Domingo

Foto de Sandra Ferreira

Para os directores do site…

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Boa noite a todos, mais uma noite de domingo solitária em que não resisti em vir aqui ler vos, constatei que muita tinta tem corrido por aqui, muitos comentários, brigas, saídas do site, enfim muita confusão.

Antes demais quero só salientar que nunca faltei com a educação aqui no site nem em algum momento da minha vida, se cometi algum erro creio que já me desculpei, creio até que mais do que uma vez. (erro, não responder ao email da direcção, por já não ter como provar o que afirmava, visto o plagiador ter apagado tudo, mas quando consegui provas, denunciei o e não obtive resposta).

Mesmo tendo me despedido definitivamente do site, não consegui ficar indiferente ao que aqui vi, desta vez sinceramente sinto me indignada, depois de dois ou três emails, dirigidos à direcção da pagina dos poemas, de deixar todas as provas aqui, porque simplesmente não me responderam, vejo que o Sr. (Jonathas Hardy) ainda posta aqui e agradece aos comentários por poemas que não são da sua autoria.

Depois de um ano e uns meses, como residente desta casa, porque era assim que me sentia aqui, em casa, creio que merecia algum respeito da vossa parte, alguma resposta, enfim.

Cada vez mais entendo porque grandes poetas, deixaram de repente o site.

Sinceramente pensei que as normas do site fossem estas que deixo aqui em baixo e que tirei do próprio site da página dos poemas.

Mais uma vez obrigada pela atenção para com a minha pessoa e pela protecção demonstrada a todos os poetas desta casa, muito obrigada.

Qual a política do Poemas de Amor relativamente a plágios?
O Poemas de Amor não tolera plágios, qualquer membro que venha a ser provado que plagiou outro poeta, será imediatamente bloqueado e poderá mesmo ver os seus conteúdos eliminados. A política relativamente a esta questão, por a considerarmos inaceitável, é de tolerância 0.
Tal não significa que não possa publicar poemas de outros poetas, mas para o fazer, deverá sempre pedir-lhes a autorização e sempre indicar o autor original do poema. Caso não saiba o nome do escritor original do texto, escreva simplesmente "desconhecido".
No entanto, como é evidente, os moderadores de Poemas de Amor não conhecem todos os poemas alguma vez publicados e não podem detectar todos os plágios. Caso ao navegar pelo nosso site descubra um caso de plágio, que consegue provar, deve denunciá-lo usando o nosso formulário de contactos.

Foto de Registros do Site

Normas de Participação - Poemas de Amor

Normas de Participação

Reeditando as normas que estavam postadas em artigos.
Para que esta seja do mais amplo conhecimento e respeito.
A liberdade de se expressar, consiste exatamente em participar, exercendo o respeito comunitário.

Conteúdos gerados por usuários Domingo, 27/01/2008 - 19:37
Ao postar comentários ou conteúdos, o participante está aceitando as seguintes condições:

1. Reconhece que não há presunção de anonimato e que o conteúdo postado é de sua inteira responsabilidade, não podendo o ser implicado em qualquer fato decorrente da postagem.

2. Reconhece que os comentários devem obedecer aos propósitos dos textos editados e manterem-se dentro do assunto da discussão em que estão inseridos e de maneira alguma induzir outros usuários a atitudes legal ou moralmente inadequadas

3. A opção de postar comentários se aplica única e exclusivamente a uma integração e debate sobre aos tópicos postados, podendo ser uma critica literária, um cumprimento ao poema, não outorgando aos participantes o direito de publicar “Me disse, me disse”.

4. Reconhece que a permanência de comentários no site deve ser encarada como um privilégio, e que em conseqüência disso o Site de Poemas de Amor tomará providências necessárias para garantir as condições supracitadas, sempre que solicitado por alguma parte ofendida e que possa ser verificada a ocorrência de violação.

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Administração de poemas de amor - Fernanda Queiroz - Página interna do Blog da mesma, em - Contato

Foto de Mago_Merlin

O Lado Palhaço

Oi amiga(o),
Ontem, eu pretendia postar uma poesia, que cheguei a iniciar, mas alguns fatos e fatores, não permitiram que conseguisse ter aquela inspiração necessaria para termina-la! E uma dessas circunstâncias está relacionada com um excelente artigo que achei em uma antiga
Revista de Domingo de "O Globo". Chamava-se Oficina de Palhaços
Estou inclusive, querendo assumir aqui, o meu lado Palhaço, já que
segundo o artigo, nós deveriamos aprender a aceitar a esse nosso
lado perdedor que existe em cada um d nós! Isso porque o Palhaço
confronta o ser humano ante suas limitaçòes, e nega-las significaria
nos transformar em pessoas magoadas e ressentidas (por quantas
vezes ficamos assim, devido à atitudes de pessoas queridas, e que não esperavamos ter q enfrentar??). É realmente muito dolorido!!!
Na verdade o Palhaço espelha valores q se contrapõem às atitudes
de mesquinharia e trapaça do dia a dia!! Êle tira nossas mascaras!!

E o q sobra sem as máscaras que colocamos em nós mesmos para sermos aceitos??? Nada.. Apenas uma fragil fígura, que observando
bem, é muito encantadora!! E é disso q as pessoas em geral riem!! Pode ser que uns poucos talvez o façam por deboche e/ou chacota
mas a grande maioria o faz por solidariedade pra com aquela triste figura do Palhaço!! Dessa forma, estou aqui tirando minha máscara de vencedor imposta pela celebre "Lei de Gerson" e assumindo:
o Meu Lado Palhaço...

Mago_Merlin , 28 Jul 2008

Foto de Sirlei Passolongo

Retirante do Progresso

Na beira de uma estrada
Uma casinha de madeira
Lá vive um peão boiadeiro
Ali não se vê mais bois,
Não se vê pasto ou invernada.
Não se ouve mais o som do berrante
Que era a canção das madrugadas...
Mas de longe se ouve uma viola
Que a saudade do peão chora...

A poucos metros da velha casa
Um sarilho velho abandonado,
Uma paineira centenária
E um gasto arreio de gado;
Nos olhos do peão...
As marcas da sua história...
E de longe se ouve uma viola
Que a saudade do peão chora.

Ele relembra com saudades
Do quanto era puro o lugar,
A única fumaça que havia
Era da chaminé a assoprar
Avisando que era hora
De o rebanho ajuntar...
Mas de longe se ouve uma viola
Que a saudade do peão chora.

Ali não havia outros ruídos
Além dos pássaros cantadores
Não lhe faltava na mesa
O pão e o frango ao molho
Domingo ia à missa
Na Igreja do Nosso Senhor...
E agradecido sorria
As crias do gado reprodutor.

Mas longe se foram seus filhos
Na ilusão do progresso,
Depois foram os amigos
Atrás de um futuro incerto...
E a velha igrejinha, hoje está vazia
O asfalto corta a velha estrada...
O canavial queima à beira da casa,
E o som do berrante
Ele ouve apenas na memória...
Mas de longe se ouve uma viola
Que a saudade do peão chora.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a Autora

Poesia inspirada no poema Mulher de Retirante.
Dedicado aos sertanejos do Sul.

Foto de Vadevino

SEM AMIGOS...

Sem amigos a vida
É dia sem sol,
Carro sem partida,
Domingo sem futebol.

Foto de Manu Hawk

Um Dia Qualquer... (Conto)

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Um Dia Qualquer...

Sábado/12h30min:
Acordei cansada, mais uma noite péssima, sem dormir tranqüila, insone. No banho, ainda meio lenta, apoiei as mãos na parede, cabeça baixa, deixando a água deslizar pelo corpo. De repente despertei, lembrei que dia era, sim, como poderia ter esquecido? Rapidamente acabei o banho, corri para o telefone, precisava conferir a mensagem na secretária.

13h30min:
Ao ouvir aquela voz confirmando o que queria, deixei meu corpo cair sobre a cama, sorri olhando para o teto. Sim, não errei, era hoje, finalmente nos encontraremos. Fechei os olhos, podia ouvir mais uma vez sua voz, agora ao meu ouvido sussurrando. Seu cheiro gostoso invadia o quarto, era assim que imaginava. Minhas mãos eram guiadas pelo desejo refletido no seu, tantas vezes suplicado, e sufocado. Meus seios intumescidos chegavam a doer, minha mão invadia, brincava e gozava deliciosamente, por você.

19h30min:
Adormeci viajando em você. Acordei assustada, achando que havia perdido a hora. Corri para o banho. Sais, rosas, tudo que tinha direito, um banho delicioso. Ainda tinha algumas horas, três longas e torturantes horas para te ver.

22h00:
O telefone toca. Ouvir sua voz dizendo que estava no aeroporto me acalmou, e deixou excitada ao mesmo tempo. Fui para o local onde havíamos combinado, estava uma noite linda, a praia seria perfeita.

22h25min:
O céu estava maravilhoso, aliás, tudo estava perfeito nessa noite. Sentia o vento gostoso vindo do mar. Caminhava inquieta, passos pequenos, virei, buscava você em cada olhar. Parei, tudo parou, aquelas cenas de filmes, onde somente quem desejamos vem caminhando. Sim, era você, lindo, sorriso gostoso, cabelos maravilhosos, vindo em minha direção.

22h29min:
Nos beijamos loucamente, não havia lugar para palavras. Sentir o gosto de você era tudo que queria naquele momento. Quantas vezes pensei em sentir sua boca, essa dança de línguas, saliva, tesão. Nossos corpos se atraíram igual ímã, como era gostoso sentir você assim, seus braços me envolvendo, suas mãos em minha nuca, cabelos. Uma vontade de matar todos os desejos em um segundo, como se um fosse atravessar o corpo do outro de tanto tesão.

23h00:
Jantar cancelado! Entramos em casa juntos, abraçados, olhos nos olhos, como numa dança os pés seguiam sem perder a direção. Não paramos de nos beijar, roupas caíam lentamente... Meus pés, mãos e corpo te guiavam para a cama. Agora sim, sorri olhando para o teto. Sua voz sussurrava gostoso ao meu ouvido, e seu cheiro gostoso realmente invadiu o quarto. Já vi essa cena, mas não fechei os olhos dessa vez. Quero seus olhos nos meus, sua boca na minha, enquanto, dessa vez, suas mãos é que brincam em meu corpo, me excitando cada vez mais.

Domingo/00h45min:
Fechei os olhos, de prazer e tesão. Sentir seu corpo gostoso, suado, deslizando, invadindo, penetrando foi mais delicioso que havia imaginado. Desejava cada centímetro desse corpo, dentro e fora de mim, incessantemente. Despi-me de pudores e me entreguei aos seus, meus, nossos desejos mais descabidos. Gozamos muito, em mãos, bocas, membros, alucinados e infinitamente!

08h05min:
Acordei cansada, extasiada. Apenas abri os olhos. Essa noite não houve espaço para insônia. Senti sua mão em minha perna, me aninhei em seu corpo, fechei os olhos e dormi novamente...

(por Manu Hawk - 27/06/2004)

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Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]
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Foto de Gideon

Um amor que não vem

Quando nada se tem prá fazer
Uma poesia, talvez, eu queira escrever...
Em uma tarde de sábado, preguiça safada
Jornal já lido, tv já assistida, sem ninguém prá ver...

Quando nada se tem prá viver,
Pois um amor recente já se foi, sei lá porque..
As tardes de sábado e domingo
Com esse amor, ocupava sempre, e com prazer.

A tarde fria fica ainda mais gelada...
O coraçao, que ainda guarda aquele costume
de amar, nessas tardes frias..
Fica, assim meio desorientado, arritmado.

Procuro o papel, com preguiça
A caneta, com relutância...
Rabisco qualquer coisa
Quero escrever a dor de estar só.

Começo rimando, como de costume
Mas me perco na branquidão da poesia..
Que, graças a Deus, agora é permitido..
Mas não foi assim o nosso amor?
Começou rimado e se perdeu na cor?

Será esse mesmo o destino de um homem
Maduro por fora, mas adolescente por dentro
Que, depois que no mundo os pés pôs
O caminho da felicidade jamais encontrou?

A folha de poesia agora está quase completa
Uma poesia meio torta, que de amor quer falar
Quer o sentimento sofrido expressar,
Mas o que sai é uma grande desilusão
Por falta desse amor, que tanto procuro,
Mas que ainda está nas notas de meu violão...

Foto de Carlos Lucchesi

Jeep Willys 54

Tio Odilon era mecânico afamado na pequena cidade de Carvalhos, ao sul de Minas Gerais. Tia Marly que me desculpe, mas suas grandes paixões eram mesmo a pescaria de domingo, a cachaça do alambique e o velho Jeep Willys, ano 1954.

Naquele carnaval de 1998, levei um grupo de amigos para conhecer aquela cidade, minha terra natal. Éramos onze ao todo, e formavámos um bom time de futebol. Eu era o capitão e goleiro do time, e sabia mesmo como agarrar! Descobri esta vocação desde cedo, assim que arrumei minha primeira namorada.

Na quinta feira, depois do carnaval, embora já estivéssemos bem cansados pelas farras dos quatro dias; fomos desafiados, pelos rapazes do Muquém, cidade vizinha a Carvalhos, para uma partida de futebol e aceitamos prontamente. Só não nos demos conta de que estávamos nos metendo numa enrascada daquelas...

Tio Odilon logo se prontificou a nos levar no velho jipe, assim que terminasse os reparos necessários. Concordei na hora, pois chamar aquele caminho até o Muquém de estrada seria o mesmo que confundir Monique Evans com Madre Tereza de Calcutá.

Quando cheguei com a turma para ir ao tal jogo, ele ainda dava as últimas marteladas no motor pra ver se encaixava. Nem chave tinha o danado! Teria que fazer pegar mesmo no tranco, mesmo porque a bateria tava mais arriada do que calcinha em filme pornô. Os pneus dianteiros estavam tão carecas que, ele mesmo, batizou o da direita de "Ronaldinho" e o da esquerda de "Roberto Carlos". Estranhei ao ver uma ratoeira armada no assoalho do jipe. Segundo meu tio serviria para pegar alguns camundongos que se escondiam nos buracos dos bancos, mas pelo tamanho dos buracos e do queijo preso à ratoeira, suspeitei que ele havia economizado no comprimento dos bichinhos.

Foi difícil acomodar todo aquele pessoal no velho jipe. Só o Zaias, negro forte de quase dois metros de altura e centro-avante do time, ocupava metade da carroceria. Teve gente que precisou ir com os pés pra fora, e outros, mesmo com o traseiro.
Logo que saimos da cidade o "Roberto Carlos" furou. Alguém gritou: - "Pega o macaco!" Com tanta gente no jipe não havia lugar nem pra camundongo, quanto mais pra macaco! Levantamos o jipe no braço mesmo, enquanto tio Odilon trocava o "Roberto Carlos" pelo "Mike Tyson": nome que nós mesmos demos ao reserva, de tão careca que estava.

Quando tudo parecia resolvido, logo à frente, a gasolina acabou. Foi um desespero geral, mas tio Odilon, na sua sabedoria de mecânico, mandou que pegássemos cana na beira da estrada e torceu o caldo pra dentro do tanque...
E não é que o danado pegou mesmo! Funcionou tão bem que, alguns dos amigos que viajavam na parte traseira, juraram que viram sair algumas rapaduras do cano de descarga.

Logo veio a primeira subida e todo time teve que descer pra empurar o jipe morro acima. Alguém gritou: -"Liga a tração nas quatro rodas!" E quem disse que jipe 54 tem tração nas quatro rodas? Naquele tempo, ter rodas já era considerado um grande avanço tecnológico. Teve que subir mesmo na impulsão dos onze calcanhares.

Na descida seguinte, tio Odilon gritou: - "Desce pra segurar que o freio não agüenta!" No total foram vinte subidas e vinte descidas; sem contar com a que deixamos o jipe desembestar ladeira abaixo de tão cansados que estávamos.
Zaias logo gritou: - "Pisa no freio Odilon!" - "Ta querendo me gozar!", respondeu meu tio. O freio era como cachorro vira-lata: só ameaçava pegar.
O jipe desceu com tanta velocidade que o velho chapéu do meu tio foi acertar uma andorinha desavisada que passava logo acima. E, enquanto o carro descia ladeira abaixo, todos vimos ratos enormes pularem do banco pra fora do jipe e, os que ficaram, foram considerados suicidas.
Tio Odilon segurou-se firme no assento, mas como o assento não estava seguro em coisa alguma, foi jogado pro lado do carona, enquanto o volante girava mais solto e desgovernado do que bambolê em cintura de criança.
Passou com tamanha velocidade num buraco, que ninguém ficou sabendo como ele foi parar no banco de trás.
Aos seus sessenta e cinco anos de idade, achei que aquela seria sua última viagem, mas o danado parecia ter sete vidas...

Chegamos tão cansados ao local do jogo que, um engraçadinho chamou Zaias de "capa do Zorro" e ele não deu nem um tapa no sujeito.

O juiz era do tipo caipira. Alternava na boca o apito e o cigarro de palha, e era tão confuso que ora fumava o apito, ora apitava o fumo.

Ficou combinado que, ganharia a partida, quem fizesse os doze primeiros gols, e logo no primeiro minuto do jogo o juiz apitou um pênalti contra nosso time. Alegou invasão da área do adversário. Não nossa, do jipe, que havia desembestado novamente e invadido o campo.
Como capitão do time, incentivei: - Gente, vamos levantar a cabeça! Foi ai que recebi uma bolada no lugar mais temido numa partida de futebol, e pegou justamente na parte onde eu tinha acabado de incentivar.
Confesso que vi estrelas nesta hora, em pleno meio dia. A batida foi tão forte que o "atingido", da ponta esquerda foi pra direita, já pedindo substituição.
Pela enorme pontaria, percebi que só poderia ter sido coisa do batedor de pênalti do time adversário. Como não sou de levar desaforo pra casa, fui tomar satisfação e levei um tapa no pé da orelha.
Alguém gritou: - "Vai levar um tapa deste e ficar ai parado?" - Claro que não! Respondi. Corri pra bem longe do sujeito, antes que levasse o segundo.

Os adversários eram tão maiores que eu, que um deles me provocou: - "Ué, botaram o gandula pra pegar no gol?" Deixei o dito pelo não dito, quando vi o mascote do time da casa dar um pontapé no traseiro do Zaias, que, a esta altura, já se arrastava em campo.

Pra não alongar mais a conversa, basta dizer que com vinte minutos de jogo, estávamos perdendo de dez a zero e decidi deixar as duas últimas bolas passarem, pra acabar logo com aquele massacre.
Joguei a bola pra dentro da rede tão descaradamente que, em vez de "frangueiro", a torcida já me chamava de "Zé galinha".

Doze a zero foi o placar final e estávamos tão exaustos que nos esparramamos no campo. Mesmo assim, ainda tive forças pra questionar tio Odilon: - Que a gente viesse pra jogar, tudo bem que tava combinado, mas precisava trazer o jipe? ...E ainda tinhamos que carregar ele de volta.
Mas isso é assunto pra uma outra história...

Foto de Carlos Lucchesi

O Cordão Mágico de Ellen

Naquela tarde de domingo,
Caminhava pelas ruas da cidade deserta,
Quando algo chamou minha atenção:
Uma menina solitária numa janela entreaberta.

Poderia ter passado despercebido,
Não fosse ouvir sua voz suave dizendo:
"Ei moço, conversa aqui um pouco comigo!"
Já estava um pouco adiantado e, ao voltar,
Prestei mais atenção,
No objeto que ela segurava na palma de sua mão.

Ela o olhava com tristeza,
Algumas vezes pensativa,
Ergueu um pouco a cabeça e disse:
"Moço, esse cordão mudou a minha vida".

Confesso que não levei muito a sério,
As palavras por ela ditas,
Pois como poderia um simples cordão,
Mudar a vida de menina tão bonita?

Ela abriu aquela porta
E, na calçada, ao meu lado então sentou,
Ainda com o cordão entre os dedos,
Sua história começou...

"Sempre fui menina esperta,
Sorridente e divertida,
Até que um dia, encontrei este cordão,
Que transformou a minha vida.

Estava lá jogado ao chão,
Sem nenhum dono aparente,
E ao parar para pegar,
Notei nele um brilho diferente.

Pra casa o levei,
Com ele me tranquei no quarto,
E quando da bolsa o tirei,
Surgiram luzes por todos os lados!

Uma voz dele surgiu,
E disse no meu ouvido:
- Agora que me encontrou, seu destino deve ser cumprido:
Sou o conhecimento do futuro, do tempo que vem adiante,
O atalho para os caminhos e o desvio dos perigos constantes.

No início achei bom,
Mas logo tive uma certeza:
Que o mesmo cordão que me deu o poder de ver as alegrias futuras,
Me fez ver também as futuras tristezas.

Moço sou menina adolescente,
Não quero este conhecimento do futuro,
Prefiro caminhar passo a passo
E construir meu próprio rumo.

Pra me desfazer desse achado,
Existe uma condição:
Fico livre do seu poder mágico,
Se ele for pra outra mão.

Faça dele o que quiser,
Desfaça esta magia,
Quero voltar a ser menina
Vivendo com alegria..."

Não tive como recusar
O pedido da tal menina,
Carrego comigo o cordão,
Cumprindo assim a minha sina...

Nunca mais caminhei nas tardes de domingo
Pelas ruas desertas,
Tranquei-me em meu quarto e sob as luzes mágicas do cordão,
Me transformei em poeta...

Foto de Maria Goreti

TOCA-ME (LEIAM OS DOIS POEMAS E COMPAREM, POR FAVOR)

A poesia concorreu em um dos Torneios de Parcerias da Comunidade, do Orkut, Navegantes das Estrelas.

TOCA-ME

Toca-me, como quem toca o piano!
Estuda a partitura
e, entre bemóis e sustenidos,
dedilha as minhas teclas com doçura.

Lê as notas cuidadosamente.
Percebe a harmonia e o ritmo
e, entre tons e semitons,
Invade o meu íntimo.

Toca-me como quem toca violino!
Alisa minhas cordas com teu arco,
roça minhas curvas com maestria,
deixando soar vibrante melodia.

Toca-me pianíssimo por sob a
lingerie preta de que tanto gostas.
Escreve com teus dedos em meu corpo
o mais belo poema de amor.

Entre suspiros e ais, toca-me!
Delicadamente, beija-me com carinho,
envolve-me com toda ternura,
como se eu fora... verdadeiramente tua.

E à espera do allegro triunfale
liquefeita me faço!

Toca-me...

©Maria Goreti Rocha & ©Verluci Almeida

(Devidamente Registrada no EDA /BN (Escritório de Direitos Autorais/Biblioteca Nacional)

...

COMPAREM, POR FAVOR COM O TEXTO ABAIXO E VERIFIQUEM O PERFIL DA AUTORA.

Sinfonia

Domingo, 29/06/2008 - 20:58 — Manu Hawk
8
login
Toque-me como música,
doce, suave, eletrizante,
não importa...
Faça-me vibrar!
Dedilhe cada nota bem firme,
tirando os mais belos sons.
E como se fosse sua obra prima,
execute profundamente,
sua melhor sinfonia!
(por Manu Hawk - 26/05/2004)
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Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]

Veja a "autora" no link abaixo. Não esqueçam de ler seu perfil.
http://www.poemas-de-amor.net/blogues/manu_hawk/sinfonia

Obrigada,

Maria Goreti Rocha

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