Encontro

Foto de Naco_Ranza

Esperança...(Naco Ranza)

Esperança...

...perdida...

... e assim te peço Tempo, lucidez.

Perdi-me, entregue a ilusões que me adoçaram meses, dias seguidos. Pois sabes bem que é pelo desconhecido que me sintro atraída, mas sabes também que por cada atracção encontro feridas....

Em tempos aliado mas agora carrasco, fazes questão de me fazer ouvir o corpo dizendo "tem calma, não aguento muito mais"... é...... mas e o coração dizendo "Não pares... sabes bem que nunca é demais!"


E agora?

Montei, pois, o cavalo que mostravas, sempre rumo ao que não via por via de um estado de Nirvana que me parecia quase tão perfeito quanto o ar que respiro... tal era a fusão com a ilusão...

Sabes também que não me faço guiada pela razão que sempre me deixa dorida, nunca sei onde... e em tom de curiosidade te digo: nunca me deixa satisfeita pois fica sempre a sensação de nada ter conquistado...

Já o mesmo não acontece quando me guio pelo coração...

A dor que sinto é sempre genuína e no fim resta a conquista que fiz e nunca ocupa lugar : um degrau na escadaria do ego do EU, que muitas vezes foi subida por via do sofrimento... que não lamento.... pois faz-me sentir dona e senhora de mim.

De novo, é lucidez que te peço, ainda que te guarde rancor pela dor que me causas... mas sabes que é rancor passageiro, matreiro... tal raposa como tu.

Lucidez.... não vejo um palmo.

Se é por amor que não me ajudas temendo que me magoe... não te iludas... magoada já estou. Faz por favor o que te peço... eu agradeço...

Afinal, tal como ele, sabes que...

Naco Ranza.

Foto de Raoni

Assim como um vampiro (Raoni)

Era medo eu confesso

Foi por ele que saía de seu caminho

Não me chame de covarde eu lhe peço

Fugia, porem não estava sozinho

Eu te evitava pois sabia como era

Eu ficava calado pois sabia como seria

Era orgulhosa era uma fera

E não sabe como seu jeito me feria



Eu fugia de seu olhar

Como um vampiro foge da cruz

Sabia que não iria me amar

Pois sou eu quem me conduz

Mas tinha vezes que não tinha assombro

Que evitava o nosso encontro

Mantínhamos a amizade

Para não ficarmos falado

Não tínhamos fidelidade

E não olhávamos para o passado

Assim ia

Alguns momentos juntos

E eu evitava seus carinhos

Como um vampiro evita a luz do dia

Por muitas vezes agente brigou

Mas tinha algo que nos prendia

A se falar a gente sempre voltou

E um sentimento novo a gente via

Tinha algo mais do que amizade ali

Tanto eu como você sabia

Você não deve saber o como eu sofri

Mas sempre negávamos no dia a dia

E assim ia

Eu evitava sua voz

Como um vampiro evita a água benta

Eu te evitava por que sabia

Que não haveria retorno

E ao mesmo tempo que eu te evitava

Eu tinha uma fome insaciável

Pela sua boca pelo seu corpo

Mas não haveria nenhuma chance

E eu me alimentava de lágrimas

Assim como um vampiro se

Alimenta de sangue

Raoni

Foto de MarianaNeto

A Noite (Mariana Neto)

A noite consegue ser tão deliciosa e tão dolorosa!! É nela que encontro o silêncio necessário para pensar e sonhar contigo e com tudo o que de lindo se passou entre nós mas a noite consegue ser também dolorosa pois quando se vai embora aparece novamente a triste realidade que é ter-te somente em sonhos ou por breves mas sempre bons momentos! Brigada por eles!

Mariana Neto

Foto de quimnogueira

Ouvindo a noite...(Quim Nogueira)



alguém a ouve?...

...sentado nesta cadeira de frente para o meu computador, numa mesa de madeira, branca de sua cor, eu teclo nas letras paradas ao redor dos meus dedos...preparo um texto, sem contexto, com uma textura qualquer, talvez de amargura...não me preocupa a forma, nem as palavras que me vão deslizar pelos dedos e destes para o écran que, de vez em quando, olho prevenindo um possível erro de escrita...não me preocupa o tema, mesmo que sem lema não se torna um dilema neste plural sistema de escrever prosa ou poema...

...trata-se de fazer deslizar apenas o teclado pelos meus dedos e deixar sair as palavras da minha mente numa constante busca da semente do significado para aquilo que estou a fazer neste momento...e que faço eu, nesta hora, aqui, sozinho e agora, batendo lento ou apressado nas teclas do meu teclado...olho em frente e vejo um relógio que marca as horas lentas que passam por mim e que marcam o tempo de viver a sorrir e a amar...tudo e todos, sem olhar a quem...somente por amar...

...e que espero eu obter desse amargor doce da alma que sofrendo não chora, pelo contrário, vive e implora...e que espero eu senão encontrar o caminho mais leve que me percorra o corpo como quente neve branca como o luar que lá fora, no céu cinzento, teima em espreitar numa noite fria de chuva que se aproxima do meu solitário estar...

...não percorro os corredores do dia que passou nem choro as lágrimas que retive dos acontecimentos que por mim passaram como uma brisa leve pousando no lugar onde estou e me sinto pairar dentro do meu próprio eu...

...procuro o sentido da vida que não encontro, numa procura constante de mim mesmo, na luta insana da loucura que afasto de mim nem que seja por um instante...

...e esse instante está chegando na forma da noite que se aproxima, daquele estado de espírito que me anima, pois a solidão resta a meu lado sem um mudo som nem qualquer grito abafado de dor...

...e aqui fico...

...esperando a noite chegar para nela me agachar e aninhar...povoar nela os meus sonhos de aqui me sentir e de aqui gostar de estar, neste lado do meu mundo, sozinho, de dia ou de noite, a mim próprio mentindo...

...mentindo-me em constante delírio duma busca que ufana luta me provoca na mente que, pensando, não me escuta...

...e não me oiço a pensar, nem quero sequer isso imaginar; oiço apenas a noite chegar e a sua escuridão me abraçar, sem me possuir nem me ter, apenas me rodeando de um leve prazer por ouvir os seus sons sobre mim verter...

...e vertem-se esses sons em pancadas surdas de palavras mudas, livres e desnudas de sentido ou de intenção...

...a noite traz paz ao meu coração...ouvindo-a, fico sossegado e dou a mim próprio a minha própria mão...segurando-me para não a possuir...para ficar aqui e não ir...

...senti-la apenas num, pequeno que seja, luxuriante som...

...ouvindo a noite, parto para o êxtase do meu ser, não pretendendo ver, apenas ouvi-la...

...dentro de mim, a bater...

Quim Nogueira

Foto de LEOANDRADE

Abandono (Leonardo Andrade)

A tarde cai numa onda vermelha

Ao longe um solo de sax

lúgubre, triste, blues da tarde

O mar cor de chumbo parece resignado

Não tenta invadir a praia

Ondas arrastam-se preguiçosamente

Nunca transpondo o ponto anterior

cada vez a incidência é menor

a insistência desaparece ...

o cansaço impera...

Eu, mero reflexo da cena, ou vice-versa

não encontro mais forças para lutar

a noite que chega não me permitirá ver

para onde você foi.

a chuva que se anuncia

apagará todos os seus rastros

as nuvens impedirão as estrelas

de me guiar.

Você veio como uma brisa

de forma lenta e suave,

tomou-me por completo

e alojou-se no meu sangue

Agora se foi ... silenciosa,

último acto de quem já tinha partido,

não em palavras, mas em atitudes e sentimentos

que eu não quis enxergar...

Não adianta te procurar

se o que você quer é partir

se nossos caminhos são opostos

nosso encontro será numa trilha distante

em algum lugar do solo

desse planeta redondo

que nos suporta e nutre.

A música cessa

é hora de ir

Apenas caminhar e tentar seguir algum caminho,

qualquer caminho

que um dia cruzará o seu ...

Que nesse dia distante

mar e céu reflitam amor

não a dor e a solidão

desse momento ...

Leonardo Andrade

Foto de Nuno

Olhos verdes (Alexandre Bragga)

São da terra, são do mar

Teus olhos de linda cor

Há o sal do verbo amar

E muros que trazem dor

O verde cor de esmeralda

Não se perde na distância

Em meu peito agora escalda

Uma paixão feita em ânsia.

As ondas com alegria

Os beijos n'areia dão

Mas não encontro uma via

Que leve a minha canção.

E como algas

Foto de Carlos

À Cantora Tarabe (Ibne Amar)

A minha alma adora-te mesmo se a torturas

e uma alegria a excita para ir ao teu encontro.



É estranho que a nossa ligação se tome impossível

quando os nossos desejos concordavam.

Que desejaria pois meu coração

quando te procurou sem poder obter-te

quando os meus olhos te quiseram e te viram?

Como eu desejo que não esteja presente o raquibe

quando nos encontrarmos

e assim obterei o favor de me dessedentar

na deliciosa fonte dos teus lábios purpurinos.

ABU BACR IBN AMMAR (1031-1084)

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