Ferro

Foto de Illuminatus

Olhar de dor

Na beleza do teu olhar eu me vejo
Perdido por beber dos teus lábios um último trago
Que me deixe ébrio de desejo e de paixão
Quero tomar o gosto da tua pele, dos teus lábios
Quero sentir o teu cabelo suave
Quero te acariciar, quero te prender em meus braços
Quero te amar, te abraçar, te beijar
Quero-te junto a mim nem que seja por um só instante
Quero-te tanto… como eu te quero
Quero-te para a eternidade, agora e para sempre

Mas não te posso ter porque tu não me queres
Não queres que eu seja teu
Não me queres… assim como eu te quero a ti
Como isso dói cá dentro…
Como eu sinto um vazio cá por dentro…
Como estas palavras me magoam
Como magoam as palavras que me disseste
Foram como facas que atiraste ao meu coração

Marcaste-me a ferro e fogo, profunda foi a tua marca
No meu coração, na minha alma
E um dia se nos encontrarmos eu sei que ainda sentirei
Sentirei o teu corpo juntinho ao meu
Sentirei a tua meiguice, o teu carinho
Sentirei o como eras doce, o quanto eu te amei
São recordações de um passado não muito longínquo
São memória de um tempo imortalizado
Eternamente gravado na minha memória
Que não cai no esquecimento, que não se apaga
Que teima em permanecer e não desvanecer
Não se dissolve com o tempo mas aumenta de intensidade

Foto de Neco

Amor Sentimento Que Nos Marca

--Não consigo escrever nada, oque eu quero é me isolar,escondei - mer átras de um muro, trsite no meu canto. Chorando, chorando essa dor que insiste em habitar o meu peito.---

---Parece até que gosto de estar assim,não sei ao certo, nem mesm quem sou, me sinto tão perdido, desamparado , sem rumo, só queria saber porque nós acontecem ,coisas de que não sabemos explicar, apenas sentir.---

---Não digo um sentir de bem estar, pois se fosse tal, jamais me queixaria de tao nobre sentimento, refiro-me a um sentir de dor, angustia e mal estar, de algum que parece que nunca vai passar ou de que passando nunca iremos esquecer , ficando marcado em nossos coracões , como se marca o gado a ferro quente.---

---Para que vivermos ou sentimos isso, se tudo o que realmente queremos é amar e ser feliz, seria tão mais facil e menos doloroso assim.---

Foto de RLeblanc

Amor Incondicional

Tenho ouvido uma pergunta do meu ser,
que os mais íntimos sentimentos,
me fizeram duvidar ao responder.
E mesmo quando assim o faço,
penso de novamente antes de proseguir adiante.
Invariavelmente caio no abismo das minhas lembranças.
Bato de cara com a dura e fria verdade,
cunhada a ferro com teus atos e palavras.
As lembranças vêm e vão,
Não chego à conclusão nenhuma,
A única palavra que conforta,
a minha magoa em forma de lagrimas,
talvez seja o tempo...
Acreditar mais uma vez???
Será possível acreditar de novo???
...gostaria que fosse verdade.
Gostaria de acreditar,
Que não te amei em vão;
Que não perdi meu tempo;
Que marquei tua vida;
Que passe o tempo que passar, vou estar lá!!!
...no mesmo lugar onde me deixaste.
Gostaria de acreditar, mas não consigo conceber,
em depositar tudo de mais precioso que possuo,
numa incerteza tão grande.
Paradoxalmente esta é a única certeza que tenho.

By R.LeBlanc

Foto de Noah

Demolição

Desarrumei a minha cabeça de um minuto para o outro
Inventei o universo das coisas tristes para me encontrar
Virei do avesso o meu coração
As palpitações e o sangue que corre nas veias
Removi-lhe a cor...
Demoli este prédio que construí em mim
E reconstruo tijolo sobre tijolo um só andar
Longe da altitude e da magnitude das coisas...
Farta de trivialidades
Dos rios fúteis e zangados que nos desgastam
Nos destroçam num só segundo
Cansada dos outros que nos cercam
Nos consomem energias
Nos roubam um sorriso através do olhar
Olhos que nos devastam
Roubam
E deitam tudo a abaixo sem tempos
Com feridas
Com cascos de ferro entranhados na pele
Cravados neste mundo louco
Que nos enlouquece
Desvanece e esquece...
Nesta escuridão
Caminhando ao relento
Perdida e só com uma rosa na mão
Talvez esta me acompanhe e me transforme
Transforme o drama num melhor padrão...

Foto de Elemental

Desejo, loucura, rendição

Quero você ao meu lado nesta fria noite
Meu coração congelado pela solidão
Encontrou o sol em seu corpo perfumado
Sua macia pele me seduz, me descontrola
Meu instinto me corrompe de desejo
Cada movimento sem pensar, mais rapido..
Abraço-te ferozmente, dou-lhe beijos roubados
Acaricio sua lingua com a minha, massageio-a
Deslizando suavemente minhas mãos em seu corpo
Despindo-a vagarosamente, peça por peça...
Toco em suas nádegas, apertando-as.. apertando-as...
Aproximando meu corpo do seu, como imã e ferro..
Grudo em ti, encaixo-me dentro de você, me aquece..
Seu rebolar da cintura me enlouquece, sua espressão...
Sua face de desejo por prazer, mais e mais
Penetrando-te, mais ereto ainda que antes
Selvageria em cima de simples lençois...
Gemidos contorcidos, a sinfonia da orgia
Cada momento junto, cada instante, se tornava mais forte
Ao fim... o clarear do sol entrando pelas venezianas
Quente, tão quente que descongelou meu coração.....

(PS: visite o forum, use-o caso tenha perguntas ou sugestões, participe, sua perfomance aqui será de bom grado a todos. E lembrando, sexo só com preservativo, nunca deixe de lado.)

Foto de Patrícia

Cantata de Dido (Correia Garção)

Já no roxo oriente branqueando,

As prenhes velas da troiana frota

Entre as vagas azuis do mar dourado

Sobre as asas dos ventos se escondiam.

A misérrima Dido,

Pelos paços reais vaga ululando,

C'os turvos olhos inda em vão procura

O fugitivo Eneias.


Só ermas ruas, só desertas praças

A recente Cartago lhe apresenta;

Com medonho fragor, na praia nua

Fremem de noite as solitárias ondas;

E nas douradas grimpas

Das cúpulas soberbas

Piam nocturnas, agoureiras aves.

Do marmóreo sepulcro

Atónita imagina

Que mil vezes ouviu as frias cinzas

De defunto Siqueu, com débeis vozes,

Suspirando, chamar: - Elisa! Elisa!

D'Orco aos tremendos numens

Sacrifício prepara;

Mas viu esmorecida

Em torno dos turícremos altares,

Negra escuma ferver nas ricas taças,

E o derramado vinho

Em pélagos de sangue converter-se.

Frenética, delira,

Pálido o rosto lindo

A madeixa subtil desentrançada;

Já com trémulo pé entra sem tino

No ditoso aposento,

Onde do infido amante

Ouviu, enternecida,

Magoados suspiros, brandas queixas.

Ali as cruéis Parcas lhe mostraram

As ilíacas roupas que, pendentes

Do tálamo dourado, descobriam

O lustroso pavês, a teucra espada.

Com a convulsa mão súbito arranca

A lâmina fulgente da bainha,

E sobre o duro ferro penetrante

Arroja o tenro, cristalino peito;

E em borbotões de espuma murmurando,

O quente sangue da ferida salta:

De roxas espadanas rociadas,

Tremem da sala as dóricas colunas.

Três vezes tenta erguer-se,

Três vezes desmaiada, sobre o leito

O corpo revolvendo, ao céu levanta

Os macerados olhos.

Depois, atenta na lustrosa malha

Do prófugo dardânio,

Estas últimas vozes repetia,

E os lastimosos, lúgubres acentos,

Pelas áureas abóbadas voando

Longo tempo depois gemer se ouviram:

«Doces despojos,

Tão bem logrados

Dos olhos meus,

Enquanto os fados,

Enquanto Deus

O consentiam,

Da triste Dido

A alma aceitai,

Destes cuidados

Me libertai.

«Dido infelice

Assaz viveu;

D'alta Cartago

O muro ergueu;

Agora, nua,

Já de Caronte,

A sombra sua

Na barca feia,

De Flegetonte

A negra veia

Surcando vai.

Correia Garção (1724-1772)

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