Inquietação

Foto de Carmen Lúcia

Cala, coração!

Quem irá calar um coração
que bate incontrolavelmente
e sofre a mágoa dessa inquietação
por só querer ser feliz... E a tudo bendiz ,
ainda que sem retorno, em abandono,
mesmo sem uma plausível explicação
que o faça abrandar a pulsação
ante os anseios que incansavelmente
o desnorteiam, o fazem delirar
e liberar fortes emoções...
Ainda que voltem para seu lugar
proibidas de passar...

Ah, coração, que não conhece a vida,
querência imprevista, paixão recolhida...
Inocente, quer se encher de amor
sem saber que ele está extinto
para um coração carente, indigente
e inclemente zomba de sua dor...
De um sentimento profundo
maior que seu próprio espaço,
não cabe em seu mundo...

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Vervloet

OS OLHOS CONTAM SEGREDOS

Às vezes penso te conhecer completamente
Mas logo, logo... percebo meu tolo engano!
Tudo que sei... nem de longe é suficiente
Pra decifrar teu coração... profundo e denso oceano!

Desce sobre mim uma estranha inquietação
E a minha boca não reconhece as palavras que diz
Minha alma já não é calma e chora meu coração
Afogo-me num mar de lágrimas... triste e infeliz

Preciso urgentemente saber tudo que guardas em ti
Desvendar os teus mais íntimos segredos
Atravessar essa neblina que insiste em persistir
Acordar o teu silêncio que me causa tanto medo...

E quais duas estrelas que acendem teu olhar
E que parecem adivinhar tudo que quero decifrar
Teus olhos pousam sua luz que perpassa toda neblina
E num passe de magia meu coração ilumina

Teus olhos falam tudo que eu desejo saber
Revelam tua alma que eu necessito conhecer
E eu qual náufrago que vê a terra se aproximando
Agarro-me neste teu olhar tão terno, amoroso e brando!

E as ondas lá se vão em busca de outras quilhas
E eu me jogo feito louca sobre esta ensolarada ilha
E no pulsar do coração que vai ritmando a canção
Somos um em dois...
Parceiros nas dúvidas que inundam nossa união!

Carmen Vervloet

Foto de Graciele Gessner

Sim Para o Amor! Paixão, Não! (Graciele_Gessner)

Quando a questão é sentimento, muitas ideias e opiniões surgem em mente. O conceito sobre a paixão e o amor é amplo. De todos os amores e paixões que vivemos nenhum serão eternizados enquanto não soubermos diferenciá-los. Avaliar a dimensão dos nossos sentimentos, evitado a tal paixão e reconhecendo o amor é o primeiro passo para um duradouro relacionamento.

A paixão é ardente, é uma mistura de entusiasmo excessivo como um incontrolável vulcão. A paixão realmente nos cega, coloca em nossa visão o seu véu, assim se estabelece o encanto.

Tenho uma opinião em particular sobre a paixão, por mim é um cenário de fantasias, nada é real, foge-se da verdade e criam-se ilusões. É claro que é muito bom se apaixonar, mas um pouco de sensatez é fundamental. A admiração contida numa paixão chega a sufocar, acaba gerando inquietação, uma dor em brasa.

Ao contrário do que se espícula, o amor é a calmaria das ondas, é a paz dos bosques, é a tranquilidade em todos os sentidos. Porém, se diferencia em seu carinho, dedicação e proteção. Há a leveza da idolatria, a saudade de estar ao lado da pessoa em questão, a liberdade de sentir a brisa no rosto. É óbvio que quem ama protege. Quem ama se dedica àquela pessoa, e jamais ficará longe. O amor é gostar, envolve amizade, companheirismo, a confiança e a cumplicidade. O amor nos apresenta todas as verdades, não existe camuflagem, não existem enganos. O amor é a felicidade em momentos turbulentos, mesmo que isso pareça sem noção. Só quem ama sabe...

12.05.2010

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Nina G

Amor

Amor...será isso o que sinto por vc? Não sei bem ao certo em desde o primeiro olhar senti algo diferente em mim, mas naquele momento não dei tanta importancia para aquele sentimento... O tempo foi passando a convivencia, me mostrando todas as suas qualidades e defeitos...e mesmo assim fui me apaixonando...Hoje é um sentimento tão confuso, sonho acardada com vc, com seu olhar, com a sua voz me dizendo MEU BEM, a como queria que suas palavras fossem mais a fundo...como queria que os seus sentimentos fossem como os meus; quer dizer não tão confuso quanto os meus...já sofri muito por pessoas que pensava que amava, hoje já nem sei se já amei algum dia, e não sei dizer se esse sonho que é essa forma de te amar, se encaixa em amor...
Só posso te dizer, que você me traz uma paz tão grande, uma tranquilidade, e ao mesmo tempo uma inquietação constante...vontade de te beijar esquecer o mundo, olhar no fundo dos teus olhos e me ver lá , seria a realização de um grande sonho...
Não sei bem se isso vai passar...só sei que já faz um tempo que esse sentimento esta aqui em mim... e ele é grande o bastante pra esperar vc e ver no que vai dar...
Se entregue a mim, como eu me entreguei a você?"!!!!!

Foto de BIENVENUTI

Amigo sem juizo...

*
*
*

CONHEÇO UM MENINO,
SEM JUIZO,
MUITO TRAQUINO...
QUE ME TRAZ INQUIETAÇÃO...
ELE NÃO RACIOCINA,
NÃO MEDE CONSEQUENCIA,
FAZ SUBIR OS PÉS DO CHÃO...
TAMBEM TRAZ ALEGRIA,
DE VIVER, FAZ A RAZÃO,
NÃO POSSO CONDENÁ-LO,
DESSA SUA REPUTAÇÃO...
DESSA SUA INTRANSIGÊNCIA,
EM CALAR-ME , O CORAÇÃO...

Foto de Graciele Gessner

Medos e Fobias. (Graciele_Gessner)




É quase impossível que alguém não tenha medo ou fobia de algo neste mundo transfigurado. Quando existe certo exagero nos sintomas já é doença e precisa ser tratado. É óbvio que muitos casos são causados por alguma inquietação, ou até da própria imaginação. Psicólogos e psiquiatras sabem bem como é isso. Muitos casos são tão graves que precisam de intervenção medicamentosa. Mas a pergunta que se faz necessária: porque sentimos medo ou fobia?

Ninguém nasce com o problema, pelo menos assim eu penso. Os medos e as fobias são circunstâncias da vida que levamos. Não temos proteção emocional para evitá-los. Somos atacados facilmente e dependendo da intensidade só tratando. A vida tem destes sentimentos, e como evitá-los?


06.02.2010

Escrito por Graciele Gessner.


*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Lucíola

Reencontro

Era uma linda manhã de verão. O sol iluminava a paisagem, enquanto Celina caminhava lentamente pelas ruas da cidade em busca do seu destino.
A vida lhe reservara sempre grandes surpresas, pois Celina acostumara-se a esperar o oposto do que queria. Isto facilitava nas decepções e propiciava alegrias inesperadas. Resolveu então pensar que aquele era um dia comum, com pessoas comuns ao seu redor e que seus passos comumente lentos a levariam tão somente na direção do mar.
Chegou, finalmente. Seu destino estava ali traçado naquele calçadão. Em seu peito, a ânsia da incerteza atravessada no coração feito faca afiada que corta a carne ainda viva. Não podia mais recuar. Não tinha forças. Restava apenas esperar até que tudo terminasse. Queria apenas encontrar uma última chance de poder falar o que realmente sentia.
Pensou então em buscar as palavras que usaria para dizer tudo o que desejava tanto. Mas as palavras sumiram instantaneamente de sua cabeça. Como num passe de mágica, tudo ficou branco, por um momento, tudo parou.
Celina, então, simplesmente ouviu:
- Oi, bom dia!
Foi difícil acreditar naquela voz ao seu ouvido. Desejou por um momento o fracasso de uma longa espera sem esperança. Seria então esta uma grande surpresa, ou uma decepção? Não sabia explicar.
Seu coração bateu tão forte que teve medo que todos pudessem ouvir. Não conseguia se mover. Não sabia como. Como conseguiu chegar então até ali? Precisava criar coragem. E após uma longa pausa, enfim, respondeu:
- Bom dia.
Seus olhos de repente alcançaram a plenitude nos olhos dele. Naquele momento, as palavras já não eram mais necessárias. Tudo estava tão profundamente explicado que o mundo parou um instante para ver aquelas almas se tocarem silenciosamente, imaterialmente, irracionalmente, num momento pleno de amor.
- Pensei que você não viesse. - Disse ela com a voz trêmula, rompendo o grande silêncio e trazendo o mundo ao seu devido lugar.
- Eu disse que vinha. – Respondeu ele com certa impaciência.
Era estranho imaginar que aquele ser tão próximo, tão conhecido seu, de certa forma, em algum momento, denunciava-se tão estranho. Mas se o peso dos anos tinha a força de mudar tudo de lugar, como então poderia explicar aquela sensação de estar revivendo um passado tão distante? A circunstância permitia mesmo sensações ambíguas. O momento era tenso. O sentimento, intenso. O tempo seguramente não pudera remover ou mudar o amor contidamente existente nas almas daquelas duas pessoas.
Como nos tempos idos, os olhos dos dois falavam mais do que as palavras. Não se importaram sequer em identificar as marcas do tempo em seus rostos. Parecia que nada havia mudado - nada. Até mesmo as dúvidas e receios eram os mesmos de antes. Apenas a ansiedade dera lugar à serenidade daqueles que verdadeiramente se amam para além dos tempos e da própria existência terrestre.
- Eu não acredito que estamos aqui, agora. – Disse Celina, com um largo sorriso no rosto e um brilho nos olhos inconfundível.
- Por quê? – Perguntou ele, mesmo sentindo no peito a mesma emoção de quem racionalmente não consegue mensurar a plenitude de um momento tão raro, onde o sentimento é quem comanda cada palavra, cada gesto, cada pensamento.
- Porque imaginei que a nossa história havia terminado, mesmo que ainda inacabada, assim como uma criança que morre em tenra idade, de qualquer mal súbito, ou por qualquer fatalidade. Então, dessa criança, restam apenas as doces recordações e a lembrança do seu sofrimento, de sua dor e de seu triste fim.
Em seu coração, Celina temia ouvir duas palavras: sinto muito. Estas palavras quando ditas em certas ocasiões produziam conseqüências quase que letais para quem as ouvia. Ouvira uma só vez em sua vida, o suficiente para lhe trazer noites intermináveis de angústia, pelo peso de um amor fracassado.
O momento de êxtase agora dera lugar a uma inquietação, daquelas que trazem ardor à alma e a insatisfação antecipada de quem imagina agora tudo perdido, sem conserto mesmo.
- Você disse que me esperaria... E eu acreditei. Você não só não me esperou, mas também me esqueceu. Seu amor por mim foi tão sincero e tão verdadeiro como um feriado que cai no domingo. – Respondeu ele, visivelmente perturbado. Naquele momento, por um instante, arrependeu-se de estar ali entregando tudo o que de mais profundo carregara durante todos aqueles anos. Arrependeu-se. Aborrecido, achava-se um tolo. Não suportaria aquela situação por mais tempo.
Celina sentiu o mundo sobre suas costas, temia profundamente aquela reação. Desejava que tudo fosse mais fácil. Mas a inocência dos velhos tempos de juventude havia perecido. Agora não havia mais tempo. Tudo deveria ser esclarecido. Tudo. Não poderia hesitar nem um só minuto. Precisava sinceramente falar para ser compreendida e desejava mais do que tudo que ele soubesse que o seu amor, um feriado num dia de domingo, foi, era e sempre seria um domingo sem fim.
Então, ela retrucou:
- O domingo, o sétimo dia ou o primeiro dia da semana, é o dia do descanso. A semana vai passando e ele lá, inerte, parado. Ou ele espera por você ou você espera por ele. Feriado ou não feriado, de uma forma ou de outra, inevitavelmente ele está lá. Seja você feliz ou triste. Durante um passeio, ou uma viagem, numa festa ou no sofá da sua sala, é domingo. Eu sei, você sabe, todos sabem. É domingo. Às vezes temos sono, às vezes não. Às vezes queremos que a segunda-feira venha nos salvar, ou que o domingo seja o único dia da semana, se estamos cansados. Mas se eu estiver feliz é porque você não só está em mim, mas eu também estou com você verdadeiramente. É por isso que eu quero que você saiba, independentemente de tudo e de todos, eu te amo. E nada nesse mundo poderá mudar essa triste realidade que me corrói a alma e me faz viver sempre esperando a realização desse amor, que eu sei, não tem mais futuro, apenas passado. Não pense em como tudo aconteceu, pois não há racionalidade para as coisas do amor. Eu apenas amo e nem sei como. Eu amo tão simplesmente que até parece complicado. Meu amor por você está além de onde se pode ir. Vive e revive a cada dia que se passa, com maior intensidade. Eu sei disso porque quando encontro você é tudo tão inexplicavelmente mágico! O tempo parece não ter passado. O dia não parece dia, as pessoas parecem não estarem lá, a vida parece ganhar outra dimensão. A partir daqui, eu sei, tudo vai mudar. A magia será enfim explicada e então perderá o encantamento. Mas o amor, esse sentimento que carrego dentro de mim e que só eu sei o quanto é puro e verdadeiro, esse não mudará. Eu sim, não serei mais a mesma. Imagino que deixarei de sonhar com você, meu grande e eterno amor. Mas saiba, eu te amo, te amo, sinceramente...
Depois dessas palavras, não havia mais o que ser dito. Todas as dúvidas não podiam ali ser esclarecidas. O amor e sua verdadeira face envolveram de tal sorte aquele homem e aquela mulher, que eles, do magnetismo do momento, não puderam mais fugir. Arrebatadoramente, abraçaram-se, em corpo e alma. Beijaram-se e, na mais completa plenitude, enfim, compreenderam que não há explicação para o amor. Ama-se e fim.

Foto de Carlos Henrique Costa

Soneto da morena

Morena, morena, teu olhar me seduz!
E me faz viajar em sonhos azuis,
Tua pele é uma arma que destrói,
A dor de um desamor que me dói.

Morena, morena, sem tu não há luz,
A clarear os caminhos que me conduz!
O amor, à vida me ensina e constrói...
A sempre te amar como um super herói.

Sem ti tudo parece o mesmo gosto,
A caminhar na trilha de um desgosto,
E me sufocar no fundo da perdição.

Mas ao ver teu riso em formoso rosto!
A inquietação cessa no meu coração,
E bate um gosto da saudade na razão.

Foto de Carlos Henrique Costa

Ao seu olhar

Na primeira vez que te vi, tu eras criança!
Eu já jovem adulto, não te dei bola alguma.
Sozinho, no caminho de paixão nenhuma,
Só me importava o bem querer e esperança.

No segundo olhar, já me pesava a balança,
Tornas-te mulher feita, e perfeita és uma!
Inquietação agora do meu olhar, qual se exuma.
Amor absoluto, resoluto na força que alcança.

Inspiração do meu viver, hoje é ao meu olhar,
Tão formosa rosa, que brotou em meu jardim,
O cheiro do alecrim, não pode ao teu se comparar.

As ervas do campo, sabor e gosto do aipim!
És o começo do fim, na imensidão de te amar,
Aconchego do meu lar, em doce olhar p’mim.

Foto de Graciele Gessner

As Férias e o Retorno. (Graciele_Gessner)

Um ano de trabalho realizado,
O dever cumprido, a lição feita.
Hora de encerrar e ir para festa.

Mais um encerramento de ano.
Momento de confraternizar, estar com os colegas.
Revelar alguns contratempos pelo caminho,
Falar algumas piadinhas e... Tchauzinho!

Ano que vem começa tudo de novo.
Recomeça a pressa do dia a dia,
Ninguém se lembra da alegria;
Tudo gira em torna desta tal correria.

A perpetuação do acúmulo de trabalho;
A inquietação em todas as suas realizações.
É preciso jogar no lixo todas as afobações,
Aquelas descuidadas precipitações.

...

16.12.2009

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada! *

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