Homenagem

Foto de Carmen Lúcia

A acompanhante

(texto inspirado no conto “O enfermeiro”, de Machado de Assis, em homenagem ao centenário de sua morte.)

Lembranças me vêm à mente. Ano de 1968. Meus pais já haviam falecido e me restara apenas uma irmã, Ana.
Foi preciso parar com meus estudos, 3º ano do Magistério, para prestar serviços de babá, a fim de sobrevivência.
Morava em Queluz, cidade pequena, no estado de São Paulo, quando, ao chegar do trabalho, bastante cansada, recebi a carta de uma amiga, Beth, que morava em Caçapava, para ser acompanhante de uma senhora idosa, muito doente. A viúva Cândida. O salário era bom.
Ficaria lá por uns bons tempos, guardaria o dinheiro, só gastando no que fosse extremamente necessário.Depois, voltaria para minha cidade e poderia viver tranqüilamente, com minha irmã.
Não pensei duas vezes. Arrumei a mala, colocando nela o pouco de roupa que possuía e me despedi de Ana.
Peguei o trem de aço na estação e cheguei ao meu destino no prazo de uma hora, mais ou menos.
Lá chegando, fui ter com minha amiga Beth, que morava perto da Praça da Bandeira e estudava numa escola grande, próxima de sua casa. Ela me relatou dados mais detalhados sobre a viúva, que, não fosse pela grande dificuldade financeira que atravessava, eu teria desistido na mesma hora.
Soube que dezenas de pessoas trabalharam para ela, mas não conseguiram ficar nem uma semana, devido aos maus tratos e péssimo gênio da Sra Cândida.
Procurei refletir e atribuir tudo isso a sua saúde debilitada, devido às várias moléstias que a acometiam.
Os médicos previram-lhe pouco tempo de vida. Seu coração batia muito fraco e além disso, tinha esclerose, artrite, bicos-de-papagaio que a impossibilitavam de andar e outras afecções mais leves.
Depois de várias recomendações de paciência, espírito de caridade, solidariedade por parte de minha amiga e seus familiares, chamei um táxi e fui para a fazenda, onde morava a viúva, na estrada de Caçapava Velha.
A casa era de estilo colonial e lembrava o passado, de coronéis e escravos.
Ela me esperava, numa cadeira de rodas, na varanda enorme e mal cuidada, onde vasos de plantas sucumbiam por falta de água.
Percebi a solidão em que vivia, pois apenas uma empregada doméstica, já velha e com aspecto de cansada, a acompanhava.
Apresentei-me:-Alice de Moura, às suas ordens!Gostou de mim.Pareceu-me!
Por alguns dias vivemos um mar de rosas.Contou-me de outras acompanhantes que dormiam, não lhe davam seus remédios e que a roubavam.
Procurei tratá-la com muito carinho e ouvia atentamente suas histórias.
Porém, pouco durou essa amistosa convivência. Na segunda semana de minha estadia lá, passei a pertencer à lista de minhas precursoras.
Maltratava-me, injuriava-me, não me deixava dormir, comparando-me às outras serviçais.Procurei não me exaltar, devido a sua idade e doença.Ficaria ali por mais algum tempo. Sujeitei-me a isso pela necessidade de conseguir algum dinheiro.
Mas, a Sra Cândida, mesmo sendo totalmente dependente, não se compadecia de ninguém.Era má, sádica, comprazia-se com a humilhação e sofrimento alheios.
Já me havia atirado objetos, bengala, talheres, enfeites da casa.Alguns me feriram, mas a dor maior estava em minh’alma.Chorava, às escondidas, para não ver a satisfação esboçada em seu rosto e amargurava o dia em que pusera os pés naquela casa.
Passaram-se quatro meses.Eu estava exausta, tanto fisicamente, quanto emocionalmente.Resolvi que voltaria à Queluz.Só esperaria a próxima rabugisse dela.Foi quando, de sua cadeira de rodas, ela atirou-me fortemente a bengala, sem razão alguma, pelo simples prazer de satisfazer seu sadismo.
Então eu explodi. Revidei, com mais força ainda.Mantive-me estática, por alguns minutos, procurando equilibrar minhas fortes emoções e recuperar a razão.
Foi quando levei o maior susto de minha vida. Deparei-me com a viúva, debruçada sobre suas pernas e uma secreção leitosa escorrendo de sua boca.Estava imóvel.
Já havia visto essa cena, quando meu pai morrera de ataque cardíaco.
Aos poucos, fui chegando mais perto, até que com um esforço sobre-humano, consegui colocá-la sentada na cadeira e com o xale que havia caído ao chão, esconder o hematoma no pescoço, causado pela minha bengalada.
Pronto!Tornara-me uma assassina!Como fui capaz de tal ato?
Bem, fora uma reação repentina, em minha legítima defesa.Ou quem sabe, a morte tenha sido uma coincidência, justamente no momento em que revidei ao golpe da bengala.
Comecei a gritar e a velha empregada apareceu. Ajudou-me a levar o corpo até o quarto.Chamei Dr. Guedinho, médico da Sra Cândida e padre Monteiro, que lhe deu extrema unção.
Pelo que percebi, o médico achou que ela fora vítima de seu coração, um ataque fulminante.E eu tentei acreditar que teria sido mesmo, para aliviar a minha culpa.
Após os funerais, missa de corpo presente na igreja Matriz de São João Batista, recebi os abraços de algumas poucas pessoas que lá estavam, ouvindo os comentários:
-Agora você está livre!Cândida era uma serpente!Nem sei como agüentou tanto tempo!Você foi a única!
E, para disfarçar minha culpa, eu retrucava:
-Era por causa da doença!Que Deus a tenha!Que ela descanse em paz!
Esperei o mesmo trem que me trouxera à Caçapava e embarquei para minha cidade.Aquelas últimas cenas não saíam de minha mente. Perseguiam-me dia e noite.
Os dias foram se passando e o sentimento de culpa aumentando.
-Uma carta para você!gritara minha irmã.-E é de Caçapava!
Senti um calafrio dos pés à cabeça. Peguei a carta e fui lê-la trancada em meu quarto.
Que ironia do destino!Eu era a herdeira universal da fortuna da viúva Cândida!Logo eu, que lhe antecipara a morte.Ou teria sido coincidência?
Pensei em recusar, mas esse fato poderia levantar suspeita.
Voltei para Caçapava e fui ter com o tabelião, que leu para mim o testamento, longo e cansativo.
Realmente, era eu, Alice de Moura, a única herdeira.Após cumprir algumas obrigações do inventário, tomei posse da herança, à qual já havia traçado um destino.
Doaria a instituições de caridade, às igrejas, aos pobres e assim iria me livrando, aos poucos, do fardo que pesava em minha consciência.
Cheguei a doar um pouco do dinheiro, mas, comecei a não me achar tão culpada assim e passei a usá-lo em meu benefício próprio. Enfim, coincidência ou não, a velha iria morrer logo mesmo e quem sabe se era naquele momento.
Ainda tive um último gesto de compaixão à morta:Mandei fazer-lhe uma sepultura de mármore, digna de uma pessoa do bem.
Peço a quem ler essa história, que após a minha morte, que é inevitável para todos, deixem incrustada em meu epitáfio, essa emenda que fiz, no sermão da montanha:
_”Bem aventurados os herdeiros universais, pois eles serão respeitados e consolados!”

(Carmen Lúcia)

Foto de Dirceu Marcelino

O CONDÃO DE SUA POESIA - Homenagem a FERNANDA QUEIRÓZ e seu respeitável papai

*
* Homenagem a FERNANDA QUEIRÓZ e seu respeitável papai
*

O CONDÃO DE SUA POESIA

Resplandece-se sob a luz de um novo dia
Mesmo que ele não seja belo e ensolarado
É a nobre arte que acalanta e nos extasia
Ao ouvirmos o canto em um lugar abençoado

Ou só imaginarmos o som da melodia,
Que tocas em um piano como fosse o brado
De sua alma encantada pela imensa alegria
De ter agido assim de modo inusitado,

Rápida e pontualmente com sabedoria
Herdada desse Homem por ti idolatrado
Que amparas e é amparada no dia-a-dia,

D’uma vida atribulada por ser seu amado,
O pai que tanto amas e sempre o amaria
Pois, Musa esses são o seu condão ou seu cajado.

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Queridos Poetas e amigos

Me desculpem!
Quando respondi ao cometario maldoso do Cavalo Selvagem para o mago Merlin, em momento algum foi para criar polêmica e gerar atrito entre os demais.
Tenho consciencia de que fui educada com ele, ainda que tenha sido agredida verbalmente por postar um poema onde eu mostrava meus sentimentos a um "Amor Maduro", em homenagem a Mago Merlin.

No caso de Ruth Diaz, quando li o artigo onde a mesma dizia estar enganada com site, pois aqui não havia poemas e que poemas deveriam vir seguido de regras, rimas, etc., apenas postei um artigo ( fonte www.wikipedia.com.br) onde explicava a diferença entre poema e poesia e sua criação.
O texto não teve carater de provocação, apenas informar a mudança ocorrida ao longo dos tempos no que se refere a métrica e construção de poemas, poesias, etc.

Se por isso criou-se a polemica toda vista nesta noite aqui no site, me desculpem. Lamento ter sido o veiculo deste desgaste todo.
Minhas sinceras desculpas

Foto de Registros do Site

Ruth Diaz Pseudo usado por usuária. não consta nada contra a atriz

Usuária que participou com comentários depreciativos e depois deletou-os

1. Meninice | Poemas de Amor
Segunda, 08/09/2008 - 15:57 — Ruth Diaz ... A meninice é tão curta. Esquecemo-nos de brincar, numa corrida angustiante, nem vemos a vida a passar. Ruth Diaz ...
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2. Porquê | Poemas de Amor
11 Set 2008 ... neste paraiso da alegria? Porquê tanta ganância neste paraiso de esperança? Porquê tanto rancor neste paraiso de amor? Ruth Diaz ...
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3. MEUS DIAS SEM VOCÊ | Poemas de Amor
31 Out 2007 ... 2 horas 5 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 2 horas 6 minutos atrás; p/Ruth Diaz 2 horas 9 minutos atrás; Anna/Mago Merlim ...
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4. fina | Poemas de Amor
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5. Homenagem à minha cidade de Vitória no aniversário de sua fundação ...
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6. Entradas recentes | Poemas de Amor
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7. Conta de utilizador | Poemas de Amor
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8. Betynha | Poemas de Amor
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9. Suicidio... solução? ou problema? | Poemas de Amor
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10. Priscila Oak | Poemas de Amor
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1. conceito abstracto de felicidade... | Poemas de Amor
10 Jan 2008 ... 15 minutos 52 segundos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 16 minutos 23 segundos atrás; p/Ruth Diaz 19 minutos 43 segundos atrás ...
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2. Saudade não tem hora | Poemas de Amor
15 Set 2007 ... 28 minutos 11 segundos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 28 minutos 42 segundos atrás; p/Ruth Diaz 32 minutos 2 segundos atrás ...
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3. Dia do Pai - 19 de Março | Poemas de Amor
19 Mar 2006 ... 51 minutos 20 segundos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 51 minutos 51 segundos atrás; p/Ruth Diaz 55 minutos 11 segundos atrás ...
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4. AMOR PROIBIDO | Poemas de Amor
30 Mar 2008 ... 29 minutos 49 segundos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 30 minutos 20 segundos atrás; p/Ruth Diaz 33 minutos 40 segundos atrás ...
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5. pmvida | Poemas de Amor
1 hora 24 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 1 hora 24 minutos atrás; p/Ruth Diaz 1 hora 27 minutos atrás; Anna/Mago Merlim 1 hora 47 minutos atrás ...
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6. DESDOBRAMENTO | Poemas de Amor
1 hora 6 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 1 hora 7 minutos atrás; p/Ruth Diaz 1 hora 10 minutos atrás; Anna/Mago Merlim 1 hora 29 minutos atrás ...
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7. Gata vadia no cio | Poemas de Amor
17 Jul 2006 ... 1 hora 18 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 1 hora 18 minutos atrás; p/Ruth Diaz 1 hora 21 minutos atrás; Anna/Mago Merlim ...
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8. Amorzinho | Poemas de Amor
11 Ago 2006 ... 48 minutos 46 segundos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 49 minutos 17 segundos atrás; p/Ruth Diaz 52 minutos 37 segundos atrás ...
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9. Amizade | Poemas de Amor
27 Jul 2006 ... 34 minutos 43 segundos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 35 minutos 14 segundos atrás; p/Ruth Diaz 38 minutos 34 segundos atrás ...
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10. Se eu fosse um anjo | Poemas de Amor
27 Jan 2008 ... 1 hora 13 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 1 hora 13 minutos atrás; p/Ruth Diaz 1 hora 16 minutos atrás; Anna/Mago Merlim ...
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1. conceito abstracto de felicidade... | Poemas de Amor
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2. Saudade não tem hora | Poemas de Amor
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3. Dia do Pai - 19 de Março | Poemas de Amor
19 Mar 2006 ... 51 minutos 20 segundos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 51 minutos 51 segundos atrás; p/Ruth Diaz 55 minutos 11 segundos atrás ...
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4. AMOR PROIBIDO | Poemas de Amor
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5. pmvida | Poemas de Amor
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6. DESDOBRAMENTO | Poemas de Amor
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7. Gata vadia no cio | Poemas de Amor
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8. Amorzinho | Poemas de Amor
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9. Amizade | Poemas de Amor
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10. Se eu fosse um anjo | Poemas de Amor
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1. conceito abstracto de felicidade... | Poemas de Amor
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2. Saudade não tem hora | Poemas de Amor
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3. Dia do Pai - 19 de Março | Poemas de Amor
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4. AMOR PROIBIDO | Poemas de Amor
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5. pmvida | Poemas de Amor
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6. DESDOBRAMENTO | Poemas de Amor
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7. Gata vadia no cio | Poemas de Amor
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8. Amorzinho | Poemas de Amor
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9. Amizade | Poemas de Amor
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10. Se eu fosse um anjo | Poemas de Amor
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• Não deixe nosso amor morrer assim | Poemas de Amor
3 Nov 2007 ... 57 minutos 12 segundos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 57 minutos 43 segundos atrás; p/Ruth Diaz 1 hora 1 minuto atrás; Anna/Mago Merlim ...
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• Bruxas | Poemas de Amor
17 Jan 2008 ... 53 minutos 31 segundos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 54 minutos 2 segundos atrás; p/Ruth Diaz 57 minutos 22 segundos atrás ...
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• INCERTEZAS... | Poemas de Amor
22 Set 2007 ... 2 horas 40 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 2 horas 40 minutos atrás; p/Ruth Diaz 2 horas 43 minutos atrás; Anna/Mago Merlim ...
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• Seu sorriso... | Poemas de Amor
16 Set 2007 ... 28 minutos 55 segundos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 29 minutos 26 segundos atrás; p/Ruth Diaz 32 minutos 46 segundos atrás ...
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• O Canto do Amor (Guillaume Apollinaire) | Poemas de Amor
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• Eu Sou | Poemas de Amor
10 Abr 2007 ... 16 minutos 19 segundos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 16 minutos 50 segundos atrás; p/Ruth Diaz 20 minutos 10 segundos atrás ...
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• O mar... | Poemas de Amor
5 Jul 2007 ... 2 horas 29 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 2 horas 29 minutos atrás; p/Ruth Diaz 2 horas 33 minutos atrás; Anna/Mago Merlim ...
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• Piscar de Olhos | Poemas de Amor
3 Out 2005 ... 1 hora 16 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 1 hora 17 minutos atrás; p/Ruth Diaz 1 hora 20 minutos atrás; Anna/Mago Merlim ...
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• LÉIA SOUZA | Poemas de Amor
2 horas 31 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 2 horas 31 minutos atrás; p/Ruth Diaz 2 horas 34 minutos atrás; Anna/Mago Merlim ...
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• ENCANTO | Poemas de Amor
29 Set 2007 ... 1 hora 5 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 1 hora 5 minutos atrás; p/Ruth Diaz 1 hora 9 minutos atrás; Anna/Mago Merlim ...
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1. oração de soldado | Poemas de Amor
3 Set 2006 ... 1 hora 30 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 1 hora 31 minutos atrás; p/Ruth Diaz 1 hora 34 minutos atrás; Anna/Mago Merlim ...
www.poemas-de-amor.net/coracao_de_soldado - Páginas Semelhantes

2. Sabor | Poemas de Amor
16 Ago 2006 ... 23 minutos 40 segundos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 24 minutos 11 segundos atrás; p/Ruth Diaz 27 minutos 31 segundos atrás ...
www.poemas-de-amor.net/sabor_0 - Páginas Semelhantes

3. AQUELE URSINHO | Poemas de Amor
11 Set 2007 ... 2 horas 9 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 2 horas 9 minutos atrás; p/Ruth Diaz 2 horas 13 minutos atrás; Anna/Mago Merlim ...
www.poemas-de-amor.net/poemas/aquele_ursinho - Páginas Semelhantes

4. Declaração sem fim VII. | Poemas de Amor
30 Abr 2007 ... 18 minutos 4 segundos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 18 minutos 35 segundos atrás; p/Ruth Diaz 21 minutos 55 segundos atrás ...
www.poemas-de-amor.net/declaracao_sem_fim_vii - Páginas Semelhantes

5. Agora sou metade... | Poemas de Amor
26 Nov 2007 ... 1 hora 16 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 1 hora 16 minutos atrás; p/Ruth Diaz 1 hora 20 minutos atrás; Anna/Mago Merlim ...
www.poemas-de-amor.net/blogues/carmen_lucia/agora_sou_metade - Páginas Semelhantes

6. Gerotti | Poemas de Amor
1 hora 45 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 1 hora 45 minutos atrás; p/Ruth Diaz 1 hora 49 minutos atrás; Anna/Mago Merlim 2 horas 8 minutos atrás ...
www.poemas-de-amor.net/user/gerotti - Páginas Semelhantes

7. Meus grandes pensamentos.. | Poemas de Amor
12 Nov 2007 ... 2 horas 31 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 2 horas 31 minutos atrás; p/Ruth Diaz 2 horas 35 minutos atrás; Anna/Mago Merlim ...
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8. georgia-pinheiro | Poemas de Amor
1 hora 19 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 1 hora 20 minutos atrás; p/Ruth Diaz 1 hora 23 minutos atrás; Anna/Mago Merlim 1 hora 43 minutos atrás ...
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9. Falando de Um Amor, Sem Derramar Lagrimas | Poemas de Amor
1 hora 16 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 1 hora 17 minutos atrás; p/Ruth Diaz 1 hora 20 minutos atrás; Anna/Mago Merlim 1 hora 40 minutos atrás ...
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10. Mãe Natureza | Poemas de Amor
27 Mar 2007 ... 2 horas 38 minutos atrás; de Sempre-Viva p/ Ruth Diaz. 2 horas 39 minutos atrás; p/Ruth Diaz 2 horas 42 minutos atrás; Anna/Mago Merlim ...
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Foto de Dirceu Marcelino

TRÊS MÃES - Poesia de saudade de minha Mãe e recordação do 7 de setembro de 1967

*
* Este singelo poema setissilabo elaborei-o em 7 de setembro de 1967 e o transcrevo aqui por não estar inserido em meu blogue, como homenagem a esta data da Independência e pela saudade que sinto de minha Mãe neste momento.

Ó Virgem Imaculada!
Mãe de nossa redenção
Em ti está simbolizada
A fonte do amor cristão.

Ó pátria idolatrada!
É real mãe da nação.
Pois, a bandeira hasteada
Une-nos como irmãos.

A ti minha Mãe querida,
Que me deu inspiração,
Força do sangue e da vida,

Apresento gratidão.
Pela graça recebida
De nascer neste torrão.

Foto de Graciele Gessner

As Mil Faces das Mães. (Graciele_Gessner)

Mães tentam,
Mães fracassam.
Mães querem acertar,
Mães sábias erram.

Mães falham arriscando,
Se culpam e se destroem.
Mães brilhantes estimulam a pensar,
Atinadas promovem a arte de questionar.

Mães guerreiras instigam, protestam.
Mães que cuidam também se preocupam.
Mães, nossas eternas mestras!
Mães protetoras!

Mães também tropeçam.
Punem-se e se manifestam ou se silenciam.
Mães enfrentam, e muitas vezes ousam.
Mães salvam vidas e de seus feitios auxiliam.

Mães decifram... Decodificam.
Mães compreendem ou tentam entender.
Mães se envolvem e se machucam,
Simplesmente porque nos amam.

Muitas mães se aventuram
Algumas outras se isolam.
Mães, exemplos de amor que inspira poetas.
Nossas mães, nossas heroínas!

Mães de múltiplas faces e corações,
Puramente cheias de emoções e comoções.
Mães sinônimas da afeição e do sentido à vida!
Mães, as experiências mais sublime da dedicação.

Mães que educam, que batalham,
Às vezes esbravejam com razão.
O combate começa, a criança cresce
Restam apenas recordação.

Mães, artesãs das almas lapidadas,
Por vocês existimos, suspiramos e poetizamos.
Mães, exemplos de bravura e determinação,
Assinaram o contrato de risco sem preocupação.

Mães de sangue, de alma, de pensamento...
Mães anônimas, da poesia, de coração...
Seus versos, seus filhos, seus orgulhos,
Assino a minha homenagem com cordial saudação!

12.05.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

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Nota: Poema inspirado no II Evento Literário de 2008: Mãe, do site Poemas-de-Amor.

Fonte: http://www.poemas-de-amor.net/artigos/ii_evento_literario_de_2008_ma_6

Foto de Carmen Lúcia

A bela cigana

“A bela cigana”

texto inspirado no conto de Machado de Assis: "A cartomante"
(Homenagem ao centenário da morte de Machado de Assis)

O velho relógio da matriz acabava de ribombar a nona badalada, que pairava no ar, feito fundo sonoro e enigmático da história empolgante que acontecia.
Passos apressados se fizeram ouvir, como os de alguém que ansiava chegar rapidamente ao destino a que se dirigia. Pelo toc-toc dos sapatos percebia-se serem de salto alto e consequentemente, de mulher.
Parou por uns instantes numa esquina, como que a espreitar, sem se fazer notar, ao ouvir o barulho de um trem. Esperou nervosamente sua passagem e atravessou a linha. Seus passos agora eram mais rápidos, como se quisesse recuperar o tempo perdido.
Seguiu pela Rua do Porto, tortuosa, escura e esburacada. Aquela noite sem luar estava
propícia para o que se propusera a fazer. Uma grande aliada! Após atravessar algumas esquinas úmidas e sombrias, chegou ao local que lhe haviam, sigilosamente, indicado.
Não era bem uma casa, mas algo parecido.Deparou-se frente a um barracão bastante surrado, meio fantasmagórico, mal iluminado por velas e lampiões.
Ficou assustada.Pensou em voltar, desistir de seu intuito, mas o motivo que a levara até ali era muito forte e resolveu continuar.
Olhou para os lados para certificar-se de não haver ninguém por perto e começou a bater palmas.
Uma figura excêntrica, trajando roupas exóticas e coloridas surgiu silenciosamente feito uma aparição. Escondia o rosto num véu, lembrando dançarina do Oriente Médio, deixando à mostra um par de olhos negros, grandes, belíssimos e um ventre bem torneado.
- Boa noite!disse-lhe Lígia.
A cigana fez um leve movimento com a cabeça, cumprimentando-a e estendeu o braço, apontando-lhe o local a que deveria se dirigir.
Ambas sentaram-se nas almofadas que havia ao redor de uma mesinha onde a misteriosa mulher, à luz de velas, começou a colocar cartas de um baralho sinistro, pedindo que Lígia escolhesse algumas. E assim ela o fez, sem tirar os olhos da bela cigana, agora sem o véu.
De repente, viu um largo sorriso em seus lábios, revelando dentes muito alvos e um canino revestido de ouro.
-Vejo imensa luz em seu destino!Seus sonhos serão realizados!Nada a afastará de seu grande amor.Somente a morte, após terem vivido longos anos de felicidade.
Em seguida, pegou a mão esquerda de Lígia :-Essa linha mais comprida da palma de sua mão vem comprovar o que lhe disse.
Lígia sentiu-se muito feliz e um alívio tomara conta de seu coração.Pagou a mulher, que já aguardava o pagamento pelo seu trabalho e retirou-se dali.
Eram vinte e três horas quando chegou à Avenida Coronel Alcântara, onde residia.Não ficava distante do local de onde viera.
Tirou as roupas, os sapatos, vestiu uma camisola branca e deitou-se, sem qualquer ruído, ao lado de Álvaro, seu marido, que roncava, dormindo profundamente.Apagou a luz do abajur e adormeceu logo em seguida, satisfeita com o que ouvira naquelas últimas horas.
Cássio a esperava no lugar de sempre, sem muito movimento de veículos e transeuntes.Final da Rua Vinte e Oito, local ideal para encontros clandestinos.Olhava seu relógio, pois, já passava das vinte horas, horário combinado por eles.

Lígia apontara na esquina, mais bonita que nunca, com um insinuante vestido preto colado ao corpo, ornamentado por um generoso decote, mostrando seu colo macio e branco e uma boa parte de seus seios.Deixava no ar um rastro de perfume francês.
Cássio a olhou com olhos de admiração e desejo.Saiu do carro e abriu a porta para que ela entrasse.
Partiram para um lugar retirado, onde pudessem conversar e namorar tranquilamente.
-Nada irá se opor a nós!As palavras da cigana foram convincentes.Seu misticismo é contundente.Não há como descrer.
Ele riu da credulidade infantil da amante, mas não proferiu qualquer palavra sobre o assunto.Preferia-a assim, crédula e feliz.
Cássio havia sido chamado ao gabinete de seu chefe. Esperava o elevador que demorou um bom tempo para chegar.Bateu à porta levemente e ouviu:-Pode entrar!
Álvaro girou sua poltrona e ficou frente a frente com seu assessor.Fumava um charuto cubano e fazia questão de soltar a fumaça em direção ao seu subalterno.
Este ficou um tanto constrangido, pois notou algo de diferente no ar. Pensou:-Será que ele descobriu tudo?
-Preciso resolver um problema da empresa, em São Paulo, e pela confiança inabalável que tenho em você, pela sua inegável competência, quero pedir-lhe que vá em meu lugar, pois tenho outros assuntos pendentes a resolver .
Deu uma pausa no falar para acender outro charuto.
Cássio jamais negaria esse pedido ao seu chefe e amigo, ainda mais pela consciência pesada que trazia, decorrente da traição amorosa com sua mulher.
-Conte comigo, Álvaro!Amanhã mesmo tentarei resolver isso.
Sentiu-se livre do mau presságio que o invadira.
Combinaram o horário da viagem, despediram-se e Cássio voltou para sua sala.
Lígia atendeu o telefone que tocava insistentemente.
-Olá, querida!Que tal irmos para São Paulo e termos uma semana somente para nós?
Do outro lado da linha, uma mulher pálida e trêmula, não sabia se chorava ou ria.
Ele a tranquilizou e até sugeriu uma desculpa ao marido.Ela diria que precisava visitar uma amiga de infância, em fase terminal de câncer, na cidade de Resende.
Bem, parecia que tudo conspirava a favor para que os amantes ficassem juntos por mais tempo e se amassem muito.
Poucas horas antes da viagem, Lígia fez um pedido ao Cássio:-Gostaria de agradecer à cigana por essa felicidade, que em grande parte, ela nos proporcionou, já que eu andava tão angustiada, acreditando numa possível desconfiança de meu marido.
Cássio colocou alguns obstáculos nessa idéia da amante, mas, se era para deixá-la mais feliz, concordou.
As horas passavam e Lígia não chegava. Preocupado, resolveu ir até lá. Já era noite e um chuvisco embaçava o vidro do carro, deixando-o impaciente. Parou próximo à linha do trem, para esperá-lo passar. Era um cargueiro que parecia não ter fim.
Finalmente, linha desimpedida! Acelerou o carro e chegou em frente ao barracão que sabia muito bem onde se localizava, graças às informações de Lígia.
Bateu palmas e ninguém apareceu. As velas acesas piscavam e os lampiões estavam apagados.
Resolveu entrar, na surdina. Pé ante pé...A cena que viu jamais sairia de sua mente. Abraçados sobre as almofadas, a bela cigana e Álvaro...e mais adiante, numa poça de sangue, o corpo sem vida de seu grande amor...Lígia!

(Carmen Lúcia)

Foto de Lu Lena

SAUDADE MÓRBIDA

Aprecio a paisagem translúcida no espaço
Ouço o bater de sinos na capela distante
Vento varre a cabeleira dos verdes matos
No céu, vejo cortejo d'espíritos viajantes.

Balanços das folhas, vultos acenam pra mim
Dogmas infundados entre a vida e a morte
Sopram ao meu ouvido, que isso não tem fim
Círculo vicioso e simbiótico lançado a sorte.

Prolixa e moribunda divago sem entender
Na oculta inflorescência a busca do amor
Lágrimas gotejantes, doridas de um sofrer.

Na lápide, vejo um poço árido que secou
Nas flores silvestres, o toque de teu ser
Saudade mórbida foi apenas o que restou.

Lu Lena

Ps. Esse soneto, fiz em homenagem a minha mãe,
hoje completando seis anos de sua partida.
Foi pensando nela, que me veio essa
inspiração... 03/09/2008.

Foto de Dirceu Marcelino

OS LINDOS OLHOS DA COR DO CÉU - BOM DIA! Assim te homenageio Anna Carolina Márcia S. Martins

*
* Homenagem à carinhosa poetisa ANNA CAROLINA
*

Os teus olhos da cor do céu, Moça!

Representas a mulher brasileira
Com galhardia, pois é linda e sensual
Mulher em todo sentido faceira
E ousada fonte do prazer carnal.

É ainda a Mãe e a “Bella Donna Caseira”
A dançarina e fêmea sem igual,
Que ao rir como fosse brincadeira
Faz a proposta de amor sensacional

E faz teu homem subir a ladeira,
Procurar-te no teu leito nupcial
E acordar com a lua tua companheira

Ao romper da madruga com o sinal
Dos primeiros raios que afastam o luar
Ao dourado do sol e o azul sem igual

De seus Lindos Olhos da cor do céu.

Foto de Mago_Merlin

Ser Poeta ...

Minha Homenagem a todos os Poetas ...
....
....
....
Como Poeta eu não sou, faço no máximo rimas e gosto de poesias
quero deixar aqui uma das mais belas poesias q já ouvi na vida...

Já tive Mulheres de todas as cores
De várias idades e de muitos amores
Com umas até certo tempo fiquei
Pra outras apenas um pouco me dei...

Já tive Mulheres do tipo Atrevida
Do tipo acanhada e do tipo vivida
Casada, carente, solteira e feliz
Já tive donzela e até meretriz...

Mulheres Cabeça e desiquilibradas
Mulheres confusas , de guerra e de paz
Mas nenhuma delas me fez tão feliz
Como vc me faz....

Procurei em todas as Mulheres a felicidade
Mas não encontrei e fiquei na saudade
Foi começando bem mas tudo teve um fim

Vc é o Sol da minha vida, a minha vontade
Vc não é mentira vc é verdade
É tudo q um dia eu sonhei pra mim.....

Mago Merlin

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