Força

Foto de Sonia Delsin

MAR&POESIA

MAR&POESIA

Não tive medo de me afogar.
Mergulhei no teu mar.
De cabeça mergulhei.
Ah, eu me entreguei!
E tu, mar infindo!
Como tu és lindo!
Tem dias assim em que eu penso.
Estamos distanciados.
Tivemos momentos que serão eternamente lembrados.
No teu mar fui a sereia.
Sobre meu corpo nu vieste mansamente se deitar.
Fui areia.
Sou mulher que te incendeia.
E mesmo assim a vida insiste em nos separar.
Parece que entre nós existe um abismo.
E que ponte alguma consegue nos juntar.
Ao mesmo tempo força alguma do mundo consegue nos distanciar.
Porque no coração vivemos a nos amar.
Somos uma fantasia?
Mar&poesia?

Foto de Dennel

A escritora sem rosto

No silêncio de seu quarto, ela escrevia furiosamente. Era a única atividade que lhe dava prazer, uma vez que fora rejeitada pela sociedade que teimava em não reconhecer seu talento de escritora.

Amigos, não os tinha, e os que afirmavam sê-lo, o faziam por conveniência ou oportunismo; no entanto, ela não desistia de escrever, seus dedos calejados eram atraídos pela caneta que a seduzia, como um beija-flor é seduzido pelo néctar da formosa flor.

Sempre quisera ter filhos, mas a natureza lhe privara deste privilégio; em certos momentos de solidão, julgava que era melhor assim, pois acreditava que filhos traziam aborrecimentos e dissabores.

Sonhava ser uma grande escritora, admirada e reconhecida nos círculos literários. Escrever lhe fazia relembrar da imigração da sua família para o Brasil. Tempos difíceis aqueles, tempos turbulentos. Hoje, nada mais possuía, além da tradição do nome da família; tradição que não lhe trazia o reconhecimento esperado junto à sociedade.

Viu surgir sua grande oportunidade quando foi convidada, pelo diretor da revista Entricas & Futricas, a escrever uma coluna sobre personalidades famosas. Seu entusiasmo era visível com sua nova função; imaginava-se sendo laureada na academia de letras, ouvindo o burburinho de repórteres, implorando por uma entrevista.

Mas as coisas não saíram como era esperado, o número de leitores e comentários da sua coluna caía vertiginosamente. A direção da revista não teve alternativa, senão rescindir o contrato, pois apesar do talento para as investigações jornalísticas, ela fazia a cobertura do cotidiano de pessoas tão ou mais desconhecidas do que ela; evidentemente para a revista não interessava a vida de desconhecidos.

Tentou sem sucesso todos os argumentos que julgavam válidos, porém, o diretor fora inflexível. Via desabar diante de seus olhos o castelo de sonhos que erguera para si; sentiu um nó na garganta ao receber o veredicto fatal, a única ocasião em que sentira tamanha angústia fora numa solenidade literária, ao engasgar com um gole de água que bebera às pressas.

Passou dias desolada, lamentava a injustiça que sofria; a única que parecia compreendê-la era sua inseparável caneta. Agora escrevia como um autômato, descarregava toda a sua frustração nos escritos. Seus pensamentos não tinham unidade ou valor que levassem as pessoas a refletir sobre um modo de vida salutar, mas o que importava é que, escrevendo, sentia-se melhor.

Tomou uma decisão que avaliou lhe traria o reconhecimento que tanto buscava. Sabia que no mundo das letras havia o plágio; soubera inclusive do autor americano que fora laureado com o Nobel de literatura plagiando um escritor de outro país. Ela faria o mesmo, arrazoava consigo mesma que os fins justificam os meios. Quando se deparava com um texto que lhe agradava, ela o modificava ligeiramente, afirmando depois ser o mesmo de sua autoria. Para maior credibilidade, lançou uma campanha contra o plágio, defendendo os direitos autorais.

Sua obstinação de ser reconhecida levava-a ao ridículo, pois abordava pessoas desconhecidas na rua, propondo amizade, o que não raro produzia uma frase indignada do abordado: “Vem cá, eu te conheço?”.

Ela não se importava com estas situações vexatórias, lembrava-se de seus únicos ídolos, Hitler, Mussolini, Lampião e Idi-Amin Dada, que sempre souberam vencer preconceitos e dificuldades, tornando-se heróis para alguns e vilões para muitos.

Olhando-se no espelho, via as rugas a sulcar-lhe o rosto, o tempo fora implacável com ela. Lançando um olhar para a penteadeira, via as poucas fotos que retratavam sua vida; não havia semelhanças entre elas, de forma que se outra pessoa as visse, juraria que estava diante de um camaleão.

Sua atenção volta-se novamente para o espelho, cuja imagem parece lhe transmitir terrível acusação: “Você é uma fracassada”. Ela sente uma vertigem, apóia-se ligeiramente na penteadeira; ao lado, sua velha e fiel companheira parece convidá-la para escrever o último ato de sua existência.

Trêmulos, seus dedos agarram fortemente a caneta, que com a força empregada, se rompe, deixando um borrão de tinta na folha que um dia fora branca.

Juraci Rocha Da Silva - Copyright (c) 2005 All Rights Reserved

Foto de Joaninhavoa

BRINCANDO AMOR

Oh
Tua boca n`minha
Colada traquina brincando
Emoção...

E teus desejos são meus
Ansejos que viram juntos até
Infusão...

Teus beijos sobem ao céu
D`minha boca e os meus
Descem à terra...

E nesse ponto d`encontro
Reluzo conduzo teu corpo nu
Como se fosse um rio..

E te deixo louco de pura
Emoção com a força
D`amor...

JoaninhaVoa, In “O Meu Amor”
(2008/05/28)

Foto de Sal

Ler

Em momentos de solidão
Quando começo a perder a razão
Em que tudo é tão vazio
Em que sinto a vida presa por um fio

Nada melhor que ler
Ganho novo alento para viver
Sou herói e vilão
Bate-me de novo o coração

Deixo-me conduzir pela imaginação
Cruzo o mundo num avião
Feito de sonhos e crença
Que me fazem esquecer esta doença

Vivo a história antiga
Deixo-me seduzir pela intriga
De um romance imaginado
Perfeito porque inacabado

Não acaba quando termino
Equivoco o meu destino
Continuo a sonhar
Com sonhos de meu mundo mudar

Aos autores estou agradecido
Por aos meus sonhos terem dado destino
Aos meus sentimentos novas emoções
E para continuar a viver razões

Uma mescla de sentimentos me dão
Condensados numas quantas páginas estão
Sonhos tornados realidade
Aprendizagem feita de saudades

Ler não é só aprender
É também motivo para viver
E lutar com a força do querer
E imaginar o que poderá suceder

Presto singela homenagem a quem escreve
Pois experiências descreve
Dá tanto a quem lê
Com uma força que não se vê

Foto de diny

MEU QUERIDO SER

MEU SER QUERIDO

"O homem dos meus somhos
está quase desaparecendo.
Aquele que minha imaginação criou;
o tipo de homem que toda mulher sonha,
nos lugares mais secretos de seu coração.
Quase consigo vê-lo agora em minha frente,
o que diria pra ele,
se realmente estivesse aqui?
Me perdoe...
Há tanta coisa pra ser dita!
Não consigo encontrar palavras,
exceto estas:
EU TE AMO..."

Você é um sonho.
Um grande amor,
de um amor perfeito.
À ser vivido um dia
num céu muito céu.
Onde hei de ver
a minha vida acontecer.
Eu não sei...
de onde vem essa força,
que me prendem a esses sonhos.
Como fazer pra tirar você do meu pensamento?
Como esquecer a tua presença de luz e vida?
Como fazer você responder aos meus apelos
nos meus sonhos?
Como ouvir a sua voz amorosa:
Te amo...
Eu te possuirei como ninguém,
porque te amo!
Ah eu não sei...
Eu só sei que te amo.
E essa mansa certeza que não vens!...

Foto de von buchman

VOCE É

Você chegou, caladinha, quando eu nem esperava
me fisgou de modo que nem consegui evitar...
Quando eu me dei conta, nada me restava
a não ser me entregar...
Com este seu jeitinho maroto de menina boba e infantil
foi logo tomando conta deste bobo coração.

Você me fez ver um outro lado da vida,
que eu imaginava que existia.
Você trouxe muita alegria e muita paz
a este velho coração.
Você me fez delirar e viajar nos seus sonhos
e desejos...
hum . . . que delícia !

Você é um anjo de carne e osso, sem asinhas.
É desprovida de maldades e muito dengosa
e ás vezes bem safadinha...
É a razão de tudo hoje pra mim...
É minha fraqueza,
minha força,
meu Mundo.
Minha resposta à tudo.

Você é a razão do meu viver...
É o açúcar de minha vida,
É a luz de meus olhos,
É a árvore da minha vida,
É o ar do meus pulmões,
É o despertar numa manhã de primavera...

Você é meu desejo
meus sonhos e fantasias.
Você veio para me fazer delirar...
e realizar minhas vontades.
Hum . . . Você realmente sabe me tirar do sério...

Você é senhora da minha razão,
da minha mente e do meu coração.
Você me faz ver a vida de um outro ângulo...
Me torno moleque junto de você,
talvez com 16 anos.

Hoje me torno tão infantil ao pensar em você,
que até sua foto vivo a namorar...

Você é o meu vício....
Você é o meu tudo...
O começo,
o meio,
e o fim . . .
Ah . . . você é !
. . . . . . . . . . . . . .
Tenhas meu Eterno Admirar!
Mil e Um beijos de Mel....
Mimos de Eterna Paixâo
neste Lindo Coração . . .

Foto de Lu Lena

ÓDIO e AMOR...

palavras ásperas lançadas
como flechas ao vento
ferindo minh' alma
naquele momento...
sinto ainda a dor aguda
estática e fico muda...
E na madrugada fria,
totalmente inerte e vazia
busco respostas para
tais sentimentos...
confundindo meus pensamentos
e na névoa úmida e distorcida
passa um filme da nossa vida...
é aí que tropeço em algo então
é você com o arco e flechas na mão
Um véu é estendido do céu
mórbido e gelado que nos separa...
Apenas a magia da telepatia
que nesse instante fala...
é o desejo pulsante e incontido
uno entre egos em conflito
Mas, se novamente nos juntou
prevaleceu assim a força
do amor...

Foto de Wilson Madrid

DEVANEIOS

*
* ( ACRÓSTICO )
*
*
D esejar um amor puro e eterno
E sperar perfeição no ser humano
V incular o ter mais à felicidade
A lmejar o crescimento sem dor
N egar a dualidade do universo
E numerar as estrelas do céu
I gnorar a lei de causa e efeito
O bstruir a força da natureza
S ão devaneios sem rima, sem pé nem cabeça...

Foto de Manu Hawk

Bom Dia Amor! (Conto)

Acordei com você sussurrando ao meu ouvido, nem me recordo direito o que falou, mas aquela voz gostosa me fez despertar. E acreditando que estava sonhando não abri os olhos, apenas sentia sua presença à cabeceira da cama, agora passando levemente os lábios no meu rosto e beijando. Virei e abri os olhos, não estava sonhando, seus olhos lindos me queimavam e um sorriso maravilhoso iluminou todo o quarto. Ainda não acreditando, toquei seu rosto, só então tive a certeza que estava ali por inteiro, não sei como, mas não ia fazer perguntas e quebrar todo o encanto. Abracei-te, beijei, e puxei pra dentro da minha cama, onde imaginava estar com você um dia. Foram horas de carícias deliciosas, beijos intermináveis, daqueles que sentimos cada pedacinho da língua, que nos fazem sentir vontade de abraçar cada vez mais, agarrar com toda força parecendo que os corpos atravessariam um ao outro, ou se fundiriam num só.

Todo meu corpo estava em chamas, não havia mais espaço para roupa, que você arrancou de uma só vez. Cheguei a sentir frio, arrepiando com a brisa que invadiu o quarto, tamanho era o calor do meu corpo. Num movimento estava sobre você, lindo, com a camisa entreaberta, sem falar nada, apenas pedindo com os olhos que eu continuasse. Abri cada botão que faltava, sem desviar do seu olhar, até tirá-la por completo. Comecei a beijar sua boca bem de leve, só encostando e brincando, sem deixar me beijar. Desci beijando seu pescoço, peito, barriga e fui abrindo e tirando lentamente sua calça, que já estava apertada de tanto tesão. Continuei beijando todo seu corpo até os pés, puxando sua cueca conforme descia, voltei passando a língua pelas suas coxas, virilha, até que você me puxou com força, abraçou-me e nos beijamos como loucos.

Nessa loucura, segurei forte suas mãos, escorreguei pelo seu corpo suado, até sentir encaixar bem gostoso. Fazia movimentos lentos, segurando suas mãos, prendendo suas pernas com as minhas e te olhando firme nos olhos. Não sei quanto tempo ficamos assim, alternando entre movimentos lentos, que parecia te sugar, e uma louca cavalgada. Até que nos abraçamos e finalmente nos tornamos um só de tanto prazer. Dormimos assim, abraçados e cansados...
Senti a cortina passar pelas minhas pernas, um vento frio entrava no quarto, passei a mão pela cama e você não estava. Ouvi o aviso de mensagem chegando na caixa de correio, esqueci o computador ligado, era mensagem sua e dizia:

“Te liguei e só dava ocupado, à noite nos falamos no MSN, bjsssss...”.

Sonhei que estava sonhando... Bom dia amor!

(por Manu Hawk - 06/05/2004)

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Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]
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Foto de Sonia Delsin

FORÇA ESTRANHA

FORÇA ESTRANHA

Que é feito daqueles dias?
Quantas alegrias!
Lembras, amor?
Eu sabia te instigar.
Sabia te provocar.
Tanto, tanto.
Tu sabias que naqueles dias eu era riso e pranto.
Meu peito eu abria.
E tu me abrigavas.
Como se uma rolinha eu fosse.
Frágil.
Tão frágil.
E meiga.
Tu me abrigaste sob tuas asas fortes.
Meu gavião do bem.
Lembro também...
Dos nossos vôos.
Apesar de ser uma simples e indefesa rolinha eu não voava sozinha.
Te convidava.
E tu aceitavas.
Para nós, tempo, distância e tudo mais não incomodava.
Nunca incomodou.
Porque foi uma força estranha que nos aproximou.

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