fica sem graça
Não te amar.

É difícil mentir,
É difícil mentir-te...

Paulo Martins

Foto de Fernanda Daniela

Sem título

Dentro de mim..
É onde sempre ficarás...
Salvo dentro do meu coração...
Impregnado na minha alma.

Esquecer .. vai ser difícil...
Você me marcou como ferro em Brasa...
Gravando em mim... você...
Uma marca que nem o tmepo conseguirá apagar...

Caminhar sem olhar para trás...
Deixar as coisas tomarem sue rumo...
Quem sabe , conhecer um outro alguém...
Terei que conviver com as incertezas por um tempo...

Mesmo que os anos cheguem
Com a velocidade de uma flecha...
Você ficará onde sempre deveria estar....
Dentro do meu coração...povoando meus sonhos...

Não há tristeza em ficarmos separados...
Apenas uma mudança de percurso...
Novos ares.. um leve bater de asas...
Mudar para um novo ninho...

Alcançar alturas nunca sonhadas...
Mas sempre desejadas...
Um mergulho no infinito...
Para encontrar a Sí mesmo...

Foto de fsossoloti

Sentimentos

É tão forte e sincero o que sinto por você
Que quando manifesto chega a anoitecer
É tão imponente e envolvente
Que fica difícil descrever

É mais do que aquele sentimento que sufoca
É além daquela ânsia do querer
Ultrapassa as fronteiras do limite
Quebra as barreiras do impossível

É tão majestoso que chega ser temível
É tão bonito que chega ser indestrutível
É tão valioso que não tem preço
Nada chega aos pés deste amor

Nem mesmo o desabrochar de uma flor
Nem mesmo o ecoar da mais forte dor

Esse belo sentimento
Que não desgasta
Que não tem prazo de validade
Que não tem anuidade

Esse belo sentimento
Que cobre a verdade
Que cobre a sinceridade
Que cobre a humildade

Mas eu quero além
Além do que apenas sentir
Quero me perder em seus sonhos
Quero me afogar em seus beijos

Fazer e refazer todos os desejos
Além de tudo; não se esqueça
Por mais longo que seja o tempo
Por mais longe que seja a distância
Sempre há esperança

Enquanto não te tenho
Nesses versos faço mil desenhos
Tracejados, pontilhados ou coloridos
Recheados com seu nome

Foto de Solitário Erudito

"Como é difícil"

È difícil dizer o que sinto com simples palavras;

È difícil pensar apenas em você e em mais nada;

É difícil não poder toca-la nem por um segundo;

È difícil por te amar tão profundo;

É difícil acordar sem você ao meu lado;

È difícil não te ter e estar tão apaixonado;

É difícil sentir que descobri o amor em você;

È difícil as vezes de tanta dor querer te esquecer;

É difícil sonhar toda noite com o seu carinho;

È difícil acordar e lembrar q na verdade estou sozinho;

É difícil te desejar tanto assim;

É difícil mas eu te amarei sempre até o fim ....

Oliveira Marcelo

Foto de paulobocaslobito

O perdão que devo aos amigos

Quantas vezes nos sentimos tristes por não sermos compreendidos?
Porque aquilo que se disse, se escreveu ou se pensou, afectou profundamente os sentimentos desses ou dessas pessoas em causa...
Quantas vezes desejamos pedir desculpas, sem nos escusarmos de lamentar todos os nossos erros ditos, cometidos, sentidos, pensados ou não.
Quantas vezes deveriamos lamentar sermos tão arrogantes, para nos desculpar-mos e assumir-mos a nossa cota parte da "culpa"? Se é que nos julgamos culpados de algo!
Lamentamos, porque é muito mais fácil lamentar. Lamentamos, porque é mais simples não assumir. Lamentamos, porque desejamos fugir. Lamentamos, por falta de coragem. Lamentamos, por tudo e por nada. Lamentamos da vida, das pessoas e de nós.
Mas, não lamentamos mudar; não lamentamos mudar porque nos é bem mais difícil. Porque nos falta vontade; sendo: perdemos os amigos e as amizades, e a vida.

Sinto-me triste muitas vezes, porque não me compreendem, sinto-me triste porque me engano e principalmente, porque os meus pontos de vista não são de modo nenhum uma tirania. Pois que todos têm o direito deles objectar ou vetar; assim como outros têm o direito de ou não os elogiar ou votarem neles.
Sinto-me triste muitas vezes, porque as palavras têm dois sentidos e milhares de interpretações; mas a culpa delas só a mim me cabe defenir.

Aquilo que se faz, diz ou se escreve, pode sempre ter dois sentidos; sendo: deveriamos também pensar nesse sentido...

Uma dúvida dissipa-se discutindo, e abolindo-se o "não verdade", desvanece-se ao podermos pedir desculpas pelos nossos enganos ou desenganos, esbate-se por nos entendermos.
Não nos adianta de nada colocar-mo-nos em "offline", cada vez que acessamos o "msn", não nos adianta nada não respondermos as mensagens que nos enviam, não nos adianta de nada fugirmos de portas trancadas e escondidas do mundo lá fora; isso chama-se: Covardia!

Sei que sou também culpado por coisas que assim acontecem... algumas porque a vida te impõe, outras por falta de tempo ( que desculpa! ), outras porque não tens resposta e outras por seres imbecil!
Então, só me resta ser submisso dos meus próprios erros, mesmo que eles traduzam dois significados pois há sempre um lugar na Terra para nos arrependermos e para nos entendermos; há sempre uma hora em que tudo o que somos, somos por dizermos e desculparmos, e, se não o fizermos, podemos nunca sermos felizes.
Não custa nada pedir-te desculpas pelos meus actos e as minhas ideias impostas, não custa nada pedir-te desculpas por não ter atendido aos teus chamamentos e mensagens e ou ter discordado de ti.
Não custa nada mudar desde que nos sintamos capazes de querer.
Não custa nada, porque sinto vergonha, porque não te quero perder, porque em algum momento da minha vida, o que fizeste, disseste, escreveste ou me levaste a sentir; não me mereces que te perca.
Por isso te peço perdão, nem que seja como amigo ou simplesmente como és e pelo que és...

Paulo Martins

Foto de Marcelo Souza

Conselhos

Coração.
Onde estão tuas rédeas?
Onde estão teus pedais e qual deles será teu freio?
- Inconstante! – Assim diz quem por ti foi traído.
Pois tão orgulhoso disseste ter achado e agora com lagrimas aponta teu tesouro a milhas de tuas mãos.
Ah! Coração...
Onde em tempos tão amargos, encontrarei chaves para tua porta e fechaduras para tuas janelas?
- Cego! – Assim diz quem por ti foi traído.
Pois outrora disseste ver teu amor, agora sem a ilusória lente encara a verdade; “Que amor não veria o teu amor?”
Eu sei; já ouvi todas as tuas respostas, palavras ingênuas e sempre falas como uma criança, e quantas vezes eu tive de ouvi-las, palavras doces e agora brinco todas rimavam, por que não com esperança.
Ah! Coração...
Onde estão teus muros, cercas ou as grades que demarcavam e te continham em teus limites?
- Inconseqüente! – Assim diz quem por ti foi traído.
De onde veio a voz que te disse: - És livre, vai não tenhas receio, aposta todas as tuas fichas e segue como bem queira.
E tu em tola decisão, fadado a triste destino como o do famoso, no tolo sonho de alcançar o sol com asas de cera.
Ah! Coração...
Onde foram as cercas, as rédeas, os freios?
Hei! Ainda queres me ouvir?
Coração.
Acredite, tem em mim um amigo e tentarei te ajudar, mais por favor toma jeito;
Não ,mais se exponha tanto, viva nos bastidores, não sonhe tanto só por causa de um beijo.
Lembro de ouvir de ti tal afirmação: “vivo por teu sorriso” sem duvida mui romântico mas por demais ingênuo e o que ganhou? Ela riu de você. Lembro das flores, das cartas, dos poemas, dos gestos, das noites sem sono, saiba que não esqueci de nenhum detalhe, repito pra você: muito romântico porem ingênuo, tente tirar lições, de lições como esta que tomaste. Ver se enfim aprende.
Ah! coração...
Não mais sinta tanta dor, mesmo agora, quando é tão difícil olhar pra ela, quanta ironia? tão perto mas tão distante de ti, tão intocável...sim eu sei de tuas dores até mais do que você imagina, afinal te carrego comigo, afinal sou teu dono. Ops! Mil desculpas meio dono, velho amigo coração, quase esqueço, te levo no peito mais teu tesouro, tua dama, teu amor ainda te carrega na palma da mão.

Foto de Pauloso

Novo Começo

É muito difícil recomeçar,
Andar de novo, com as próprias pernas
Mas é preciso continuar
E sair da minha caverna.

Amar não é um estorvo
Por isso sigo caminhando
Mas aprende a viver de novo
Continua me matando.

A vida é maior que um amor
Maior que um sofrimento
A vida é o doce sabor
Que transcende ao Tempo.

O passado ficou para trás
Uma esperança se renova
Só não quero algo fugaz
E nem o amor de outrora.

Foto de eterno apaixonado

Uma chance pra nós dois

Sei que é fácil falar eu te amo. São três palavras que aulquer um pode dizer, difícil é entender o que elas realmente querem dizer.
Eu quero te mostrar basta você deixar, não eu não quero forçar pois sei que não vale a pena, piedade eu não quero o que eu sinto é sincero. Sua pena só vai aumentar a minha dor meu amor, não quero lhe comover, abra o seu coração e tente entender.
Você chegou não bateu entrou sem pedir licensa, a sua presença me faz viajar sem sair do lugar, o teu olhar é mais que lindo é tão bom te ver sorrindo, vem viver esse momento sem pensar no depois dê uma chance pra nós dois.

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