Dúvida

Foto de Ivone Boechat

O fofoqueiro

O fofoqueiro é um tecelão juramentado in delivery à procura de meias verdades ou mentiras escancaradas que possa sair anunciando por aí pra derrubar alguém. Fofoqueiro que se preze mesmo não gosta de ver nenhuma vítima de pé, fazendo sucesso.
O fofoqueiro é invejoso, mas tem outros antipredicados bem mais inexpressivos no currículo. Para cumprir a meta diária de fofoca, ele é capaz de fazer o sacrifício de parecer bonzinho. E há quem acredite e se dispõe a fazer um pacto de paz, até a decepção dar-lhe uma rasteira.
O fofoqueiro não tem pressa: fofoca hoje, fofoca amanhã, ele sabe que o importante é não perder a oportunidade. Assim sequestra a vítima com as redes da dúvida e a faz refém do disse me disse.
O fofoqueiro tem duas grandes vantagens a seu favor: a vítima não tem defesa porque ele se esconde e rói as cordas pelas costas, na penumbra. O fofoqueiro finge-se simpático, por isso é bem aceito por um bom tempo.
O fofoqueiro se faz de vítima, de ingênuo, vive travestido de coitado e consegue enganar porque é persistente: Água mole em pedra dura...
O fofoqueiro vive de plantão à procura das brechas e ninguém, como ele, sabe aproveitar as oportunidades para desestabilizar a vítima; é mascarado, logo, pode passar despercebido por algum tempo no meio das pessoas corretas.
O fofoqueiro não suporta as palavras união, paz, harmonia. Se pudesse riscaria do dicionário dos outros, porque no dele não existem. Ele não tem luz própria e usa óculos escuros da maldade para se proteger do brilho dos outros...
Toda família tem o fofoqueiro que merece. É nela que ele engorda e tem prestígio; alguns são promovidos a conselheiros; outros recebem o troféu da confiabilidade: conseguem enganar até que a verdade e a justiça cheguem de mãos dadas e acabem com a farra.
“Sem lenha a fogueira se apaga; sem o caluniador morre a contenda.” Provérbios 26:20

Ivone Boechat

Foto de Ivone Boechat

Amor próprio

O pensamento
é um barco à deriva,
solto nas ondas da vida,
procurando a luz
do farol;
quando se
balançam
preconceitos
cada qual rema
do seu jeito,
seguindo o calor
do próprio sol;
nuvens da dúvida,
da desistência,
da incerteza,
desorientam,
o medo, às vezes,
seduz.
Não!
deixe que brilhe
mais forte
sua luz;
segue em frente,
não reme
na direção da morte,
não se atole nessa
lama interior,
seja você mesmo,
pra viver a experiência
mais forte
do seu próprio amor.

Ivone Boechat

Foto de Moisés Oliveira

De repente

De repente me deu saudade de falar e estar contigo.
Te ver sorrir e me abraçar, ficar um instante comigo.

De repente o curto momento, fica eterno com você,
Me alivia ter te dito, fazer você tudo saber.

De repente meus olhos perdidos, procuram por você.
Sete dias por semana, buscam pra te conhecer.

De repente me vejo bobo, sempre a pensar em ti.
Treino o momento do encontro, repito a me consumir.

De repente escrevo cartas. Leio o jornal que antes não lia.
A noticia estava velha, minha atenção não merecia.

Sem rancor ou dor de culpa, só você pra me entender.
Te convido a falar muito, te escuto até anoitecer.

Sua fala muda a frase, tudo faz mais sentido,
Despertas o poeta imaturo, antes adormecido.

De repente da dúvida extraio o fato mais exato.
Duas vidas que se cruzam, nada além de um fato.

De repente me encontro pronto, querendo te conhecer.
Mas sua cabeça, nada mole, não deixa nada acontecer.

Foto de Moisés Oliveira

Sintonia

Toda a dúvida que teu olhar planteia, me rouba da escassa vontade de agir.
Busco em você a desculpa perfeita, um abraço, quiçá um beijo, ou mesmo um simples sorrir.

A vida que estás vivendo, amadurece a alma, constroi o casulo que te faz mulher.
Entre encontros sem hora marcada ou chás pela tarde, sem querer você diz o que quer.

Quero o sonho vivo que te tira o sono, não vejo a hora de poder provar.
Não sei se te desperto agora, me fascina a pureza de te ver sonhar.

Todo pensamento solto, se une ao final e me faz perceber,
Para pensar em sintonia, não me falta orquestra, me basta você.

Foto de Moisés Oliveira

Desculpa Perfeita

Toda a dúvida que teu olhar planteia, me rouba da escassa vontade de agir.
Busco em você a desculpa perfeita, um abraço, quiçá um beijo, ou mesmo um simples sorrir.

A você nunca faltou beleza, a mim nunca faltou vontade. Bordes o casulo aue faz a mulher.
Entre encontros sem hora marcadas ou chás pela tarde, sem querer você diz o que quer.

Quero o suco da fruta que te tira o sono, não vejo a hora de poder provar.
Se te peço o que quero agora, não sei se está pronto, é um fim antes de começar.

Todo pensamento que parece solto, em verdade se une ao todo, formando você,
Para pensar em sintonia, não me falta orquestra, me basta te ver.

Foto de Moisés Oliveira

Desculpa Perfeita

Toda a dúvida que teu olhar planteia, me rouba da escassa vontade de agir.
Busco em você a desculpa perfeita, um abraço, quiçá um beijo, ou mesmo um simples sorrir.

A você nunca faltou beleza, a mim nunca faltou vontade. Bordes o casulo aue faz a mulher.
Entre encontros sem hora marcadas ou chás pela tarde, sem querer você diz o que quer.

Quero o suco da fruta que te tira o sono, não vejo a hora de poder provar.
Se te peço o que quero agora, não sei se está pronto, é um fim antes de começar.

Todo pensamento que parece solto, em verdade se une ao todo, formando você,
Para pensar em sintonia, não me falta orquestra, me basta te ver.

Foto de Rosamares da Maia

CRÔNICASA DA SAUDADE – Meu Vício é Você.

O que você pensaria se depois de quase três anos, o seu telefone tocasse num sábado às oito horas da manhã e a voz do outro lado da linha dissesse: “... Só liguei para dizer que eu te amo.” E com aquela voz quente que você lembra tão nitidamente continuasse repetindo: “Eu te amo”.
Acho que como eu você tomaria aquele baita susto. Ficaria muda por um tempo, enquanto tenta se recompor. Depois, ensaiaria alguma coisa meio disfarçada, para dizer, perguntando: - Ah! Alô! Como vai você? Que bom te ouvir. Quanto tempo! Está tudo bem?
Mas a pessoa do outro lado, com aquela voz de travesseiro, que você gostaria de escutar toda noite no seu ouvido responde displicentemente as perguntas que você fez, e que você mesma já nem sabe quais foram, e ele repete: “... Eu só liguei para dizer que eu ainda te amo muito”.
Você fica sem saber o que fazer. Toda atrapalhada, pergunta pelo trabalho dele, filhos e até pelo atual casamento, mas, chega a um ponto da conversa que só te resta dizer a verdade. – “Eu também continuo te amando”.
Ai que raiva! Isto foi coação psicológica. O pior é que você realmente disse a verdade. Mas, a dúvida gigantesca mora do outro lado da linha. Todas as palavras ditas nas juras de amor - da voz de travesseiro, não te trazem certeza alguma. Ainda bem que ele está do outro lado da linha, a quilômetros, porque se não, você já era – lençol e fronha.
Você fica envergonhada pela fraqueza, pela parte que você não consegue controlar. Você devia era ter batido com o telefone no nariz dele, ou melhor, no ouvido. Mas como se privar da voz, da descarga elétrica que ela provoca em seu corpo? Como poderia?
Você é como um alcoólatra em recuperação, já superou a fase da abstenção, mas sabe que não há cura, qualquer pequeno gole te faz querer mais e mais. Aliás, devem existir doze passos para esta loucura que é a dependência do amor.
Temos que aprender tal qual dependentes químicos, porque o amor também é química e física e aerodinâmica. Foco! Vamos voltar ao ponto.
Devemos aprender a dar um passo de cada vez, ação e reação proporcional ao amor recebido. Aprender a dizer: ... “Só por hoje.” Só por hoje eu consegui ficar longe de você. Somente por mais um dia eu vou atender ao telefone, ouvir sua voz de travesseiro falar todas as mentiras e aprender a dizer um eu também te amo sem verdade. Eu te amo, mas não quero você na minha vida. Só por hoje.

Rosamares da Maia – 17. 11. 2014.

Foto de estefane oliveira

Como se apaixonar?

Como se apaixonar?

É tão simples,basta colar
e nunca mais soltar,
basta amar e saber espera,
basta sorrir mesmo querendo chora;

É tão simples,é só aprender
a dizer sim,e só não lembrar si,
é só pensar que amar é assim;

E de repente ela se apaixona e
você é que agora se questiona,
depois de todo esse tempo é que
dúvida se ama;

E de repente você vai embora,
pega a felicidade,o amor e
bate a porta,e no seu
adeus ela chora;

E finalmente a vida segue,
novamente s e apaixona e
não percebe;

Pobre menina,ainda há
muita paixão para ser vivida.

Foto de Anderson Maciel

POEMA

Ao escrever um poema
Sinto-me desajeitado
Por não saber de que lado
Nem por onde começar...

Então fico na dúvida,
Do que escrever
Para quem eu vou dizer,
A quem vou dedicar.

Fico logo atordoado,
Pensando até em desistir,
Mas se eu não insistir
Como poderei terminar? Anderson Poeta

Foto de Paulo Gondim

O tempo e eu

O TEMPO E EU
Paulo Gondim
12/09/2013

Tentei ser eu mesmo
Na dúvida, esperei
O tempo passou lentamente
O tempo sempre se faz indiferente
Mas passa, independentemente
De minha vontade
De qualquer vaidade
O tempo passa

E como o tempo, as pessoas
Fechadas, ocupadas
Também indiferentes

E o que me resta?
Involuntariamente
De certa forma, ausente
Na minha procura
Do que sou e o que represento
Nesse palco torto
Num final de cena
No apagar das luzes

A vida segue
Ah, a vida exigente
De forma até inconsequente
Me bate à porta
Me pede sala
Diz que quer ficar

Nem sei o que é vida
Se Já se faz esquecida
Nem sei se vida ainda há...
Sei da solidão, no peito o nó
Nessa canção em dó
De pobre rima
De falsa estima
Cá, eu, mais uma vez, só...

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