Insegurança

Foto de Diario de uma bruxa

Mantenho-te vivo

Estou aqui, sempre estarei
Não há motivos
Pra sentir-se assim

O vazio é solitário,
Triste
Não há amor
Apenas solidão

Saia da escuridão
Estou na luz por você
Nosso amor incendeia
Queima a solidão

Pra que maltratar-se
Com pensamentos pessimistas
Que só judiam do coração
Nosso amor é maior que tudo isso

Meu amado
Mantenho-te vivo
Vivo aqui comigo, em meu coração

Insegurança é bobeira
Medo de perder
Não vai me perder
Pra sempre vou te querer

Poema as Bruxas

Foto de Thiago dos Santos

Será que estou?

Nunca me senti assim em toda minha vida
sempre ouvir falar
mas nunca senti esse "desejar"
Que denomia amor.
Agora tudo está sendo novo pra mim
Estou predido, não sei o que fazer
Eu penso, penso, me pergunto porque?
Será que eu estou?
Mas como que é isso?
Eu não conheço o amor.
Ele sempre foi desconhecido por mim.
veja que ironia, agora estou assim.
Seria fácil eu falar que amo alguém sem amar
Difícil é voce amar e consiguir se expressar
As palavras travam, a respiração fica fraca
o sangue não circula, a voz fica tremula
o pensamento fica cada vez mais lento
e o medo aumenta
medo de errar
medo de falar algo errado
medo de que vocee não consiga o que está tenanto passar
é assim que se fica quando o amor nos atingi
Nós não sabemos o que fazer
ficamos abobalhados
rimos de tudo e choramos por tudo.

Mas a pior etapa é na despedida do dia...
cada um pro seu lado
você sai sem saber o que a pessoa achou de voce
se ela gostou do que vc falou
ou se ela achou vc um idiota
a dúvida fica no ar
o que está passando na cabeça dela?
Bom, temos que esperar até vermos novamente a pessoa amada
E quando se ve
voce tenta novamente dizer tudo que sente
e fica-se sem resposta
nos confunde
A insegurança nos faz pensar no pior
O silência aleio, condena nosso pensamento mais ostis
ficamos hora e mais hora pensando
Até que ganhamos um beijo
De primeira instância
achamos que o beijo vai nos fazer bem
mas na verdade é que o beijo piora a situação
vejamos
ganhe um beijo hoje, caso amanha não verá essa pessoa
voce entrará em abistinência
até se saciar com o beijo.

O amor vem sem avisar
apenas de um primeiro olhar ja se sente amor
não tem como falar que só se ama
depois que se conhecee e tals
Isso é mentira
claro que pessoas que se conhecem e passam a se conhecer melhor
começam a se gostar, e chegam ao denominador comum
o amor.
Mas se voce nao conhece uma pessoa
passa a conhecer e fica encantado
não fique em pâncio
pois isso é amor.

O pior de amar
é a distância
pois a distância coloca em sua cabeça que
vc precisa ve-lâ
sendo que
estão longe
impididos por alguma coisa
sem há
ou estão ficando escondidos
ou cada um está em seu trabalho
No curso...Que seja
Então voce sempre fica a pensar nessa pessoa
assim:
Será que ela está pensando em mim?
E não se sabe a responsta!

Vamos começar então
Ligar
Mandar mensagem
e-mail
Qual quer forma comunicativa
na sua cabeça
voce acha que está pertubando
por nao saber o que está se passando na cabeça da outra
As vezes vc está vc está com a razão
está pertubando
Mas quem sabe
vc também está agradando.

A vontade de estar sempre agradando,
Automaticamente
estimula o medo de erra
pra não se deixar levar pelas emoções e perder a pessoa que se ama!

Agora pode-se responder
Sim! estou!
Estou apaixonado
Estou amando
Perdido em mar de amor
Olhando para o paraíso dos seus olhos
Esperando poder viver ao seu lado
Pois seu nome não sai da minha boca
Rafaela

Foto de Eduardo Braune

O PERFEITO

O perfeito sofre,

Porque ainda quer ser perfeito,

Em meio a uma imperfeição,

Que se acha absolutamente perfeita e imperfeita.(ao mesmo tempo)

O perfeito chora,

Pois não admite ser imperfeito,

E busca em vão a perfeição,

Mas perfeito "tenta" ser perfeito,

Pois ainda se acha imperfeito,

E é cobrado pra ser perfeito,

Pelos imperfeitos que se acham perfeitos,

E estes impõem sua perfeição,

que não é perfeita.

Estes imperfeitos,

Que se acham perfeitos,

Criam ferramentas perfeitas,

Que são imperfeitas,

Para se obter uma perfeição,

Que não pode ser obtida.

Pois nada é absolutamente perfeito.

O perfeito vive em meio,

A incompletude da imperfeição,

Que oras é perfeita,

Mas que segundos depois,

É imperfeita.

O perfeito de hoje vive na insegurança,

Pois o perfeito de amanhã.

Não será ele.

E perfeito de depois de amanhã,

Não será nenhum dos dois.

O perfeito se dissipa,

Entre as novidades perfeitas de hoje,

E as promessas da perfeição do amanhã,

Que não serão perfeitas.

Serão apenas,

Mais passos em busca,

Da superação de uma imperfeição,

Que nunca deixará de ser,

Imperfeita.

Ainda bem,

Pois se tudo fosse perfeito,

Não teríamos mais o que fazer,

Viveríamos sem os desafios da imperfeição.

E que graça teria a vida?

Sem a nossa idiota idéia,

De incansavelmente buscar

Uma perfeição absoluta,

Em meio a uma imperfeição infinita.

Foto de MariiSiqueira

Ciúme

O ciúme é o medo de perder
É a consciência de que existe concorrência
E por mais que você tente esconder
O ciúme sem controle perde a coerência.

A insegurança não é algo evitável,
Nada que atitudes ou palavras façam melhorar
Mas o ciúme, ele sim é controlável,
E controle-o antes que ele comece a atrapalhar.

O ciúme moderado é necessário,
E mostra o quanto o outro tem valor,
Mas não mostre aquele cíume imaginário
Pois ele tudo destrói sem amor.

Todas sabemos que ás vezes não nos sentimos as mais belas
Mas amar é confiar, e por isso acreditamos,
E você deve desconfiar delas
Mas devemos confiar essencialmente em quem amamos.

Não deixe que uma crise estrague seu momento
Não vale a pena discutir por medo
Controle-se e confie no seu relacionamento
Porque amar é o maior segredo.

Foto de Lou Poulit

UM INCENTIVO À REFLEXÃO DE TODOS OS PROSADORES TÍMIDOS

Continuando uma conversa, esquecida noutro lugar...

Dei-me conta de um outro conceito integrante do curso, que também tem tudo a ver com essa reflexão sobre os nossos personagens na vida. E avança sobre fazer arte, sobre percorrer um trajeto evolutivo, lucidamente. O que inclui escrever prosa (a arte da palavra fluída) de modo mais artisticamente pretensioso, e não exatamente presunçoso...

Depois de entrar no ateliê, com a coragem e a desenvoltura de quem entrasse no castelo de Drácula, e tentar compreender alguma coisa da parafernália que havia ali, que equivalia a uma avalanche de informações visuais e olfativas nem sempre esperada, pinturas e esculturas por toda a parte, rascunhos espalhados como que por alguma ventania, uma infinidade de miudezas, coisas difíceis de imaginar e fáceis de fazer perguntar "pra que serve isso?"... O aluno iniciante dizia, como se ainda procurasse reencaixar a própria língua: eu não sei desenhar nada, sou uma negação, um zero à esquerda, nem sei direito o que estou fazendo aqui...

Eu tentava ser simpático, e sorria sem caninos, para provar que não era o Drácula. Depois pedia ao rapaz espinhento (convenhamos que o fosse neste momento) que desenhasse aquilo que melhor soubesse desenhar, entregando-lhe uma prancha em formato A2 e um lápis. A velha senhora (agora convenhamos assim) procurava uma mesa como se houvesse esquecido a sua bússula, e a muito custo conseguia fazer a maior flor que já fizera, de uns 15 cm numa prancha daquele tamanhão, e muito distante do centro da prancha. Claro, eu não conseguia evitar de interromper, se deixasse ela passaria a tarde toda ali improdutivamente. Aquele desenho já era o bastante para que eu pudesse explicar o que pretendia.

O executivo que arrancara o paletó e a gravata para a primeira aula, depois do expediente, com a gana de quem subiria num ringue para enfrentar um Mike Tison no maior barato e cheio de sangue no álcool, olhava pra mim, a interrompê-lo, como quem implorasse deixá-lo continuar! Queria mostrar talvez que eu deveria investir nele, que estava disposto a tudo, e que ele estava ali para que eu fizesse com ele o que bem quisesse. E eu finalmente explicava: não é necessário, já vi que você pode fazer. Me diga, quantas vezes você estima que já tenha desenhado esse mesmo Homem-Aranha que acabou de rascunhar?... Ah, não contei, mestre... Claro que não, mas talvez possa fazer uma estimativa, em ordem de grandeza. Uma vez? Uma dezena? Uma centena? Mil vezes?...

O velhote, com jeitão de militar reformado, pôs a mão no queixo. Mas em vez de estar fazendo alguma conta para responder, na verdade tentava avaliar (com a astúcia que custa tantos cabelos brancos) que imagem a sua resposta produziria, na cabeça do jovem mestre. Afastou as pernas uma da outra e naquele momento eu pensei que ele pretendia bater continência para mim, mas não, aquilo era um código comportamental. Sempre fui antimilitarista, mas procurei entender o seu personagem íntimo. Afinal, ele resolveu arriscar: Mais para mil vezes... Alguém poderia acreditar nisso – perguntei a mim mesmo? Se o velhote houvesse desenhado Marilyn Monroe, vá lá que fosse. Ou a bandeira do Brasil, um obuz, uma bomba atômica, ao menos um pequeno porém honroso canivete suíço!... Mas não. Um militar que estimava ter desenhado quase mil vezes o Papa-Léguas – antigo personagem de quadrinhos e desenhos de televisão – ou tinha algum grave desvio (talvez culpa do canivete) ou estava construindo naquele momento um personagem específico para a sua insegurança, o que mais convinha deduzir. Antes que ele dissesse “Bip-bip” e tentasse correr pelo ateliê, eu tratei de prosseguir com a minha aula.

Mas qualquer que fosse o aluno, eu pedia então que sentasse nas almofadas que ficavam pelos cantos do espaço, e em seguida me sentava no chão, sem almofada. E perguntava: você já ouviu falar no Maurício de Souza, o “pai” da Mônica?... Sim, das revistas... Isso mesmo. Sabe que ele é capaz de desenhar a Mônica (mas talvez não outro dos vários personagens que assina) de olhos vendados?... O aluno tentava refletir, mas eu não esperava pela resposta. Garanto a você que ele faz isso. Sabe por que?... Acho que não, assim de surpres... Por um motivo muito simples e óbvio: ele já fez tantos desenhos semelhantes, que não precisa mais se preocupar em construir nenhuma imagem do desenhista que ele é. Muito menos com o desenho que vai fazer.

Eu não estou pretendendo estabelecer nenhuma comparação com a sua pessoa, mas somente adiantando para você uma espécie de chave para quase todas as perguntas inerentes a aprendizados. Você pode achar até que é um zero à esquerda, quer diga isso ou não. Não é. Mas a sua memória técnica é. E essa seria a principal razão de você achar que não sabe desenhar, ou não ser capaz de ver-se como artista. Todo mundo nasce com alguma sensibilidade, percepção para o belo, capacidade de fazer associações psíquicas, afetivas, emocionais e tal. Isso tudo é inato, intrínseco à natureza humana. Contudo para transpor o que está dentro de você (imaterial) para fora, de modo que outros, além de você próprio, possam compreender através de alguma sensorialidade, é preciso usar um meio físico, também chamado de veículo. Para fazer essa materialização você terá que lançar mão de uma técnica, e a técnica não é inata (salvo em raros casos).

Essa é razão mais elementar pela qual está me pagando. Mas eu não fabrico desenhistas. Apenas, com base na minha própria experiência e na minha memória técnica, vou traçar um atalho para você chegar ao que definiu como suas preferências, na nossa conversa inicial. Bastará que você faça apenas algumas coisas simples, mas que podem exigir alguma disciplina: que não faça os exercícios como faria um robô, que preste atenção com intuito de memorizar o que vou lhe dizer (como se fôsse um robô!) e que não jogue fora nem mesmo o pior dos seus resultados, pelo menos até que termine o curso. Os seus resultados de exercício, em ordem cronológica ou pelo menos lógica, por mais que pareça entulhar a sua vida, serão como os frames de um filme que só existe na sua memória, e que serve para estruturar a sua memória sensorial. Será a mais eficiente forma de avaliar o processo de aprendizado, e poderá estar sempre disponível para reavaliações.

Sua verdadeira obra, será construir um arcabouço de informações técnicas. Muito naturalmente e sem começar pelo fim ou pelo meio, você irá armazenando o conjunto da sua sensorialidade ao exercitar. Não irá memorizar tão somente o desenho em si, mas a interação entre os materiais, os sons, o cheiro, a impressão tátil de manusear e pressionar, enfim, tudo será memorizado, e a partir de certo ponto, além de saber, você estará compreendendo o que faz. Contudo, não tem que esperar o fim do curso para estabelecer uma relação mais madura consigo próprio, enquanto artista. Poderá começar a amadurecer (e reorientar) desde logo o seu foco preferencial, a sua linguagem e estilo próprios, seus conceitos e o seu próprio personagem de artista...

Isso mesmo, o artista, seja pintor, músico ou escritor, tem um personagem próprio. Para as pessoas que só podem conhecer a sua arte a partir do veículo e não a sua pessoa, será inevitável eleger atributos para agregar referencialmente ao seu nome, ou para humanizar o seu nome, e torná-lo mais compreensível. As pessoas “tocam” o produto artístico como se tocassem a pessoa do artista subconscientemente. Por isso, se você não quiser criar lucidamente o seu personagem e torná-lo compreensível para eles, os admiradores da sua arte o farão instintivamente e você só saberá depois, ou talvez passe pela vida sem saber como é visto, ou pior ainda, imaginando o que não corresponda nem de longe à realidade.

Não importa muito a linguagem artística que se escolhe. O processo evolutivo é muito semelhante. E todo aquele que reluta em mostrar seu trabalho e predispor-se a um julgamento que não se submete ao seu próprio, apenas retarda a sua própria evolução.

Foto de Giiih

Tempo

Há pessoas que dizem que o tempo é a melhor coisa para quem quer esquecer algo, ou principalmente alguém.
Eu discordo totalmente
Nada que realmente tenha significado para você é simplesmente apagado pelo tempo
Um amor, por exemplo
Se for verdadeiro e sincero ele dura dias, meses, anos, vidas
E por mais que digam que ele acabou ele vai estar sempre no coração de ambos
É como o amor que sinto
Que será capaz de ir contra tudo no mundo para provar o quanto é forte e puro
É um amor que sei que jamais terei igual
Amor que me enche de esperanças, mesmo quando o mundo parece desabar sobre meus ombros
É algo tão grande que até me assusta
Algo que me faz esquecer do orgulho, do medo e da insegurança para dizer a quem quiser saber que te amo mais que tudo
Que faria tudo por você
Que morreria por ou junto a ti
Afinal como poderia viver sem o amor da minha vida?!
Simplesmente te amor até o fim dos tempos...até bem mais além

Foto de Fernanda Queiroz

Pedaços de infância

Lembranças que trás ainda mais recordação, deixando um soluço em nossos corações.

Lembranças de minhas chupetas, eram tantas, todas coloridas.
Não me bastava uma para sugar, sempre carregava mais duas, três, nas mãos, talvez para que elas não sentissem saudades de mim, ou eu em minha infinita insegurança já persistia que era chegado o momento delas partirem.

Meu pai me aconselhou a planta-las junto aos pés de rosas no jardim, por onde nasceriam lindos pés de chupetas coloridas, que seria sempre ornamentação.
Mas, nem mesmo a visão de um lindo e colorido pé de chupetas, venceram a imposição de vê-las soterradas, coibidas da liberdade.

Pensei no lago, poderiam ser mais que ornamento, poderia servir aos peixinhos, nas cores em profusão, mesmo sem ser alimentação, primaria pela diversão.
Já com cinco anos, em um domingo depois da missa, com a coração tão apertadas quanto, estava todas elas embrulhadas no meu pequenino lenço que revestia meus cabelos do sol forte do verão, sentamos no barco, papai e eu e fomos até o centro do lago, onde deveria se concentrar a maior parte da família aquática, que muitas vezes em tuas brincadeiras familiar, ultrapassavam a margem, como se este fosse exatamente o palco da festa.

Ainda posso sentir minhas mãos tateando a matéria plástica, companheira e amiga de todos os dias, que para provar que existia, deixaram minha fileira de "dentinhos, arrebitadinhos".

Razão óbvia pela qual gominhas coloridas enfeitaram minha adolescência de uma forma muito diferente, onde fios de metal era a mordaça que impunha restrição e decorava o riso, como uma cerca eletrificada, sem a placa “Perigo”.

O sol forte impôs urgência, e por mais que eu pensasse que elas ficariam bem, não conseguia imaginar como eu ficaria sem elas.

A voz terna e suave de papai, que sempre me inspirava confiança e bondade, como um afago nas mãos, preencheu minha mente, onde a coragem habitou e minhas mãos pequeninas, tremulas, deixaram que elas escorregassem, a caminho de teu novo lar.

Eram tantas... de todas as cores, eu gostava de segura-las as mãos alem de poder sentir teu paladar, era como se sempre poderia ter mais e mais ás mãos, sem medos ou receios de um dia não encontra-las.

Papai quieto assistia meu marasmo em deposita-las na água de cor amarelada pelas chuvas do verão.

Despejadas na saia rodada de meu vestido, elas pareciam quietas demais, como se estivessem imaginando qual seria a próxima e a próxima e a próxima, e eu indecisa tentava ser justa, depositando primeiro as mais gasta, que já havia passado mais tempo comigo, mesmo que isto não me trouxesse conforto algum, eram as minhas chupetas, minhas fiéis escudeiras dos tantos momentos que partilhamos, das tantas noites de tempestade, onde o vento açoitava fortes as árvores, os trovões ecoavam ensurdecedores, quando a casa toda dormia, e eu as tinha como companhia.

Pude sentir papai colocar teu grande chapéu de couro sobre minha cabeça para me protegendo sol forte, ficava olhando o remo, como se cada detalhe fosse de suprema importância, mas nós dois sabíamos que ele esperava pacientemente que se cumprisse à decisão gigante, que tua Pekena, (como ele me chamava carinhosamente) e grande garota.

Mesmo que fosse difícil e demorado, ele sabia que eu cumpriria com minha palavra, em deixar definitivamente as chupetas que me acompanharam por cinco felizes anos.
Por onde eu as deixava elas continuavam flutuantes, na sequência da trajetória leve do barco, se distanciavam um pouco, mas não o suficiente para eu perdê-las de vista.
Só me restava entre os dedinhos suados, a amarelinha de florzinha lilás, não era a mais recente, mas sem duvida alguma minha preferida, aquela que eu sempre achava primeiro quando todas outras pareciam estar brincando de pique - esconde.

Deixei que minha mão a acompanhasse, senti a água fresca e turva que em contraste ao sol forte parecia um bálsamo em repouso, senti que ela se desprendia de meus dedos e como as outras, ganhava dimensão no espaço que nos separava.
O remo acentuava a uniformes e fortes gestos de encontro às águas, e como pontinhos coloridos elas foram se perdendo na visão, sem que eu pudesse ter certeza que ela faria do fundo do lago, junto a milhões de peixinhos coloridos tua nova residência.

Sabia que papai me observava atentamente, casa gesto, cada movimento, eu não iria chorar, eu sempre queria ser forte como o papai, como aqueles braços que agora me levantava e depositava em teu colo, trazendo minhas mãozinhas para se juntar ás tuas em volta do remo, onde teu rosto bem barbeado e bonito acariciava meus cabelos que impregnados de gotículas de suor grudava na face, debaixo daquele chapéu enorme.

Foi assim que chegamos na trilha que nos daria acesso mais fácil para retornar para casa, sem ter que percorrer mais meio milha até o embarcadouro da fazenda.
Muito tempo se passou, eu voltei muitas e muitas vezes pela beira do rio, ou simplesmente me assustava e voltava completamente ao deparar com algo colorido boiando nas águas daquela nascente tão amada, por onde passei minha infância.

Nunca chorei, foi um momento de uma difícil decisão, e por mais que eu tentasse mudar, era o único caminho a seguir, aprendi isto com meu pai, metas identificadas, metas tomadas, mesmo que pudesse doer, sempre seria melhor ser coerente e persistente, adiar só nos levaria a prolongar decisões que poderia com o passar do tempo, nos machucar ainda mais.

Também nunca tocamos no assunto, daquela manhã de sol forte, onde a amizade e coragem prevaleceram, nasceu uma frase... uma frase que me acompanhou por toda minha adolescência, que era uma forma delicada de papai perguntar se eu estava triste, uma frase que mais forte que os trovões em noites de tempestade, desliza suava pelos meus ouvidos em um som forte de uma voz que carinhosamente dava conotação a uma indagação... sempre que eu chegava de cabeça baixa, sandálias pelas mãos e calça arregaçada á altura do joelho... Procurando pelas chupetas, Pekena?

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Resernados

Foto de Graciele Gessner

Entre Eles Existe... (1) (Graciele_Gessner)



Categoria: conto



Uma narrativa misteriosa recheada de fantasia. Entre eles existe atração, harmonia e romance, diria até que uma parceria muito positiva!

... Então ele chamou a sua atenção, cumprimentando-a. Ela foi pega de surpresa, não esperava por isso. Quem era ele? Por que a cumprimentou?

Dias depois, viu-a passando na rua. Pegou o seu carro e deu carona. Ela na hora não queria aceitar, pois era um desconhecido. Levou-a até o seu trabalho e durante o percurso explicou que estava interessado nela. Ela ficou um tanto apreensiva já que naquele momento não o conhecia direito. Porém, como um leão, seu instinto de paixão tomou todo o seu ser. Ela percebia que existia uma imensa sinceridade na revelação, mas não deu esperanças ao rapaz.

Quando ele a via ou se passasse na sua frente, ele oferecia carona. Começaram a criar uma amizade, trocavam algumas palavras no início, depois frases mais expressivas. Ele possuía uma persistência que até no final do expediente de trabalho ele levava ela para casa. Só que antes de chegar nesta questão, ele chegou a segui-la para saber onde morava. Por algumas vezes ele foi ousado, chegando à sua casa, cercando-a. Ele levando sempre um fora, e jamais desistindo.

Contudo, um dia algo inevitável na vida da moça permitiu uma aproximação. Conhecendo a sua vida, conhecendo-a mais intimamente, aprendendo a admirar pela determinação... Ele não se enganará, ela era a deusa que ele procurava.

No ponto de vista dela, ele era possuidor de uma energia e vitalidade admirável. A presença dele chamava a sua atenção por onde passava. Ele era dono de um natural ar de nobreza, segurança e autoridade que ela jamais tinha conhecido. Entretanto, existia insegurança por parte dela, desconhecia a possibilidade de ser correspondida. Ela não queria se machucar, não queria apenas aventura. Sentia-se envolvida, levada pelo charme dele. Conquistou-a com a sua sinceridade, com a sua coragem, generosidade... Ele era envolvente, criativo, dominador e simplesmente encantador.

Ela por muitas vezes o ignorou. Ela tinha consciência que estava sendo flechada por um novo sentimento. Este envolvimento ficou mais intenso quando finalmente aceitou o convite de sair com ele.

Saíram, e as qualidades dele ficaram expostas, possuidor de um grande coração. Sem contar no entusiasmo de estar saindo com ela, uma alegria de quem conseguiu o que queria.

No ponto de vista dele, ela era de um encanto natural, uma leveza e refinamento. Eles se entendiam, se admiravam e de alguma forma existia um sentimento. Entretanto, ele se identificou com ela, ambos eram alegres e apreciavam viver uma vida despreocupada. Além de extraordinário bom gosto natural, ela era demais atraente!

Na eventual saída, que por sinal muito desejado por ele, aconteceu o primeiro beijo. Ela combinava perfeitamente com ele, e o beijo era ardente, envolvente. O orgulho de tê-la em seus braços quase coloca tudo a perder. O exagero de se sentir o tal mostrou uma recusa por parte dela. Então, ele dosou as suas verdadeiras vontades para não assustar a sua deusa.

Ele é do tipo de homem que gosta que alimente o seu ego, mas para sua decepção ela não o fez. Porém, há algo especial nesta relação que ferve, ele é um gato, digamos um tanto ciumento que não tolera que persigam a sua gata. Entre eles existe calor e paixão, existe harmonia e equilíbrio. Existe algo de se invejar, há o combustível da atração. O que mais existe entre eles?!



13.02.2010

Escrito por Graciele Gessner.



*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Graciele Gessner

Relacionamento Virtual. (Graciele_Gessner)




Será que não sabemos mais o que é um namoro real? Será que perdemos a referência da troca de olhares, da paquera? O namoro virtual é febre, uma mania na internet. Porém, os sentimentos parecem ser reais demais, ciúmes, insegurança, distância, saudade... Sentimentos que corresponde um relacionamento real, mas que muitos vivem através de um monitor.

Chego a me questionar porque procuramos alguém pela internet, será por falta de opção? Será que gostamos de relacionamento que não tenha muito contato físico? São muitas perguntas que surgem em minha mente quando paro para pensar neste tal relacionamento virtual.

É tão virtual, que muitas vezes podemos estar sendo enganados. Sempre tem o esperto que se envolve com mais pessoas ao mesmo tempo. Pode ter certeza, isso ocorre sem sombra de dúvida. Então me pergunto, vale a pena viver uma relação virtual? Onde fica a autoestima? Onde fica a vida e os sonhos?

O namoro virtual ainda tem seus questionamentos... É preciso ficar atento, ter um bom faro quando quiser se envolver com alguém que não conhecemos. Ou então, fazer jogo duplo para descobrir se existe fidelidade.


06.02.2010

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de Lil Crank

Tenho medo

Tenho medo...

Tenho medo de que vc não sinta mais o que sente por mim.

Tenho medo de que o medo me faça chegar ao fim.

Tenho medo dos meus pensamentos torpis onde me causam depressão.

Tenho medo de desistir e não estar contigo para segurar tua mão.

Tenho medo de que adoeça e eu não possa estar do seu lado pra lhe ajudar na cura.

Tenho medo de não consguir curar tua amargura.

Tenho medo do tédio onde nakele momento podemos falar coisas um pro outro que concerteza não queremos.

Tenho medo de que por ironia do destino, nunca mais nos vermos!

Tenho medo de que aconteça algo com vc onde eu não possa estar perto pra te reerguer.

Tenho medo de que tudo mude e um dia por fatalidade aconteça de eu te perder!

Tenho medo do futuro, onde meus planos se realizem e vc fique de fora.

Tenho medo do improvável, e se um dia vc me esquecer e for embora.

Tenho medo da insegurança, de quando nos encontrarmos eu não conseguir realmente expressar o que sinto por ti.

Tenho medo de ficar acanhado e com vergonha de não conseguir ser natural pra te fazer sorrir.

Tenho medo do destino incerto que me aguarda na longa caminhada.

Tenho medo de que eu não esteja incluído na sua jornada...

Tenho medo de sem querer te magoar e no seu coração deixar uma ferida...

Tenho medo de que meu nome não esteja escrito ao lado do teu no livro da vida...

Eu Te Amo Subliminarmente!

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