Formosura

Foto de Enilton

Brasil 500 anos depois

Brasil 500 anos Depois

Ouvimos os tambores batendo
Na selva, na relva da mãe natureza
Vimos índios primorosos mais que amistosos
Com grande beleza.

Corpos esculpidos, rostos coloridos.
Combinavam com suas vestes
Belos colares, enfeitem de penas de varias espécies.

Quão grande formosura,
Liberdade naquela pele vermelha - escura a brilhar
Pés firmes no chão tocar
Recepção, convidando-nos a dançar.

A terra se abrindo; o ouro surgindo
Tamanha riqueza
Matas e cascatas de eximia beleza.
Nas matas, árvores frondosas,
Prata e pedras preciosas...

Hoje quem somos nós?

Invadimos a sua aldeia
Introduzimos as nossas doenças...
Comemos de sua ceia,
Roubamos seus costumes e crenças.

Poluímos os seus rios,
Destruímos as suas florestas
Iludimos com o nosso “brio”
Não cumprimos com nossas promessas.

Mantivemos na escravidão
Dizimamos em massa
Não respeitamos a sua religião,
Sua tradição e sua raça.

Quem somos nós?

Com presentes enganadores
Tornamos hipócritas invasores
Fizemos de nossa ambição um mito
Não ouvimos mais tambores
E sim gritos e horrores
Desses escravos heróis
Que fizeram de nós senhores.
Autoria Enilton Santos Morbeck

Foto de Stacarca

Oração

Oração

I

Aos desgraçados

Bênção a ti, ó belo tenebroso
De vivacidade falaz que afaga,
Bênção a tu, co'a bela jornada
Que cose até ao pior leproso.

Glória à tua formosura sombria,
Magnífica construção ao já visto
Da quimera co'a c'roa de cristo?
E a fé? E o crente? Tão havia?

Ó que alvura negra, de horrores
Belos à podridão da raça humana?
Louvo ainda a desgraça de amores.
- Ah Deus, porque ninguém me ama?

Pobre meu coração d'alta comédia,
Sangra pr'o amor e a morte atenta.
Minh'alma jura sobre a tragédia.
- Vos hei de sair dor que 'rebenta.

C'um obséquio subtil que não finda,
Quão fedida é a falta d'le. - Mata!
Pois o poeta já sofreu, quanto 'inda?
Que falais, fale, ó, grita. - Escarra!

Peço-te também a lamúria reclinada,
E as flóreas à brilhar a cova além,
Abençoeis ao mundo a triste finada,
Hoje e sempre nas dores. - Amém!

Foto de Thyta2000

Aquele moço

Aquele moço
lá da esquina
Todo sério e elegante

Nem um olhar me consede
Sempre ocupado,
com muita pressa
Vai com seu nariz empinado.

Nunca vi coisa igual
Tão bonito e elegante
Tão sério, aquele moço!!!

Quando passa aqui na rua,
Todo alinhado, que formosura!!
Fico a adimirar da janela
a beleza mais bela,
que os meu olhos viu!
Beleza em traços,
Perfeitamente desenhados.
Que as vezes, me atrevo a pensar,
Seria ainda mais belo
Se um sorriso fizesse brilhar
Destes que explode e contagia
A quem se quer o olhar.

Foto de Ediel Caldas

Querida

Tentei descrevê-la com palavras,
E o dicinário tornou-se pequeno diante de tantas virtudes
Tentei compará-la com o mar,
E nem mesmo a gigantesca dimensão azul dos oceânos pode expressar tanta formosura
Tentei enxergá-la no céu,
E as estrelas foram ofuscadas pelo brilho dos seus olhos
Tentei guardá-la no coração,
E ele ficou pequeno para tamanho sentimento
Tentei buscá-la na minha alma,
E descobri que nela te tenho gravada
Tentei,busquei,questionei até os anjos,
E descobri que assim como eles, eterno é o meu amor por você !

Foto de vthgga

Diabo angelical.

Na casa dos anjos ouvi falar de ti
Entre batidas de asas, maldições e curas;
Comentando a fina graça de teus passos
Teus pés a distrair à eternidade
Um após o outro, rebolado, chamado de loucuras
E o céu não é mais céu, é inferno
Anjos loucos, ridículos, apaixonados
Trocando Deus por poesias bobas
Rezando na esperança de teus braços.

Na casa dos demônios ouvi falar de ti
Entre fogo, enxofre e lágrimas
Comentando tua formosura renascentista
Teus seios fartos, (mais fogo, mais enxofre [dor])
Um ao lado do outro,
Teu olhar para frente; Desprezo pelo mundo.
E o inferno não é mais inferno, é céu
Demônios doces, amáveis ... Amando
Trocando satanás por fotos tuas
Queimando na esperança de teus olhares.

Na casa dos homens ouvi falar de ti
Entre tristezas, alegrias, inocências e pecados
Comentando o diabo angelical que é teu corpo
Beleza que faz parar a própria física da vida,
Você passa, olhamos, desejamos e tudo recomeça
E o mundo não é mais mundo, é céu e inferno
Homens verdadeiros, tolos, meninos
Trocando antigas crenças por palavras românticas
Sofrendo na esperança de teus beijos

Na casa da inexistência não ouvi o teu nome
Mas também não há mundo, céu ou inferno
Homens, anjos ou demônios
Sem você diabo angelical
Não se sofre por beijos, nem se queima por olhares
E onde estão as rezas por teus braços?
Enfim... Não há esperança!

Foto de Mitchell Pinheiro

Carolzinha

C andura vasta e amável
A limento de todo sorrir
R osa de formosura invejável
O ´bito de todo ferir
L inda dos olhos e da gracilidade
Z ilhões de motivos para conferir-lhe admiração
I mã captador das belas amizades
N au condutora do coração
H umano, anjo, flor, diva
A miga presente, alegria da vida.

Foto de Don Juan sp

Forma de Amar

Chora voa longe vai buscar quem você tanto precisa, arranca as lagrimas do rosto e voa ao seu encontro sem demora, antes que o encanto vá se embora.

As marcas do seu rosto fazem-me delirar, esqueça meu rosto mais não esqueça o que sinto dentro de mim, esqueça o meu corpo mais não esqueça meu olhar que lhe dizia tanto e você não foi capaz de ouvir.

Senhor das mulheres esquece que a ternura e a formosura de um simples sorriso é mais importante que espaços vazios com pedras preciosas, que se vão, esse intercalam não significando nada.

Eu quero, ganhar seu carinho poder lembrar de infância sentir-me criança, esquecer que a maldade existe, esquecer que lhe perdi para a distância para espaços vazios e o medo, toque, sons e abraços.

Apenas medo, sinto saudades mais o medo apavora-me, sinto o vento, a brisa sonora que agora toca seu rosto. Sou eu a lhe contemplar fazendo um suave carinho para mórbida a saudade, que infelicidade não estou contigo de corpo presente mais em meu coração levo você comigo para onde eu for.

ASSIM SENDO!!!!!!!!

Foto de Zedio Alvarez

Garota Geométrica

Quero resolver um teorema
Para solucionar um problema
Qual seria a formula usada?
Para traçar uma bissetriz dos pés até o nariz

Você é uma simetria
Dentro da geometria
Seu perfil é vertical
Prefiro na horizontal

E as três circunferências?
A cabeça de forma arredondada
A bunda tem duas bolas
A altura, uma formosura

A boca seria um trapézio
Que em junção com outra
Chegaria a um sólido exato
De um ponto equilibrado

Teu nariz tem um ângulo
Teus braços e pernas são paralelos
Teus olhos são círculos
E as orelhas losangos

Seus seios são dois cones
Com dois pontos eriçados
Mirados para um lado
Convidando para serem tocados

E as parábolas?
Seriam seus cabelos ondulados
Abrindo uma aresta
Farei uma festa

Encontrarei o vértice do seu corpo
Com a base do retângulo
Calculando a mediatriz do triângulo
Com a ajuda do pi radiano

Você tem reta, tem meta
Tem prisma e tem vida!
Achando o valor da hipotenusa,
Serás minha eterna musa

Foto de Carlos

Em Maneira de Provençal (D. Diniz)

Quer' eu em maneira de provençal

fazer agora um cantar de amor

e quererei muit' i louvar mia senhor,

a que prez não formosura não fal

nem bondade, e mais vos direi en:

tanto a fez Deus comprida de bem

que mais que todalas do mundo val.



Ca mia senhor quis Deus fazer tal,

quando a fez, que a fez sabedor

de todo o bem e de mui gran valor;

E com isto é mui comunal

ali u deve; er deu-lhe bom sem

e des i não lhe fez pouco de bem,

quando não quis que lh' outra fosse igual.

Ca mia senhor nunca Deus pôs mal,

mas pôs i prez e beldade e louvor,

e falar mui bem e rir melhor

que outra mulher; des i é leal

muito, e por isto não sei hoj' eu quem

possa compridamente no seu bem

falar, ca não há, trá-lo seu bem, al.

D. Diniz (12??-1335)

Foto de Patrícia

Aquela nunca vista formosura (António Ferreira)

Aquela nunca vista formosura,

Aquela viva graça e doce riso,

Humilde gravidade e alto aviso,

Mais divina que humana real brandura.


Aquela alma inocente e sábia e pura

Que entre nós cá fazia um paraíso,

Ante os olhos a trago e lá a diviso

No céu triunfar da morte e sepultura.

Pois por quem choro, triste? Por quem chamo

Sobre esta pedra dura a meus gemidos,

Que nem me pode ouvir nem me responde?

Meus suspiros nos céus sejam ouvidos;

E enquanto a clara vista se me esconde,

Seu despojo amarei, amei e amo.

António Ferreira (1528-1569)

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