Infelizes

Foto de betimartins

Solidão!

Solidão!

Entre choros aflitos, entre gritos de dor
Nos chãos sombrios e frios, abandonados
Almas despidas de amor, perdidas
Nas correntes da vida apressada...

Cai a lagrima do avô sozinho, ali
Entregue as quatro paredes do imóvel
Fala baixinho para si mesmo, conversa
Quem sabe se para seu anjo da guarda!

Entre as grades da minha mente, assolada
De revolta, de lamentos sombrios e tristes
Eu sinto dentro de mim a solidão cravada
Como punhais afiados no meu peito aflito...

Pesam como chumbos a solidão que a noite
Trás, impiedosa, justa e melodramática
Que deixa escutar os gemidos que estremecem
O nosso medo da nossa incompreensão...

Mas a solidão também é justa e boa
Quando nos deixa descansar em seus braços
Refletir nossos erros e nossas metas
Para que um dia não sinta mais a solidão revoltada

É justa a minha solidão, mas será justa da criança
Que um dia foi abandonado? A Do meu velhinho?
Aquela que esquece na garrafa atirada na rua
Entre passeios, chuva e degradação da vida...

Ou aquela que aquela mulher que vende seu corpo
Entre lagrimas de repudio, nojo, mas de necessidade
Para a fome matar, a fome dos infelizes e solitários
Que a própria solidão arrasta para mundos incompreendidos...

betimartins

Foto de Nailde Barreto

"O olhar além da burca"

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Poligamia? Tantas quantas o “fantástico homem” puder sustentar, em regime de igualdade, sem margem para que uma ou outra possa reclamar. Tal ato fere a sua moral? Tudo isso é questão cultural, e no oriente é tido como corriqueiro, normal, visível no olhar de tantas faces, contidas, pela burca, lisa e de tantas cores, e seus adereços...
Imensa desvantagem, retratada na história da evolução, uma vida inteira de “liberdades” que se confundem com prisão, com regimento expresso, afinal, liberdade ou opressão?
Elas: sujeitas de voz passiva, que se calam silenciosamente, enquanto grita o desespero, o destempero, a mutilação; estampado em cada olhar, cabisbaixo, diante dos atos volitivos do sujeito masculino, preocupado com a procriação...
O tempo passa, as coisas mudam, e na puberdade, o “hijab” (tipo de vestimenta para cobrir o corpo) passa a ser de uso obrigatório, para impedir que a mulher faça exposição da sua figura, que transita entre a luxúria e a fé. Só é permitido deixar amostra: as mãos, os pés e os olhos. De tal modo, conseguem atrair olhares, e mesmo coberta, enfeitiçam com a dança, seduzem com o olhar, finalizam com um toque, detalhistas como serpente, e até os pés, conseguem fazer beijar...
Felicidade, digo e te instigo a pensar, é algo conectivo! Logo, não podemos afirmar que tais sujeitas, ainda que passivas, são infelizes. Em contraponto, observamos o contraste do oriente que se cobre, com ocidente que insiste em despir-se em constante “haram” (pecado).

Nailde Barreto.
13/01/2011

Foto de Lefurias

Mulher da Vida

Nas noites, nas festas,
Nas danças, nas pistas,
Você se destaca,
Na noite paulista.

Mulher da vida,
Mulher maravilha,
Tu és dos carentes e
Dos infelizes.

Mulher de beleza inconfundível,
De sorriso amável,
Sua pele é bela,
Suave, macia...
Imensurável rosa.

Você me alucina,
Me encanta,
Me ensina,
Me fez descobrir o mundo,
Me fez aprender tudo,
Acabei de descobrir mais uma:
Amo você.

Foto de Fernando Vieira

Marcas da tristeza

Marcas da tristeza
(Fernando Vieira)

Marcas que machucam
E deixam cicatrizes
Em momentos absurdos
Que nos fazem infelizes

Marcas que se atrevem
Por um instante machucar
Arranhando a minha pele
Fazendo-me então chorar

Machucando-me de fato
Mexendo com minha emoção
Deixando as marcas da tristeza
Gravadas no meu coração

Foto de Graciele Gessner

Rir Sem Limite. (Graciele_Gessner)

Rir da vida insana.
Rir do que já foi...
Rir do que já poderia ter sido.
Rir do que a vida nos presenteia.
Rir do sol a cada alvorecer.

Rir da alma desnuda.
Rir do que nos parece sem noção.
Rir da liberdade camuflada.
Rir do conteúdo sem inspiração.
Rir do que a imagem tenta transparecer.

Rir do que muitos se fazem de cegos.
Rir da hipocrisia dos infelizes.
Rir, apenas rir sem limite,
Com a satisfação da missão cumprida.
Rir dos que pensam que sabem.
Rir do controle que nos aprisiona.
Rir da vida que escolhemos.
Rir do destino que cultivamos.

Apenas a vontade louca de rir.
Rir ao amar, ou pelo menos tentar.
Rir pelo que você conquista.
Rir e vibrar por tudo insignificante.
Ria desta vida maluca!

Copyright-©2008 Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!*

Foto de betimartins

Ao meu verdadeiro amor - parte 1

Ao meu verdadeiro amor - parte 1

Pois é estou a escrever o que não tenho coragem de falar-te abertamente, deixo sobre tuas coisas meio escondido, para ver se um dia a encontras.

Se a descobriste agora é porque a encontraste e aqui vai meu amor:

Meu amor, eu lembro do primeiro minuto que falamos, lembra-te que me sentia bem e segura, tinhas uma vida diferente da minha e eu a minha vidinha repleta de sofrimento, mas alguém lá em cima quis que nesta vida os dois reencontrassem e vivessem a sua grande historia de amor.
Era ainda muito jovem diria que ainda uma criança e sempre sonhava com belo cavaleiro vestido de branco com a cruz dos templários no meio de suas vestes, mas sempre pensei ser lembranças de menina. Cresci, estudei e lia muito mesmo por vezes ia a vários lugares, diria que mundos onde ninguém acessava era, simplesmente, magníficos, entrava no livro e depois era só voar ao mundo do imaginário e ali divertir até cansar.
Lembro ainda de ter medo do escuro, muito medo mesmo, por vezes colocavam em situações terríveis para eu perder o medo, mas ele só aumentava, quando eu perdia as forças eu lembrava do meu cavaleiro andante que um dia viria num cavalo, voando e levava para outro lugar e longe de tudo.
A minha e tua vida não foi fácil, foram muitas batalhas, muita dor que os dois superamos, ultrapassando com fé de um novo dia e éramos infelizes os dois porque nada nos preenchia por dentro.
Minha vida não foi fácil, diria que nada fácil mesmo, eu cresci, estudei, trabalhei e foi esposa e mãe, mas nesse meu crescimento eu esqueci de mim, da minha identidade era como se algo dentro de mim tivesse adormecido.
Tive muitos dias, meses que meu coração rebentava de tanta dor, tanto desespero, perdida sem saber por onde caminhar ou aliviar a minha dor ou dos que me rodeavam. Não tive grande ajuda aqui, mas lá de cima eu tive força e fé para caminhar e não fazer como meu irmão, que na sua dor e desespero, termina com sua vida. Entre lágrimas e entre medos eu rezava e pedia a Deus que oferecesse a coragem e força para caminhar no meio da montanha agreste e turbulenta.
E no meio dessa turbulência vieste como um verdadeiro furacão quis resistir aos meus sentimentos, mas eram demasiados nobres e sinceros porque era o amor verdadeiro. O amor que eu tanto sonhei desde menina. Muitos foram os que me feriram, mas poucos aqueles que souberam curar e tu foste o único que curaste minha ferida já tão aberta e dolorida pela vida.
Lembro de cada momento que nós conversamos e cada promessa nossa, curar as nossas feridas e cuidar um do outro e apagar o passado completamente. Tu eras como uma águia ferida, eu como a fênix, que pouco já existia em mim de tanto que doei de mim aos outros e nunca querendo pensar um pouco em mim. Engraçado que eu contigo voltei a escrever como no passado, eras minha fonte de inspiração, meu porto seguro onde eu podia navegar e nunca afundar nas tempestades que estavam para vir e lembras que muitas vieram mesmo.
Fizemos promessas, mas as cumprimos uma a uma religiosamente, despimos das vaidades, despedimos do conforto dos amigos e familiares e ficamos juntos e juntos ensinaste a ver a ruindade dos que se diziam amigos e superei barreiras dentro de mim.
Lembras quando me ensinavas que nem sempre o ser humano é que mostra ser, mas sim um ser que repleto de maldade e desamor e eu que sempre acreditei no melhor dele e senti tristeza aos poucos tive que superar porque entendi que não era o momento de ele superar e evoluir. Sempre me regi pelo coração, aprendi com um grande sábio que devemos escutar o coração e seguir nossa intuição sempre, mas nunca deixar de orar e vigiar. Sempre o fiz quando me esquecia disso sempre apanhava da vida e ficava presa na energia ruim, com aquela sensação de mal estar.
Para mim tu foste um grande mestre para mim além do marido que meu coração escolheu sem me consultar sequer. Por vezes tuas palavras magoam meu coração aflito por ainda querer acreditar no ser humano e entramos em desacordo, como me custa tanto cair na real, tu e eu temos gênios fortes e não gostamos de dar o braço a torcer.
Talvez seja por isso que nos completamos, somos únicos e apaixonados, os eternos apaixonados, que ainda fazemos sorrir nossa menina, quando ela nos abraça e nos diz sorrindo e com aquele olhar terno “eu vos amo” e sou feliz. È aqui que eu olho para a minha vida e vejo que tudo o que passei valeu a pena para agora poder estar aqui te agradecendo por ser tão feliz do teu lado.

Foto de betimartins

Dueto de amor

Dueto de amor

Juntos vivemos vidas, caminhamos juntos e muitos caminhos.

Eu te busco, sinto completa, perfeita e única somente tua e nada mais.

No intuito de encontrar no mundo e sonhando

Eu também sonhei nesse teu sonho lindo e único de amor

Fazendo pensamentos, mas sempre sozinhos...

Sim e muitas vezes sozinhos, chorando de amor e desamparados.

Vidas, passamos, seguindo sempre de lado a lado

Outras vidas, que vivemos foram infelizes e não foi por acaso, mas sim pavor.

Mas um dia pararam o tempo, mas o tempo seguiu e não parou.

Sim, pararam o tempo só para te encontrar, mas o tempo sempre andou.

As rosas secaram, as folhas caíram, conversamos ao tempo

Pois conversamos ao tempo do amor, mas ele não escutou.

Ninguém nos escutou, choramos e não ouve escolha, pois...

Sim ninguém escutou, nem as lágrimas acalmaram todo este amor.

Pois o amor já se havia fundido e se encontrado em nossas almas novamente.

Sim, eu te vi e encontrei este meu coração disparou forte e mais alto que o tempo.

Acreditamos na sorte na rudeza da vida, mas eu te encontrei.

Eu não queria acreditar que eras tu que estavas ali, tudo em mim despertou.

Curvamos arquejantes como em um campo de batalha

Sim pelo cansaço e pela procura de tanto lutar contra a vontade do tempo

Suados, cansados, mas juntos no silêncio da alma e neste belo amor.

Sim foi nesse silêncio da alma que eu fui tão amada, ressuscitada.

Meu amor, tudo está o que esta a passar amor meu, não quero acreditar que nesta vida vamos ser vencidos novamente.

Eu não deixarei que isso possa voltar acontecer, lutarei e vencerei esta grande batalha pelo teu amor.

Não quero ser meu amor uma ilusão perdida, um errante navegador que navega pelo oceano da vida, em busca...

Nem sequer eu, meu querido e nobre amado que tanto busquei em nome deste amor.

Vagando o vago amor, pois tenho apenas uma taça de crença vazia, uma esperança sepultada se não tenho a você para amar pouco me adianta navegar seguir a caminhada.

Prometo-te que esta vida que nos encontramos, nem o tempo e nem a morte sequer já nos poderá separar porque agora sabemos que somos almas amadas, únicas e apaixonadas.

Nem a baga do tempo, os impedimentos, nem as dores da saudade e nem distancia dos oceanos nos poderão mais separar...

Betimartins

Publicado no Recanto das Letras em 31/10/2007
Código do texto: T718072
Notila e Beti

Foto de Graciele Gessner

As Coisas Que Gostaria de Fazer... com Você, para Você. (Graciele_Gessner)

Há tantas coisas que gostaríamos de fazer, mas o momento parece não acontecer, não colaborar. Amar e amar são sentimentos reservados como se o mar levasse ao longe, levasse distante quem amamos. A ilusão invade a alma, desejando que tudo isso não fosse tão transparente, que ao menos soubéssemos disfarçar esta ausência tão dolorida.

As coisas que gostaria de fazer, talvez sejam dengos e carinhos, beijos recheados de saudade, abraços apertados e confortantes... Namoraríamos sem nos preocuparmos com o tempo, ou com qualquer coisa que pudesse nos distrair da realidade. Mas nada disto parece ser possível, sempre há algo que nos impede de sonhar ou estarmos juntos.

O tempo vai passando, tão vazio, sem recordação, sem sonhos. Nada vivido, nada escrito nesta existência. É como se não soubéssemos quão importante é esta vida. Muitas pessoas vivem a vida mentalizando que terão outra chance para “aquela felicidade”. Quantos enganos estão a cometer. Sim, o tempo passa, mas aquele momento em especial jamais voltará.

Por que não aproveitar o instante, aquele momento, o amor que se apresenta a nossa frente? Por que dificultamos a vida? Por que não vivemos de forma simples e descomplicada? A vida só pede atos simples, atitudes simples, formas simples... Ah, como são infelizes as pessoas que não se permitem viver o agora, o momento tão único.

Há pessoas amordaçadas ao passado, aos seus devaneios. Esqueceram completamente que estão no palco da vida, e que precisam dar o primeiro passo para a liberdade, para a tal felicidade.

Enquanto você fica aí, acreditando que o tempo não passa; eu vejo a minha vida sendo trilhada, escrita, sendo desfrutada com seus variados gostos e sabores. Quem sabe um dia você acorde para a vida, e perceba que aquela tal felicidade não teve paciência para esperá-lo. Quando acordar, talvez todas as coisas que um dia alguém desejou fazer com você, para você, tenha ficado lá no passado... Aquela pessoa em questão talvez já tenha ido embora.

As coisas que gostaria de fazer, talvez ainda esteja em tempo, é o ato de viver! Viver um grande amor, com o direto da felicidade e exclusividade para ele.

06.06.2010

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Dennel

O que faz você feliz

Felicidade, uma busca incessante. Desde o berço até a morte a buscamos, porém parece que nunca a encontramos. A indústria e comércio já perceberam que para vender seus produtos é necessário apresentar pessoas felizes, sorridentes e triunfantes para que o que está sendo vendido tenha boa aceitação. Claro, nada pode ser associado a coisas negativas.

Agora uma pesquisa do instituto Gallup realizada com mais de 340 mil pessoas em todo o mundo, com questões sobre idade e sexo, eventos atuais, finanças pessoais, saúde e outros tópicos, o resultado da apuração é que sob praticamente todos os aspectos, as pessoas ficam mais felizes à medida que envelhecem, sendo que o motivo não ficou esclarecido na pesquisa.

Felicidade é um conceito subjetivo, o admirável Mahatma Gandhi afirmou apropriadamente que “Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho”. Creio que a felicidade é mais um “estado de espírito” do que uma condição. Note que no estudo não foram determinadas as razões e circunstâncias que trazem felicidade para as pessoas.

Na velhice os anseios já estão acomodados, a pessoa tem uma grande experiência de vida, já passaram por situações que lhes trouxeram vivência e consequentemente felicidade. Por outro lado os arroubos da juventude ficaram para trás juntamente com as frustrações. As limitações são aceitas com mais facilidade, não questionando o presente muito menos sem grandes expectativas sobre o futuro.

Outro dia em conversa com um amigo afirmei que conforme os anos passam o “chamado direito de errar” vai diminuindo, pois quando jovem, erra-se muito, mas se tem muito tempo para corrigir a “besteira”. Não estou afirmando com segurança que a velhice deixa a pessoa isenta de erros, o que afianço é que a pessoa vai pensar analisar e chegar a soluções que antes não possuía por não ter uma bagagem de vida, o que a levará a não incorrer em situações desagradáveis e consequentemente infelizes. É como diz a canção Essa tal liberdade do Só Pra Contrariar “eu andei errado, eu pisei na bola”.

Foto de Carmen Vervloet

Lunática e Insubordinada

Não coma muito...
Não beba muito...
Não pegue muito sol...
Cansei de tanto não
e por que então
não sair da ditadura
do equilíbrio
partir para o ludíbrio
desta detestável ponderação?
Por que ser escravo
de uma inatingível perfeição?
Essas patéticas imposições
que nos impõem
os que se dizem ponderados
que vivem escravizados,
infelizes subordinados
aos preceitos que lhes são
determinados?
Por natureza
prefiro ser lunática,
axiomática,
nada burocrática.
Comer minha picanha
com gordura
dizer sim às minhas
travessuras
eliminar tudo que me tortura!
Quero viver feliz
no que me resta de vida
perdida nos meus
pequenos pecados,
jogando meus dados,
acreditando na sorte!
Quero viajar do sul ao norte
porque certa um dia será a morte!
Vou tingir de laranja cada aurora
vou carregar por hora
esse delicioso pacote
de boicotes.

Carmen Vervloet

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