Forma

Foto de Gideon

Abismo de Amor

De que é feito um homem, senão da esperança de ter uma grande mulher?
No entanto quando estamos diante de uma grande mulher sentimos-nos pequenos, dependentes.

Muitas mulheres passam, no dia-a-dia, por nós homens.
Diante de algumas delas postamo-nos como superiores, sabichões e até mesmo, às vezes, arrogantes.
Mas quando meio sem esperar nos deparamos com uma grande mulher tudo desmorona, tudo é posto aos pés.
Se falávamos bem e impostadamente agora falamos baixinho, rouco e gaguejantes.
Se tínhamos tantas "conquistas" e vitórias para nos gabar, agora achamo-nos vazios de palavras
e buscamos desesperadamente na memória fatos que possam impressioná-la e nada, nada surge de importante.
E aí, quando pior, desandamos em falar besteiras e baboseiras como verdadeiros idiotas diante de uma grande mulher...

Se sabíamos tantos galanteios e palavras de efeitos, agora não nos atrevemos em tentar pronunciar um elogio sequer.
Ele sai meio avexado e logo baixamos o nosso olhar para não ver a possível reação de desprezo no rosto dela... Enfim, sabemos claramente quando estamos diante de uma grande mulher.

Dias destes estive diante desta grande mulher.
Além de tudo o que escrevi acima tinha vontade de ficar olhando-a infinitamente, reparando em cada detalhe que forma o seu belíssimo rosto, semblante, corpo, mãos...
Ah, as mãos, estas ela me ofereceu como um presente que rápido e sabiamente agarrei-as, e pus-me a acariciá-las. Tentei desesperadamente armazenar na memória do amor cada sentido do contato que experimentei.

Depois das mãos veio o corpo procurando o carinho e o contato acolhedor impulsionado pelo bendito frio do teatro João Caetano.
Senti-me um rei, um super-homem, um feliz-homem, um sei-lá-o-que-homem, mas muita coisa de homem quando a tive em meu ombro algemada às minhas mãos agora sôfregas e impacientes... (sei que ela notou).
A cada frase da Fernanda Torres, que seria meramente uma pronúncia do monólogo frenético que se desenrolava na peça, transformava-se pelos meus dedos em afagos urgentes de carinhos sinceros, de prazer, de vida, de esperança...

O olhar da grande mulher é penetrante, mas paciente.
Entrecortado por um piscar em câmera lenta sem, contudo, desviar o foco do alvo, o pobre e pequeno homem, que tenta encolher-se, esconder-se de diante de tamanha grandeza.

Claro, ela talvez não perceba que seja grande, penetrante, impostadora, perturbadora...
Por outro lado não sou e nem me sinto pequenino e frágil, mas diante da grande mulher cá estou eu meio desequilibrado, trôpego e louco para ser sua vítima mais uma vez.
Vítima talvez do seu amor...

Aonde iria mergulhar? Penso. Será profundo este abismo de amor ou seria apenas um reflexo de uma imagem distorcida pela inflexão da imagem no abismo?

Vou apressar-me em arranjar um pára-quedas para me proteger e tentar pousar suave neste inevitável precipício da paixão, que talvez eu esteja prestes a cair.

Foto de Gideon

O Trem da minha sina

O sentido da vida
jamais poderemos saber,
os dias corridos e apressados
jamais poderemos reter.

Observo os outros, próximos,
que ao meu lado movem-se
pelo instinto do viver.
Vão e vêm sem perceberem
que uma sina oculta
cumprem sem merecerem.

Eu também da minha sina
não consigo fugir,
de tudo fiz, de tudo aprendi.
Faculdade de gente rica,
como diziam lá na vila,
profissão de família boa,
que não se consegue à toa.

Pois bem, por mais que tentasse
e tudo fizesse ao meu alcance,
cá estou em pé no trem parador
seguindo obediente pro meu labor.

A trilha do ruído dos trilhos
remete-me às histórias de meu pai,
que cumprindo por si também a sua sina
nos mesmos trens paradores e diretos
apertado e inconformado subia e descia.

Não, não entrego os pontos assim facilmente,
da bolsa de couro macio
saco a caneta e o caderno, paciente.
Anoto as expressões dos pobres coitados
e transformo-os em atores,
essa gente de recursos tão parcos.

Pelo vagão procuro feições tristes
prá rechear os meus tristes escritos,
mas sorrisos ingênuos e olhares candentes
surpreende a minh’alma de poeta reticente.

Volto-me para a minha própria condição,
passageiro desta tão pobre e nobre condução.
Na chupeta pendente agarro a minha mão,
pro balanço do trem não jogar-me na solidão.

Por de trás de meus óculos, disfarçado,
observo Maria de cabelos ondulados
e tosca roupa na moda dos rebolados.
Mastiga um chiclete já meio deformado.

Ela serve, quem sabe,
prá ser a minha heroína dum conto qualquer,
que insisto escondido ali existir,
e naquele cenário tão pobre
tento ainda alguma arte produzir.

Com uma das mãos sustento o caderno
com a outra a caneta retiro do terno.
Próximo à porta apoio as minhas costas.
As histórias de Maria
vou tentando dar forma
com letras tortas.

A sina da vida sofrida de Maria
insisto incluir no meu conto,
mas ela é bonita demais
e distraio-me com o seu encanto.

Um lugar prá Maria, enfim,
não encontro no meu conto.
Contudo logo percebo,
que o personagem que descrevo
sou eu mesmo,
que do trem da Central do Brasil
ainda é prisioneiro.

A sina da vida, insisto,
ainda quero incluir no meu conto.
Mas não é a realidade que de fato vivo?
Pergunto-me com desencanto.

O sofrimento do enredo
que sobrepõe a minha inspiração
vai desfazendo daquele conto
que não consigo continuação.

A minha sina parece que segue
no trem da minha vida
e cá estou de caderno fechado,
caneta no bolso borrado,
observando Maria que com charme
o chiclete ainda mastiga.

O balanço desse sofrimento
atormenta o meu coração
que é solitário de paixão,
Maria, quem me dera,
que prá ter o seu olhar tudo faria
mesmo que fosse por compaixão!

Na estação da Central
o meu sofrimento fita o chão.
O olhar de Maria se foi na multidão.
Meu caderno de escritos agora
descansa triste na minha mão.
Ainda ouço, ao longe, com emoção
o clamor da última pregação.

Anúncios saindo dos alto-falantes da estação
ecoam agora inundando o saguão.
Eu caminho apressado
esbarrando nos braços
de tantas marias
e em tantas mãos.

O poeta desce pro Metrô, frustrado,
e na escada rolante, agarrado.
desvia-se dos braços de esmola, esticados,
pendendo o seu corpo pro lado.

O conto sobre Maria
e o trem dos amontoados
ficarão prá outra viagem.
Quem sabe um dia sem esperar
a inspiração virá
e outras marias com outros penteados
serão heroínas do poeta,
que segue a sua sina
no trem dos desafortunados.

Foto de Teresa Cordioli

NAS ASAS DA POESIA...

*
NAS ASAS DA POESIA...
*

O beija flor que saiu do ninho
Já não tem forças para retornar,
Tão pequeno, tão franzino,
Chora por estar sozinho,
Querendo reaprender a voar...
Dos seus sonhos de menino,
De menino passarinho,
Sobrou a saudade
Que hora me invade
Querendo ouvi-lo cantar.
Poesias eram suas asas,
Hoje da chuva tão molhadas
A fizeram mui pesadas
Já não o trazem em revoadas
Para do mel do amor saborear.
Foram as chuvas de lágrimas,
Derramadas pela estrada da vida,
Que fizeram seus versos secar.
Vôo ao teu encontro,
Carregando nas mãos uma rosa
Em forma de versos, ESSA PROSA!
Para te alimentar.
Dar-lhe-ei também um ramalhete
E muitas pétalas de enfeites
Para suas asas secar.
Assim, volte beija-flor,
Recite seu amor,
Para essa Flor alegrar...

Foto de Joaninhavoa

EM MEUS BRAÇOS TE LEVAREI...

*
*
Aqui estou! Como uma fonte D`águas mansas puras suaves
Onde gemem sonhos sementes
Onde grita meu amor sòmente

A infância do acaso o trouxe
Um dia! O silêncio tomou forma
Há tanto tempo que me alucina
A fábula da fonte!...

Do hei-de vir buscar-te um dia
Num cavalo branco aperaltado
E como um rouxinol alucinado

Oh! Musa dos meus sonhos
De cabelos soltos e olhos estrelados
Em meus braços te levarei – um dia.

JoaninhaVoa, In “ O Meu Amor”
(05 de Junho de 2008)

Resposta ao poema de Dirceu Marcelino, ainda sem título, por
sua vez em resposta ao meu poema
"ALMA DOS VENTOS", de JoaninhaVoa

Foto de frank5417

Eu homem vivido

Eu homem vivido de coração aberto
Em toda minha vida pude sentir a evolução
Do nobre sentimento amor , sim amor
De certa forma a vida não me deu os caminhos mais belos
Mais por onde percorri vivi amores paixões , um caminho natural
Mais hoje a vida me ensina e orienta
Ame e seja sincero
Perdoe e ceras perdoado
Compreendo que hoje sou homem de coração magoado, sofrido
Mais tenho dentro de mim a certeza que hoje conheço bem o amor
O amor se faz presente e ao mesmo tempo ausente
Basta saber entende lo, á amor e amores.
Como também a amor que amamos calados na mais profunda intimidade
Amor presente se vê no dia, dia , em lugares, pessoas gestos
Mais amor verdadeiro fica escondido só unicamente só pra você
E de tal habilidade ele se mostra direcionalmente a uma pessoa VOCÊ.
Como um eniguima onde a chave só se pode saber quem de fato o senti
Eu homem vivido de coração aberto declaro que o amor esta em mim como sinto que
Já se faz presente em VOCÊ. 10/06

Foto de frank5417

Ontem podemos dizer que estivemos juntos

Ontem podemos dizer que estivemos juntos

Quero me expressar pela noite de ontem
A autonomia e cumplicidade de duas pessoas
Que de uma maneira ou de outra estiveram juntos
Mesmos que este momento tenha sido em pensamentos
A de uma sinceridade e afinidade perfeita entre nós dois
Em um exato momento pude senti sua mão tocar a minha
O seu cheiro já era intenso com meu eu.
Dizer que tudo é uma loucura ou ultrapassamos as leis do limite
E de certa forma errôneo a uns e aos apaixonados a forma certa de se amar, sim, pois se não podemos estar fisicamente juntos, a sintonia envolvida a força da.
Energia se fez presente, ontem podemos dizer que estivemos juntos sim.
As palavras que trocamos começarão em troca de uma cobrança ou insegurança
O ritimo do linguajar foi se transformando, palavras e verbos secos e bruscos foram.
Tomando a forma que com coração na verdade queríamos dizer um ao outro
Ontem estive ai com você ai mesmo, veja que da forma bonita este sentimento nos toma.
Não pensamos em, oque o porquê, a vontade foi único entre nós, sentir você mesmo que separados foi de tal prazer ao meu ego interior , a cada palavra expressada por você me envolvia e com coração aberto e já bem à-vontade em nosso momento falou oque sentia , falei de mim, toquei em sua face a foi lindo perdi tempo a distancia já não era mais vista entre nos o amor falou mais forte.
A nossa energia envolvida de amor seja assim em quanto dure este amor
Ontem podemos dizer que estivemos juntos
10/06

Foto de Graciele Gessner

A Nova Mulher. (Graciele_Gessner)

Mulher isto, ou mulher aquilo, já ouvi muito disto. Por que sempre a mulher é o alvo do conceito complicação? Sou mulher e admito que tenham momentos de altos e baixos, mas o homem com a sua falta de compreensão também é um enigma muitas vezes sem respostas.

Muitas vezes me questiono por que estamos acompanhadas por eles? A resposta é simples! Até possa ser difícil de suportarmos certas atitudes deles, mas é impossível ficarmos sem eles. Quando realmente encontramos aquele que nos compreende, sei que não conseguimos ficar sem a companhia desta criatura máscula.

Sei que existem aquelas mulheres auto-suficientes de si, que estão maravilhosamente bem sozinhas. Fico apenas me perguntando, será que a vida de uma mulher é completa desta maneira?

A mulher até pode escolher em não se casar, não ter marido, isto é uma escolha pessoal. Mas como somos seres racionais necessitamos viver com pessoa, nos comunicar, nos envolver, aprender a respeitar a individualidade de cada um, estar em grupo para a integração com as demais pessoas.

A mulher até pode ter invadido o mercado de trabalho, ter conquistado a sua independência, mas em algum momento da sua vida vai perceber que algo está faltando e que a juventude passou e não soube aproveitar adequadamente. Então, além de ficar trabalhando em demasia, viva e desfrute da beleza que existe ao seu redor.

Mulheres! Trabalhem, estudem, namorem, amem, tenham a sua independência financeira, mas jamais anulem a sua essência feminina que Deus nos proporcionou. Jamais se esqueçam da sua sensibilidade, de sua intuição aflorada e de sua capacidade de gerar novas vidas.

A nova geração de mulheres assusta, mas valoriza a capacidade intelectual que muitos anos foram desprezados ou mesmo oprimidos. Mulheres com atitudes e comportamentos ousados; estilo de iniciativa e ação de opinião firme; acaba assustando os menos atentos. Qual é a organização que não deseja uma mulher assim?

Mulher com sua forma sensível promovem uma comunicação ágil e seus pensamentos acelerados operam uma percepção aguçada.

Quem não deseja estar na companhia de uma mulher para desfrutar das mais sensacionais e revolucionárias ideias femininas?

16.04.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Graciele Gessner

Você e Eu. (Graciele_Gessner)

Você ali do outro lado desejando estar comigo e a escritora aqui tão solitária, querendo estar entre seus braços, me aquecendo do frio desta noite. É bem verdade que não estamos suportando essa distância que a cada dia se transforma numa nova muralha.

A cada nova viagem, um novo episódio emocional acontece. Desta vez, não foi possível nos despedir e a tristeza veio bater rapidamente no meu coração. Foi complicado não pensar em você e tive que me manter centrada, pois eu tinha uma semana de trabalho pela frente.

O engraçado disto tudo, era que ambos queriam se despedir, mas aconteceram uns contratempos e não foi possível. Era preciso estar de bom humor, porque a vida continuava e não havia sido pedido uma parada estratégica.

Como queria tê-lo neste instante pertinho de mim e sentir seus lábios tocando os meus; sussurrando a nossa expressão de amor tão original e expressiva de nossos sentimentos. Receber aquele abraço que dei num trovejar de relâmpagos: “não te solto por nada deste mundo”. Infelizmente veio uma trovoada do outro lado do continente e me vi obrigada a te libertar.

Lembra deste abraço? Aquele abraço que te abracei tão intensamente, aquele de nossa reconciliação, de nosso entendimento, de esquecer as mágoas e viver das recordações amáveis? Realmente aquele abraço ficou registrado no nosso inconsciente eternamente.

Os abraços têm disto, aliviar as dores, as angústias, as saudades; também tem a dimensão de pedir perdão, de demonstrar o nosso carinho, nosso respeito, nosso amor.

Fico a analisar cada foto de nossos momentos e me pergunto, por que a nossa história não pode começar antes? Sinceramente, talvez não fosse o período certo. E reavaliando tudo, muitas vezes por insegurança e sem saber o seu real sentimento por mim decidia-me afastar de você.

A cada nova situação uma nova insegurança, a cada nova ansiedade gerada, eu estava sendo consumida e tentava-me libertar desta angústia através dos meus escritos. Meus escritos foram meus fiéis parceiros desta prisão que por várias vezes me senti encarcerada.

Hoje, escrevo como forma de inspiração, mas quando necessário escrevo para aliviar essa alma de mulher sensível que precisa ser forte.

Finalizando, quero relatar que tudo valeu à pena! Quero olhar para trás e confirmar que foi maravilhoso ter caminhado com você este percurso. Quero-me arrepender apenas de coisas que não tenha tido a ousadia de arriscar. Por tudo isso, você me completou, me ensinou, me respeitou!

Nesta recordação memorável do tempo, sou franca em declarar que somos almas que se completam. Pense nisto!

Uma eterna apaixonada pelo seu amor.

14.04.2007

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Carlos Lucchesi

Poeta menino; amigo meu

...Desde menino sempre foi calado, quieto; do tipo que sentava na última carteira da sala de aula. Aulas de matemática?...Nem pensar! Seus pensamentos vagavam distantes nestas horas. Geometria era um verdadeiro horror! O que ele gostava mesmo, era ver o velho professor de literatura entrar por aquela porta, da sala de aula. Num instante seu sorriso se abria. Sentava-se ereto na cadeira, como se preparado para um momento especial. Olhos atentos, e mente reflexiva, voltados para o velho mestre. E quando ele começava a falar... Nossa! Não se continha em alegria.

Da última carteira, apressava-se em passar para a primeira, e ai de quem estivesse ocupando aquele lugar! Todos já sabiam: Na aula de literatura, aquele primeiro lugar pertencia ao menino-poeta, como era chamado por todos. O mestre falava e ele ouvia, como se as palavras tivessem algum tipo de mágica e exercessem sobre ele um feitiço inexplicável. O menino-poeta, logo se apressava em anotar tudo no seu pequeno caderno: cada palavra, cada frase. Nada passava desapercebido. Nem se dava conta do final da aula, ficava lá depois que todos saiam. Só mesmo quando alguém gritava: "Vai dormir aí menino?" É que ele voltava de sua viagem do mundo da poesia...
Ir para casa era um desafio: Os olhos pregados em suas anotações desviavam sua atenção dos carros que passavam quase na mesma velocidade que seus pensamentos. Volta e meia alguém gritava: "Quer morrer seu doido?" Com sorte chegava em casa! Lá, como na escola, não tinha muitos amigos. Podia contá-los nos dedos de uma de suas mãos, e ainda sobrariam alguns dedos acanhados. Poucos entendiam aquele menino solitário que só "batia bola" com seus livros.

Seu grande prazer era quando sua mãe lhe dizia: "Escreve menino uma carta pra sua tia". O mundo das letras era estranho a seus pais , mal sabiam escrever seus nomes, e nestas horas, era o menino que pegava lápis e papel, sentava-se em sua cadeira preferida e por sobre a velha cômoda, suas pequenas letras pareciam bailar. Que ninguém lhe chamasse nestes momentos; nem que fosse para comer! Sequer ouvia. Ficava lá envolvido em seus pensamentos.

Tive a sorte de ser um desses seus amigos contados nos dedos de uma das suas mãos. Sempre fomos grandes amigos na infância. Gostava dele pelo seu modo diferente de ser, e de ser capaz de falar comigo até pelo olhar. Eu também não era lá estas coisas que costumam chamar de "normal". Tinha lá meus parafusos a menos!

O fato é que nos tornamos grandes amigos e dos dedos de sua mão, passei a fazer parte do seu coração e ele do meu. Crescemos juntos, assim como nossa amizade. Ficava impressionado como as meninas gostavam das coisas que ele escrevia. Era admiração mesmo! Éramos tão ligados que ficava triste nas suas dores e me alegrava quando o via sorrir.

O tempo passou e o menino se fez homem. O coração do poeta batia mais forte, era inevitável um amor no meio do caminho.

Ele nunca quis me dizer o nome exato dela. A chamava de Ray. Só sei dizer que aquele amor transformou o meu amigo. Ficava impressionado com a forma que ele se referia a ela. Quase que eu mesmo me apaixonei, só de ouvir ele falar dos seus olhos cor de mel, da forma do seu caminhar e do brilho que tinha nos seus olhos. Meu amigo estava mesmo apaixonado! Ótimo, pensei! Seriamos três nessa nossa grande amizade. Foi engano meu, isso nunca aconteceu!

O mesmo menino que eu vi crescer, de pegar o lápis na alegria menina de escrever, parecia ter chegado em uma rua sem saída.

Depois disso nos vimos poucas vezes. Creio que ele até me evitava. Talvez vergonha do amor frustrado. Sei lá!...

Mudou-se sem nem mesmo se despedir de mim. Escrevi-lhe pedindo que mandasse notícias, e a carta voltou: "destinatário não encontrado". Tempos depois, descobri que o poeta que nunca deixou de ser menino morava aqui dentro de mim...

Foto de Maria Goreti

PARA MANU HAWK E DEMAIS ESCRITORES DE POEMAS DE AMOR

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Peço-lhes que leiam até o fim.

Hoje é, talvez, o dia mais feliz da minha vida!

Hoje tenho a oportunidade de me retratar diante de uma pessoa, com a qual cometi um grave erro e com toda a Comunidade Poemas de Amor.

Manu, não conheço você, ou talvez nos conheçamos até demais, já que aqui você se apresenta com pseudônimo.

Ao ler o teu poema Sinfonia, pela aparência muito forte com antigos versos meus, fui ver o seu perfil. Intrigou-me a data do seu nascimento. Imaginei, é mais um fake tentando tumultuar o site.
Tenho sido vítima deles no orkut.
Entrei imediatamente em contato com Fernanda pelo orkut, através de depoimento e aguardei resposta. Depois comentei com a minha parceira de poesia e algumas amigas muito íntimas. Quando uma delas me falou que também assina “Howk” em Poemas de Amor e, por não ter recebido nenhum pronunciamento de Fernanda, até aquele momento, vim e publiquei o poema “TOCA-ME” em parceria com Verluci Almeida e, num impulso emocional, denunciei o plágio.

Foi quando Verluci mandou para mim a seguinte mensagem:

“ *Verluci:
Boa Noite parceira de poesias e amiga querida!

Goreti... a nossa parceria é de 11-01-2007

Veja este link em 17-08-2005
http://www.orkut.com.br/CommMsgs.aspx?cmm=1411592&tid=
8921803&kw=sinfonia+manu+hawk&na=3&nid=
1411592-8921803-120778433&nst=55 ”

Fiquei muito embaraçada. Afinal, os versos que se assemelham aos do seu poema, contém palavras de um antigo poema de minha autoria, adaptado para compor a parceria com a Verluci. Perguntei-me como poderia isto ter acontecido, se os meus manuscritos datam de 1980 (tenho como provar, se necessário) e eu só estou no orkut há três anos, onde comecei a postar meus escritos?

Meu primeiro impulso foi apagar o texto, mas, uma vez lançada a pedra e se alguém saiu ferido, nada mais a fazer senão procurar o medicamento certo para a cura.

Não apaguei, nem apagarei, para que sirva de lição a todos, assim como está servindo para mim.

Como eu disse à Fernanda, por e-mail e depoimento no orkut, foi um erro meu acusá-la de plágio.
Reconheço que plágio é um termo muito pesado e até evito usá-lo. Releitura seria o termo mais correto, no caso, porém nem isto caberia, pois o meu poema estava no meu caderno e só foi digitado, já com as devidas alterações, para compor a parceria com Verluci.
Não sei que tipo de sintonia houve entre nós, se é que podemos dizer que houve, já que não acredito em coincidências, para escrevermos palavras tão próximas em épocas tão diferentes.

Sei dos transtornos e aborrecimentos e tristeza que causei a você e a toda a comunidade Poemas de Amor e peço desculpas a todos.

Quanto a você Manu, peço perdão, se conseguir perdoar.

Deixo-os muito à vontade para interpretarem da forma que melhor lhes aprouver.

Assumo meu erro, minha responsabilidade e suas eventuais conseqüências.

Agradeço a atenção de todos.

Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 01/07/08

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