Fim

Ilusão de felicidade eterna,
cingida por juras verdadeiras e sinceras
que o amor faz enquanto floresce.
Tempo de trocas, cumplicidade e afeto,
onde o amor, grande arquiteto,
é pródigo em benesses.
Mas vem a rotina que tudo transforma,
vem impondo novas normas
e escasseando a pródiga messe.
Os horizontes dourados,
os sonhos juntos sonhados
perdem-se entre carinhos cansados.
Surgem as sombras nos semblantes,
o abatimento inquietante,
o peso de cada instante.
Falta a coragem de assumir o fim,
de deixar pra trás o esplim
e florescer outra vez em outro jardim.

Quero escrever um verso
mas não consigo se tiver sem inspiração,
quando percebo que nesse mundo
é uma grande imensidão.

Sinto pequeno diante da incerteza
e com apenas uma certeza.

Que olhar pra frente
é melhor que olhar do lado,
porque o medo
pode nos deixar paralisado.

Se o mundo é grande ou pequeno
isso não vai importar,
se eu olhar diferente
para o meu caminhar.

Sei que tem uma pedra no meio do caminho
isso o mestre já alertou,
mas quem não passou por isso
e se levantou.

Se eu cair
vou tentar me levantar,
e se não conseguir
vou me rastejar.

Mas a vida é assim,
enquanto estamos vivos
ainda não é o fim.

Você foi um amor mal acabado.
Sol de inverno.
Folhas secas da primavera.
A estrada sem fim.
Foi á tempestade de verão.
Noite escura ao som dos trovoes.
Foi à mentira e a verdade...
Foi meu sol minha escuridão.
Foi o amor e perdição.
Foi tudo; e nada.
Juntos nós perdemos nas curvas
Dos corações...
Restou á s solidão!
Você foi o caminho mais incerto
Que me levou ao deserto.

Sempre na correria
Agrada mãe e a tia
Perdido na euforia
Sem lugar pra estacionar!

Quase morrendo
Vivendo sem parecer
Tendo tipos de loucura
Sem surpreender o social

Como um perpelegal cavalgando
Sem surpresa ou ternura
Sigo amando

Quase no fim do tempo
Bigode embranquecendo
Fazendo amor