Humilhação

Foto de ernesto pinto

Este é o seu troco

Este é o seu troco

Menina faça o que vem do teu coração
Mesmo que for para dançar
Chame-me, qualquer nome
Que você quiser me chamar
Mas algo que você deve saber
Eu também tenho sentimentos, coragem
Por mais que digas não gostar de mim
Algo que você deve se lembrar,
Há tantas mulheres, iguais a você
Que andam carentes e que eu posso amar
Para eu ter coragem de contar com a minha linda voz
Que Deus me deu
Não me chame de mau, por ser frontal
Estou simplesmente a dizer algo como dum coração
Que tanto luta para ser amado
Mas que isso torna motivo de humilhação
Venda a dignidade por preço, que quiser
Mas a prenda de que a dor da infidelidade por um homem
Que já te amou não tem preço
Diga meu amor, mas saiba que você é uma hipócrita
Que não sabe ate onde pode chegar
Por ser uma menina que não aprendeu a dor de perder
O amor dum lindo menino
Autor Ernesto pinto

Foto de Glangel

O "marti" do convencido

O “Marti” do Convencido

Enquanto escrevia, em minha vida refletia, pois fui derribado pelas pisaduras da amargura e deteriorado pela força da ingratidão.

Hoje quando acordei e pensei em correr, pensei em morrer, talvez por tamanha incompetência, talvez por falta de experiência, não conclui minha missão, minha escolha. Ainda hoje pretendo sentir, reagir, me desiludir, para quem sabe ao menos em algo com a vida consentir.

Para que não me deleite em minha ambição pela morte, concedo-me o direito de se desconsiderar um humano, um ser vivente, não quero ser mais dessa vida um mero e servente, que na luta se faz presente e no “gring” final é dado como ausente.

Não mais aceitarei tal humilhação, trabalhar arduamente sem nenhuma remuneração. Jogarei a toalha, fugirei da batalha, posso morrer nesta terra, mas sobreviverei e vencerei esta guerra!

Glaidson de Almeida Ângelo

Foto de Chácara Sales

A Teus Pés

Eis que de joelhos me encontro
Perante a teus pés.
Em ato de reverência
Trago nas mãos um cálice
Que transborda de amor por ti.

E agora a teus pés
Sinto longevidade e paz.
O amor antigo foge do teu coração a mim,
Parece que respiro fé.

Teu vestido comprido exala perfume
Como um incenso a queimar
De um Turíbulo sagrado
Da Linda Etiópia.

Não tenho riquezas,
Apenas minha humilhação
E o amor de um ser frágil
corrompido pela desilusão.

Autor: Chácara Sales

Foto de TATIANE BERNARDES

ESCRAVA DA MINHA ESSÊNCIA REFLETIDA EM VOCÊ

Em meio a esporádicos momentos
Meu coração bateu de forma diferente
Ritmo desconhecido, descompassado
Não sei se inimigo...
Dessa minha alma tranqüila, calculista, às vezes, até... Impiedosa
Será castigo divino de tamanha rebeldia...
Que se dissimula ao encontro fatal de um verdadeiro amor
Que por tantos anos pediu uma brecha para se instalar...
E tentar me fazer feliz... Por mim ignorado.

Agora me encontro em um desafio que não sei como ultrapassar
Onde estou vendo e começo a não querer conhecer...
Nem sofrer por mim refletida em você...

Essência que já fez muitos capachos do seu ser...
E agora se encontra sem chão...
O que será de um espírito que se via incapacitado ao amor...
Que talvez, mesmo sem querer, foi e é agonia na vida de alguns
E que hoje só pede um pouco de atenção a um espelho seu...
E nenhuma resposta recebe do mesmo.

Foram tão poucas historias contadas...
E tais me fazem entender o porquê é tão ruim sofrer...
No momento em que me vejo na pele de muitos dos apaixonados...
Escravos de migalhas de meu afeto...
Que atual fatídica experiência... Que me fez perceber...
Que tais caminhos mesmo que desviados, confusões, inseguros...
Mas acima de tudo... Vividos...
É que fazem da vida...um eterno aprendizado.

Aprendizado, esse, amargado a cada covardia contada
A cada humilhação sofrida...
Que me fez doutora do desprezo
Que agora será instalado em cada desvio de olhar
Ou telefonema não atendido

E amanha estará, talvez, você aqui nessa mesma situação
Onde não serás mais réu e sim autor
Não serás criminoso e sim refém
De alguém que terá o seu incessível coração
Então entenderá o começo, meio e fim
Dessa, hoje, finita historia de amor.

Tatiane Coelho Bernardes

Foto de Osmar Fernandes

História morta

Quando você me quis, já era tarde, me perdeu.
Cansei de lutar por um amor sem futuro.
Ardeu, queimou dentro do meu peito, doeu.
Nunca mais amei assim, eu juro!

Eu deveria ter insistido mais contigo.
Sua indecisão me afastou do seu mundo.
Você era meu amor... Pra você, eu era o amigo.
Você matou meu sonho profundo.

Aquele sentimento se perdeu pelo tempo.
Nossa página de amor foi interrompida.
Meu sonho vazio vagou pelo vento.
Aquela história nem adiada foi, está perdida.

Todo amor que sonhei, você jogou fora.
Não adianta tentar reescrever o que está destruído.
Esqueça!... Meu coração tem dona, agora.
Como desejei ouvir isso naquele tempo passado, sofrido.

Não venha agora remexer nessa história morta.
Naquele tempo, eu dava a minha vida por isso...
Por favor! Não insista! vá embora!
Você foi o meu delírio, o meu sonho, o meu grito.

Hoje, estou vivendo o sonho que mais desejei.
Minha vida tem destino, tem sabor, tem gosto.
Com você, vivi todo tipo humilhação, de desgosto.
Esqueça de mim, porque esqueci que um dia lhe amei.

Osmar Soares Fernandes

Foto de Maria José da Silva

Holocausto X Escravidão

Alemanha, década de 30, começa o maior genocídio de todos os tempos. Assim nos conta a história. Seis milhões de judeus mortos pelo dono de uma mente insana e cruel: Adolf Hitler.
Brasil, 13 de maio de 1888. Lei Áurea, fim da escravidão. Escravidão de quem? Negros ou seres humanos? Pessoas, gente, seres que nunca foram contados, não se deram ao trabalho de levantar quantos foram mortos. Genocídio legalizado por outros seres humanos, sem dó nem piedade, até hoje se tem noticias de carrascos nazistas que são trazidos a público, judeus sobreviventes recebem indenizações por danos psíquicos e materiais, e a outra parte da história, a dos escravos? Alguém foi preso? Pagou alguma coisa pela humilhação, açoites, torturas? Quem pediu desculpas? Pegou pena de prisão por seus atos de "bestas", quantos morreram nos navios negreiros, nas senzalas, nas imensas plantações de baixo de sol, frio, chuva e sem comida? Alguém se deu o trabalho de contar? Quantos foram mesmo?
Quando chegar o dia 13 de maio, não gritem apenas liberdade, exijam a contagem destes seres humanos, de todos eles, no mundo inteiro e, com certeza, teremos o maior genocídio desde a criação do Mundo.

Maria José da Silva
13 de maior de 2008

Foto de geovana_tita

O QUE FAZER?

O QUE FAZER?

O que fazer quando as lágrimas pedem pra descer?
O que fazer quando o ego se rende à humilhação?
Quando o coração fica esmagado, por mais uma vez
Ter que pedir a alguém que estenda sua mão?
Humilhação, vergonha, dor, medo...

Tudo em um tremendo confronto
Um quer machucar mais que o outro
Até que juntos conseguem sua triste missão
Sufocar, amargurar, até darem espaço para que atue sozinha;
A infeliz depressão.
Sem planos futuros, que possam resolver a situação,
Ela toma conta, domina toda e qualquer ação,
A esperança se desfaz, destrói-se a ilusão.

Perceber que um reino,
Construído ao redor de puro comércio,
Vai perdendo seu alicerce.

O reino aqui denominado família
Que vive de fraqueza
Torna-se pior que o comércio
Pois declara morte
Sem poder pedir por falência.

Foto de Edevânio

SETE DE SETEMBRO

Por Edevânio Francisconi Arceno

Dia Sete de Setembro de 1822, dia da Independência do Brasil, dia em que às margens do rio Ipiranga, D. Pedro I deu o famoso grito “Independência ou morte!”. No Brasil o dia Sete de Setembro foi transformado em feriado nacional e é celebrado com desfiles por todo o território. O desfile de sete de setembro era obrigatório na época que o Edevânio estudava. A população prestigiava em peso, margeando toda a Avenida Celso Ramos, da Delegacia à Prefeitura, para ver o desfile, que tradicionalmente era aberto pela Banda do 62º Batalhão de Joinville.

Os desfiles implicitamente externavam qual classe social os alunos pertenciam. Vamos começar pelo ápice da pirâmide para que você entenda melhor. Na parte superior estavam os alunos com maior poder aquisitivo/econômico, ou seja, eram aqueles alunos convidados para desfilarem fantasiados de: D. Pedro I, D. Pedro II, Princesa Leopoldina, Princesa Isabel, Tiradentes, José Bonifácio, Rui Barbosa, enfim toda a nobreza imperial e os heróis da república. Logo abaixo estava os da classe média que geralmente abriam os pelotões como balizas, porta-bandeiras e não podemos esquecer da fanfarra. Neste grupo os alunos menos favorecidos não eram totalmente excluídos, mas só podiam participar se fossem patrocinados por alguém. O desfile ganhava volume e beleza, quando era completado pela classe dos alunos menos favorecidos , que era a grande maioria. Naquela época, os alunos não ganhavam uniformes e tinham que comprar. Os uniformes novos tinham que ser azul e branco e o calçado era a famosa conga, que também tinha nas cores, azul e branco. Mas havia também uma classe menos favorecida ainda, que geralmente não podia comprar o tal uniforme, então eram fantasiados de índios para participarem do desfile, e neste seleto grupo estavam presentes nossos heróis destemidos, Edevânio e Elízio, isto mesmo, o Edevânio e o seu primo Ida, aquele que deu no pé, no primeiro ano lembram?

Mas como tudo tem um fim, os dias do Edevânio desfilar de Índio terminaram, não que ele tenha vergonha da sua classe social ou de usar as roupas de índio que sua mãe fazia, ainda que aquela sainha rodeada de penas o deixasse muito constrangido. Acontece que ele foi promovido e agora ele fazia parte de um outro grupo, onde ele iria desfilar pelo time infantil do CTG, um clube muito conhecido em Garuva nas décadas de 70 e 80. Estava todo orgulhoso, levantou bem cedo, pois mal conseguiu dormir, se arrumou sem que sua mãe se preocupasse e foi ao clube. Chegando lá ganhou uma camisa, um shorts, meias e pela primeira vez na vida calçou um par de chuteiras, e aguardava ansioso para sair dali, formar o pelotão e desfilar.

O ex-indiozinho já estava na fila e tudo estava pronto para o desfile, quando derrepente seu sonho começou a se tornar um pesadelo. Quando todos já estavam vestidos e prontos para começar a desfilar, uniu-se ao grupo o filho do prefeito, e ele também queria desfilar de jogador, porém não tinha mais uniforme. Atendendo a um pedido superior o responsável pelo grupo foi olhando no rostinho de cada criança do grupo e por ironia do destino seu olhar parou no nosso ex-indiozinho, que teve que tirar o uniforme e entregar ao primeiro menino do município.

Edevânio teve que voltar para casa, e uma vez que não iria mais desfilar de jogador, e também não tinha comprado uniforme, adivinhem o que estava esperando por ele? A sua fantasia de índio. Quando chegou em casa começou a chorar, chorou pela perda de um sonho, por sua decepção e humilhação . Sua mãe ao vê-lo naquela situação chorou junto, e abraçados sua mãe dizia que aquilo iria passar e que tudo isso tinha acontecido porque o pelotão de indiozinhos não podia desfilar sem ele. Ela então o arrumou colocou sua sainha de penas, seu cocar, seu arco e flechas e disse: Filho, você é o indiozinho mais lindo do mundo!

Edevânio foi à escola, explicou o que tinha ocorrido à professora e juntou-se a sua tribo, que o recebeu de braços abertos. O seu primo Ida, que ficava a sua frente na formação do desfile, não entendeu por que o Edevânio não desfilou de jogador e também nunca perguntou.

Na Segunda-feira seguinte ao desfile, o prefeito ficou sabendo do acontecido e querendo compensar, levou-lhe de presente uma bola de futebol nº. 5 novinha! Ele aceitou, porque criança não tem orgulho, e se não tem como pode feri-lo! Mas sem dúvida, a maior compensação daquele dia, foi à lição que Edevânio aprendeu com sua mãe, que lhe ensinou: “Não importa o que fazem ou que deixem de fazer, o que dão ou que tirem de você. O importante é que aqueles te amam sempre farão mais e darão coisas melhores ainda do que você merece!”.

Mais Informações: http://historianovicente.blog.terra.com.br/perfil/

Foto de Osmar Fernandes

Homem do lixo

Misturado aos urubus, esconde seu rosto, seu nome.
Briga por cada saco de lixo em busca de pão.
É a lei do mais forte para não morrer de fome.
A espécie demarca seu território como um cão.

Despe-se de sua imagem...
Assim, é o planeta dos mendigos!
Marca registrada do capitalismo selvagem.
A humilhação se estampa na face dos meninos.

O homem triste, do lixo,
Tem alma... é um ser-humano.
Vive como um bicho!
Vegeta nesse mundo desumano.

Nesse lugar, a Pátria apagou sua luz.
Falta o cumprimento constitucional.
Ali, cada um faz a sua lei, carrega a sua cruz.
É a fotografia da política social.

Prof. Osmar Soares Fernandes - autor
Respeite o direito autoral

Foto de Joaninhavoa

UM TESOURO DE EMOÇÕES

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UM TESOURO!
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DE EMOÇÕES
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Chamava-se simplesmente Maria. Tinha dezasseis anos. Contou-me que nunca conhecera os pais. A mãe ficara grávida sem ser casada.
Para evitar a humilhação e a rejeição social, abandonou Maria à porta de um orfanato assim que nasceu. A menina vingou no mundo dos vivos porque o destino assim quis. Maria, sempre teve consciência da sua desgraçada condição. Quando chegou a hora de partir não teve a opção do convento. Calhou-lhe a quinta do lavrador. Cercada de um bosque frondoso e omnipotente, a orfã passou a escrava. As mãos carregavam chagas devastando a possível beleza, no corpo trazia os cheiros fedurentos dos estábulos e seus gestos ignoravam as educadas reverências nobres mas reflectiam alguma destreza suaves nuances, esvoaçantes e delicados passos, enfim toda uma agilidade sensual... o fôlego em sua voz era embriagante, de alta estirpe.
Maria tinha o dom da inocência em sua voz.
E foi assim que Bethoven*, a reconheceu.

*Poeta, Músico, Maestro
Joaninhavoa
(helenafarias)
08 de Novembro de 2008

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