Inverno

Foto de Maria Flor e Rabiscos

Reflexo...

Reflexo...

O sol surge desfazendo a névoa gelada da noite.
Uma orquestra de pássaros homenageia o dia.
As águas serenas do lago refletem minha imagem.
A imagem constatada, lembra uma exposição antiga
de quadros, molduras, estátuas...
e uma felicidade incontida...

O toque de mãos,
o encontro de olhares furtivos,
de outras épocas,
mistura-se um doce perfume de outono...

Folhas secas sopradas pela brisa,
prenuncio de inverno...
Beijos roubados, sugados,
lábios se encontrando,
néctar pra alma,
pra minha alma...

No silêncio da manhã,
a solidão acompanha a saudade.
A lembrança de você...

Doces lembranças...
...Aconchego da alma...

Deixo-me levar ao sabor da saudade
entre flores invernais, e no orvalho que
se derrama no solo, deixo que minhas
lágrimas lavem minha alma – acalme.

E uma voz distante, vem dizer
- o amor se acomoda, mas deixa
como herança lindas lembranças...

A brisa da manhã ondula as águas serenas,
desfaz meu reflexo.

E na solidão da manhã, fico só com
minhas recordações...
doces lembranças de você.

Foto de belladona1963

Escrevo Para Ti

Escrevo para ti, outro poema,escrevo para ti,com lagrimas secas nao te falarei do amor ,pois esse conhece me melhor que os sentimentos. Não queres ver nos meus suspiros. Escrevo te sem vontade, gostaria de te falar do inverno, das chuvas e do sol. Mas vou te escrever uma carta,será a unica, que escrevo algo para ti mil rascunhos,que depois rasgo em mil pedaços,pois tenho medo.Hoje vou te falar de uma mulher. Uma mulher que te amou respirou o ar que tu largas. o suor que traspiras e o amor que tu rejeitas. Não quero que penses que ja nao te amo, amo sim e gritaria mil vezes aos ventos, subiria mil degraus para te tocar, mas estou fraca.As lagrimas querem partir do meu rosto, sorriso triste, pois nao te tenho.Quero te falar de uma mulher que ama o impossivel, que chora pelo irreal, que grita e ninguem ouve.Quem queria ser amado assim? quem não queria ser adorado assim, acariciado quem nao queria retribuir um beijo. Espero sempre uma flor um convite para jantar, um beijo roubado ou um sorriso, espero de ti.Mas tu não vens.Quero-te escrever sem falar de amor, quero apenas que me digas não te amo, nao te quero. Mas não posso viver sem o teu amor, sem as tuas palavras, que me queimam a alma e me fazem sentir viva. Mas diz-me pois não quero viver. Quero escrever e falar-te de alguem que não pode dizer que já nao ama mas sim de alguem que precisa de alguem para amar.

Foto de belladona1963

Escrevo Para Ti

Escrevo para ti, outro poema,escrevo para ti,com lagrimas secas nao te falarei do amor ,pois esse conhece me melhor que os sentimentos. Não queres ver nos meus suspiros. Escrevo te sem vontade, gostaria de te falar do inverno, das chuvas e do sol. Mas vou te escrever uma carta,será a unica, que escrevo algo para ti mil rascunhos,que depois rasgo em mil pedaços,pois tenho medo.Hoje vou te falar de uma mulher. Uma mulher que te amou respirou o ar que tu largas. o suor que traspiras e o amor que tu rejeitas. Não quero que penses que ja nao te amo, amo sim e gritaria mil vezes aos ventos, subiria mil degraus para te tocar, mas estou fraca.As lagrimas querem partir do meu rosto, sorriso triste, pois nao te tenho.Quero te falar de uma mulher que ama o impossivel, que chora pelo irreal, que grita e ninguem ouve.Quem queria ser amado assim? quem não queria ser adorado assim, acariciado quem nao queria retribuir um beijo. Espero sempre uma flor um convite para jantar, um beijo roubado ou um sorriso, espero de ti.Mas tu não vens.Quero-te escrever sem falar de amor, quero apenas que me digas não te amo, nao te quero. Mas não posso viver sem o teu amor, sem as tuas palavras, que me queimam a alma e me fazem sentir viva. Mas diz-me pois não quero viver. Quero escrever e falar-te de alguem que não pode dizer que já nao ama mas sim de alguem que precisa de alguem para amar.

Foto de tadeu paulo

DE BROA E CHÁ DE JASMIM . . .

DE BROA E CHÁ DE JASMIM . .

senti no ar
o cheiro de
chá de jasmim;
do forno, assando,
o aroma genuíno
de frescas broas;
saudades de vovó;
manhã de inverno;
eu, saudades
de mim, menino...

(Tadeu Paulo -- 2007-09-12)

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"CHUVAS"

CHUVAS

Já era outono quando ela veio...
E o meu jardim ela molhou...
Justificou todos meus anseios...
E minha vida toda mudou!!!

Chegou bem de vagarzinho...
Quase não dava pra notar...
Aos poucos deixou tudo molhadinho...
E o inverno não tardou a chegar!!!

E numa noite muito fria...
Conheci os segredos do amor...
Pensei que só o Sol trazia alegria...
E que o frio era sinônimo de dor!!!

Depois daquela noite chuvosa...
Aprendi como é bom amar...
Descobri que a chuva pode ser carinhosa...
Até das lagrimas aprendi a gostar!!!

Foto de Thiers R

> Pegando na rua

>

ThiersRimbaud

abocanha rua
onde o frio corta
como navalha
treme sem perder a pose
mostra bunda
sente-se provocante
um peito se expõe e
tenta arrecadar
o jantar da noite,
a fralda da criança,
o aluguel...
mercadoria
foda apressada
tempo contado.
o próximo,
onde está o próximo?
peito caído enxertado de silicone
tempo passado
frio cortado
rua esvaziada
trabalho escasseado
quantas fodas
contabilizo nesta noite de lua esquálida?
inverno dos infernos
deixa um troco pra mim...
hora marcada
relógio contado
carro parado
alcoólica
gasolina
puta hora
esvaída
maquiagem cansada
porra fedendo
o troco, deixa o troco aí!
miserável nota desbotada
noite engolida
me fode

Setembro2007

.

Foto de Carmen Lúcia

"Prima Vera"

O inverno se foi...
Levando sentimentos frios.
O sol despontou...
Acariciando folhas caídas
Que ganharam nova vida...
Ressuscitando pétalas mortas, vencidas.
Um suave aroma é soprado pela brisa
Que se espalha no ar feito canção, feito fusão
De essência de alfazema, lavanda, almíscar...

Borboletas desfilam suas cores
E disputam flores com os beija-flores...
Rastros verdejantes, o matiz das cores
Invadindo campos, despertando amores...
Abro a janela!Tão bela!É ela!
Veio com a primavera...
Como a primavera...
Minha prima Vera!
Exalando olores, toda a exuberância,
Porte e elegância, dignos da estação!
É ela!Tão bela!
Veio com a primavera!
...Minha
......prima
.........Vera!

Foto de Thiers R

>> Calidamente Balbuciei

Calidamente balbuciei

Era um pedaço, apenas um pedaço
de queijo branco na toalha negra
esparramada ao céu
sua beleza transcendia a vizinhança
era uma fatia dormida
na cama dos lençóis em sombras.
penso que a morderia
mas o medo de fazê-la sangrar
me intimidava.
Branca dominava o mundo
com vontade infinita
eu permitia que reinasse no silêncio
e espiasse palavras
que gostaria de pronunciar
calei-me.
Ali derramou em meu cérebro
sensual branco-azulado, rendi-me.
Doei-me no instante divino e
por momentos ficamos unidos em cópula.
Eu, a lua e nossos silêncios
os lençóis de sombra invejavam
beijos colados de beleza
cavalguei-a com carinho
e suado apesar do frio da noite de inverno
balbuciei calidamente
- sou teu! -
Fui, porque me dou inteiro
fechei olhos, bebi um copo d’água,
levantei a cabeça
ela se fora na escuridão
deixando-me a sombra por companheira
acendi a luz tendo ao lado
apenas negro teclado onde agora transcrevo
minha doce, terna e intensa noite de amor.

ThiersRimbaud>>
Agosto-4>
2007
>

Foto de Carmen Lúcia

Nunca é tarde

Quero consertar meus erros,
Livrar-me de culpas,
Mostrar arrependimento,
Sentimento verdadeiro,
Não apenas em palavras
Que voam ao vento,
Se perdem no tempo...
Mas através de atos
Que comprovem de fato
A transparente mudança...
Consertar o que estraguei...
O sorriso que não dei,
O carinho que neguei,
A palavra que não disse,
O silêncio que maldisse,
A esperança que não cri,
O consolo que omiti...
As lágrimas que não chorei,
A verdade que olvidei,
A alegria que contive,
A mágoa que mantive,
O perdão que não foi dado,
O beijo nunca roubado...
A primavera que não vi,
O inverno que não vivi,
Os sonhos que não sonhei,
Os passos que não andei,
O dever que não cumpri,
O amigo que não abracei,
O olhar que recusei,
O livro que não li...
Os frutos que não colhi,
A coragem que não ousei,
O amor que não partilhei,
O prazer que não senti,
A felicidade que perdi...

Ainda há tempo...
Nunca é tarde
Para o arrependimento...
Deixar falar o coração,
Voltar-se ao mundo e pedir perdão...

Vou atravessar as pontes,
Retratar o que não fiz...
Esquecer em cada canto
O bem que ainda resta em mim
Adormecido pelo desencanto...
Uma centelha de luz,
Que em meu ser ainda reluz...
Mostrar que consigo ser
Antes dos queixumes e da dor
Uma mistura bonita
De saudade, poema ...
...e amor!

Foto de Fernanda Queiroz

Qual estação?

Qual estação?
Que me deixastes?
Em qual das estações perfurastes meu peito
Ou em qual foi que me abandonastes?
Meu corpo esquecido e inerte
Não sabe dizer se é inverno
Pois o tremor de antes habita o agora
Sem que eu saiba do tempo ou da hora.
Ou seria o verão?
Que nem a calma agita
Nem o vermelho em profusão
Que trás a brisa suave
Em forma de rendição
Mas não!
Se o meu corpo transpira
É de pura insolação
Que aloja minha solidão
A procura de outra estação.
Quem me dera que a primavera
Despontasse meu mundo colorido
E provar que poderia ter sido
Tudo que a gente espera
Da beleza da estação
Mas você pintou de cinza
Por onde podia passar
E depois deixou o verde
Talvez para fazer sonhar.
E quem sabe ao outono chegar
E este poder declarar
O que eu tenho que enxergar
Que mesmo sem folhas mortas
A realidade é imposta
Tal qual este meu abrigo
Que totalmente indefinido
Não me dá nenhuma razão
Para acreditar que me deixou
Qualquer de uma estação.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados.

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