Dor

Foto de Rosamares da Maia

Produtos da Indiferença

Produtos da Indiferença

Nas sombras proliferam criaturas medonhas,
Amontoadas, escondem-se, defendem-se,
Prontos para atacar, mostram os dentes,
Brancos dentes de leite. Por pouco tempo.
Em breve, serão caninos cariados, afiados.
Maternidades espúrias, profanas, sem sentido,
Tal impunidade custará ao futuro, em vidas.
As hediondas criaturas povoam as ruas,
Como se direitos lhes coubessem!
São matilhas solidárias que procuram.
Juntas, dividem o produto da sua pilhagem.
Comem como cães vorazes, roem como ratos.
Escondem a magra nudez em trapos,
Refestelados em camas de papelão,
Enganam o frio e o estomago, na cola de sapatos.
São produtos da miséria, forjados pela dor.
Sem escola, cinema, remédio ou pipoca.
Morrem e se reproduzem prematuramente.
Nasceram crianças - meninos e meninas,
Se ainda ousam sonhar, é difícil saber.
Mas têm rostos, olhos que refletem verdades.
Olhos frios, sob viadutos, em baixo dos tapetes,
Dos palácios fartos e dos luxuosos gabinetes,
Providencias e decisões em cima do muro.
Muros de nababos, vergonha da Nação.
Não são cães, nem ratos, apenas uma matilha solitária,
Matilha invisível de quem não tem nomes - “Excluídos”,
Que gritam com fome e rangem dentes, causando medo,
Mas não são cães nem ratos! São Homens...
Meu Deus! ...São Homens!

Foto de carlosmustang

PROFESSAS

Estou com medo de seguir
Aqui tudo conheço, fico aqui
Tem desafios se prosseguir
Mal preparado, afligir

Estagnado a fugir
Um homem faz sua parte no mundo, sua amada o quer, ele tem que seguir
Seu desejo é não parar

É bom parar, acostumei com a falta de sorriso
Por incompreensão a um tempo breve passado

E isso me impede de sair

Amo estar aqui, a dor do acomodamento vai me extinguir

Foto de Moisés Oliveira

Mágoas passadas

Agora chegou a hora de te deixar passar.
Nossa ponte quebrou, não adianta consertar.

Durante muitos anos conservei esse amor.
Amor antigo não acaba sem antes virar rancor.

Estou partindo, indo pra longe, não vou mais te levar.
Ultimamente não mais vinhas, eu tinha que te buscar.

Não quero guardar mágoas, quero te ver feliz.
Agora pareço querer o que você sempre quis.

Com carinho me despeço, não vou mais me prolongar.
Aprendi com a dor vivida. Existem outras formas de amar.

Foto de Giovanni Facciolli

(Me envolve no teu silêncio)

Me envolve no teu silêncio
Me tira a razão de viver
Quero que o mundo se acabe
E que eu morra sem te ver

Quero chorar o meu eu
Até ficar totalmente vazio
Quero morrer de calor
Ou mesmo morrer de frio

Quero que me procure
Quero que não me encontre
E sinta a dor que sinto
Quando você se esconde

Te busco no meu fugir
Esqueço até meu nome
Não ligue mais para mim
Eu troquei meu telefone

(Autor: Giovanni Facciolli)

Foto de Naiane Souza

Nós dois somos um Só

Sou a melhor flor do seu jardim,
Um perfume barato que jamais tem fim,
O sangue que corre na sua veia,
Me uni a você como uma aranha
Que não vive sem construir sua teia.
Sou o cimento que você construiu sua casa,
o Travesseiro que você dormi e sempre abraça.
Meu pensamento não consegue me separar de você,
E meu coração não me ajuda a te esquecer,
Todo dia eu acordo e vejo que você não esta ali do meu lado,
Penso e repenso o que devo ter feito de errado.
A única coisa que vem na minha cabeça,
e que você irá voltar e me amar como sempre te amei.
O tempo passa e a saudade fica,
Ela aperta bem aqui dentro do peito,
O meu coração já não aguenta mais...
Tanta dor,tanta tristeza que você me traz.

Foto de Anderson Maciel

SEM CORAÇÃO

Olhe para mim,
Veja minha dor...
Sofrendo vou vivendo
Sem amor, sem amor.

Caído em amargura,
Eu vivo lamentando
Pela vida que vou levando
De perda e ilusão.

Inundado em tristeza
Já decaído e sem beleza
Vou seguindo essa dureza
De viver sem coração. Anderson Poeta

Foto de Alexandre Montalvan

Fantasia

Era na solidão
tão profundamente penetrava
que já não havia mais paixão
tão íntimo respirava
e no cerne desta razão
onde a essência se escondeu
já não é lugar, nem dor, nem eu.

E o mar já não existe
é no vai e vem das ondas
que o triste
sumiu também
ainda ardia em febre a madrugada
enrodilhada em sonhos olhava

Com olhar de fantasia
nem quem era não sabia.
na lareira o fogo ainda crepitava
quando quase a chama apagava
ele chiava
melancólica melodia que não escutava

Perdão por este desabafo
pelo crepitar das chamas
pela expressão nua
é que no peito os espinhos
se cravam e esta busca de amor
se perpetua.

Foto de carlosmustang

FONDUESES

Foi olhar nos teus olhos
Que a felicidade havia de encantar
E tudo valeu a pena, vivência a espalhar

Contentamento ao extremo, com seu cheiro!
Então sonhei, realizei, como bobo viajei:

E tudo valeu a pena! Esse encantamento, valeu
Cada julgo que eu tinha era especial
Afinal toda a sociedade não importaria

Tanto carinho a mim, eu não mereceria
De tão pujante só à mim, seria desperdício
Só que eu, interpreto de vida, recolhendo-me
Esse merecer supremo, olhou por mim!

Sou lixo ou dejecto
Viciado em seu amor, olha pra mim, ti amo
És bela, poderosa, tens que quer
Este vive e morre, por ti mulher!

Não seria mais fácil dizer que sou perdedor
Por ser tolo em dor?
Sou objecto, dejecto, sou grato por amor.

Foto de Rosamares da Maia

Paginas Vazias

Páginas Vazias

Hoje, olho nos teus olhos e vejo,
Eu sei que tudo acabou.
Sinto-me como uma página vazia,
Cinzas que um vento levou.
Foi-se o amor, sem dar satisfações.
De tudo nos poupou, até do sofrimento.
Esquecemos as tristezas, emoções,
Enfim, todos os nossos momentos.
E quando folheio as páginas em branco,
Páginas vazias, desertas das nossas vidas.
Pergunto se alguma dor nelas habita?
Haverá um lampejo, reflexo de um amor?
Prefiro acreditar que sim, alimentar a duvida.
Pois é dor maior perguntar:
Houve amor algum dia?
E inesperadamente constatar,
- A minh ‘alma sempre esteve vazia.

Rosamares da Maia - 2013

Foto de Carmen Lúcia

Escrevivendo

Escrevo o dia que se abre
e toda a sensação que me invade
ao sentir que nunca é tarde
e a vida me chama para recomeçar.

Escrevo o ato que se predomina
ao escrever definitivamente o fim,
ou inevitavelmente o começo
e tende a se emaranhar nas entrelinhas.

Escrevo o crível do tosco monjolo
ao debulhar com arte o milho e o café,
escrevo do que vejo o que me convier,
o que ficou marcado no profundo,
na essência da essência do meu mundo.

Escrevo sentimentos, razão de minha fé,
arquivados onde , às vezes, mora a dor
e só vêm à baila no momento exato
em que se rompe o extravasor.

Escrevo, descrevo, reescrevo
a minha própria vida
onde minh’alma está contida...
O ontem, o agora, talvez o depois,
o instante em que vivo agora,
o convívio entre nós dois,
as lembranças do outrora,
o tempo que me desafia.
O resto, escreve a poesia.

(Carmen Lúcia)

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