Jantar

Foto de Thiers R

> Pegando na rua

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ThiersRimbaud

abocanha rua
onde o frio corta
como navalha
treme sem perder a pose
mostra bunda
sente-se provocante
um peito se expõe e
tenta arrecadar
o jantar da noite,
a fralda da criança,
o aluguel...
mercadoria
foda apressada
tempo contado.
o próximo,
onde está o próximo?
peito caído enxertado de silicone
tempo passado
frio cortado
rua esvaziada
trabalho escasseado
quantas fodas
contabilizo nesta noite de lua esquálida?
inverno dos infernos
deixa um troco pra mim...
hora marcada
relógio contado
carro parado
alcoólica
gasolina
puta hora
esvaída
maquiagem cansada
porra fedendo
o troco, deixa o troco aí!
miserável nota desbotada
noite engolida
me fode

Setembro2007

.

Foto de Fernanda Queiroz

Entrevista Fernanda Carneiro

Nossa próxima entrevistada

Retrato de Fernanda Queiroz
Sábado, 24/02/2007 - 23:12 — Fernanda Queiroz

Difícil falar desta poetisa.
Não por não ter o que dizer, muito pelo contrário, exatamente pela extensão em que ela se enquadra tanto como poeta como garota.
Com 44 comentes em um único tópico ela é recordista.
Jovem talentosa bonita e amiga...
Mas quem é “ela” eu quero dividir com todos nossos amigos poetas.

Nossa Entrevistada este mês é...

Fer.car

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Entrevista Fernanda Carneiro

Domingo, 24/06/2007 - 19:17 — Fernanda Queiroz
Fernanda Carneiro
Depois de diversos desencontros entre eu e a Drª. Fernanda Carneiro, o encontro não poderia ter começado sem pedidos de desculpas, risos e brincadeiras, “tipo teria sido mais fácil, ter ido ao Sul do Brasil”.
Finalmente concordamos que o peso do nome seria uma boa justificativa, risos.
PA Você deve sentir na pele o que é ter o nome de Fernanda, não é? Perguntei claro que sem vaidade, e recebi uma bela e bem humorada resposta.
FC Verdade, este nome significa muita coisa, pessoas de personalidade, sensibilidade extrema, por isso talvez tenhamos certa facilidade em expressar o que sentimos,concorda?
Concordei plenamente, Fernanda Carneiro sempre passou á todos os poetas dos Site esta sensibilidade e dinamismo, que a faz além de poeta, uma grande mulher.
PA Nervosa?
FC Estou bem tranqüila
Justificando minha pergunta tipo profissional, risos...confidenciei que jornalismo sempre fora meu sonho camuflado, ela também disse ter sido o teu, e por momentos tecemos as diferenças de nossas profissões e o mundo da poesia, das letras, acredito que a vida se encarrega de fazer-nos realizar sonhos de outras formas.
PA Pode ser pessoal? Indaguei.
FC Sim se sinta a vontade.
PA Então conte para gente, além da talentosa poetisa quem é Drª. Fernanda Carneiro?
FC A Dra. Fernanda é uma pessoa muito batalhadora em sua profissão que não é tarefa fácil, ou seja, lidar com processos e clientes, novos problemas dia a dia, é algo árduo que exige muita dedicação, amor e acima de tudo, muito estudo. Acabei de fazer a Escola da Magistratura para o fim de mais tarde estar mais preparada para os concursos de magistrada na área trabalhista.
Atuo na área bancária e cível geral; nos momentos vagos escrevo poemas e aprimoro meus estudos com os novos livros que toda semana eu adquiro em minha biblioteca particular no escritório que tenho em conjunto com mais um sócio.
Sou muito feliz, pois tenho uma família maravilhosa que sempre me apoiou em todos os momentos importantes da minha vida, e hoje me sinto ainda mais realizada, pois tenho diversos projetos em andamento.
Sentindo que nossa poetisa, tinha como alicerce e primazia, a família, disse:
PA Família sempre é nosso melhor suporte, pode falar um pouco deles, pai, mãe irmãos? Nome, idade, profissão etc.
FC Meu pai é um homem culto, que se formou em engenharia civil, viajou o mundo, morou em Paris dois anos no qual fez especialização na sua área, e fala três línguas. Também nos momentos de lazer voava em ultraleves e aeromotores, bem como ensinava demais interessados acerca de aviação e seus segredos.
Aposentou-se cedo, com 48 anos de idade e hoje aproveita as coisas boas da vida.
Minha mãe tem duas faculdades. É pedagoga e jornalista; trabalhou por 12 anos no Tribunal de Contas no Estado do Rio. Tinha um currículo invejável, organizava eventos grandes, que vinham pessoas de diversas localidades do Brasil. Sempre foi uma mulher muito guerreira e independente. Já com 18 anos já foi fazer uma faculdade, sendo a primeira dos seus sete irmãos a comprar seu próprio apartamento e assumir uma vida própria.
Minha irmã se formou em engenharia civil a pouco tempo, sempre foi primeira aluna da classe, e também se especializou como projetista de interiores, e hoje é gerente da cadeia de Lojas Criare aqui no Paraná. Tem 25 anos, é casada e tem uma filha linda de olhos enormes azuis.
Meu irmão com 17 anos passou no vestibular na Universidade Estadual no curso de engenhara civil daqui de minha cidade, bastante concorrida. Com apenas um mês e meio de preparo logo se classificou entre os primeiros, e hoje falta pouco para terminar o curso. É um rapaz tranqüilo, inteligente e de grande facilidade em cálculos, e por vezes, dá aula particulares para amigos, auxiliando-os em provas. Esta é a minha família
Eu não ousei interronper este relato. Fiquei presa na tela do monitor, a emoção com que ela descrevia a família era tão intensa, tão admirável, tão papável.
Neste momento parecia que estávamos frente a frente tamanha foi a emoção que se fez presente.
PA Uma vez você mencionou um jantar beneficente do Rotary, que é considerada uma empreiteira de ajuda ao próximo.
Você participa?Como é conjugar este símbolo de doação com a profissão de advogada (que requer firmezas nas decisões sem que o coração se envolva)?
FC Sempre gostei desde mais nova em ajudar as pessoas que chegavam batendo na porta da minha casa. Lembro sempre, que saía correndo e buscava comida, frutas, ás vezes pedia para voltar em outro dia e separava diversas roupas para doar. Nunca me conformava em ficar de mãos atadas, vendo pessoas que apenas esperavam uma oportunidade na vida para serem felizes e realizadas.
Então o Rotary surgiu na minha vida como uma porta para colocar em prática todos os meus projetos e planos para com a comunidade local. Mal entrei já fui escolhida como secretária pela própria presidente. Logo nos primeiros eventos recolhemos verbas para ajudar os deficientes visuais de nossa Cidade e construir um estabelecimento de ensino e aprendizado melhor para os mesmos, onde pudessem expressar sua alma, seus pensamentos, e se mostrarem serem humanos iguais a nós.
Agora estamos com mais um projeto para construir uma praça pública, com flores das mais coloridas e um ambiente acolhedor para crianças em um bairro carente e pobre da cidade, além de que iremos manter um guarda zelando pela manutenção da mesma no estado em que for construída, para mostrar à sociedade que cuidar de nossas praças também é ter civilidade e dar alegria a população local é uma recompensa.
Queremos enfeitar esta cidade, e fazer muito mais em prol dos menores e adolescentes infratores, com falta de locais de sua recuperação e aprendizagem.
Mas o que importa é que de alguma forma eu estou contribuindo um pouco e isso me faz me sentir um ser atuante na sociedade em que estou inserida. Sou o mais jovem membro do meu Rotary, pois tenho apenas 27 anos, e lá a maioria já são avós, alguns com sessenta e cinqüenta anos. Acho bonito ajudar o próximo, contribuir para a melhoria de nossa sociedade e participar ativamente dos problemas sociais, econômicos que nos circundam. Vivemos na era da informação e do consumismo exacerbado, mas esquecemos de dar o pão aos que necessitam, esquecemos de amar nossos irmãos, de nos doarmos pelos outros, enfim, esquecemos as lições de Deus.
Adquirimos bens, mas não sabemos partilhar. Temos dinheiro, mas sequer doamos um pouco para aquele que nada possui.
Temos cultura, e pouco nos importamos com o ensino precário da maioria da população que estuda em colégios públicos.
Assim, entrar para o Rotary é muito mais que fazer parte de uma entidade social, mas ser mais humano acima de tudo, no contexto do ser que atua que auxilia que sente e se compadece para os problemas alheios.
PA Isto seria atuar com justiça na área civil e social, harmoniosamente?
FC Veja que minha profissão de advocacia prega que devemos agir conforme a justiça, ou seja, ser honesto para consigo e com o próximo, lutar que a verdade seja revelada e almejada.
Assim, atuar num Rotary só tem me auxiliado a desenvolver meu lado justo e correto, bem como estar mais atenta a realidade da vida. Acredito sim, que atuamos conforme a justiça social. Ser probo é agir conforme o bem comum, não prejudicar os demais, ver aquilo que seja melhor a todos, e um dos lemas do Rotary é “É justo para todos os interessados?” Isto já diz tudo..
.
PA Mesmo embora a justiça seja completamente desestruturada com a sociedade?
FC Sim, falta muita coisa, faltam verbas, faltam propagandas e movimentos em prol da radicalização da pobreza, movimentos em prol da educação e da descriminalização, cobrança do Estado acerca de assistência à saúde, fornecendo medicamentos para pessoas carentes e portadoras de doenças sérias, programas de incentivo a cultura, etc.
Mas veja que se todos pensarem que de nada adianta lutar para modificar o contexto social atual, as coisas tendem a piorar cada vez mais, não podemos permitir que fiquemos de braços cruzados.
Acredito que em muitos lugares deste Brasil afora devem existir pessoas que criam projetos, programam os mesmos e conseguem modificar a forma de pensar local, e tragam verdadeiros benefícios para a sua população.
Não podemos alterar o todo, mas uma parte sim, com várias partes sendo modificadas, quem sabe um dia, na época de nossos filhos, este mundo não esteja tão caótico.
A falta de água, o aumento da temperatura terrestre, o desemprego, a privatização, a marginalidade, etc., são um dos problemas alarmantes, mas diversos ainda estão para surgir, mas nada é razão para não lutarmos por um mundo melhor, justo e decente.
É o que busco transparecer em diversos de meus escritos
Completamente surpreendida com esta brava guerreira, que com palavras doces fala em amor em poemas e com atitudes e coragem luta para um resgate de um mundo melhor, continuei.
PA Agora vão conhecer a poetisa. Herança?
FC Bem, eu escrevia desde os meus 12 anos de idade e ainda tenho na memória quando eu viajava para minha cidade natal, o Rio de Janeiro, e ficava no sofá da sala de minha avó com um caderno escrevendo e escrevendo textos, histórias e poesias, enquanto todos queriam sair para praia, shoppings, etc. E lá eu estava com meus dizeres. Normalmente eu era classificada com minhas redações na escola, que eram revisadas e depois colocadas no mural da escola ainda quando pequena.
Depois ao estudar Direito, fui obrigada a ler muitos livros jurídicos, com aqueles termos jamais ouvidos, palavras extremamente técnicas e prolixas, fui ainda aprimorando o meu português e sendo cada vez mais crítica comigo mesma. Por todos estes anos, acabei fazendo um manual de escritos desde tempos antigos até os atuais.
Tenho uns cinco cadernos grossos de escritos e poemas, que um dia quem sabe eu revele.
Meu primo é da Academia Brasileira de Letras e minha avó materna com 80 anos de idade já ganhou um concurso de poesia no RJ e é chamada de “Poetisa” por todos.
Minha mãe era redatora chefe no Tribunal de Contas por longo período e sempre foi exigente com todos os filhos quanto à educação, bem como também tem talento para escrever textos, poesias e demais formas de escrita.
Talvez seja por isso, por influência familiar que tenha me deixado levar pela poesia.
PA E, Poema como o encontrou? Escreve para outros sites? Jornais?
FC Sim, escrevo no site Luso Poema. Também posto em duas comunidades do orkut, por convite de pessoas que já postam poemas há tempos, e também tenho um grande amigo apelidado de Dudu, uma excelente pessoa, que formata todos os meus poemas em arquivos pps e distribui para todos os seus amigos poetas, via internet, sendo que hoje meus escritos devem estar correndo mundo afora. Recebo e-mails diariamente com comentários e novos amigos querendo saber de minha pessoa.
Fui convidada por dois jornais para publicar minhas poesias, e o próprio site Poemas de Amor vai editar um livro com os cinco de meus escritos, que espero que logo em breve esteja pronto, riso e mais riso, pois ainda estamos enviando para gráfica.
PA Como encontrou poemas? Site de busca? Indicado? Amigos?
FC Tenho o hábito de escrever todos os dias de noite, um pouco antes de deitar, mas normalmente quando não o fazia, adorava fazer uma busca em todos os sites de mensagens de amor e poesias para enviar para pessoas que eu considerava importantes na minha vida passava horas escolhendo esta ou aquela mensagem. Certa vez queria um poema que falasse de amor, o amor de homem e mulher, que falasse do seu significado, assim digitei num site de busca "poemas de amor" e o primeiro site que encontrei e abri foi este, então me cadastrei e postei livremente diversos dos meus poemas.
PA Em poemas você como uma jovem bonita recebe comentários de todos os tipos, apaixonados, mas tem uma conduta extremamente diplomática, como Charles lida com isto? Outro detalhe em comentes, se saiu brilhantemente com o Helder e ganhou um fã, recebeu um comente de uma garotinha de 10 anos, e é a recordista com 50 comentes. Como se sente?
FC Olha Fer, como eu poderia expressar em palavras coisas tão fortes? Como dizer que o Helder me comoveu quando abriu o seu coração e me chamou a atenção sobre o fato de que ele luta por viver, que cada escrever seu é um grito de que a vida vale a pena ser vivida.
O que dizer de uma criança tão jovem que me escreveu um lindo poema destacando a importância da água, pois nós sendo o Planeta Águas, vão deixar que ela se finde? Lembrei de mim mesma que com meus 12 anos já escrevia todos os dias em meus pequenos cadernos, poemas em maioria sobre o amor, sobre a família, sobre a vida em si. Tinha uma visão ampla e amadurecida da vida apesar da pouca idade.
Quanta ao fato de num único poema ter tantos comentes demonstra que o poema de tão simples que fora escrito tornou-se um hino praticamente do site, ao perguntar "Será o amor?"
O amor será a razão de estarmos aqui?
E as pessoas comentaram e elogiavam este poema que de todos foi o mais simples que eu escrevi até hoje, mas de tão simples toca o coração das pessoas.
Pois quem não quer ser amado?
Quem não luta por ser amado uma vez na vida?
Amor não se compra, se sente.
Amor não se mede, se vive.
Amor é algo tão complexo que mil poetas ainda não conseguem em palavras descrevê-lo
Por isso, apenas o meu muito obrigado a todos aqueles que me incentivaram até hoje a escrever, que no fundo, não é uma tarefa, mas sim, um lazer que faço nos momentos de descanso e paz.
Uma entrevista não tem que ter a seqüenciais perguntas, estava completamente absolvida pelo jeito que nossa poetisa discursava sobre qualquer tema com elegância, sabedoria e, sobretudo determinação.
PA Qual teu poeta preferido, livro marcante e se já chorou a o ler?
Meu poema preferido é Ausência, de Vinicius de Moraes.

AUSÊNCIA
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado
Quero só que surjas em mim como a fé nos
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos
Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.
PA Em poemas qual teu poeta preferido?
FC Olha posso ser sincera?
PA Deve
FC Tem um poeta que eu me comovo com seus escritos. É o Júnior, mas ele não tem postado muitos poemas, está mais no Luso Poema, uma pena. Ele é o meu preferido!
Foi ele que um dia disse para eu postar no site poemas de amor sabia?
Eu já conhecia o site, mas ainda não tinha postado nada, ele me disse para seguir em frente e postar e foi o que eu fiz. E hoje o agradeço por tudo que me ajudou no início
PO Ela se referia ao á Junior A, poeta antigo de Poemas de Amor, pelo qual também nutro grande admiração. Ele me parece ter nascido poeta, além de ser uma excelente pessoa. Esperamos vê-lo inebriando nossas páginas.
Mas, me diga como você vê Poemas de Amor?
FC O site poema de amor é uma verdadeira casa onde me sinto feliz e acolhida por todos os poetas. Pessoas de valor de sensibilidade, isso não tem preço.
PO Que acha dos concursos? Incentivador, ou uma disputa incoerente?
FC Acho que os concursos são extremamente relevantes para incentivas os novos poetas a participarem do site e se integrarem no mesmo, além de vermos grandes e verdadeiras obras-primas de antigos poetas, como Insanna, Zédio, você, Sra. Morrison, e Ângela lugo.
Os concursos são uma forma também de mostrar o trabalho desenvolvido pelo site, tendo você como a cabeça de diversos eventos e, além disso, cria-se uma expectativa positiva de todos em acessar diariamente Poemas de Amor para saber de mais e mais novidades. O site está evoluindo e ampliando o público de leitores.
PO Bem, agora vamos a um tema escolha:
Política ou apolítica?
FC Apolítica
PO Lula ou Collor?
FC Nenhum
PO Em apenas uma palavra diga o que significa as palavras abaixo editadas
Deus?
FC Ser supremo
PO Família?
FC Razão de o meu existir
PO Infância
FC Bem vivida
PO Saudades?
FC Aquilo que deixa marcas no coração e na alma
PO Atualidade Brasileira?
FC Escassez de água
PO Religião?
RC Católica
PO Três desejos?
FC Ser justa, leal, e nunca deixar que o poder ou a ganância me ceguem, ou me afastem de meus valores morais e éticos.
PO Pretende publicar um livro, sozinha em Poemas de Amor?
FC Sim pretendo.
PO Obrigada pela confiança
Alguma pergunta que eu não fiz e você gostaria de dizer?
FC Que você pode perder tudo, menos a esperança, isso que a mantém de pé, que a faz caminhar adiante. O amor aliado a fé, nada é capaz de derrubar. Acreditem em Deus, no amor que ele nos ensinou e sejam corretos, não julguem sem conhecer, não machuquem sem razão, apenas coloquem em prática coisas boas, para terem de volta os frutos deste Amor!
ESTE SITE É AMOR! AMOR DE IRMÃOS, AMOR AO PRÓXIMO, DE COMPAIXÃO, DE PIEDADE, AMOR AOS FAMILIARES, AMOR EM SUA PLENITUDE Amor na palavra máxima! No seu contexto mais amplo!
PO Fernanda, obrigada pela entrevista.
Permita-me dizer-te uma coisa?
Sim
É por estar diante de pessoas assim como você, líder, poeta e acima de tudo um lindo ser humano, que me sinto premiada por dirigir poemas de Amor, Miguel Duarte não me dá trabalho, me deu um grande premio, obrigada.
FC Sério Fer?
PO Claro
FC Nosso que lindo. Obrigada!
O meu agradecimento é continuar postando no site enquanto ele perdurar e que se depender de mim, para sempre!
Neste momento estávamos muito emocionadas, é como se o tempo que passamos juntos tivesse nos aproximado bem mais que duas poetisas integrantes de um site, senti que era o momento de deixar meu coração falar, assim também como estava ouvindo o grande coração de Fercar
PA Você é uma pessoa lindíssima, é um grande prazer tê-la em Poemas de Amor com tuas lindas mensagens de amor, onde em cada uma delas deixa um pouco de você impregnar nossas páginas e como uma lança atingir corações fazendo brotar sementes, que certamente ficarão gravadas em cada um que a ler.
Emocionada ela respondeu.
FC Obrigada Fer.
E enfim, você fez entrevista e eu abri um pouco de minha alma e coração para você e todos que um dia quiserem ler sobre a minha pessoa. Obrigada!
PA Prazer imenso em redigir esta matéria, conhecer um pouco mais desta grande poetisa, mulher e advogada, que com grandes princípios, nos fala de vida, trabalho, família, amor e poesia.
Grande abraço a você Fer-car.
Fernanda Queiroz
E...
Se Deus chegasse para mim e entregasse a chave para um "NOVO MUNDO", para que eu pudesse convidar as pessoas que viveriam nele, certamente estaria a Fernanda. Grande espírito , que prova estar aqui para servir ao próximo. Ela é meiga, dócil, simples, e humilde; características essenciais para ser uma pessoa maravilhosa. Não à conheço pessoalmente, só posso dizer que ela é linda, muito linda! Então eu encheria este novo mundo com pessoas exatamente assim, pessoas que nos fazem acreditar e ter fé, que ainda existem iluminados neste tão pequenino, mas maravilhoso planeta.
Sinto em suas palavras, sinceridade, paz, harmonia e principalmente amor incondicional.
Ela faz aquilo que gosta, e entende daquilo que os mais frágeis precisam, isto é: Carinho e compreensão.
Parabéns “FERNANDA”, continue trilhando este mesmo caminho. Nós precisamos de VOCÊ.
Obrigado por existir, em nome de todos os que de alguma forma auxiliastes.
Beijos no teu coração lindo!
Teu amigo para sempre.
Dudu

Terça, 03/07/2007 - 04:02 — fer.car

Dudu
A vida passa tão rápido e muitas vezes deixamos de avaliar aquilo que nos é mais precioso, o amor verdadeiro, os amigos de verdade, e a família. Nas inconstâncias da vida e dos sentimentos que vivem em ebulição preciso dizer que suas palavras me emocionaram hoje, talvez porque sinto nelas tanta franqueza e sinceridade de uma pessoa que me conhece mais que muita gente e mesmo assim me ama. Amigo que alma é esta tão doadora, desmedida de pureza e lindo como um todo? Como eu gostaria deste exato momento segurar suas mãos e dizer que sinto muito por não tê-lo conhecido antes, muito antes, para poder ter o prazer de ter ainda "muito antes" em minha vida VOCÊ, meu AMIGO!! Porque acredito muito em Deus e sei que ele cuida de mim e de vc, e que colocou-o aqui para me guiar, um verdadeiro Anjo, chamado Dudu! Agradecer nunca é demais, e dizer o que sentimos muitas vezes também não o é quando é feito a pessoa certa e de mesma sensibilidade "tocante" e de uma riqueza de sentimentos. Obrigada! Sou eu quem agradece! Tenha uma maravilhosa semana meu amigo!
Fernanda
SE
Segunda, 02/07/2007 - 18:10 — DUDU JR.

Conheci a Fernanda através
Conheci a Fernanda através de um poema. Nunca fui muito interessado no assunto, porém o poema me chamou atenção pela leveza e amabilidade das palavras. Nada acontece por acaso. Hoje tenho uma amiga maravilhosa, que até então pensava que residia bem distante. Após esta entrevista acima, descobrimos que ela vive no local onde eu nasci. Falar da Fernanda não há necessidade, basta ler a entrevista. Fernanda jovem advogada, poeta ou poetisa, como queiram, é única. Não existem palavras no dicionário que eu possa descreve-la. Agradeço a Deus por ter esta oportunidade de ser seu amigo.
Fernanda seja sempre esta pessoa carismática, meiga , dócil, inteligente e...como eu disse não tem espaço...são tantas as coisas boas que ela nos transmite.
Obrigado Fernanda pelo carinho, você é um presente do alto em nossas vidas.
Sempre eterno amigo
Dudu
Domingo, 01/07/2007 - 15:10 — Aline poeta

Fer
Além de lindíssima poeta, lindíssima pessoa... adoreiiiiiiiiiiiiiii sua entrevista Fernanda você já é um sucesso e desejo que todos os teus sonhos tornem-se reais... Parabéns
Aline Vaz
Segunda, 02/07/2007 - 07:45 — fer.car

Aline
Gosto muito de ter vc em meu rol de amigos e principalmente por ser esta pessoa tão sensível. Obrigada pelo seu comentário e fico feliz que tenha gostado da entrevista.
Fernanda
Sexta, 29/06/2007 - 01:30 — Professor

Comentário de um calouro
Que prazer o meu, tão novo neste site, contemplar esta bela entrevista cheia de amor e aprendizado. Um diálogo envolvente e carinhoso. Fernanda Queiróz... Esteve brilhante!
Conhecer um pouco desta mulher interessante, Fernanda Carneiro, me emocionou e me empulsionou a escrever este agradecimento: Obrigado por contar um pouco da sua vida para nós! Obrigado pela confiança! Obrigada pelos seus poemas!
Um abraço, Professor
Segunda, 02/07/2007 - 07:48 — fer.car

Professor
Apesar de ser novo no site está participando ativamente do mesmo. Seja muiot bem vindo e pode ter certeza que eu é que devo agradecer por existirem tantos poemas talentosos os quais postam lindas obras primas. Apenas falei um pouco de mim e da minha vida, e que bom que gostaram. Fernanda
Quarta, 27/06/2007 - 21:56 — Homem Martinho
Fernanda mais Fernanda igual a maravilha
Poder partilhar do encontro entre duas grandes poetisas é um privilégio, mas poder partilhar do encontro entre duas grandes mulheres não é um privilégio é uma graça de Deus, por isso ao poder partilhar da entrevista de Fernanda Carneiro a Fernanda Queiroz, eu não me sinto um privilegiado, mas sim um bafejado pela graça Divina.
Fernanda, advinhem qual, sua entrevista revela a grandeza de todo o seu ser, revela a sua disposição de se entregar ao próximo, mas também revela a sua consciencia de qual é o seu papel na sociedade em que está inserida.
Fernanda, adivinhem qual, a sua gratidão por tudo o que sua familia significam para si, revelam a grandeza do seu ser.
Por tudo isto, só posso dizer, obg. Fernandas, sois maravilhosas e só lamento que em vez de serem duas, não sejam duas e mais duas, e mais...
Obg
Um beijo de admiração eterna
Francisco Ferreira D'Homem Martinho
Segunda, 02/07/2007 - 07:54 — fer.car

Homem Martinho
Um dos nossos poetas mais encantadores, porque além de ter uma grande crítica acerca de cada poema que lê, ainda consegue ser intenso, pleno e minucioso em cada comentário. E quanta inteligência ao fazer rimas, ou melhor, comparar duas "Fernandas". Adorei tudo que vc escreveu até pelo fato de que considero a Fernanda Queiroz uma grande amiga e poetisa. Obrigada pelo carinho e pelo comentário.
Fernanda
Quarta, 27/06/2007 - 17:52 — Ceci_Poeta

FERNANDA'S
Parabéns Fernanda Queiroz,pela entrevista que com tamanha maestria e desenvoltura fizeste!
Parabéns a Fernanda Carneiro,mulher com rostinho meigo de
menina,poetisa de expressões valorosas,que compartilhou um
pouco de sua vida conosco.
Um abraço carinhoso a vcs duas.
(Ceci)
Quarta, 27/06/2007 - 19:00 — fer.car

Ceci
Que bom saber que vc gostou da entrevista. Realmente a Fernanda Queiroz conduziu muito bem as perguntas. No mais obrigada pela expressão "mulher com rostinho meigo" e "expressões valorosas". Não sou nova assim, pois já tenho meus 27 anos, mas aparento menos mesmo. Sempre gostei de escrever como forma de lazer. Obrigada pelo seu comentário!
Fernanda
Quarta, 27/06/2007 - 00:52 — Henrique Augusto
Fernanda's
Venho congratular a Drª. Fernanda Carneiro, pela entrevista, onde mostra o valor da união familiar.
Poetisa de sentimentos pronunciados e protocolados.
A pequenina deusa menina Fernanda Queiroz, minha admiração irrestrita pela grande sabedoria em transportar para á pagina, com diplomacia e profissionalismo um conteúdo perfeito, onde o diploma de jornalista seria mera formalidade.
Parabéns Fernanda’s
Henrique Augusto
Quarta, 27/06/2007 - 01:27 — fer.car

Henrique
Obrigada!
Fernanda
Terça, 26/06/2007 - 21:25 — angela lugo

Que maravilha Fer-car. e Fernanda
Olá querida poeta
Nossa!!!Isso sim é uma entrevista fantástica
Fiquei encantada em conhecer esta poetisa
da qual gosto muito de ler, é sensível tem
um excelente projeto de vida ama a família
e cada trecho que li desta entrevista mais
gosto de ti poetisa....
Desejo todo o sucesso que a vida possa
oferecer você é merecedora de cada elogio
que possa ter...
Amei a entrevista!!!Parabéns
Grata por citar meu nome a admiração é
mútua......
Beijinhos iluminados
Terça, 26/06/2007 - 22:43 — fer.car

angela lugo
Sempre adorei seus poemas e sua grande sensibilidade em cada frase composta e cada dizer feito, e não poderia realmente esquecer de citar seu nome e de alguns outros poetas que apenas dignificam este site. Obrigada pelos elogios e por gostar de mim. Fico feliz que tenha apreciado a entrevista.
Fernanda
Terça, 26/06/2007 - 03:10 — Carmen Lúcia

Fer&Fer
Hoje tive a oportunidade de conhecer "de perto"as duas Fernandas...rs.Gostei muito do alto nível das perguntas e das respostas.Da sinceridade,autenticidade,sensibilidade das respostas.De uma pessoa tão jovem e ao mesmo tempo com tanta maturidade,a ponto de estar voltada para problemas sociais,com justiça e enorme seriedade.
E além de tudo,grande poeta.
Foram perguntas muito bem elaboradas e respondidas com a alma.
Fernanda Carneiro,que todos os jovens sigam seu exemplo!É de pessoas assim como vc que nosso país precisa para se tornar uma verdadeira Nação!
Terça, 26/06/2007 - 14:38 — fer.car

CARMEN
Eu realmente sempre fui preocupada com as causas sociais e busco fazer o melhor ara ajudar os mais próximos. Quanto a todos os elogios que me fazes só posso dizer: "Obrigada". Sinceramente gostei muito de suas palavras que somente me motivam a escrever ainda mais. Quanto ao fato de eu ter pouca idade e uma grande maturidade talvez seja verdade, rs. No mais, obrigada pelo seu comentário.
Fernanda
Terça, 26/06/2007 - 01:57 — Cesare
Parabéns às duas!!!
Uma Fernanda já é talentosa, juntando duas então... é covardia! Parabéns, Fernandinha pela forma como conduziu a entrevista! Sempre brilhante. Quanto à nossa FerCar, que já havia conversado um pouquinho no orkut, não esperava outra coisa. Sucesso e respostas sempre firmes e ternas (como consegue?). E descobri de onde vem a classe que sempre achei que ela possuia: é de berço. Beijo grande nas duas amigas Poetas!!!
Terça, 26/06/2007 - 02:04 — fer.car

Cesare
Vc como sempre me fazendp sorrir com suas palavras de carinho... E a classe que me diz talvez seja mesmo de berço rs. No mais, eu me sinto muito realizada e feliz neste site encontrando pessoas tão especiais que só vêm acrescentando na minha vida, entre elas você. Obrigada pelo seu carinhoso comentário!
Fernanda
Segunda, 25/06/2007 - 22:53 — Stacarca

Stacarca - Entrevista - Fercar
Gostaria de dar os parabéns a belíssima entrevista a poetisa Fernanda Carneiro, com perguntas descontraídas, respostas sinceras e que pôde revelar o quão especial são os poetas, gostei muito da entrevista, parabéns a Fernanda Queiroz que sempre magnificamente nos leva ao patamar de grandes momentos. Parabéns!
Terça, 26/06/2007 - 01:56 — fer.car

Stacarca
Quanta felicidade vc me traz vindo aqui fazer seu comentário. Sempre muito participativo, crítico. Gosto muito de sua presença, ainda mais aqui nesta entrevista em que abri um pouco de minha vida para todos vcs. Obrigada pelo seu comentário!
Fernanda
Segunda, 25/06/2007 - 21:29 — ivann
Entrevista:
Meus para bens, flor divina
Por sua bela entrevista,
Em cada virgula postada
Ficou pra gente uma pista,
Que sem duvida voçê é
Uma das mais bela artista.
Eu já pus voçê na lista
Dos poetas que mais gosto,
Onde tem poemas seus
Eu calado e me encosto,
Sinto que tu não és santa
Mas nos teus pés eu me prosto.
Se há um prato que gosto
Com todo os desejos meus,
É o das suas palavras
Vindas dos montes de Deus,
Eu já não fico um segundo
Sem ler os poemas seus.
Fernandinha os dedos meus
Estão teclando a sorrir,
Desejando que a pás
Esteja onde voçê ir,
No silêncio do meu quarto
Feliz, eu óro por ti.
Terça, 26/06/2007 - 01:52 — fer.car

ivann
Que alma é esta que consegue em um poema descrever seus pensamentos a meu respeito de maneira tão poética e de grande sensibilidade? Vc me surpreende, me comove e me deixa pensando se é normal existirem pessoas assim nos dias de hoje e vejo que você é um ser dotado de muito luz. Quanta honra saber que gosta de mim e de meus poemas, e ainda mais saber que dedica um pouco de seu tempo os lendo, bem como me fazendo este gentil e belo poema. Sinceramente fiquei muito feliz e faço das suas as minhas palavras para vc. Considero-o um grande poeta, de um talento único e que ter sua presença aqui foi muito importante. Obrigada!!
Fernanda
Segunda, 25/06/2007 - 12:46 — TrabisDeMentia

-> Fernandas
Às duas mais lindas Fernandas que conheço os meus parabéns e agradecimento! À Queiroz por ter, mais uma vez, conduzido uma entrevista com maestria sabendo nos guiar pelo que de mais importante envolve a vida de uma pessoa. À Carneiro, por nos ter ofertado uma passagem, pelo orgulho que demonstrou pela família, pela vontade de ajudar o próximo e por tudo o que não disse, mas nos sussurra em seus poemas.
Muito obrigado!
Dois abraços!
Segunda, 25/06/2007 - 21:22 — fer.car

Obrigada Trabis!
Fernanda
Domingo, 24/06/2007 - 21:08 — Fernanda Queiroz

Entrevista a Fernanda Carneiro
Duas horas de um papo leve e descontraído, vem partilhar com os amigos poeta, uma guerreira imbatível, uma amiga inesquecível, uma poeta nata.
Obrigada amiga
Grande abraço.
Fernanda Queiroz
Segunda, 25/06/2007 - 01:13 — fer.car

Fer
Não preciso de palavras para dizer a grande admiração que tenho por vc e por todos ao grandes poetas deste site. Obrigada pela entrevista e pelo carinho.
Fernanda
Terça, 26/06/2007 - 20:35 — timote
admiraçao..
sempre tive grande admiraçao pela fernanda..
mais agora q pude conheçer a sua outra metdae me encanto cada vez mais..
continue nos agraciando com suas bleas palavras;..
bjs afetuosos de um grande fa..
Terça, 26/06/2007 - 22:45 — fer.car

timote
Obrigada pelo carinho e por ter vindo aqui comentar esta entrevista. Vc é um amigo muito querido e afetuoso.
Fernanda

Foto de Marta Peres

Ele e Ela

Além de fazer poesia,
Em casa,
Lavo, passo
E gosto de cozer.
Emaranho no crochê
Bordo fronha
Arrumo a casa
Estico os lençóis,
Dou uma volta na cozinha
Preparo o almoço
Deixo sobra pro jantar,
E nessa espera medonha
O tempo vai passando
Ora vazio
Ora repleto
De sonhos
E
Ela sonha.
Ele,
Só fica na rua
Se sente dono da situação
Por ser macho,
Se ilude com a liberdade
Bate no peito
vira o copo com despeito
e se esvazia de vontade.
Ela espera,
Conta os minutos
Andando
De um lado para o outro
Mas sabe
Se não houver rabo de saia
Ele volta.
Ele,
Não se importa
Sabe que ela espera
E quando der,
Se quiser,
Volta.
Marta Peres

Foto de neiaxitah

Crónica do mar...

Com uma vida superior, ao superior que a capacidade humana acarreta, sei hoje o que significa o menos e o mais infinito. Menos infinito é o lugar de onde sou originário, suor ou lágrima de uma existência metafísica que, também, causa desvios na crença da humanidade. E o mais infinito é a sina da minha existência com a qual terei eternamente de viver. Sou quem nasceu para jamais morrer, no fundo sou quem sofre, sou quem vê, sou quem chora, sou quem vive. Sou o melhor indicador da idade humana. Vejo nascer no nevoeiro e no orvalho da manhã, na chuva miudinha da tarde, ou entre uma chuva incansável da noite, aquele que tal como eu é ser, aquela criança que irei acompanhar durante todo o trajecto da sua curta existência. E assim sendo, prezo todos os da sua espécie e protejo os que em mim buscam protecção. E acreditem, ou não, são muitos, apesar de grande parte nunca me ter visto, sonha comigo e, nesses sonhos, eu espalho a espuma, a lágrima do meu corpo e ouço também atentamente os seus júbilos e pesares.
Inicio todos os dias, senão a todas as horas, jornadas diferentes com o ser humano.

Não há ser mais robusto e complicado, mais sábio e ignorante, mas divertido e envolvente. O ser humano enquanto ser pequeno, bebé ou criança, vê a minha angústia, consegue perceber se estou triste ou feliz e, por isso consegue distinguir uma lágrima num oceano inteiro, o que m deixa deveras surpreso e inibido. Inacreditavelmente, num acto de facto humano de ser ingénuo e puro, a criança brinca comigo, recupera o meu sorriso; faz o seu splash-splash, que me faz cócegas; corre para mim espalhando o seu sorriso estridente entre gritos apaixonantes de alma intocável; tudo isso, nas praias que me dão abrigo e, por tal vejo-me na obrigação de lhe beijar os pés. Perante tal tolice minha, a criança grita mais, ri e corre numa alegria imensa enchendo-me o coração que é de sangue azul, mas não aristocrata, que imaginando um mundo sem crianças entristece; e chora lágrimas tal salgadas que até me sinto agoniado com o péssimo sabor da inexistência dos pequenos. São eles que me fazem viver, nunca duvidei de tal. Mas o tempo passa, e o que ontem foi criança morena a quem eu beijei o corpo, hoje é miúdo, pré-adolescente, com manias de rebeldia e actos encantadores revolucionários. Desse pobre, eu tenho pena, nada mais que isso. É alguém que sem saber a pequenez dos seus actos tenta acordar os mais crescidos.
Em má fase se encontra, revolta-se pela incompreensão das novas obrigações que até então não existiam e da incompreensão dos pais. Mas a idade passa e dizem os humanos mais velhos que aquilo também há-de passar; no entanto eu digo que não passa, mas adormece, e com o passar dos anos vai morrendo no coração, ou acorda pelas razões erradas, todos sabemos. Eu também me revolto, mas as minhas revoluções já vão fazendo alguns estragos, quando me vejo com os nervos a flor da pele devido às guerras desumanas, às discussões sem fundamento, ao ferimento que me causa quem me esquece e me tenta destruir, quando me cortam a respiração, são gotas de agua a mais e revolto-me. Vou continente adentro, desbasto, grito, discuto, magoou. Vejo o mal que fiz, mas não e por isso que não o volto a fazer; no entanto, no momento, assombrado pela minha pertinácia, recolho as tropas e volto com as tropas para o vasto território que me foi consagrado. Passo dias ou anos, em sossego e quieto entre lágrimas e arrependimentos, porém, se me voltam a ferir o orgulho, reviro o coração de criança mimada, choro e faço quem me magoa chorar comigo. Não. Não me orgulho de ser assim, mas é feitio, e apesar de tudo, baseio-me naquela máxima de que feitio não é defeito. Às vezes paro, penso e questiono-me que idade teria na idade humana? Nunca cheguei a uma conclusão valida. Mas mesmo assim vou procurando no seu crescimento semelhanças com a minha pessoa.
Tal como a criança é feliz, o pré-adolescente revoltado, o adolescente ou jovem é inseguro ou em contrapartida, seguro demais; assim como eu. Há dias em que acordo com devaneios de conquistar mundos e fundos, de espalhar os meus feitos numa Europa senhora ou num África criança; porem toda a minha segurança se vai dissipando com o tempo, e perco as minhas oportunidades por medo de falhar desperdiçando se calhar boas oportunidades. Sou um jovem velho, tenho sonhos largos e medos amplos, pobre de mim e pobres dos adolescentes. Não há um jovem que me tenha passado nas mãos equilibrado; aliás o equilíbrio é uma utopia. Dá-me um prazer infinito escutar o drama duvidoso de um garoto ou a glória daquele que me vem falar das suas façanhas. Jamais o considero presunçoso. Gosto da capacidade, vontade, nem sei bem definir o que o ser humano possui no seu código genético que nem cientistas reparam que os ligam a mim. O ser humano tende sempre em vir falar comigo, no fundo sabe que mais ninguém lhes irá escutar as glórias, duvidas, medos com tanta atenção e tanta capacidade em ouvir como eu, no fim,
gosto de dar o meu palpitezinho, a minha opinião de mar sábio e sabido. Gosto, também, de ver nascer o amor juvenil que passa por mim e a quem eu pisco o olho e dito um murmuro de boa sorte que só os corações sentem, levando os apaixonados a visitarem-me e a contarem-me os desacatos e boas bonanças. Por vezes aparecem-me descontrolados e desejam mais que outra coisa nas suas curtas vidas, virem viver mais perto do meu coração do que do coração já aglutinado ao seu, do que do coração que amam por uma mera discussão por vezes insignificante ou mesmo porque o amor se esgotou ou acabou. Claro é que dou os meus concelhos mais uma vez, e humilde à parte, por vezes vejo nascer uma esperança de quem me apareceu em retalhos; contudo, é evidente, que me sinto muito mais feliz com os que vêm celebrar o seu amor para a minha beira. Aqueles que unem laços de amor eterno, ou se não for eterno que dure muito tempo, vestidos de branco, de chinelo na areia num dia em que eu mesmo mexo os cordelinhos e como prenda de padrinho que sou, apresento um dia celestial. Céu azul límpido, sol amarelo brilhante e tudo o que os meus afilhados desejarem e merecerem. Em prol daquela união sagrada, pelo menos para mim, recebo de ondas abertas os recém casados. E feliz me sinto ao ver o jovem passar a adulto, porque é nas grandes e verdadeiras decisões que se vê esta transição melhor que nunca. O ser adulto é uma fase bastante intensa, de renovação, cíclica. Existem cinco tipos de adultos na minha eterna vida. O adulto solteiro que vem correr para a praia de manhã, e na sua corrida continua denoto um vazio, ouço a musica tristonha a entrar-lhe pelo ouvido e a penetrar-lhe o coração. O ser humano tem atitudes estranhas, porque quando está triste ouve músicas tristes, quando se sente sozinho procura a solidão. De facto, este adulto solteiro apela-me ao sentimento, e não sei que posso fazer eu por eles se eu mesmo sinto uma semelhança entre a minha vida e a vida deles, pois também eu corro nas praias, com músicas tristes como som de fundo. Com vista a debater este negro pensamento descrevo outro tipo de adulto. O adulto que vem passear a namorada ou namorado acompanhado pelo cão. É aquele que namora anos e anos e mais uns anos com a mesma pessoa, sendo, ou não fiel e acolhedor a esta, mas que em contra partilha repudia casamentos e só permite a entrada do cão na sua vida pessoal. Uma escolha que, por vezes, lhe compromete a vida toda. Se é ou não feliz, nem eu sei, parece ser, mas será totalmente feliz, mesmo que não se sinta bem com as escolhas que faz?
O terceiro tipo de ser adulto é o adulto casado com vida de solteiro que não quer ter filhos nem animais. É aquele que não sabe viver a dois, é alguém que precisa do seu espaço sem perceber que quanto mais espaço tem mais precisa, afastando aqueles, que no fundo, quer por perto, arriscando-se por vezes a perde-los e deixando sempre um vazio na sua vida. Ao menos o outro tem o cão como companhia.
O quarto é o divorciado, adulto que todas as semanas vêm para a minha beira contar que já não sabe o que há-de fazer da vida. Coitado! O personagem bem vai tentando arranjar companhia, mas as que arranja duram pouco e ele percorre a sua vida com o filho do primeiro casamento, o cão de segundo, e assim vida fora.
Por fim, e aquele que prolonga os bons momentos da minha existência é o adulto pai. Aquele que me traz as crianças iniciando um novo ciclo e ocupando os meus dias. Aquele que vem jantar, fazer piqueniques e mais um enorme leque de coisas para perto do Mar, ou seja, de mim. Sinceramente os dias, as gerações vão passando e quanto mais vivo, mais vontade sinto em viver. A eternidade não é boa, nunca o foi nem há-de ser, pois ela é maçadora, sem sabor; no entanto encontrei neste mundo que tanto crítico, que tanto me fere, o que sempre procurei, a vida. Dá-me uma alegria tremenda e uma vontade de viver suprema ver nascer as crianças, vê-las crescer e revoltar perante a insensatez do mundo que um dia se ergueu, tenho um gosto fantástico em vê-los crescer, embora em entristeça ver que eles perdem muitas vezes o desejo de luta por um mundo melhor e até ajudem as más pessoas, que existem em toda a parte, a tentar arruinar, e quem sabe um dia a conseguir, a minha eterna existência; contudo alegra-me as suas aventuras, as suas histórias, as suas esperanças. É admirável ver o evoluir de uma raça. A juventude é a fase mais curta e mais complexa, e é entre todas as fases a que mais gosto, pois também é a que mais companhia me faz e alegrias, e até tristezas me dá; em suma é aquela que me dá o complemento essencial de uma vida. Os adultos também me fazem uma mediana companhia; porém só me aparecem com as crianças ou então para chorar as mágoas, muitas vezes completamente embriagados, raro é aquele que aparece no estado dito normal apenas para dar um simples passeio a olhar para mim. Gosto que olhem para mim confesso, disso não me envergonho, um pouco de vaidade nunca fez mal a ninguém. Mas agora sim chegou a altura de falar a idade que mais admiro. Pura admiração nutro pela velhice.
São os mais velhos, os idosos, que se levantam de manhã e vêem tomar os seus banhos de ouro, que vêem molhar os pulsos e tornozelos no meu corpo ensopado ou apenas o passeio matinal perto de mim. Gosto de os ver a jogar a canastra, tardes ao sol, brindando saúdes. Admiro os que confessam as diletantes vidas e se arrependem e tentam remediar qualquer coisinha no final de vida e admiro principalmente o amor daqueles que passeiam com o companheiro de uma vida inteira de braço dado. É uma sensação estrondosa que graças a Deus, ou graças a alguém que me pôs no mundo, eu possuo e apesar de saber que o que a eternidade não é boa, é bom saber que há seres não perenes que me fazem sentir uma perpétua felicidade com as suas vidinhas simples, complexas, felizes, infelizes, desgraças ou quase perfeitas, e é por tudo isso que eu, todas as manhãs me levanto com o amigo Sol, com a amiga Chuva, ou com o amigo Nevoeiro e abraço este ingrato e saboroso mundo, levantando os braços para ver os surfistas se erguerem no esplendor. Beijo a acolhedora areia agradecendo diariamente o abrigo que esta me dá em cada praia que abraço e dou palmadinhas nas Rochas com um desejo de bom dia. Prolongo a minha tarde viajando pelos cantos do mundo, ouvindo as deslumbrantes e apaixonantes vidas, e à noitinha o sol despede-se sempre de mim, mesmo que nem sempre o veja a despedir-se, e sinto o manto de estrelas abraçarem-me enquanto cobre todo o céu, e penso que só me posso sentir bem com os amigos eternos que tenho.
A querida Lua vem sempre toda espevitada com a sua tão terna voz dizer: “Tio Mar conta, conta o que aprendeste de nojo hoje, o que ouviste.” E sento-me eu a contar as histórias do meu dia à Luazinha, e ela fica bela, encantada, e eu desejo ter mais para lhe contar. Desejo um novo dia, enquanto ela deseja uma nova noite e uma nova noite… desejo uma evolução nesta humanidade, desejo ver as pessoas repletas de felicidade. E o novo dia nasce, e eu observo atentamente cada pessoa que me aparece, ouço as histórias com os ouvidos bem abertos, primeiro porque quero aconselhar de forma correcta as almas que me aparecem e segundo, porque a Lua nunca me perdoaria uma noite sem história. E por mim vão passando vidas simples, complexas, felizes, infelizes, desgraçadas, perfeitas, ou pelo menos quase perfeitas que cobrem os pedaços de terra, que alguém habitou para preencher os dias.
Esta é a minha vida, eterna vida, e assim é e assim será a eternidade, preenchida de defeitos, e com poucas qualidades, mas cada qualidade sobrepõe-se a muitos defeitos, fazendo com que esses sejam quase nulos.
A.C.

Foto de NiKKo

Fazendo um brinde

Ao ouvir o toque da campainha naquela noite
Meu coração bateu muito mais acelerado..
Pois eu tinha preparado tudo especialmente
Para te receber da forma mais adequado.

Deixei a champanhe no balde de gelo
Na mesa o jantar seria a luz de velas
Flores perfumavam a casa inteira
Na cama pétalas de rosa a deixavam mais bela.

O jantar foi tranqüilo e gostoso
Em meio a conversas triviais eu ficava a te olhar
O som que enchia o ambiente era suave
Ate que te convidei para dançar.

Nossos corpos colados ao som da musica
Foram despertando em nós o desejo
Por momentos infinitos nos olhamos
E calamos nossos sentimentos em um beijo.

Deixamos a emoção falar mais alto naquela hora
Nos entregamos com ansiedade aquela paixão.
Nós perdemos uma no corpo da outra
Vivemos ali a momentos de loucura e sedução.

Mas o dia já despontava lá fora
E envolta nos lençóis um brinde eu quis fazer
Afinal eu precisava deixar claro a minha alegria
Embora fosse a primeira e ultima vez que eu iria lhe ter.

Eu sabia que quando ao nascer do dia
Você para outros braços você iria voltar.
Mas eu não conseguiria seguir meu caminho em paz
Se pelo menos uma única vez eu não fosse te encontrar.

Porque eu te amei e você sabe disso
Teu corpo foi meu e ainda me quer
Você despertou em mim todos os sentidos
Em meus braços foi “amante e mulher”

Por isso eu hoje estou aqui sozinha
Em minhas mãos uma taça de champanhe
Talvez você ao lado de seu novo amor
Envolta nas nossas lembranças meu brinde acompanhe.

Foto de Fatima Cristina

Camisa Branca!

Assim que cheguei à porta de casa percebi que estavas lá dentro. Rodei lentamente a chave na fechadura e nessa fracção de segundos fui assaltado por mil pensamentos. Estarias mesmo ali? Ao fim de tantos meses, depois de um silêncio tão grande? Claro que sim! O aroma do teu perfume é inconfundível e desde que cheguei ao Hall que fui invadido por ele.
Lentamente abri a porta e, como eu desejava, à minha frente estavas tu. Exactamente como sempre te imaginei. Tinhas a minha camisa branca vestida. Adoro ver-te com ela. E tu sabes disso, por isso a escolheste. As mangas levemente dobradas deixam ver a candura da tua pele, os botões, meio abertos, meio fechados, insinuam a curva do teu peito, a brancura do tecido deixa ver os contornos do teu corpo. Atrás de ti, e devido à claridade que entrava pela janela, visualizei a tua lingerie preta, as tuas pernas, e lá estavam as meias-ligas (huumm que sempre achei tão sexys).
Olhei-te nos olhos e percebi que lias os meus pensamentos. Tive vontade de te tirar a camisa branca, de te despir, de fazer amor contigo ali, no hall de entrada, e matar assim, todos os desejos, todas as saudades que tinha tuas. Mas tive medo de te assustar… (talvez por também eu estar assustado).
Aproximei-me, abracei-te com suavidade, com medo que fosses uma miragem e que eu estivesse a delirar. Com medo de te apertar com força e que tu te dissipasses como uma bola de sabão. «- É bom ter-te aqui.» Foi a única coisa que sussurrei enquanto senti o meu rosto tocar no teu. Senti o teu corpo tremer. Nunca percebi se tremias de frio, porque lá fora a neve baptizava os incautos que passeavam na rua, e tu vestias apenas a minha camisa branca, se tremias de emoção por me sentir ali tão perto. Não sei quanto tempo durou aquele abraço, mas senti que podia continuar assim o resto da noite… o resto da vida… e enquanto o abraço durasse, sabia que não ias voltar a partir.
Desprendeste-te do meu abraço e levaste-me para a cozinha. À minha espera estava uma mesa requintadamente preparada. Não esqueceste a elegância da toalha, a magia das velas, o meu vinho e o meu prato favoritos. Durante o jantar falaste de trivialidades e eu olhava-te sorridente e conversadora, com a minha camisa branca, e senti que não te podia voltar a perder, e que o teu lugar era ali.
Fui preparar o café. Continuei a observei-te e percebi que apesar do teu corpo estar ali tão perto, o teu espírito tinha-se ausentado. Vi o teu olhar perdido na janela, observando a Vida a fluir lá fora. Num flashback recuperei a memória dos dias em que te perdias na paisagem da minha janela.
«- É bom voltar a estar aqui.» Disseste, parecendo regressar. Por um momento senti a tua voz embargada e pensei que estivesses a chorar. Olhei-te novamente. Lá estavas tu, debruçada sobre a janela, com a minha camisa branca… e à contra luz voltei a ver os contornos do teu corpo…a tua lingerie preta… a renda das tuas ligas…Como uma trovoada inesperada de Agosto, aproximei-me de ti e tomei-te de assalto. Não pedi licença, não me fiz anunciar, tomei o teu corpo, no meu corpo, porque é meu, porque me pertence, porque ardia em desejo, porque quis fazer amor contigo desde que te vi ao entrar. E tu, entregaste-te como sempre fizeste, sem perguntar como nem porquê, deixaste-te ir como um rio que corre para o mar, como a folha que se deixa guiar pelo vento. E enquanto a neve gemia ao tocar nos vidros lá fora, tu gemias de prazer nos meus braços.
Fizemos amor ali, na mesa da minha cozinha, com a minha camisa branca a testemunhar aquela união dos nossos corpos. Levei-te para o quarto, para aquela cama tão fria desde que foste embora. Fizemos amor o resto da noite, como se quiséssemos recuperar todo o tempo perdido, como se tivéssemos medo que o tempo ainda nos voltasse a separar.
Adormeci exausto. Adormeci feliz. Estavas ali outra vez, em minha casa, no meu quarto, na minha cama, protegida pelos meus lençóis.
De manhã acordei… sozinho… uma brainstorming assolou os meus pensamentos. Teria sonhado contigo? Terias realmente estado ali? Teria feito amor contigo? Sinto tanto a tua falta que já não distingo os sonhos daquilo que é a realidade… mas parecia tão real… Fechei os olhos na esperança de voltar a sonhar contigo, aninhei-me no teu corpo imaginário, deslizei as minhas mãos pelo espaço que naquela cama te pertencia e senti, debaixo da almofada algo que me era familiar… Esbocei um sorriso. Levaste novamente o teu ser, o teu corpo, a tua alma, mas deixaste o teu perfume… na minha camisa branca.

Foto de Boemio

Promessas e Juras Falsas

Abra porta, sou eu querida Linda
Seu refrator, confessor e
Pecador,
Só quero conversar um
Pouquinho
To me sentindo um pouco
Sozinho
Preciso do seu abraço,
Seu carinho
Sei o perigo que nos rodeia
Nessa
Linha denegrida quente
Margarida,
Sabe que nunca te machucaria,
Sou
Bom cumpridor de minha
Promessa
Ta fria aqui doce linda, deixe
Entrar
Seu poeta deturpador, pare de
Chorar
Não vê que precisa dos meus
Ombros
Que tantas vezes embalaram
Sonhos
Das noites que chegava um
Tanto só
Atrasada pro café que te servia
Com
Muito amor e sob até o mesmo
Sol
Onde eu te disse o quanto era
Bom
Ter seu sorriso puro pra
Esquentar
Os dias que sabia que viria o frio
E a solidão pra perturbar e
Congelar
No quente, saudável se
Relacionar,
Já estou ficando cansado de
Entender
Essa fraqueza e mal estar, há
Tempos
Que não preparas um decente
Jantar,
Pare pra repensar, se entrar a
Força vai
Ser pior pra ti, e não irá
Adiantar clamar
Piedade e complacência, não sou
Seu pai
Vou checar as horas e quando
Voltar
Se não tiver meu chá e você
Espera
Pode crer que vou desfazer a
Promessa
E então vais ver do que é feita
A raça
Humana de juras ridiculamente
Falsas.

Foto de Mirror Man

Espero-te! Sempre!...

Espero-te pela manhãzinha
Quanto o sol acorda e os sonhos
Cor-de-rosa, são substituídos
Pela realidade do dia à dia!
Vens num comboio, rápido,
Sem paragens intermédias,
De costa à costa do sentimento,
Repleto de imagens em movimento!
Imagens de amor, de desejo,
De sombras de luz e anseios,
Sorrisos tristonhos, e suspiros,
Amargo-doces em nossas bocas,
Coladas num amplexo sem fim...
Estou na estação terminal...
E o rápido vem à hora!
Na hora certa, afinal!
A tempo de nos amarmos!
Sem tempo limite para acabar...

Espero-te pela tardinha,
Quando o Sol começa a descer,
A caminho do descanso,
Depois de ter nos dado,
Tanto da sua luz e calor!
Trazes-me um pouco mais,
Daquilo que me dás,
Todos os dias, simplesmente...
Por existires e teres cruzado,
Um dia no meu caminho!
Lanchamos, de olhos nos olhos,
Frente a frente, tocando-nos
No peito o sentimento,
Que não cansa, antes descansa,
E nos dá a força, para viver,
E continuar a querer,
Cada vez mais, sonhar...

Espero-te à noitinha,
Depois do jantar, à luz das velas,
Depois do beijo de sobremesa,
Aquele beijo doce mel,
Derretendo calorias imensas,
Acendendo fornalhas intensas...
Na caminha, à luz da candeia,
Tremeluzente, brilham nosso olhos,
De paixão, docemente, incandescente
Teu corpo, enroscado no meu,
Tomando conta de mim,
És minha, sou teu,
Possuímo-nos, docemente,
No principio, e à medida,
Que a noite avança,
Abrimos o ar de nossos pulmões,
E a fornalha aquece, acelerando
A paixão, já de si intensa...
Alagamos os lençóis
Com nosso desejo despejado
Em beijos, catadupas e gemidos,
No cansar nosso de cada noite,
Um cansar que mais que nunca,
Nos descansa, quando o sono,
Toma conta de nós...
Sem sequer darmos conta...
E nossas respirações,
Antes aceleradas,
Tomam o ritmo de duas crianças,
Abraçadas e renascidas,
Num sono de criança,
E sonhamos de novo,
Os sonhos de nossa infância,
Como dois miúdos,
Felizes sem medo do futuro,
Que amanhã, de manhãzinha,
Vem de novo, sorrateiramente,
Ao nosso encontro,
E nos encontra, abraçados
E confiantes...

Mirror Man

Foto de InSaNnA

*** AlQuImiA ***

Quando saberei dos teus temperos?
Sentir o doce sabor da tua boca,
pousando de leve por todo o meu corpo,
com a textura de veludo pelos meus veios,
causando -me alvoroço?

Que sabores terão seus abraços?
Ardente? Queimando-me em desejos,
feito pimenta,"pegando" do começo ao fim,
colocando fogo e acentuando
o vermelho carmim de minha boca pequena ?
Ou seria uma boa mistura de cravo e canela,
combinando com a minha cor morena?

E se eu gostar tanto,
poderei me lambuzar ,
de todos os jeitos,
em teus sabores,
no café,almoço e jantar,
sem enjoar?

Quantos suspiros
trazes ao meu paladar !!
Teus sabores e aromas..
já estou a salivar..
Imaginando as tuas especiarias,
mergulhadas ,temperando
o meu beijar

Foto de francineti

Sonho e imaginação

Hoje eu sonhei com você,
mesmo sem te conhecer.
Na minha imaginação
você é luz e fascinação
Eu te via na rua,
você sorria e dizia: o que queres de mim?
Eu respondia: quero levá-lo ao cinema,
quero dançar com você
eu te chamei para jantar
jantar à luz de velas
vinho na mesa,
música na sala,
colcha de seda na cama,
perfumei o quarto
te convidei para olharmos na janela
a lua... estava bela
olhei nos teus olhos,
beijei tua boca,
tiramos a roupa
eu te amei feito louca.

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