Direção

Foto de Gui❤Lari

Entreguei meu coração

Sem medo de ser feliz
Entreguei meu coração
Vivo dos bons momentos
Sem rumo, nem direção
Palavras alimentem essa paixão

Se sorriso me tira o chão
Sua voz me deixa sem noção
Meus pensamentos
saem dos seus lábios
Que doce sensação

A saudade já não passa
Retornam como imagens
De nossos corpos entrelaçados
Que refletiram no espelho

Quando me vem a mente
Que formamos um belo casal
Vou aos céus
E fico sem palavras
Mais meus olhos não

Levado pela emoção
Perco a razão
Esperando pelo dia
Que selaremos
nossa união

Inconsequente
Ou guiado pela paixão
Sigo meus dias felizes
Pois a tenho em meu coração

Foto de Ivone Boechat

Amor próprio

O pensamento
é um barco à deriva,
solto nas ondas da vida,
procurando a luz
do farol;
quando se
balançam
preconceitos
cada qual rema
do seu jeito,
seguindo o calor
do próprio sol;
nuvens da dúvida,
da desistência,
da incerteza,
desorientam,
o medo, às vezes,
seduz.
Não!
deixe que brilhe
mais forte
sua luz;
segue em frente,
não reme
na direção da morte,
não se atole nessa
lama interior,
seja você mesmo,
pra viver a experiência
mais forte
do seu próprio amor.

Ivone Boechat

Foto de Ivone Boechat

Educador

Educador,
por favor, vença,
você não deve permitir
que alguém saia de sua presença
sem se sentir melhor e mais feliz.
Educador,
oferece a flor
de sua vida
ao que sofre
na despedida,
chorando por fracassar;
tente de novo,
ajude a levantar o cansado,
dê a sua mão ao oprimido,
este povo abandonado
que, muitas vezes,
só encontra você
na direção do olhar.

Ivone Boechat

Foto de Ivone Boechat

Círculo vicioso

Círculo vicioso

Ivone Boechat

Um dia, milhões de bebês choraram na liberdade uterina do milagre da vida: nasceram. Não vestiram seus corpos, não lhes calçaram sapatos nem lhes deram o conforto do seio materno, antes da posse do sonho infantil, foram rejeitados, ao rigor do abandono.
Um dia, mãozinhas trêmulas, inseguras, sem afeto, bateram na porta do vizinho, procurando abrigo. Não havia ninguém ali para oferecer afeto nem portas havia na pobreza do lado. O menino escorregou na direção da rua.
Um dia, a criança anêmica foi eleita à marginalidade da escura noite e disputava papelões e pães no lixo do depósito público. Aos tapas, cresceu como grão perdido no vão das pedras, sem a mínima possibilidade de sobreviver: sem teto, sem luz, sem chão.
Um dia, o adolescente esperto teve alucinações de vida e o desejo de conferir a sociedade: candidatou-se à luta amarga do subemprego. Alvejado pela falta de habilitação, foi condenado como vagabundo, recebendo etiqueta oficial de mendigo.
Um dia, o adulto desiludido, amargurado, sem emprego, sem referencial, saiu à procura do amor. No escuro, mas cheio de esperanças, foi colecionando portas fechadas pelo caminho. Sem Deus, sem nome, sem avalista, sem discurso, acreditou no "slogan" das campanhas sociais.
Um dia, o menino mal nascido, mal amado, mal educado, não soube cuidar do filho que nem chegou a ver. Não ouviu seu choro. Imaginou apenas que, após nove meses de duríssima gestação, alguém brotara de um rápido encontro, irresponsável, assustado e vazio que sempre ouviu dizer que se chamava amor.

Foto de Ivone Boechat

Liberdade

A liberdade não é um pássaro voando no azul do infinito, sem destino, sem consciência: ser livre é ser infinito em cada destino, é saber porque e para que voar naquela direção.

A liberdade propõe autonomia e habilita a sair das cavernas para abrir os olhos e ver as próprias oportunidades. A pessoa livre não depende, compartilha, não estende a mão para receber, sem trabalhar, porque é um ser inteligente capaz de superar, avançar, aprender, produzir. A liberdade é a mãe da igualdade: ela não sustenta a pobreza, ela socorre na fome emergencial, mas ensina seus filhos a pescar.

A liberdade mobiliza, não paralisa. Ela inclui. Jamais exclui alguém pela raça, pela camada social, pela etnia, pela fé que professa, pelo pensamento político/ideológico. A liberdade põe de pé, dá energia para concorrer e vencer, chegar junto, sem deixar pessoas clamando na beira do caminho eternamente.

A liberdade não censura, não se desculpa, não discrimina, ela ensina o discurso e a postura dos iguais perante a lei e canta junto o hino cívico, sem interferência de apartheid. A liberdade é o espelho onde se mira a responsabilidade.

A liberdade é atributo do ser humano. Ela não aceita máscara, mentira, submissão, nem tem medo da verdade, porque só a verdade liberta.

Ser livre é não estar comprometido com nenhum tipo de constrangimento e nem estar carimbado por siglas que reduzem a velocidade no caminho da paz. Para ser livre há sacrifícios e não guerra!

Ser livre não é impor conceitos, filosofia, ideologia, religião, política. Ser livre é ter sabedoria para viver a verdade sem atropelar o tempo e o espaço, no limite do outro. Quem impõe não sabe o que é liberdade. Quem apoia a servidão, a escravidão, o sequestro de ideias ou se regozija com a prática de manter pessoas reféns de qualquer projeto político, tem discurso provisório e frágil de liberdade. Finge-se libertador.

"...Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda..." Cecília Meirelles.

Ivone Boechat

Publicado no livro Por uma Escola Humana, pág.141-Ed. Freitas Bastos, RJ 1987

Foto de Edilson Alves

O NOME NÃO DIZ TUDO

Em um final de tarde, estando eu, a passear pelas rua do Recife, fui atraído por um vendedor de livros. O sujeito começou a me mostrar os livros mais antigo, percebendo o meu interesse, abriu um grande baú, de onde tirou vários títulos.

O titulo que me chamou a atenção foi “ESPALHA BRASAS”de um escritor Paraibano de nome José Cavalcante. Folhei-o lentamente, e dei de cara com os seguintes versos:

Eu sou José Cavalcante
Conhecido por Zé bala
Moço, fui bicho elegante
Velho, foi-se minha gala

Mulher a de pouco siso
Que me chamam de pidão
Eu peço por que preciso
E elas porque me dão.

Comprei, paguei cinco reais por uma obra tão rara, esse é o valor do escritor brasileiro.

Continuei meu caminho, vinte minutos depois, esteva na praça dois irmão, eis aqui um lugar que deveria ser cuidado pensei! Cuidam nada! esses caras querem, é só gastar o dinheiro do povo. Isso eu só pensei, quem repetiu meu pensamento, foi um jovem casal que passava ao meu lado. (até parecia que lia meus pensamentos).

poucos minutos depois, estava assentado em um antigo banco de metal, debaixo de uma grande arvore.

Em vão procurei algum fruto, afim de identificar a arvore, isso mesmo, frutos, só identifico a arvore pelo fruto, e isso não é um principio bíblico, é falta de conhecimento mesmo. Se tem manga, repito: essa é uma mangueira, se eu vejo goiaba, já a identifico imediatamente como sendo uma goiabeira, e da ir por diante.

Não vi fruto, valia a sombra.

Fui a leitura, agora com mais calma, sendo interropindo as vezes, por uma mãe raivosa.

-sai daí menino, deixa o animal quieto!
-mãe, ele quer me morder!

Lia, e absorvia cada pagina!

Eu sou um tipo de animal que não morde crianças. Ou mordo?

Cinco minutos de pleno silêncio. É nesses momentos que me transporto de um lugar a outro com facilidade.

O pensamento cria asas.

Passaria o resto da minha vida ali. Aquele banco de ferro, ou era de bronze? Não sei. Só sei que faria dele o meu mausoléu, tal qual Manoel Bandeira. Percorreria as mesmas ruas. Visitaria aquela criança doente. "Em uma casa, a mãe embala uma criança doente".

Faria uma reforma na "Ponte Buarque de macedo, indo em direção a casa agra" E como Augusto dos Anjos, "Assombrado com minha sombra magra"

Construiria a minha tese em cima dos versos de Mario Quitana.

Todos aqueles que atravessa meu caminho
Eles passarão
Eu, passarinho.

Ou simplesmente releria as ultimas estrofes de Zé Cavalcante:

Eu peço por que preciso
E elas por que me dão.

Tudo seria possível, se não fosse aquele grito, que parecia vir do além.

Cruel, ou Cruel! Vem aqui por favor!

Fui tentado a sair do meu transe momentâneo, e me transporta a vida real.

O grito de alguém, chamando outro alguém, eram insistente, Cruel, ou Cruel.

Fui forçado a me virar. Mais não fiz isso de forma brusca, agi como que estar em câmara lenta, estava mas curioso em saber quem era Cruel, do que, em quem chamava.

Seria algum animal? se fosse, o animal, seria da raça Pit-Bul, sendo assim, seria melhor eu ser cauteloso em meus movimentos.

De repente, passa por me um jovem, não era do tipo negrão, Galegão, ricardão. Era apenas um jovem.

Era magro, muito magro.

fixei meu olhar naquela figura. Seus traços finos, voz suave. No seu andar, tinha a leveza da brisa. Mãos na cintura. Caminhava devagar. Quase parando.

Chega até sei interlocutor, poe-lhe a palma da mão no ombro, sacode a cabeça e pergunta:
-Que queres?

Passavam das seis horas.

Levantei. Sair caminhando lentamente, enquarto pensava:

O nome não diz tudo.

Foto de ltslima

Decifra-me.

Viajei em direção ão céu,
em uma capa prata,
lá vi algodão,
branco...branco.

Tentei alcançar,
meus dedos travaram,
em fim de tarde
guardei-te.

Decifra-me,
com um choro frágil,
encontrei-te ão relento,
em noite escura.

Porque?

Escondes tuas garras,
em ti entrei,vivi...
parti...
em suntuosas assas,
que turba seu quianhão.

A ti pergunto...
decifra-me!

ltslima.

Foto de Ayslan

Parabéns amor

Tinha uma mania sim digo mania por que não chegou a ser uma tradição
Costumava escrever para te com belas palavras e tentar dizer não só no olhar
Hoje resolvi tentar manter esse costume Feliz aniversário!!!

Hoje mexendo fundo nas lembranças de tantas coisas vividas juntos eu e você
O dia em que minha vida teve um sentido você vindo a este mundo para meu proposito
Bom hoje parece um dia comum como qualquer outro, nada muda o sol gentil da manhã
Os olhos pesado aquela enorme vontade de continuar dormindo em baixo do lençol
Tudo isso como eu disse só parece ser um dia comum, e quero deixar bem claro que toda e qualquer tentativa de tentarem dizer isso antes de me foi como posso dizer não encontro a palavra é... Em vão todos esses abraços ou sorrisos até mesmo presente, presentes não faz jus a tal palavras por que não poderei te dar nada fiz tantos planos... Mais como dizem Deus brinca com os planos dos homens... Bom fugi do assunto quero te dizer que ninguém quer mais te abraçar e não saltar quanto eu, ninguém quer mais seu bem quanto eu ou busco descontrolado uma forma de te ver sorrir mesmo que ultimamente tenha perdido esse dom
mais ainda sim me entristece te ver sem esta sorrindo é tão bom te ver bem, eu tenho respirado tão profundo ultimamente por notar um brilho em você que a muito tempo havia estado apagado ou perdido... Bom novamente fugi do contexto não é de me e sim de você que estou tentando dizer, onde eu estava sim dizia que hoje o dia esperou você levantar bulina em me notar que eu estava resmungão e distraído, mas verdade hoje tudo de uma forma levemente discreta esperou você desfilar sobre o corredor em direção a porta mais a luz hoje não entrou e sim saiu...
Sabe amor essas palavras são o dia a dia pena que sua presença é preenchida apenas na maior parte com lembranças nosso tempo juntos tem estado resumido mais é tão bom quando estou contigo sempre é tão bom... Há tanto a ser dito aqui porém estarei fugindo do real objetivo
Te dizer que hoje vamos ter muitas coisas para conversar, mas sabe aquelas conversar não tidas aquele olhar não compreendido o silencio a seguir não é nosso amigo
Minha estrela diurna “não gostei dessa palavra mais ela é a única que representa” onde eu estava sim minha estrela diurna te acordar todas os dias acompanhar cada gesto caretinhas nossa você tem tantas mais uma que amo muito quando faz aquela boquinha pidona muito linda oh não posso nem lembrar que já me vem desejo de te beijar e me grudar em teu pescoço...
Priscila desculpa se ainda não disse algo que queria ouvir ou se não saiu como um poema
Mais vou esta aqui para conversamos e dizer muitas coisas não ditas
E saiba que amanhã eu continuarei comemorando como todos os outros dias seguintes ao teu lado por que pra me todo dia contigo é especial e motivo de te dizer que te amo
Parabéns amor !!!

Foto de William Contraponto

Duais

Alguns já foram embora
Sem terem encontrado direção
Nem mesmo a tempestade professora
Abriu suas mentes e visão
Sobre a dualidade construtora
De seres, perfeição
De deuses, criação.

Depois da tempestade o sol apareceu
E até pareceu tão lógico
Como desvendar truque mágico
Após encerrar a apresentação
Nem infernal, nem tanto ao céu
Para o universo é vital
Todo processo dual.

O que seria
A direita sem a esquerda?
A escuridão sem a luz?
O que seria
O ganho sem a perda?
O santo sem a cruz?

Alguns já foram embora
Sem terem encontrado direção
Nem mesmo a tempestade professora
Abriu suas mentes e visão
Sobre a dualidade construtora
De seres, perfeição
De deuses, criação.

Depois da tempestade o sol apareceu
E até pareceu tão lógico
Como desvendar truque mágico
Após encerrar a apresentação
Nem infernal, nem tanto ao céu
Para o universo é vital
Todo processo dual.

O que seria
O ponto sem o contraponto?
Positividade sem negatividade?
O que seria
A verdade sem o confronto?
E a unidade sem dualidade?

Foto de Rosamares da Maia

Sonetos para Arco,Guerreiro e Flexa

Soneto I - Para Arco e Flecha
Meu arco eu sou a tua flecha.
Se me disparas em desatino,
Voo trajetória perdida, sem destino.
Logo eu que só sei pertencer a ti.

Tanta flecha tem atirado a esmo,
Quando feres mortalmente a caça,
Alimentas teu guerreiro e a sua raça.

Mas a mim, guardou para hora especial.
Não para caça do dia, ou inimigo comum.
Meu arco, tens-me cuidado com zelo total.

Então, finalmente me disparas – está feito.
Nesta viagem, apartada de ti, me transformo.
Já não sou flecha, mas agora bumerangue.
Que retorna, cravando-te o próprio peito.

Rosamares da Maia – 15.11.2014

Soneto II Para Guerreiro, Arco e Flecha.

O tolo arco pensava agir sem tua mão.
A flecha tonta sonha - o arco é seu destino.
O guerreiro é forte, mas não conhece o coração.
Com as mãos controla arco, flecha e direção.

Escolha a caça, mata e alimenta seu povo.
Orgulho da raça não conhece ou teme perigo.
Invencível é invisível à flecha do inimigo.

Bravo guerreiro, desconhece a flecha da paixão.
Banhava-se ela no rio, facho de luz – armadilha.
Dourada Flecha Morena, ao alcance da sua mão.

Quebra-se o arco, em desatino a flecha é perdida.
Flecha Morena disparada a esmo de sua vida.
Tolo encontro em uma aventura proibida.
A flecha inimiga crava-lhe no peito mortal ferida.

Rosamares da Maia 15.11.2014.

Soneto III Para Flecha Morena

Flecha Morena de veneno encharcada,
Do arco inimigo certeiro foste disparada.
De outro guerreiro que não conhece o coração.
E o primeiro, morto, de joelhos pela paixão.

Exulta toda tribo em dança, honra e glória.
Mas tu Flecha Morena, não cantas vitórias?
Tua raça te rende tributos contando a história.

Flecha morena soma lágrima às águas do rio.
Só há o sabor do engano, fel da sua traição.
A sua luz se apaga, só há frio no seu coração.

Flecha Morena também sangra por este amor.
Disparada sem tino na viagem se transformou.
Retornou bumerangue transpassado pelo guerreiro.
No seu peito achou abrigo e como flecha se cravou.

Rosamares da Maia 15.11.2014.

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