Inquietude

Foto de Jardim

ando só pelas ruas desta cidade fria e vazia

ando só pelas ruas desta cidade fria e vazia.
carrego comigo o hiato das impossibilidades
e a carga dos desenganos que fazem
da noite de sábado um proscênio solitário.

encarnação de vazios, deixo para trás
pontos de interrogação e concluo
que há muita incerteza nos caminhos
que se abrem à minha frente.

dialogo comigo mesmo, danço a coreografia
dos absurdos, réquiem inevitável
de um futuro que nunca existirá,
passos em terra de ninguém.

na praça dos consolos inúteis
distribuo a piedade que só os miseráveis
são merecedores, na minha andança
sem fim recebo do passado arrepios,
os sorrisos compartilhados são a véspera
dos desassossegos futuros.

ando sem rumo por ruas movimentadas
tentando olhar dentro dos olhos
das minhas verdades e sentindo
a batida do martelo dos remorsos
que só as escolhas erradas trazem.

fragmentos de promessas espalhadas
pelo chão, vestígios pelos muros
de possibilidades impossíveis
originadas no âmago das minhas covardias.

ando só e por aí me perco, uso a bússola
da minha inquietude, sigo as placas
dos meus medos, arranco da memória
uma fatia de sonhos que está guardada
em um frigorífico abandonado
e que quebra quando a toco, algumas coisas
são tão sagradas que não podem ser tocadas.

ando sem rumo, rumo ao improvável,
por alamedas, atalhos, pontes
e abismos que me conduzem.
andanças intermináveis, pelo caminho
questões sem respostas,
respostas sem perguntas,
coisas que não são nada,
nadas que me deixam mudo,
promessas que ouço do luar,
das gotas da chuva que nunca choveu.

estrada feita de horas e horas, o vento
e suas navalhas cortam constelações ilegíveis,
o espelho da finitude desfilando
vácuos inefáveis como se o passado
e o presente andassem de mãos dadas
sorrindo e falando alto nos corredores
desertos da minha intranquilidade:
a sagração de um vazio
que nega a si mesmo.

ando só e sem destino
sob a passarela fúnebre
deste céu de possibilidades mortas
e paixões cegas, enxergo a dureza
dos muros, os papéis levados
pelo vento e os automóveis, converso
comigo mesmo em profundo silêncio,
respiro a textura de um adeus
que faz a alma se encolher
até um canto qualquer
como um detento sem ambição
e sem propósitos, como quem
espera por alguém que não existe.

me prendo a ilusões que escapuliram
de minhas mãos como se nada mais
fosse possível, uma nuvem de poeira
formada por escombros de promessas
não cumpridas sufoca
as minhas esperanças e asfixia
o meu futuro e minhas escolhas absurdas.

tenho uma fascinação pelas coisas
que não existem mais, pegadas invisíveis
pelo chão despedaçado
de um caminho confuso, sonhos fatiados
pela lâmina inexorável dos impossíveis,
minutos perdidos e areias antigas
de ampulhetas emperradas pela desatenção.

encho a taça trincada
pelo grito dos desesperados
e brindo a chegada
da minha própria demolição.

Poema do livro Diários do Desassossego
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Foto de Jardim

será que consegues

será que consegues entender que algo em mim passou a bater fora
de seu ritmo, que por onde passo já não tenho pressa, que as noites
deixaram de ser uma busca feroz, que as estrelas, agora as conheço
pelo nome, que naquilo que enxergo surgiram prioridades? será que
percebes que mesmo acordado meu mundo se enovela em sonhos e
que a trama da realidade coaduna com eles tornando mais leve o
tempo? será que escutas a música que eu ouço quando nosso olhar
se encontra no meio de uma conversa e de repente entre nós se faz o
silêncio? ansioso por tocar teus cabelos meus gestos denunciam
minhas intenções quando estou ao teu lado. será que desconfias que
chegar a ti foi o mais difícil dos caminhos, o mais improvável dos
acontecimentos, um lance de dados que não aboliu o acaso? será
que imaginas a extensão da minha fome a te devorar com os olhos, a
ânsia de tocar tuas pétalas e nelas colher o perfume que fabricas?
será que entendes, nas pistas que deixo, na cadência da minha
respiração, a inquietude a que me entrego, até nos menores atos,
nos momentos mais fugazes? mesmo que não enxergues o óbvio,
sigo assim, sem ruído, me aprendendo um pouco mais a cada
instante, me surpreendendo, me reciclando, me recriando, me
reinventando, sem querer apressar as horas, sem precisar de nada
além de que existas.

Poema do livro Crônicas do Amor Impossível
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Foto de Paulo Gondim

Saudade fria

Saudade fria
Paulo Gondim
17/11/2014

A inquietude de meu pensamento
O pulsar acelerado de meu peito
Um sonho desfeito
Um descontentamento

São assim meus dias sem ti
A lembrança boa de teu beijo
O despertar de meu desejo
De tudo que contigo vivi.

As noites são longas e o frio doído
Me fazem perder o sentido
E o sono não vem
E meu pensamento foge
Viaja por estanho caminho
À tua procura, sem fim
E me vejo mais uma vez assim
Desoladamente sozinho

Aí, me vem a lembrança de teu sorriso
Que me levava ao céu, ao paraíso
Quando me envolvia em teu abraço
Me fazia esquecer o cansaço
Era tudo o que tinha e agora preciso

Mas tudo acabou e você partiu
Um adeus frio e curto se ouviu
E seu vulto apagou-se na curva do rio
E me restou a mágoa, a dura realidade
A perda sem qualquer possibilidade
De reaver seu amor, sua companhia
Me restou apenas a saudade dolorida e fria

Foto de Carmen Vervloet

Procura

Tem a inquietude do girassol,
movimenta-se a cada passo do sol,
busca um não sei que sempre além!...

Suponho que busca a essência
que escorreu daquele coração
e você guardou naquela
frágil gota de orvalho,
encantado com seu brilho!
Só que suas mãos sempre ocupadas
não conseguiram segurá-la
e ela se perdeu em alguma flor do caminho.

Foto de Rosamares da Maia

BOLHA DE SABÃO

Bolha de Sabão

Este amor é redemoinho, desatino, desassossego,
Que faz minha alma saltar do peito, transbordar.
Rasga o meu invólucro e expõe toda a fragilidade.
Vivo incertezas de um amor transversal, transgressor.
Um amor na contramão que insiste em se expressar.
Há uma emoção que não cala as minhas angustias,
Por que noite e dia é inquietude, doer sem sentido.
Meu amor não faz perguntas é inconsequente,
Irresponsável só quer as respostas dos teus beijos,
Não quer sentido e nem conhecer as tuas razões.
Meu amor vive de sentir paixão, sensações.
E nem tu me negas, respira no mesmo compasso,
No incessante ritmo dos nossos corpos no ato do amar.
Mesmo quando teu medo te torna consequente,
Nosso prazer é desassossego sublime, mesmo amoral.
Em nós tudo explode, se rompe, desmorona e se rende.
Mas, voltamos ao mundo real, como a bolha de sabão.
Recompomos nossa mentira em imagens comportadas,
Para conviver entre os muros do castelo da hipocrisia,
Na loucura do viver furtivamente este amor, dia a dia.

Rosamares da Maia 27.12.2012

Foto de Carmen Lúcia

Vivo?

Vivo alternando instantes de alegria
com enfadonhos dias de monotonia.
Vejo o futuro chegando tão depressa
e o presente passando às avessas
sem dar tempo de viver o que eu queria.

Essa inquietude atípica que atravesso
é sombra de um passado não vivido,
fruto não saboreado em tempo devido
amargando o depois mal digerido.

Vivo meu restrito mundo de experiências
em confronto com a modernidade
onde o carinho, o toque, o abraço
nem se aproximam da felicidade,
são trocados pela tecnologia
onde a exatidão da (incons)ciência
prevalece à imaginação e à fantasia.

Vivo...vou vivendo essa nostalgia
com a sensação de vida desfalcada,
pedaços que ficaram pela estrada,
lacunas que eu mesma esbocei
na pressa de chegar onde parei...

Vivo?Ou morro um pouco a cada dia...

_Carmen Lúcia_

Foto de Bruno Silvano

Tempo a Tempo

Das tempestades do tempo que abalam tuas vindas
Que transformam tua vida
Das marcas da historia, contraditórias ao seu bem viver

Das sucessões que te trouxeram aqui,
Da inquietude que te prende, em não querer voltar.
De não querer mais errar

Das versões de historias que ouviste,
Da existência de uma alma sensível e perdida
De uma linda princesa que em você existe

De erros do passado já esquecidos em futuro de obrigações e alegrias
De tempos crescente e favorável ao que se sente
Das dores, dos amores que já arderam em ti,
Do interior ferido, que sabe ferir

De suas simples palavras, modestas e rebustadas,
De sua força em bem proteger
Ferindo ingenuamente com o intuito de não querer perder

Da construção de um personalidade forte, muitas vezes cobiçadas
Botadas a prova..

O teu reinado esta por vim o mundo te espera, seja feliz,
A tolice nunca foi um erro, saiba aproveitar
Princesa das primaveras, de cada flor, que brotou em meia a guerras astrais enocionais..
A vida esta ai para ser vivida, não caia nos empecilhos do tempo, viva cada momento eternamente, caminhe, promova , forme avenidas, onde circulem os faróis da alegria.

O presente que se prendeu ao passado e ao futuro se revelou
Despertou com ele uma linda flor, digna de cada sentimento, que semeia o amor.

Seja assim, o tempo não volta atrás, você é tudo que pensa, basta crer,
Não a mais tempo a perder, não se preocupe em errar, só não deixe de se reconhecer...

Bruno Silvano

Foto de Priscila Maia

Ciúmes

Ciúmes...tenho!

Perdoe tal sentimento

Que perturba e aborrece

Mas quando o amor acontece

Faz parte, é complemento!

É difícil de suportar

Essa inquietude não quer calar

Quando te vejo passar

Aí que ciúmes que dá!

Foto de Vanessa Valereano

Se não for amor....

Se não for amor...

Confusão, minha mente vira um turbilhão
Sinto que por mais amor que tenho por ti
Derramo minhas lágrimas numa taça da alma
que nao tem fim
Sinto sua falta, que não acalma meu coração
Inquietude, drama, cosntrangimento
Muito lamento
Se não for amor, só é sofrimento
Amor que nunca tive
Amor que de menina sonhava
Amor que de adolescente esperava
Amor que agora sinto e me domina
Por favor não me reprima
Pena eu ter um único amor
Para um amor de todas
Esperança não me falta
Madrugadas a te esperar não vão me desanimar
Quero te cativar
Mais espaço para isso você não me dá
Sonhar e acreditar palavras que só me motivarão
Mesmo que haja escuridão
Desistir do seu amor
Só se a morte com sua maledicência
Trazer sua ausência

By Vanessa

Foto de Edigar Da Cruz

VESTIDO VERDE

Verde
Era apenas mais uma noite daquelas
De um sobre sair simples,..
Ou do simples sobre sair de ouvir
De um noite simples,
Uma casa local
Um local simples,.
Com clima de inquietude intimista,..
Não tinha mais que oito singelas mesas verdes, no salão.
Pequena arredondado um balcão, em um canto reservado onde tinha alguém sentado,.
Como de costume um garçom uma taça, nas com vinho tinto de época que indicava que seria somente mais uma noite como outra qualquer,
Verde era sua cor de vestimenta um vestido lindo que dançava junto a um pequeno grupo de garotas mais ela era o destaque.
Hipnotizava o olhar que mantilha ao olhar fixo
Fixo marcante e simples..
Simples como o seu jeito lindo de vestido verde,. Da cor esperança.
Ela nem se quer quis perde tempo em olhar,.
Parecia feliz por dançar, o vestido a balançava junto ao compasso perfeito.
O tempo passou olhares que se cruzaram-se perfeito ao lado apresentou-se a linda flor de vestido verdes, um pequeno gesto que encantou, o jeito de sentir feliz e demonstrando a felicidade..
Sorriu timidamente sem constrangimento,
O olhar da cor do mel de morena linda de vestido verde da esperança um encanto, de flor parecia um jardim seu sorriso de florada em um vestido verde.
Parado observando seu dançar hipnotizante parece uma morena da índia de vestido verde do sorriso lindo do jeito de olhar era uma mulher fora de serie e especial
E Você morena linda de exalo de cheiro de flor.
Autor:Ed.Cruz

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