Impacto

Foto de Nailde Barreto

"O conto além do espelho"

O que vemos quando nos olhamos no espelho?
Será que enxergamos quem realmente somos, ou será que conseguimos ver apenas máscaras, com todo seu arsenal de disfarces, que nos mantêm de pé, fazendo frente às aparências.

Então, é plausível essa indagação: afinal, o que há além do espelho?

Existe a fraqueza reprimida;
Existe o amor egoísta;
Existe falsa razão;
Existe cômoda inspiração;
Existe telhado de vidro;
Existe “bordel” requintado de emoção.

De tal modo, somos limitados por regras pré-fixadas por uma sociedade medíocre, “canibal”, e, muitas vezes vivemos de aparência, justamente porque somos influenciados e assustadoramente conduzidos para não ser como realmente somos.
Defronte do gigante espelho, somos marionetes de fácil manipulação, tudo é previsível sem muita emoção, personalidade de mocinho, estrelas ao alcance das mãos.
Além do espelho, somos livres, sem regras, sem culpa, sem medo do perigo, personalidade de bandido, totalmente, fora da lei.
Agora, após esta ligeira introdução, apresentar-lhes-ei, além do espelho no fim de semana.
_ Sábado, prenúncio da extravagância, quatro rodas na estrada, cheia de curvas, acabou o asfalto e, logo adentramos num caminho estreito, de poeira, pontes, árvores e xixi no chão, em meio ao pó do sertão. Costelas de vaca na estrada fizeram o corpo todo dolorir e balançar, já era chegada a hora da pausa para um breve descanso e uma gelada tomar para mais animar.
Seguimos o curso da lua, avistamos enfim, nosso destino, ao som dos grilos que cantavam nos dando boas vindas.
Já à beira do fogão a lenha, conversamos por horas a fio, acompanhados com wisk e gelo, bela combinação para apaziguar o frio e, banho de rio na madrugada clara, fomentou a excitação.
A noite pareceu passar num piscar de olhos. Já eram 05:34 hr (am), quando apagamos na cama, exaustos...
Após acordarmos, logo nos foi dito: “safados”, pensamos em chamar os bombeiros, pois, conforme os sussurros que ouvimos, parecia ser um incêndio, impossível de ser apagado com as mãos.
Engraçado, nem imaginei que algo tão normal fosse causar tanto impacto e repercussão.
Demos as mãos, e fomos apreciar o rio para relaxar e, fechar os olhos para da noite anterior relembrar, pois, breve chegaria o almoço e também a hora de retornar para casa, para a vida defronte o gigante espelho, e, em tempo, ansiosa, para além do espelho, novamente estar.

_escrito em 25/07/11_

Foto de Carmen Vervloet

Verde de Amor

Ontem, voltava da minha bucólica Santa Teresa, quando dei carona a uma conhecida que vinha para Vitória, a cidade que me adotou. Minha Ilha do Mel! Uma viagem tranquila, transitando entre matas preservadas, vigiadas pelos olhos atentos dos bravos descendentes de italianos que guardam e cuidam de suas origens e cultura e resguardam com amor e gratidão, principalmente a terra que acolheu seus antepassados, hoje considerada uma das melhores qualidades de vida do país. Mas minha conhecida não era uma teresense e muito menos uma cidadã sustentável. Logo no começo da viagem atirou pela janela do carro uma garrafa de água mineral que havíamos acabado de beber. Parei o carro imediatamente e fui lá recolher a garrafa colocando-a no lixinho do mesmo. Vi-a espantada com meu gesto e logo me perguntou:
- Qual o problema de se jogar uma garrafinha na beira da estrada?
- Tive que desfiar um rosário de inconveniências começando pela dengue e acabando com enchentes também causadas pelo lixo que não deteriora. Mas percebi, na minha sensibilidade, que ela não disse amém!
Depois deste incidente comecei a refletir o quanto o próprio cidadão, com pequenos gestos como o que acabara de ocorrer, é responsável pelas catástrofes que estão acontecendo por todo o mundo, ceifando vidas, deixando tantos desabrigados, derramando rios de lágrimas, causando tanto sofrimento. E pensei:
- Por que não começar pela internet uma conscientização do cidadão sustentável? Já que as indústrias e as empresas não deixam de poluir porque não abrem mão de seus lucros, já que os meios de comunicação nem sempre denunciam porque precisam dos anúncios dos mesmos, já que o governo pouco faz, por que então, nós cidadãos que pagamos nossos impostos e que não temos nada a perder, (a não ser nosso próprio planeta que a cada dia reage com mais violência às agressões dos homens, além de nossa saúde, nossa alegria, nossas vidas) por que não iniciarmos uma educação do cidadão sustentável?!
Chegando em casa vi um artigo no jornal A Gazeta, falando sobre o profissional sustentável. Tomei então conhecimento que na minha querida cidade de Vitória, vários profissionais estão fazendo sua parte. O gerente de uma empresa, por exemplo, que mora relativamente próximo ao seu trabalho, aproveita seu “hobby” que é andar de “skate” para chegar até lá. Junta prazer e saúde à sustentabilidade, pois deixando seu carro na garagem evita a poluição causada pelo automóvel, além de se exercitar e economizar combustível, assim evitando desperdícios. Se não vai de “skate”, vai de bicicleta, e segue os ensinamentos de sua mãe que sempre lhe dizia para não deixar a porta da geladeira aberta por muito tempo e apagar a luz ao sair de um ambiente. Fica aqui um alerta, para as mães, que desejam um futuro mais seguro e mais alegre para seus filhos. Educação começa no berço, torne seu filho um cidadão sustentável, principalmente com seu exemplo.
Talvez, alguns perguntem:
- O que é um “cidadão verde” ou um cidadão sustentável?
- O “cidadão verde” é aquele que tem comprometimento com a consciência ambiental, reduzindo o impacto do planeta, transformando-se num exemplo para os outros. Poderia listar uma série de hábitos do nosso dia a dia que precisam urgentemente ser mudados, como comer carne bovina, usar copos descartáveis e sacolas plásticas, separar o óleo utilizado em nossas cozinhas para ser reciclado, da mesma forma que o lixo, deixar mais vezes o carro na garagem, dentre outros procedimentos. Deixo aqui meu apelo para que os cidadãos pesquisem, planejem e alterem seus hábitos, pois estamos assassinando o PLANETA TERRA. Terra que nos dá o alimento, a água que bebemos, enfim, a vida! Amo esse nosso Brasil, de verdes matas, rios caudalosos, límpidas cachoeiras, flores multicoloridas, praias morenas e povo gentil. Vamos salvar “Gaia” e assim estaremos salvando o Brasil e em consequência, aos nossos descendentes. Fica aqui meu apelo de amor!

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Lúcia

Abrindo cortinas

Abrem-se as cortinas...
As mesmas máscaras da mesma rotina.
O teatro recomeça:
os mesmos atos, as mesmas vestes, a mesma peça.
Refletores colorindo atores,
espalhando cores sobre o palco.
Falso impacto!
Personagens interpretando fatos,
textos recitados, decorados, semitonados, bradados.
Manifestos indigestos, repetitivos, enjoativos...

Convincentes?
Para alguns...
Incoerentes...
para todos.

Experimentados, vivenciados, não surpreendentes.
Artistas já desgastados, mal preparados, destoados,
frente a uma platéia incrédula, inerte
ao espetáculo que não se reveste,
que se repete à expectativa geral
refletindo indignação total.

Nada muda...
As mesmas cortinas de ano a ano,
as mesmas farsas do cotidiano,
gesticulações, expressões faciais, corporais.
A mesma encenação.

E a platéia se submete
a mais uma
Ilusão...

_Carmen Lúcia_

Foto de Paulo Gondim

Dor ilógica

DOR ILÓGICA
Paulo Gondim
08/05/2011

A dor ainda lhe rompe o peito
A mãe chora a perda amarga
São lágrimas que não secam
Dor que o tempo não apaga

No desolado impacto da morte
O mundo sobre ela desabou
O corpo fio, agora inerte
É o que resta do filho que gerou

E em cada lágrima derramada
O sangue sai de cada entranha
E com ele, toda esperança
Que se vai nessa dor tamanha

É o contrário da lógica
O ouro que perdeu o brilho
Não há dor maior que essa
A mãe enterrar seu filho

Foto de Carmen Lúcia

Saber viver

Quero ver o sol sorrindo
abrir-se em raios amarelo-ouro
a circundar-me a luz de sua auréola
acariciando a alma, me aquecendo a pele.

Quero ver de perto a primavera
após a despedida do frio do inverno,
pra avaliar e apreciar o belo
e com ele, estabelecer um elo.

Quero banhos de cachoeira
sentindo o impacto de suas águas brancas
a energizar meu corpo, fazê-lo de remanso
e da mansidão da paz, eterna companheira.

Ver nas tardes lânguidas de outono,
folhas caindo; alimentar meus sonhos
de imagens ricas que vão se formando
e quando concretizados, pensar que estou sonhando.

Quero andar de bem com a vida,
em harmonia com o ontem, hoje e amanhã...
fazer da dor uma aliada, não uma vilã;
despir-me de rancores, vestir todos amores.

_Carmen Lúcia_

Foto de SANDRA FUENTES

Copacabana

Recupero-me da queda de ontem. Assombrada ainda com o impacto do meu corpo no meio fio. Boca sangrando lágrimas. Afinal, onde dói mais? Permaneço olhando o teto branco de gelo que derrete e molha minha nudez. Meu corpo rígido desfalece e, por uma eternidade de duas horas e quinze minutos, sente apenas o que foi o calor que aquecia este planeta de seis metros quadrados que eu chamava de santuário. Não sei se o que ouço é música. São ruídos que vêm da rua e é provável que seja efeito ainda da overdose dos abraços que chegavam de surpresa. Meu corpo levanta e caminha até a sala, mas sinto que estou deitada e presa neste espaço sendo banhada aos poucos pela água gelada. Observo de longe minha imobilidade. Chame de saudade quem quiser. De queda, tombo, atropelamento, surra, que seja. Muitas de mim não existem desde ontem. Houve uma chacina. Duas sobreviveram: uma deitada no frio molhada pelo teto que derrete e outra ensandecida contando as pedras do calçadão de Copacabana.

Foto de giogomes

Vôo da Rosa

Com as mãos já calejadas,
pelos espinhos afiados.

Observo atento aos ferimentos,
cuidando dos machucados.

Olhando a Rosa que tanto amo,
sempre cuidada com amor e carinho.

Nunca pensei que poderia me machucar,
com algum dos seus espinhos.

Eu sempre a protegi do mau tempo, das pragas.
Estava ao seu lado, zelando, a todo momento.

A coloquei protegida em um belo vaso,
sem entender os seus próprios sentimentos.

A dependência começou a ser sentida,
quando em momentos, eu não estava lá.

A Rosa só, em seu vaso pequeno,
sonhava em sozinha, também poder voar.

Em um dia de ventania, e a favor do vento,
fez um grande esforço, para as raízes soltar.

Desabrochou e se foi em um momento.
Quando voltei, não estava mais lá.

Triste, deprimido e preocupado.
Comecei a minha busca. A procurar.

A encontrei tão bela como sempre foi.
Estava bem, sobreviveu sozinha.

Fui então, devolvê-la ao vaso.
Tirá-la de perto das ervas daninhas.

Quando para minha surpresa,
fui ferroado, machucado.

Pela Rosa que tanto amava,
e que sempre esteve ao meu lado.

Depois do impacto inicial. O entendimento.
Como pude ser tão relapso, e não entender ?

Toda a Rosa pede cautela no trato,
como pude a mão perder.

Ela estava bem e aonde queria.
Não precisava que eu fosse me intrometer.

Não significava que não me amava,
só queria a todos provar...

...que poderia sobreviver sozinha,
e que tinhas forças para poder lutar.

Ao entender o que realmente queria,
decidi compreendê-la e aceitar.

Prometendo que a amaria sempre,
mesmo estando só, em outro lugar.

Que se um dia, realmente precisasse,
poderia simplesmente me chamar.

Temos que ter a capacidade de resolver,
os problemas que a vida insiste em nos mostrar.

Para que todos tenhamos a capacidade,
de um dia também poder voar.

Espero com amor no coração, observando o vento.
Para que sopre forte em minha direção.

Esperando que a Rosa volte para ficar comigo,
por que essa foi a sua decisão.

Para que ambos fortalecidos, possamos aproveitar,
tudo o que o nosso belo amor, venha a nos dar.

Foto de Nailde Barreto

"Diário de um estranho".

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Diário de um estranho.

Debruçado na instabilidade dos sentimentos, sinto a constância equivocada das lágrimas, quentes, expelidas do seu olhar. Enquanto, na verdade aparente do que chamo de também amor, vejo teatro e óscar... Então, paro e penso:
_ O que realmente sinto? Já que, entre o vazio e a inundação, tudo que tenho é o timbre rouco da sua voz e a lembrança de momentos marcantes naquele quarto do hotel fulano de tal. E, no fim das contas, quem é você, diante do exagero dos frívolos da paixão por um estranho?
Diante das não-respostas, arranho minha vontade, não consigo aceitar que isso pode ser verdade. Eu não te amo, mas, o que tanto há em você que me atrai e me chama, provocando em mim um imenso desejo de tê-la por perto? Confusão plausível diante de um coração dividido.
A sua criatividade me seduz, me causa impacto, e, em tempo, registro que ficaria com a ligeira sensação de perda, caso ficasse sabendo que existe outro em sua vida.
Com você, a quebra de regras me conduz à loucura. Confesso, tenho medo!
Isso me conduz à particular dúvida:
_ Te esquecer e entediar-me com uma vida fugaz, rotineira, com a incerteza do que poderia ter sido, sabendo que, ao longe, choras! Ou, doar-me para ti e deixar que me ensines a amá-la, e, não deixar que chores, e, se chorar, que eu esteja por perto para enxugá-las e, em tempo, te amar.

Nailde Barreto
20/03/11

Foto de Carmen Vervloet

(7o CONCURSO) VERDE DE AMOR!

Ontem, voltava da minha bucólica Santa Teresa, quando dei carona a uma conhecida que vinha para Vitória, a cidade que me adotou. Minha Ilha do Mel! Uma viagem tranquila, transitando entre matas preservadas, vigiadas pelos olhos atentos dos bravos descendentes de italianos que guardam e cuidam de suas origens e cultura e resguardam com amor e gratidão, principalmente a terra que acolheu seus antepassados, hoje considerada uma das melhores qualidades de vida do país. Mas minha conhecida não era uma teresense e muito menos uma cidadã sustentável. Logo no começo da viagem atirou pela janela do carro uma garrafa de água mineral que havíamos acabado de beber. Parei o carro imediatamente e fui lá recolher a garrafa colocando-a no lixinho do mesmo. Vi-a espantada com meu gesto e logo me perguntou:
- Qual o problema de se jogar uma garrafinha na beira da estrada?
- Tive que desfiar um rosário de inconveniências começando pela dengue e acabando com enchentes também causadas pelo lixo que não deteriora. Mas percebi, na minha sensibilidade, que ela não disse amém!
Depois deste incidente comecei a refletir o quanto o próprio cidadão, com pequenos gestos como o que acabara de ocorrer, é responsável pelas catástrofes que estão acontecendo por todo o mundo, ceifando vidas, deixando tantos desabrigados, derramando rios de lágrimas, causando tanto sofrimento. E pensei:
- Por que não começar pela internet uma conscientização do cidadão sustentável? Já que as indústrias e as empresas não deixam de poluir porque não abrem mão de seus lucros, já que os meios de comunicação nem sempre denunciam porque precisam dos anúncios dos mesmos, já que o governo pouco faz, por que então, nós cidadãos que pagamos nossos impostos e que não temos nada a perder, (a não ser nosso próprio planeta que a cada dia reage com mais violência às agressões dos homens, além de nossa saúde, nossa alegria, nossas vidas) por que não iniciarmos uma educação do cidadão sustentável?!
Chegando em casa vi um artigo no jornal A Gazeta, falando sobre o profissional sustentável. Tomei então conhecimento que na minha querida cidade de Vitória, vários profissionais estão fazendo sua parte. O gerente de uma empresa, por exemplo, que mora relativamente próximo ao seu trabalho, aproveita seu “hobby” que é andar de “skate” para chegar até lá. Junta prazer e saúde à sustentabilidade, pois deixando seu carro na garagem evita a poluição causada pelo automóvel, além de se exercitar e economizar combustível, assim evitando desperdícios. Se não vai de “skate”, vai de bicicleta, e segue os ensinamentos de sua mãe que sempre lhe dizia para não deixar a porta da geladeira aberta por muito tempo e apagar a luz ao sair de um ambiente. Fica aqui um alerta, para as mães, que desejam um futuro mais seguro e mais alegre para seus filhos. Educação começa no berço, torne seu filho um cidadão sustentável, principalmente com seu exemplo.
Talvez, alguns perguntem:
- O que é um “cidadão verde” ou um cidadão sustentável?
- O “cidadão verde” é aquele que tem comprometimento com a consciência ambiental, reduzindo o impacto do planeta, transformando-se num exemplo para os outros. Poderia listar uma série de hábitos do nosso dia a dia que precisam urgentemente ser mudados, como comer carne bovina, usar copos descartáveis e sacolas plásticas, separar o óleo utilizado em nossas cozinhas para ser reciclado, da mesma forma que o lixo, deixar mais vezes o carro na garagem, dentre outros procedimentos. Deixo aqui meu apelo para que os cidadãos pesquisem, planejem e alterem seus hábitos, pois estamos assassinando o PLANETA TERRA. Terra que nos dá o alimento, a água que bebemos, enfim, a vida! Amo esse nosso Brasil, de verdes matas, rios caudalosos, límpidas cachoeiras, flores multicoloridas, praias morenas e povo gentil. Vamos salvar “Gaia” e assim estaremos salvando o Brasil e em consequência, aos nossos descendentes. Fica aqui meu apelo de amor!

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Vervloet

(7o CONCURSO) VERDE DE AMOR!

Ontem, voltava da minha bucólica Santa Teresa, quando dei carona a uma conhecida que vinha para Vitória, a cidade que me adotou. Minha Ilha do Mel! Uma viagem tranquila, transitando entre matas preservadas, vigiadas pelos olhos atentos dos bravos descendentes de italianos que guardam e cuidam de suas origens e cultura e resguardam com amor e gratidão, principalmente a terra que acolheu seus antepassados, hoje considerada uma das melhores qualidades de vida do país. Mas minha conhecida não era uma teresense e muito menos uma cidadã sustentável. Logo no começo da viagem atirou pela janela do carro uma garrafa de água mineral que havíamos acabado de beber. Parei o carro imediatamente e fui lá recolher a garrafa colocando-a no lixinho do mesmo. Vi-a espantada com meu gesto e logo me perguntou:
- Qual o problema de se jogar uma garrafinha na beira da estrada?
- Tive que desfiar um rosário de inconveniências começando pela dengue e acabando com enchentes também causadas pelo lixo que não deteriora. Mas percebi, na minha sensibilidade, que ela não disse amém!
Depois deste incidente comecei a refletir o quanto o próprio cidadão, com pequenos gestos como o que acabara de ocorrer, é responsável pelas catástrofes que estão acontecendo por todo o mundo, ceifando vidas, deixando tantos desabrigados, derramando rios de lágrimas, causando tanto sofrimento. E pensei:
- Por que não começar pela internet uma conscientização do cidadão sustentável? Já que as indústrias e as empresas não deixam de poluir porque não abrem mão de seus lucros, já que os meios de comunicação nem sempre denunciam porque precisam dos anúncios dos mesmos, já que o governo pouco faz, por que então, nós cidadãos que pagamos nossos impostos e que não temos nada a perder, (a não ser nosso próprio planeta que a cada dia reage com mais violência às agressões dos homens, além de nossa saúde, nossa alegria, nossas vidas) por que não iniciarmos uma educação do cidadão sustentável?!
Chegando em casa vi um artigo no jornal A Gazeta, falando sobre o profissional sustentável. Tomei então conhecimento que na minha querida cidade de Vitória, vários profissionais estão fazendo sua parte. O gerente de uma empresa, por exemplo, que mora relativamente próximo ao seu trabalho, aproveita seu “hobby” que é andar de “skate” para chegar até lá. Junta prazer e saúde à sustentabilidade, pois deixando seu carro na garagem evita a poluição causada pelo automóvel, além de se exercitar e economizar combustível, assim evitando desperdícios. Se não vai de “skate”, vai de bicicleta, e segue os ensinamentos de sua mãe que sempre lhe dizia para não deixar a porta da geladeira aberta por muito tempo e apagar a luz ao sair de um ambiente. Fica aqui um alerta, para as mães, que desejam um futuro mais seguro e mais alegre para seus filhos. Educação começa no berço, torne seu filho um cidadão sustentável, principalmente com seu exemplo.
Talvez, alguns perguntem:
- O que é um “cidadão verde” ou um cidadão sustentável?
- O “cidadão verde” é aquele que tem comprometimento com a consciência ambiental, reduzindo o impacto do planeta, transformando-se num exemplo para os outros. Poderia listar uma série de hábitos do nosso dia a dia que precisam urgentemente ser mudados, como comer carne bovina, usar copos descartáveis e sacolas plásticas, separar o óleo utilizado em nossas cozinhas para ser reciclado, da mesma forma que o lixo, deixar mais vezes o carro na garagem, dentre outros procedimentos. Deixo aqui meu apelo para que os cidadãos pesquisem, planejem e alterem seus hábitos, pois estamos assassinando o PLANETA TERRA. Terra que nos dá o alimento, a água que bebemos, enfim, a vida! Amo esse nosso Brasil, de verdes matas, rios caudalosos, límpidas cachoeiras, flores multicoloridas, praias morenas e povo gentil. Vamos salvar “Gaia” e assim estaremos salvando o Brasil e em consequência, aos nossos descendentes. Fica aqui meu apelo de amor!

Carmen Vervloet

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