Dinheiro

Foto de Martorano Bathke

Hoje? Hoje não.

Hoje? Hoje não.
Hoje eu queria escrever um poema, mas não posso.
Seis horas da manhã, estou chegando em casa. Saí no começo da noite, fui confraternizar com amigos, bebi minhas cervejas, e por curiosidade resolvi esticar a noite, fui a muitos lugares da época em que em que saía para paquerar.
O choque de início é gradual, fui filmado e marcado com tintas cintilantes, entrando o choque é corpo a corpo sou chamado de tio, até aí tudo bem.
Depois sou eletrocutado, tio paga uma cerveja, tio dá um dinheiro para eu fumar, tio dá um dinheiro para eu cheirar, tio quanto vale o meu corpo, tio transo contigo se me deres um dinheiro.
Volto a minha mente para o dia anterior e lembro que fui visitar e abracei a minha mãe de noventa anos. Olho para a minha filha de doze anos, que está dormindo, e choro, choro as lágrimas da incerteza.
Ronald Martoraro Bathke.
*Publicação permitida: desde que conste o nome e e-mail do autor.

Foto de housy

De La Habana ... para ti !

Desta vez não te falei que ia. Só na volta te enviei uma mensagem a dizer que já tinha chegado. Talvez por essa razão tenhas estado tão presente nas ruas por onde passei em Havana.
Quis escrever-te logo ali mas não pude. Quis colocar-te dúvidas e perguntar-te se sabias porque é que tudo aquilo me estava a impressionar tanto. No meio de todas as ruas degradadas da cidade, de casas que caem destruídas por falta de reconstrução, de um militar a cada esquina, existe um povo que sorri e canta sem razão aparente.... um povo que me faz lembrar que os meus problemas são só meus e sem valor ou peso. Impressionaram-me os murais escritos nas paredes, os "hasta la vitória siempre" que li. Impressionaram-me os hotéis de 50, as mesas e cadeiras de verga, as bandas nos bares de daiquiris, as margueritas em cima das mesas, os Chevrolets que povoam a cidade e estacionam em ruas onde quase não cabem e lhes conferem um ar que, por muito que tente encontrar outra explicação, só consigo achar que se existe um local onde um carro assim faz sentido é ali, estacionado naquela rua que já teve vida e época e onde agora existe alma, música, run e o sorriso de uma ou outra criança, de um ou outro velho que te olha sentado no poial de uma porta aberta que não esconde um olhar para dentro, que eles permitem. Dentro da casa, dentro dessas vidas.

Impressionou-me a vontade que tive de te ter ali, de te perguntar se sabias se em 50 se vestiam fatos de linho branco, se as tardes eram passadas em bares e hotéis de cadeiras de verga, a olhar o fumo de charutos a subir, a beber run, daiquiris ou mojitos ao som de música que só em países assim se consegue produzir.
Quis perguntar-te porque é que eu acho que são poucos, muito poucos os beneficiados de um regime, seja ele qual for, cujo maior interesse nunca é o das pessoas. Achei revolucionário e inconformista da minha parte mas não consegui evitar o pensamento. Talvez a minha democracia, no final, também não seja tão justa assim. Só me dá mais dinheiro... não me dá o sorriso.
Antes de sair daqui, li tudo o que pude sobre Cuba mas nada me preparou para as sensações que tive. Uma Havana destruída mas cheia de charme que a todo o custo eu queria que partilhassem comigo e da qual queria ficar ali sentada a ouvir... para que me contassem histórias. Dessa e doutras cidades, contadas por alguém que soubesse muito mais que eu. Por alguém que tivesse uma sensibilidade maior que a minha.

Estas e muitas outras foram as minhas percepções de uma viagem que terminou hoje ao fim de 22 horas entre esperas e aviões. Algumas são coisas que não te direi por receio de ouvir o que não goste e destrua o estúpido romantismo que ainda tenho quando vejo alguma coisa que mexe as minhas emoções....

Talvez tenha ido para férias frágil demais ...

Um beijo
Sempre!

Foto de Martorano Bathke

Desvio Intencional de Conduta

Desvio Intencional de Conduta

Conta à lenda que “Dienógenes, toda noite saia pelas ruas de Atenas com uma lanterna na mão, a procura de um homem cem por cento honesto.” A lenda deixa a interpretação por nossa conta.
Como toda história tem três versões: a minha, a tua e a verdadeira.
Também eu ficarei com as três: Para ver se existia algum, para quebrar-lhe a lanterna na cabeça, e com o sofisma, a união de ambas as duas primeiras.
Diversos autores tentaram definir o homem, a definição que mais me chamou a atenção foi a de Karl May. Em seu personagem Winnetou, cacique dos apaches mescarelos.
A que: o homem branco não é um ser humano, mata por prazer destrói tudo, enfim o câncer da terra, e por fazer isso não estava integrado com a natureza.
Talvez quando a última árvore secar e não der mais frutos e o último rio a ser envenenado, o homem se lembre que o dinheiro não lhe poderá matar a fome e a sede.
Ha, as naturezas multicoloridas, miscigenadas, férteis, procurando sempre a evolução e a mistura implacável de tudo querendo chegar a um denominador comum. Ha, a natureza o primeiro grande mestre que Deus deu para o ser humano. E nós ainda por cima de tudo somos mamíferos.
Uns vão para o morro outros para o aeroporto e atualmente até no centro dentro do carro conforme a hora.
Se a natureza ingênua como uma criança tem seus desvios intencionais de conduta, imaginemos nós, seres humanos. Só com uma diferença nós e algumas espécies de macacos nossos parentes mais próximos nessa cadeia evolutiva, nos escondemos para tê-los.
Qual será a nossa desculpa, o peso do “eterno retorno”. Ou a “insustentável leveza do ser” e assim fortuitamente e esporadicamente, não estou falando aqui do DIC doença, nos tornamos um personagem do autor Alain Kundera, em seu livro: A Insustentável Leveza do Ser.
Didi foi o craque da folha seca, Vavá agora quer ser reconvocado, inventou a folha verde.
Ha, irmão, se tiveres a hombridade de ter um DIC, publicamente, jamais serás meu irmão. Mas se tiveres a hipocrisia de tê-lo escondido será meu irmão, e não te negaremos como Pedro até a terceira hora, pelo contrário te defenderemos até a décima primeira.
Qualquer semelhança deste texto com fatos reais é mera coincidência, é assim que se tapa o sol com a peneira, ou escrevendo utopicamente é a realidade?

Ronald Martorano Bathke.

*Puplicação permitida: desde que conste o nome e o e-mail do autor.

Foto de carlosmustang

"""EXPERIENCIA"""

Quando eu não importar-se mais
Dar vazão as palavras banáis
Não impelir a manifestação do "espirito" carnal dos meus ancestráis!

Por quê as pessoas mais interessantes não posso tocar;
Apresentadores de TV ou ALL STARS?

Quando não tiver justificativa "inteligível" para pesquisar,
E ser o "etérno" expoênte do existêncialismo
Quando não mais me importar, não zangue-se comigo!

A penitência já não corróe meus joelhos
Meu "cérebro" age com naturalidade aos meus ansêios
Já não viver só por "dinheiro!

E se eu não tiver disposição para copular com minha fêmea;
E sentir minha alma "pequena"
E não ter mais medo de "morrer"
E mesmo a jovem virgem, não fizer meu coração bater?

Quando tiver a curiosidade do "saber" desguarnecida
Restar-me, somente a avareza dessa vida!

Quando meus olhos , marejarem em lágrimas
Nem ter nenhuma mágoa
Renascerei novamente nas palavras
Na escriba praticada, atravessar essas águas...

Foto de Bira Melo

ASSOBIO

Assobio agora :
Um canto triste e debochado!
Assobio agora :
Teu testemunho capitalizado,
Assobio agora :
Tua mesquinhez aura-negra...
Assobio agora, sempre e sempre,
Milc-Lúcio-Linda auras...,
Trio trevoso aloe-verado.
Assobio sim porque 'tou livre,
Livre sim, 'tou liberado...
Do vosso visgo,
Do vosso lodo!
Vocês realistas($)
E eu realizado.

Bira Melo*
* direitos autorais reservados.
Em tempo : feito par a mãe do meu fiho quando tentou extorquir mais dinheiro usando a criança...

Foto de Marcelo Roque

As duas faces

A palavra que lhe faz sofrer ...
Dita a mim, pode causar prazer ...
O olhar que tanto lhe amedronta ...
Talvés me desperte um sorriso fraterno ...
A chuva que serve para lavar o seu carro ...
Também pode cair para lavar minh’alma ..
O pouco dinheiro que mal paga seu almoço ...
Talvés ainda sobre, depois que eu pagar por minha liberdade ...
O medo que tranca suas portas ...
Pode me dar a vontade de abrir as janelas ...
E o choro incontido de sua desilusão ...
Pode ser o princípio do nosso eterno amor ...

Foto de Rose Felliciano

SER POETA

SER POETA

“Para ser Poeta
Não basta ser escritor
Pois é na pura essência do amor
Que se geram as poesias.

Poesias vão muito além
Da rima e da métrica
Precisam da alma poética
E intensa razão de ser....

Poeta nunca será profissão
Pois dinheiro não fabrica inspiração
E nem a determina acontecer.

Não existe receita, treinamento ou faculdade.
Para ser poeta de verdade
Basta ter sensibilidade e ser simplesmente VOCÊ!” (Rose Felliciano)

Foto de CARMEMMARQUES

Simplicidade

A simplicidade parece ser uma parte das pessoas e coisas, ela pode estar no néctar das flores, no olhar de uma criança, em fim, em tudo que há de bondoso no mundo. As cores parecem todas muito nítidas, cobertas de vidas e esperanças.
Cada inseto miúdo que pousa numa flor deixa o ar mais purificado e encantador, mas às vezes rouba sua fragrância deixando-a sem vida. Mas nem por isso, elas tiraram o verde do campo e do gramado, que ali existe. O lugar parece parado mesmo avistando um pássaro cantor que vem de um lugar distante a procura de algo para comer, parecendo estar exausto, vindo do norte para o sul, com expectativas de ver tudo o que lá deixou.
Mesmo com a poluição o lugar recebe um pouco de luz que o olhar das pessoas deixam quando passam por lá. De repente, aparece uma gota de água caindo numa única rosa, o barulho calmo da chuva passando entre as aves que o verde das folhagens daquele jardim.
Às vezes é doloroso a gente falar que não é fácil ver as verdades claras no meio de um cidadão. Com o dinheiro na mão, o homem pode comprar tudo o que vê nas vitrines, aparelhos sofisticados. Quem o dinheiro faz ficar rico, mas nunca traz a felicidade das pessoas seja ela qual for.
A simplicidade nasce no coração limpo daqueles que sabem o seu significado por isso ela deve ser conservada e dita livremente sem nenhum temor. Ela deve ser observada nas flores que vão expondo o seu perfume e plantando a paz no mundo e no coração de quem não conhece o seu significado.

Foto de Maria Goreti

ABRE ALAS, PAPAI NOEL, QUE EU QUERO PASSAR... COM A MINHA DOR!

É Natal!

Homens vestem suas fantasias.
Papai Noel, José, Maria, o Menino, anjos e reis...
Estão nos shoppings, parques, praças, templos...
Casas e ruas são enfeitadas com muitas luzes e cores.
Comércio em polvorosa! Pessoas se atropelam nas ruas e avenidas em busca de presentes...
Abraços, beijos, mensagens de otimismo...
Em algumas casas roupas novas, mesas fartas... Em outras, tudo a faltar:
o pão, o brinquedo, a roupa e o Papai Noel que jamais chegará...
Brota o espírito de solidariedade... Mas muita gente anda a criticar!

É Carnaval!

Comissão de frente, bateria, carros alegóricos e seus destaques,
mestres-salas e portas-bandeiras, passistas, baianas... Luxuosas fantasias!
O rufar dos tambores a misturar-se ao movimento das cadeiras rebolantes,
dançantes, esfuziantes de homens e mulheres seminus, incandescentes, sensuais, sexuais...
São as escolas de samba a desfilarem nas avenidas.
Os trios elétricos, as burrinhas, os blocos de sujos...
Cheiros que se misturam no ar: de bebida, suor e sangue.
Gritos deslumbrados de alegria, euforia... Medo e dor.
Medo e dor da violência...
Medo e dor de alguém que sofre a perda de um ente querido...
Mas quem se importa com isso?

É Carnaval... A festa da alegria!

Esquecem-se das dores e até dos seus amores e caem na folia.
Buscam encontrar uma paz que nada mais é que fugir das dores do dia-dia.
Um rio de dinheiro gasto em alegorias...
As máscaras são as mesmas.

E é justamente o Natal... A festa da hipocrisia!?

Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 17/02/07

Foto de psicomelissa

carta I

CARTA: AO AMOR DA MINHA VIDA

Oi meu querido e tão desejado companheiro, hoje não consigo ainda acreditar, tudo parece um sonho, pois você me olha com um olhar único e que assusta aos outros por tamanha admiração e carinho que são transmitidos quando você simplesmente me admira de longe. Fico envaidecida, mas sinto me acolhida e amada como nunca fora antes. Muitas noites desejei ter um amor puro verdadeiro e maduro, hoje chego a duvidar que você faz parte da minha vida.
Tudo que eu sofri nos meus relacionamentos que antecederam o nosso me fizeram crescer e amadurecer, por isso agradeço cada lagrima e cada frustração que vivi, como diria o poeta (Jorge vercilo): meus amores de antes me fizeram de ponte para eu hoje eu pudesse estar junto de ti.
Como sei que cada relacionamento seu que não deu certo, era porque já estava escrito que um dia você me teria nos seus braços e eu estaria um dia deitada em vosso peito sendo protegida de qualquer desgosto. Hoje tenho que confessar que passei muitas noites admirando a lua e desejando ter alguém ao meu lado que entendesse e curtisse admirar a lua e rir contigo (das coisas mais simples), já te disse que adoro a forma que me faz rir, como se fosse tão natural e especial cada segundo que passamos juntos.
Admirar a lua após fazer amor gostoso contigo não há nada mais maravilhoso e surreal neste mundo, eu deitada nos teus braços realizada como mulher e me sentido protegida e sendo coberta de beijos e caricias que não existe dinheiro neste mundo que paguem. Você sabe que tenho uma terrível queda pela lua, a Dona lua me acompanha faz tempo, e quando ela fica cheia, hoje sei que ela está completa(=cheia) como eu me sinto em relação a ti, sou uma mulher completa, nada mais me falta, pois achei minha cara metade, minha alma gêmea, meu grande e verdadeiro amor.
Por isso que quando sei que vou ao seu encontro, desejo e procuro fazer que cada momento (surreal, você sabe porque surreal, lembra? kkk)seja sempre inesquecível, que você sempre se surpreenda comigo e depois juntos venceremos o mundo, conquistar o mundo é fichinha. Fico cuidadosamente e com muito carinho planejando cada possível momento de intimidade contigo, as velas, aromatizador, roupas, lingerie, são importantes, mas tudo se torna especial por que é com você que estarei, é pra você que me dediquei planejando uns momentos gostosos e prazerosos, tendo total dedicação psíquica, emocional, entre outras, para que eu possa finalizar te entregando o que tenho de mais precioso: minha feminilidade - meu coração com meus sonhos mais íntimos e secretos.
Por que sei que você irá me fazer correr atrás deles e jamais debocharia ou faria pouco de mim, mesmo que seja um desejo bobo e infantil, pelo contrario você tem me favorecido realizar muitos dos sonhos que imaginei que seria somente sonhos, e que alguns tinha esquecido na ultima gaveta.

Obrigada por ser tão especial... Em minha vida.

Agradeço aos céus por você existir.

Carinhosamente... A dona da lua (você me deu ela lembra? Juntamente com as estrelas e todas constelações).

A ti dedico Meu amor eterno.

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