Esportes

Foto de Dileno

Reflexão da vida vivida.

Eu já disse o que não quero dizer hoje? O espelho está empoeirado novamente e a cada cicatriz, uma mancha de vazio aumenta. É a única coisa que parece real. Você ja perdeu alguns segundos olhando pra fora de si? Enquanto você olha pra dentro, um reinado de sujeira encobre a paisagem, e você dobra mais uma esquina e se torna outro personagem. O relógio já está marcando meia noite, mas meus olhos continuam abertos. Se você descobrir a verdade, jogue-a fora. Não me venha falar de religiões, esportes, ou qualquer tipo de entretenimento... Eu já ofereci o meu mundo de impurezas. Talvez eu deveria ir para outro lugar, porém, outro caminho se abre a cada passo em falso, e eu machuco você de novo. Eu faria tudo da mesma forma, pois é a única maneira de eu me sentir vivo. Qual é a sua conclusão? Não quero ouvir coisas sobre moral, beleza, sistemas complexos, amor. O amor, o amor, guardem-o, sem correntes. Querem um servo voluntário? Quotidiano, repetitivo, casado, fútil? Querem que eu seja feliz dentro da sua caixa de mentiras? Querem que eu ganhe dinheiro, dinheiro. Querem que eu não sinta. Querem que eu seja o contrário também. Eu poderia mentir, mas já ouvi tudo que precisava ouvir. O que eu fui ontem? O sangue que se espalhou enquanto estava preso? A dor que trazia alívio? Ou as sombras que flutuam com o tempo perdido? Você diz coisas bonitas além da minha frágil compreensão. O universo, a ciência, a metafísica... E eu aceito por instante o que me destes, mas todos vão embora quando os sorrisos cessam. Só o peso do silêncio permanece comigo. E a dor continua presente nas manchas do tempo enquanto o fim se aproxima a cada corte profundo.Já disse que quero ser sozinho? Já disse que não quero que me dê a mão? Se eu pudesse me arrepender, ah, se eu pudesse começar novamente, eu faria da mesma forma. Eu encontraria outro caminho...

Foto de CarmenCecilia

NÃO É Á TOA QUE TE CHAMAM CIDADE MARAVILHOSA VÍDEO POEMA E HOMENAGEM RIO DE JANEIRO (NARRATIVA)

POESIA: ANTÔNIO JOSÉ

FOTOGRAFIA: ROBERTO MATHEUS

EDIÇÃO E NARRATIVA: CARMEN CECILIA

NÃO É Á TOA QUE TE CHAMAM CIDADE MARAVILHOSA VÍDEO POEMA E HOMENAGEM RIO DE JANEIRO

Homenagem a cidade do Rio de Janeiro pelo poeta Antonio José ( Antônio Poeta ) e fotografia de Roberto Matheus

Não é toa que te chamam de cidade maravilhosa

Galante cidade majestade,
A mais hilariante e elegante,
Vanguarda e empáfia do Brasil.
Gracioso Rio, metrópole nota mil.
É lastimoso seu nome ser masculino,
Contudo isso não importa, pois sua beleza
Exagera em pueril feminil...É muito mulheril.
Rio da mocinha, da mulher e da coroa
Super-abundamente lasciva, instigante e gostosa.
Claro não é a toa que te chamam cidade maravilhosa!

Rio batizado por água e sal,
De samba e apinhado de bossa,
De esportes e verão o ano inteiro,
Da boemia sadia e hiper-glamourosa
Rio de civilização independente, ditador
De cultura, de eventos e manifestos políticos
Rio de montanhas e mata Atlântica e dos
Saraus mais alegres do país.Rio de pele ardente e morena,
E consciência vaidosa. Rio efervescente, de gente bonita
e sedutora, não é a toa que te chamam cidade maravilhosa.

Rio da poesia, da ilha de Paquetá,
Rio do mais sensacional réveillon
E do povo mais lúdico e hospitaleiro.
Rio capital imperial e da república inicial,
Meu adorado, meu dourado Rio de Janeiro.
Rio dos tamoios e de todos que nasceram aqui
Rio de todos que o amam e o adotaram de coração.
Rio hoteleiro, gastronômico, de museus e monumentos:
Para sempre meu afável Rio, continuará a ser entre todas
As cidades dessa Nação, a mais urbana, acalorada e generosa.
Tácito, meu Rio, não é a toa que te chamam cidade maravilhosa!

Rio, alento dos poetas; cineastas, atores;
Músicos, escritores, fotógrafos e chargistas:
Rio genitor e acolhedor das artes e dos artistas.
Rio de caráter concubino,urbe tropical e garbosa
Rio de mar aberto e do Cristo alto de braços abertos
Rio de todas as religiões, crenças e de todos os idiomas.
Rio de pendor lírico,labor, lazer,prazer, amor e de humor
Rio dos reais gozos, culpas, sabores, cores, opiniões e aromas
Rio de clemência igualitária, sensibilidade, parceria e filantropia.
É verdade, meu Rio, não é à toa, que te chamam de cidade maravilhosa!

Antônio Poeta

Foto de Elizabet.Duarte

Mundo moderno

Preciso fugir
fugir da vida,
do tumulto, do barulho
de tudo
fugir do eu...
do mundo

e deixar esta dor
essa agonia que me consome,
essa loucura
esse sentimento de vazio...

preciso e parar de olhar pro relogio
de deixar a agenda de lado
de não olhar mais pro celular

preciso me desligar
como se tivesse uma tomada.
e parar de recebir irnformação
como se fosse um computador,
preciso parar de pensar

aaaahhhh
mas não consigo
a mas não da
a agonia me consome,
e muito......
são contas,horarios reuniões,
aulas.esportes e formalidades...
formalidades demais...
academia,trabalho.familia, e tudo
mas tudo...
tudo que esse mundo pede.......
tudo para se considerado normal
rrsrs hahaha mas que piada
tão normal que nos leva a loucura....
e tudo rsrsrs
e tudo....
haaaaa....

mas veja ja pensei em parar
a como se fosse facil hahahaha...

e la vem de novo essa agonia essa loucura,esse vazio
que não me deixa....

e se.....
e se parar?
???
se parar ?
...
não a forma de parar!
....
não ...
não ha....
o unico jeito é morrer
é sim
morrer...
ah seria tão facil...
muito facil....
facil...
e so um ultimo suspiro ,
e parar de vez...
parar de respirar....
affffhhhhhhhhhhhh,,,........

Ha mais que mundo...
que mundo...
que conflito
.....
preciso fugir...
fugir...
fugir...
mas pra onde???...

Foto de von buchman

BUSCO ALGUÉM... VON resposta OMINIA (DUE)

Minha vida é triste por não ter ninguém para junto a mim,
viver e amar...
Por isto, sem trégua, busco alguém,
uma busca frenética por um amor a encontrar....

Busco...

Busco alguém loira, morena ou ruiva mas que tenha sede de amar e muita tesão
Busco alguém que leia meus poemas e neles fique a pensar,amar e se envolver
Busco alguém sensível , amável que goste de namorar, amar e se entregar
Busco alguém que tenha olhos lindos e sedutores que me levem a me apaixonar
Busco alguém sem frescuras, que queira viver um gostoso amar
Busco alguém carinhosa para que juntos possamos nos realizar
Busco alguém que goste de ir a praia e juntos de mãos dadas passear e namorar
Busco alguém alegre , faceira que ame poemas e seja minha musa e o meu inspirar
Busco alguém que me faça surpresas, envie e-mail e nunca esqueça de me ligar
Busco alguém que goste de tomar vinho, junto a lareira, numa noite fria a nevar
Busco alguém que goste de acampar, nadar, viajar e juntos sempre possamos estar
Busco alguém dengosa, charmosa, sedutora, que tenha sede em amar e cheia de tesão
Busco alguém companheira, para todas horas do rir até ao chorar
Busco alguém que goste de passear de bicicleta e ver um por do sol a beira mar
Busco alguém de alma pura, de coração bondoso que goste de ajudar
Busco alguém que eu possa fazer poemas para ela, na beira da cama ao levantar
Busco alguém que eu possa massagear no banho ou na cama ao deitar
Busco alguém que goste de tomar banho de banheira e lá possamos nos amar
Busco alguém que curta meus versos escritos no espelho do banheiro ao levantar
Busco alguém que ame flores pois sempre gosto de dar
Busco alguém que namore comigo até no telefone, todo dia, a qualquer hora ou lugar
Busco alguém para irmos tomar sorvete , numa praia ou a beira mar
Busco alguém que goste de ir ver a lua na praia e na areia ficarmos a namorar
Busco alguém que goste de dançar, qualquer ritmo, mas que juntos possamos estar
Busco alguém que goste de música e a queira junto a mim escutar
Busco alguém que não seja ciumenta e que saiba que com ela vou sempre estar
Busco alguém cheia de veneno, fantasias e queira se realizar
Busco alguém que eu possa levar café na cama e depois a ela amar
Busco alguém que goste de esportes e vá comigo surfar e nadar
Busco alguém que queira dividir comigo seus problemas e juntos solucionar
Busco alguém romântica, cheia de amor que queira me namorar e me amar
Busco alguém cheia de veneno, uma devassa na cama para realizar sonhos e fantasias
Busco alguém que tome a frente e venha hoje a se declarar, e falando do seu amar
Busco alguém manhosa que suas e minhas fantasias vamos realizar
Busco alguém sedutora do tirar de sua calcinha ao navegar de sua língua no gozar
Busco alguém que goste de dançar e juntos, de rostinho colado, juras vamos trocar
Busco alguém mulher, cheia de desejos, fantasias e com sede de se realizar
Busco alguém que um lar junto a mim queira montar
Busco alguém, uma mulher romântica, cheia de mimos e de muito amar
Busco alguém de coragem e fibra para juntos um dia podermos ficar...

Busco esta mulher,será que um dia vou encontrar ?
Se você é esta mulher, vem logo para mim,
pois estamos perdendo tempo
e quero muito te amar...

poema resposta

Quem é Você ?

Sim me diga , quem é você ?
Que entrou furtivamente na minha Vida .
Sem pedir Licença foi me Arrebatando
Despertando Sentimentos Desconhecidos
Emoções Outrora Perdidas ,,, Adormecidas

Sim me Diga , quem é você ?

Não , Não quero Apenas saber teu nome .
Más sim qual o SER que habita este Templo ?
Que Poder é este que de ti Emanas
Que ao mesmo Tempo me Ecantas
Me faz Amolecer ,, Paralisar ,,, Enlouquecer

Me Diga , quem é Você ?

Que colocou meu Mundo de Cabeça p/ Baixo
Abalou os Alicerces de minha Sobriedade
Me Transportou p/ Adolescencia .
Resgatou meu Sorriso
Meu Amor pelas palavras pelo Poema .

Por Favor me Diga ....... Que é Você ?

Agradeço a ominia vincit amor.
pela resposta cheia de amor e carinho...
.........................................
Este poema dedico a minha musa e paixão, minha deusa e razão do meu viver...
Lembra-te és e sempre serás meu eterno amar e o mais gostoso desejar...
Aconteça o que acontecer na minha vida, serás sempre a minha eterna musa e meu inspirar..
És o meu mais puro amar e desejar... Anjo te quero como nunca...
Eu jamais poderei esquecer-te
ou deixar de amar-te..
ICH LIEBE DICH ...
JEG ELSKER DIG ...
do Von Buchman

Foto de von buchman

BUSCO ALGUÉM !!!

Minha vida é triste por não ter niguém para junto a mim,
viver e amar...
Por isto, sem trégua, busco alguém, uma busca frenética por um amor a encontrar....

Busco...

Busco alguém loira ou morena mas que tenha sede de amar
Busco alguém que leia meus poemas e neles fique a pensar
Busco alguém sensível , amável que goste de namorar
Busco alguém que tenha olhos lindos que me levem a me apaixonar
Busco alguém sem frescuras e viva para amar
Busco alguém carinhosa para que juntos possamos nos realizar
Busco alguém que goste de ir a praia e juntos de mãos dadas passear
Busco alguém alegre , faceira que goste de poemas e seja meu inspirar
Busco alguém que me faça surpresas, envie e-mail e nunca esqueça de me ligar
Busco alguém que goste de tomar vinho, junto a lareira, numa noite fria a nevar
Busco alguém que goste de acampar, nadar, viajar e juntos sempre possamos estar
Busco alguém dengosa, charmosa e queira muito carinhos , pois isto realmente sei dar...
Busco alguém companheira, para todas horas do rir até ao chorar
Busco alguém que goste de passear de bicicleta e ver um por do sol a beira mar
Busco alguém de alma pura, de coração bondoso que goste de ajudar
Busco alguém que eu possa fazer poemas para ela, na beira da cama ao levantar
Busco alguém que eu possa massagear no banho ou na cama ao deitar
Busco alguém que goste de tomar banho de banheira e lá possamos nos amar
Busco alguém que curta meus versos escritos no espelho do banheiro ao levantar
Busco alguém que ame flores pois sempre gosto de dar
Busco alguém que namore comigo até no telefone, todo dia, a qualquer hora ou lugar
Busco alguém para irmos tomar sorvete , numa praia ou a beira mar
Busco alguém que goste de ir ver a lua na praia e na areia ficarmos a namorar
Busco alguém que goste de dançar, qualquer ritmo, mas que juntos possamos estar
Busco alguém que goste de música e a queira junto a mim escutar
Busco alguém que não seja ciumenta e que saiba que com ela vou sempre estar
Busco alguém cheia de veneno, fantasias e queira se realizar
Busco alguém que eu possa levar café na cama e depois a ela amar
Busco alguém que goste de esportes e vá comigo surfar
Busco alguém que queira dividir comigo seus problemas e juntos solucionar
Busco alguém romântica cheia de amor que queria me namorar
Busco alguém que tome a frente e venha a se declarar
Busco alguém manhosa que suas e minhas fantasias vamos realizar
Busco alguém que goste de dançar e juntos, de rostinho colado, juras vamos trocar
Busco alguém mulher, cheia de desejos, fantasias e com sede de se realizar
Busco alguém que um lar junto a mim queira montar
Busco alguém, uma mulher romântica, cheia de mimos e de muito amar
Busco alguém de coragem e fibra para juntos um dia podermos ficar...

Busco esta mulher,será que um dia vou encontrar ?

. . . . . . . .

Tens meu Carinho e o Admirar,
Beijos , Mimos e meu eterno Apaixonar . . .

Foto de Osmar Fernandes

Jovens e Velhos

A juventude fica preponderante

a cada dia que passa.

Tudo em torno de um aconchego brilhante

que se firma em cada mente.

Se hoje você é jovem que corre, dança,

pratica esportes e gosta de perigo,

é porque são momentos de sua época,

sua gestão na juventude.

Mas, e o velho?

Sim! Aquele que passou por tudo o que

você passa...

Curtiu sua mocidade, teve glórias, teve graças;

foi às vitórias, enfim.

E, hoje? Hoje é simplesmente um corpo

amadurecido pelo tempo...

Mudou sua face, seu movimento tornou-se

lento, o estafante lhe vem mais súbito.

Mas, nem com isso, você, velho, é esquecido.

Você brilhará eternamente na história...

Sempre terá alguém que nunca o esquecerá.

Não o deixará sozinho um só instante.

Que o vê e o guia em todos os momentos.

Esse ser chama-se Deus.

Porque para Ele, você terá sempre o mesmo valor.

Para Ele, você não é velho.

Velho, meu jovem!

Velho é o carro que já não funciona.

É a bicicleta que já não pedala.

É a máquina que não mais constrói.

Velho! Velho é o jovem viciado em drogas,

que lhe domina o corpo, que lhe fere a alma,

e o torna morto.

Isso sim é ser velho, meu jovem!

Foto de Zedio Alvarez

Tênis x Xadrez

O esporte é uma ponte de amizade
É capaz de direcionar um amor
Entre duas distintas modalidades

O Xadrez é um jogo intelectual
O Tênis a força física se sobressai
Avista-se num encontro fraternal

Um tem uma rainha que é a bola
O outro caminha com a sua lado a lado
Convivendo num condomínio quadrado

Os dois têm o mister e a astúcia de atacar
Um manda um recado com um saque
O outro, contenta-se quando dar um mate

Na batida do esporte da raquete
Junta-se a força e a mente com a vida
Fazendo da sua união uma enquete

P.S.Que façamos de todos os esportes um elo de união para fortalecer a a confraternização universal.
FELIZ NATAL E QUE O ANO DE 2008 SEJA DE FELICIDADE A TODOS QUE POVOAM O POEMAS DE AMOR.
ZÉDIO ALVAREZ

Foto de Cabral Compositor

Verde Amarelo

Verde Amarelo

Brasil, meu Brasil brasileiro
De tantas matas, praias e campos, montanhas e nascentes
Brasil, meu Brasil brasileiro
De criaturas fantásticas e acrobáticas
Que lutam por um dia a mais, por um lugar ao sol, por um teto
Brasil, meu Brasil brasileiro
De estados, de federação, de legendas mil, mil partidos e um só Brasil
Brasil, meu Brasil brasileiro
De rios poluídos e aterrados, de oportunistas e falsifica dores
De pobres trabalhadores, assalariados
Brasil, meu Brasil brasileiro
De estradas de estranhos trajetos, objetos indiretos
De obras inacabadas, de hospitais abandonados, e de balas perdidas
Brasil, meu Brasil brasileiro
De cantos, de encantos, de tradições regionais e futebol
De teatro, de dança, de esportes especializados
De filhos nos córregos, de filhos arrastados, de filhos mortos
Brasil, meu Brasil brasileiro
De encantos mil, terra varonil, de esplendor
Brasil, de Rio de Janeiro e Salvador, de São Paulo e Maceió
De Paulo Afonso e Minas Gerais, de Porto de Galinhas e favelas
Brasil, meu Brasil brasileiro, de mineiros, cariocas e estrangeiros
Assaltados, mal tratados e com um Cristo acolhe dor
Brasil, de crenças e religiões, de povo com fé nos milagres
De samba, de xaxado, de chorinho, de forro, de Axé, de MPB
Brasil de brasileiro como eu, de brasileiro que morreu pela pátria
Pátria amada, idolatrado, salve, salve

Foto de Dirceu Marcelino

ERAM DOIS AMIGOS INSEPARÁVEIS

Dois meninos.
Moradores da mesma cidade.
Um de olhos azul outro verdes.
Eram orgulhos da cor de seus olhos?
“_Ah! Meninos vaidosos”.
Falava nossa professora, Dona Marta.
Foram poucos os episódios de que um não participou na vida do outro.
Um deles ainda no “parque infantil”, neste ainda não haviam se encontrado.
Foi quando o de “olhos verdes” fora expulso da escola em face de se envolver em uma briga juntamente com seu irmão de três anos.
Não aceitaram a justificativa do menino de cinco anos e naquela época ele não sabia se defender.
Vamos pular vários episódios, pois, o objetivo deste conto é apenas justificar o porquê da carta-poesia postada aqui e endereçada ao primeiro depois de muitos anos.
Mas, tem fatos marcantes que precisam ser mencionados:
Tal como a apresentação para incorporação ao Exército Brasileiro.
Lembra-se: Todos nós bem arrumados. Você com um terno que parece que fora tirado do baú de seu pai, o mesmo com que ele viera da Espanha.
Eu, com uma roupa esporte.
Na rua um comboio de mais ou menos vinte caminhões do Exército Brasileiro e no ponto de ônibus do Mercado Municipal não parava de descer jovens cabeludos, muitos naquela época queriam imitar os “Beatles”.
Lembro-me que no momento de subir no caminhão meus cabelos longos caíram na testa e meu pai com os olhos lacrimejados dizia:
_ “Pare com isso. Você agora vai ser soldado!”.
Sinceramente, só fui entender isso depois que já estávamos na barbearia do quartel.
Justamente, quando via os que estavam na fila saírem de “coco pelado”.
Cerca de oitocentos jovens com dezoito anos de idade deixavam caídos ali no chão da barbearia madeixas de vários tipos de cabelo, dava-se para perceber que pouca era ruiva, outras loiras, mas a maior parte de cabelos negros e castanhos escuros.
Como os meus. Os seus eram loiros.
Quanta recordação poderia falar do quartel, ei!
Lembra-se daquele que ocorreu dias depois dos cortes de cabelos.
Sabe que como “cabo da guarda” soube por ele próprio que fora uma vingança, pois, não se conformava com o fato de lhe cortarem os cabelos.
Com ele aprendi que cadeia não regenera ninguém, o pior é que ele dando baixa do quartel, entrou em outra corporação importante e a desonrou, pois cometeu um crime maior: “latrocínio”. Justamente contra um industrial alemão que instalava uma indústria em nossa cidade. Esse não é assunto para comentarmos aqui. Muito grave.
Mas eu tenho que mencionar nossa viagem para aquela pequena cidade vizinha, onde participaríamos do desfile comemorativo de aniversário da municipalidade, quando um comboio de seis caminhões nos levou.
Você dirigia um deles e eu estava na carroceria.
Você teria com certeza condições de narrar melhor o acidente ocorrido, pois via a frente uma estradinha de terra batida, o aclive acentuado e a curva à esquerda. Eu na carroceria só pude ver e pressentir o caminhão que derrapava, empurrado pelo obus 105 mm, peça de artilharia muito pesada que ao mesmo tempo servisse para segurar o veículo não o deixando que caísse abruptamente o tombava, devagarinho, dando-me tempo de pressentir a metralhadora ponto 50, tombar e seus ganchos inferiores caírem sobre meu pescoço, mas eu o colocar como um “boxista” entre os ferros e evitar ser atingido.
Salvo desses fomos para o desfile.
Você dirigindo aquele caminhão com a frente amassada e o vidro dianteiro quebrado e eu como sempre na carroceria, com mais dez soldados.
Lembro-me que conforme treinamento feito durante semanas no quartel todos os soldados deveriam descer e depois sob a ordem do comandante todos deveriam subir rapidamente, dando-se às mãos, o que lhes proporcionava subir com facilidade, mas eu, como sempre ficava isolado, sozinho, pois era o “cabo serra fila”.
A que dificuldade foi subir naquele caminhão, primeiro que me desconcentrei ao ver entre os assistentes que se acotovelam uma linda morena de “olhos verdes”.
Ela me olhava de tal modo que me atraía, me seguravam, me dominavam, mas acredito que quando ela percebeu que eu iria passar vergonha pois os caminhões já estavam sendo acionados, ela me liberou e então em movimento mágico pulei e não sei como já me vi segurando os guidões da metralhadora.
Sim. Espécie de guidões, semelhantes ao de uma bicicleta.
E, naquela posição o comboio circulou por toda a praça e ao retornar, novamente, eu vi ali defronte ao cinema, mas sobre a calçada da Praça Rodrigues de Abreu aquela musa.
Alguém poderá perguntar, mas como ele sabe o nome da praça se aquela era a primeira vez que tinham ido aquela cidade. Bem, aí é outra estória, a ser contada no capítulo II do “menino que queria ser maquinista de trem”.
Antes de perseguir o objetivo deste conto, ainda tenho de contar mais uma breve estória, pois ela está registrada nos anais da história do Brasil.
Refere-se ao período ditatorial, mas sobre um episódio no QG do II Exército época de subversão e quando alguém soltou da porta do ginásio de esportes do Ibirapuera um veículo carregado de bombas que adentrou pelo acesso do quartel semi-subterrâneo e explodiu espetacularmente, matando uma das sentinelas. Sua foto consta de arquivos da internet.
Com esse episódio o jovem de “olhos verdes” acabou sendo promovido a sargento.
Posteriormente, terminado o período do serviço militar obrigatório, nos separamos por vários anos, mas outra vez, o destino nos uniu.
Fomos nos encontrar em Campo Grande – MS.
Em uma academia e depois designados para trabalhar na região da tríplice fronteira entre os Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Paraguai. Esta região ainda fazia fronteira com uma parte do Estado de São Paulo.
Sei que em contos não se devem por nomes. Mas o faço, pois é um conto baseado em fatos verdadeiros.
Verdadeiros mas desconhecidos das autoridades responsáveis, dos chefes, dos governantes.
Talvez, saibam eles de alguns dados estatísticos, do número de carros furtados que são levados para o Paraguai, interessante, ainda hoje da mesma forma que acontecia há vinte anos.
O “menino de olhos verdes” agora se transformara no Delegado Regional e o “menino de olhos azuis” no Delegado de Polícia da cidade mais importante da sub-região. Mas a deste ficava exatamente na confluência da tríplice fronteira.
Este episódio ocorreu em porto Caiuá, local onde estava sendo construída uma usina hidrelétrica no Rio Paraná e a estrada se delineava exatamente sobre a barreira de contenção.
A operação consistia na abordagem dos veículos suspeitos ainda sobre as balsas que faziam travessia dos veículos do Estado do Paraná para Mato Grosso do Sul.
Na primeira incursão foram apreendidos quatro carros, dois Del Rey e dois Monza, furtados na cidade de São Paulo, no dia anterior, cujos veículos eram conduzidos até as pequenas cidades do Paraná, e ali permaneciam aguardando o momento adequado para serem atravessados. Depois faltariam cerca de cem quilômetros para alcançar uma das inúmeras cidades fronteiriças “Del Paraguay”.
Logicamente, desconhecíamos no que consistia esse “momento adequado”.
Outro fato interessante, mas, por favor, não dêem risadas, más é verdade, os presos eram levados para a única cadeia da cidade e ela era de “madeira”. Aliás, a maioria das casas daquela cidade era de madeiras, naquela época. Não sei hoje.
Só viemos, a saber, na segunda operação, quando afoitos em realizar um trabalho maior escalamos doze policiais que deveriam agir em duplas.
O Delegado Regional chefiava, mas também fazia parte de uma dupla operacional, seu companheiro era um Agente de Telecomunicações. Este tinha a incumbência de se comunicar com os demais componentes e transmitir-lhes as ordens operacionais.
Mas que operação, pois, logo após a descida dos carros da balsa, quando tudo deveria estar concluído, o que vê o Delegado Regional, cada grupo de seus agentes, sim, perto dos carros apreendidos, mas aos seus lados, também, outros homens armados, desconhecidos e entre eles ainda teve a chance de reconhecer um famigerado bandido procurado justamente por ser famoso nesse tipo de tráfico de veículos.
O que restou ao delegado regional, ao ver aqueles homens armados caminhando em sua direção, a não ser, lembrar-se do brocardo:
-“Pernas para que te quero”.
Subir então no veículo que acabara de aprender, praticamente, obrigar o preso e o Agente de Telecomunicações a adentrarem no veículo, tomar o assento no banco de motorista, acelerá-lo e arrancar provocando muita poeira e deixar atrás de si uma nuvem.
Acredita que essa ação os deixou momentaneamente desorientados, pois já estava a uma distância de 40 ou 50 metros quando os viu subindo em suas camionetes, alguns na carroceria e começavam a acioná-las e em comboio a persegui-lo.
Poderia dizer que foi uma delícia, se não fosse trágico, mas lembra-se como se fosse agora do ronco acelerado do Monza, vermelho, lindo... “Vrrooouuummmmmmmmmmm” e o chiado dos pneus nos pedregulhos do chão de terra batida “tchuaaaaaaaaaaaaaa”.
A corrida do carro que batia a “Kart” e assoalho em algumas saliências irregulares da estrada que na verdade era a barreira da futura hidrelétrica.
Olhando para trás via que se formava uma nuvem de poeira que com certeza inviabilizava a perseguição dos bandidos e desse modo foi possível ao término da barreira, adentrar em solo pedregoso sem deixar rastros e desse modo adentrar num paiol e enfiar o veículo sob um monte de feno, que parece que ali fora adrede preparado para esconder o veículo como vemos nos filmes americanos.
O feno cobriu o veículo, desceu do mesmo cuspindo capim, o bandido com um monte enroscado em sua algema, o agente reclamando de estar sujando seus equipamentos.
O delegado regional puxou o preso pela algema, praticamente o arrastou e com palavras de ordem obrigava o agente de telecomunicações a segui-lo e assim subiram em um morro, onde em local alto e camuflado, se assentaram. Dali se podia ter uma visão geral da planície formada pelas margens do grande rio e da estrada que se descrevia agora sinuosa para o oeste.
Dentre os veículos perseguidores três camionetes Ford e duas de marcas Chevrolet, além de um Fiat 147.
Sorte que coube aos dois ocupantes do Fiat fazer a verificação neste paiol, onde o Monza estava escondido. Negligentes os bandidos, deram uma espiada e sequer tiveram o cuidado de cutucar com varas o monte de feno. Depois de alguns minutos também seguiram para o Oeste.
E, nós ali.
Passadas cerca de seis horas viu-se ao longe sobre a barreira o ônibus interestadual que se dirigia para a cidade sede da sub-região, dando tempo de escrever, em uma caixa de bala CBC, um bilhete pedindo ajuda.
Entre as dobras da caixa colocou o Delegado Regional outro bilhete, que teve tempo de redigir, afinal ficou ali várias horas.
Depois de mais algumas horas chegou o reforço, o pior, que entre eles retornavam alguns dos mesmos policiais que tinham participado da nefasta operação.
Mas agiam como se nada tivesse acontecido.
Posicionou-se o Delegado Regional adequadamente de modo que pudesse reagir com armas, mas logo percebeu que tudo aparentava certa normalidade, iria fazer o jogo deles, talvez fosse naquele instante a estratégia adequada.
E, assim, retornaram para a sede.
O “bandido” foi autuado por receptação. Presidiu o flagrante o Assistente do Delegado Regional que foi o condutor.
Ah! Que trabalho em vão, o “cidadão” autuado, no dia seguinte foi posto em liberdade por ordem judicial.
Mas, tudo isso se repetiria depois, quando convidado para uma pescaria o ingênuo Delegado Regional foi e lá depois de ter pescado um grande “serubim”, que ajudou a limpar, no momento de saboreá-lo começaram a lhe contar a estória do “Delegado Bigode”.
Bem, esta estória, será narrada em outro conto, talvez, até o término do concurso, logicamente, se esta for bem recebida.
Ah! Sim.
Vocês querem saber por que contei tudo isso.
É simples.
Só quis justificar porque não entreguei a poesia ao amigo ODAIR ANTONIO ORTIZ, diretamente a ele e naquela época.
Justamente, porque, ela a carta-poesia, fora o bilhete que escrevera em um papel de revestimento de maço de cigarros e a introduziu, entre as frestas da “caixinha de balas CBC”. A mesma caixinha e papel que tem guardada em seus arquivos.
Normalmente, esqueço-me do teor das poesias que escrevi horas antes.
Aconteceu recentemente.
Escrevi para “baianinha” e perdi em meus escritos no próprio computador.
Espero encontrá-la. Mas ainda ontem quando não conseguia revisar este texto, em razão de erro de formatação, reescrevi a poesia “Baininha”, mas exatamente, no momento em que falava com ela pelo MSN.
Amigo com tudo isto estou lhe querendo dizer, que da mesma forma que tenho amigas, musas, você foi uma pessoa importante na minha vida, veja, fiz uma poesia, pensando que iria morrer.
Imaginava que você continuasse naquele Estado, como outros de nossos colegas continuaram.
Mas o destino não quis assim, outra vez nos encontramos aqui em nosso Estado, trabalhamos novamente juntos, divertimos em alguns momentos, trocamos nossas confidências e até fomos confundidos com buques de flores que mandamos.
Finalizando, para corroborar nossas brincadeiras, veja como fiz para você tomar conhecimento da poesia que ainda tenho aqui guardada em casa, no papel celofane, revestimento do maço de cigarros e da caixa de balas CBC, que a recuperei, pois afinal. Eu era o Delegado Regional. E, finalmente, desejo lhe dizer que tivemos a oportunidade de acabarmos com Defensores, pois sempre quis sê-lo, como quis quando tinha apenas quatro anos de idade e não conseguia dizer à minha Diretora que agira em “legítima defesa de terceiro” de meu irmão que contava apenas três anos e eu mais velho: cinco.

Foto de Osmar Fernandes

Jovens e Velhos

A juventude fica preponderante
a cada dia que passa.
Tudo em torno de um aconchego brilhante
que se firma em cada mente.
Se hoje você é jovem que corre, dança,
pratica esportes e gosta de perigo,
é porque são momentos de sua época,
sua gestão na juventude.
Mas, e o velho?
Sim! Aquele que passou por tudo o que
você passa...
Curtiu sua mocidade, teve glórias, teve graças;
foi às vitórias, enfim.
E, hoje? Hoje é simplesmente um corpo
amadurecido pelo tempo...
Mudou sua face, seu movimento tornou-se
lento, o estafante lhe vem mais súbito.
Mas, nem com isso, você, velho, é esquecido.
Você brilhará eternamente na história...
Sempre terá alguém que nunca o esquecerá.
Não o deixará sozinho um só instante.
Que o vê e o guia em todos os momentos.
Esse ser chama-se Deus.
Porque para Ele, você terá sempre o mesmo valor.
Para Ele, você não é velho.
Velho, meu jovem!
Velho é o carro que já não funciona.
É a bicicleta que já não pedala.
É a máquina que não mais constrói.
Velho!!! Velho é o jovem viciado em drogas,
que lhe domina o corpo, que lhe fere a alma,
e o torna morto...
Isso sim é ser velho, meu jovem.

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