Jardim

Foto de Elias Akhenaton

A sensibilidade da poesia


A poesia me encanta com
sua sensibilidade e magia.
Verdadeira pedra de Alquimia...
Me acalanta em todos os
momentos do dia...
Inspira-me, falando de sentimentos
que tocam ao coração,
são expressões d’Alma triste ou feliz
recitadas com emoção...
A poesia é a Luz que clareia
meu caminhar,
fonte de contemplação
do meu amar, do meu sonhar...
Contemplação que nasce do jardim
secreto de minh’Alma,
na delicadeza de uma mística
rubra flor
com suas suaves pétalas de amor...
A poesia enleva meu espírito a
transcender o universo,
como nestes simples traçados
e versejados versos.

Elias Akhenaton

Foto de Gleisson Brito

Papilon

Borboleta, borboleta
borboleta no jardim
Tão bela, tão suave
nessas flores de jasmim

Displicente brisa leve
Sol quente, luz do dia
Moveu densas rubras asas
Iluminava e aquecia

Cedo veio o ocaso assim
Meiga e triste ela voou
Cedo ou tarde um dia conto
Tudo o que aqui deixou

Borboleta, borboleta
Borboleta no jardim
Tão bela, tão suave
Como é bom lembrá-la assim

Foto de Elias Akhenaton

Jardim florido!

Tudo é belo na natureza agreste,
criação divina...
Mais o arco-íris colorido
de um jardim florido, nos inspira
pela sensibilidade e magia...
A suavidade do aroma trazido
pelo vento, enleva-nos o espírito
a transcender ao firmamento celeste
em busca de paz interior...
Despertando em nossoa corações
a chama do amor
a essência da vida.

Elias Akhenaton

Foto de mariana benchimol

Cemitério

Jardim de flores mortas
soterrado de corpos de cera
jogados pelo meio do caminho,
como embalagem de bala jogada no chão.

Jardim de almas perdidas
pecados imperdoáveis,
mentiras sem fim.

Labirinto sem saída
cheio de truques, armadilhas,
e paredes que se movem.

Vejo coisas que não existem,
ouço vozes do além
me chamando,
me convidando para ser mais uma
[flor morta.

Foto de Elias Akhenaton

Flor-de-lis

Tu representas a pureza
De corpo e alma...
És flor...
És amor...
De encanto e beleza...
És cheia de vida...
És a luz que ilumina o caminho...
Em cada amanhecer...
És a alegria no viver.
Tua sensibilidade de bela flor é
A minha inspiração
Que brota
Do fundo do meu coração.
És a suavidade em destaque no
Jardim florido
Como é lindo o teu colorido!
És soberana em tua história...
És mística em tua composição...
És pedra de alquimia,
Transformando em versos
Esta doce poesia.

Elias Akhenaton

Foto de cafezambeze

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA (POR GRAZIELA VIEIRA)

ESTE É UM CONTO DA MINHA DILETA AMIGA GRAZIELA VIEIRA, QUE RECEBI COM PEDIDO DE DIVULGAÇÃO. NÃO CONCORRE A NADA. MAS SE QUISEREM DAR UM VOTO NELA, ELA VAI FICAR MUITO CONTENTE.

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA

Numa pequena cidade nortenha, o João Pirisca contemplava embevecido uma montra profusamente iluminada, onde estavam expostos muitos dos presentes e brinquedos alusivos à quadra festiva que por todo o Portugal se vivia. Com as mãos enfiadas nos bolsos das calças gastas e rotas, parecia alheio ao frio cortante que se fazia sentir.
Os pequenos flocos de neve, quais borboletas brancas que se amontoavam nas ruas, iam engrossando o gigantesco manto branco que tudo cobria. De vez em quando, tirava rapidamente a mão arroxeada do bolso, sacudindo alguns flocos dos cabelos negros, e com a mesma rapidez, tornava a enfiar a mão no bolso, onde tinha uma pontas de cigarros embrulhadas num pedaço de jornal velho, que tinha apanhado no chão do café da esquina.
Os seus olhitos negros e brilhantes, contemplavam uma pequena boneca de cabelos loiros, olhos azuis e um lindo vestido de princesa. Era a coisa mais linda, que os seus dez anos tinham visto.
Do outro bolso, tirou pela milésima vez as parcas moedas que o Ti‑Xico lhe ia dando, de cada vez que ele o ajudava na distribuição dos jornais. Não precisou de o contar... Demais sabia ele que, ainda faltavam 250$00, para chegar ao preço da almejada boneca: ‑ Rai‑de‑Sorte, balbuciava; quase dois meses a calcorrear as ruas da cidade a distribuir jornais nos intervalos da 'scola, ajuntar todos os tostões, e não consegui dinheiro que chegue p'ra comprar aquela maravilha. Tamén, estes gajos dos brinquedos, julgam q'um home não tem mais que fazer ao dinheiro p'ra dar 750 paus por uma boneca que nem vale 300: Rais‑os‑parta. Aproveitam esta altura p'ra incher os bolsos. 'stá decidido; não compro e pronto.
Contudo não arredava pé, como se a boneca lhe implorasse para a tirar dali, pois que a sua linhagem aristocrática, não se sentia bem, no meio de ursos, lobos e cães de peluxe, bem como comboios, tambores, pistolas e tudo o mais que enchia aquela montra, qual paraíso de sonhos infantis.
Pareceu‑lhe que a boneca estava muito triste: Ao pensar nisso, o João fazia um enorme esforço para reter duas lágrimas que teimavam em desprender‑se dos seus olhitos meigos, para dar lugar a outras.
‑ C'um raio, (disse em voz alta), os homes num choram; quero lá saber da tristeza da boneca. Num assomo de coragem, voltou costas à montra com tal rapidez, que esbarrou num senhor já de idade, que sem ele dar por isso, o observava há algum tempo, indo estatelar‑se no chão. Com a mesma rapidez, levantou‑se e desfazendo‑se em desculpas, ia sacudindo a neve que se introduzia nos buracos da camisola velha, enregelando‑lhe mais ainda o magro corpito.
‑ Olha lá ó miúdo, como te chamas?
‑ João Pirisca, senhor André, porquê?
‑ João Pirisca?... Que nome tão esquisito, mas não interessa, chega‑te aqui para debaixo do meu guarda‑chuva, senão molhas ainda mais a camisola.
‑ Não faz mal senhor André, ela já está habituada ao tempo.
‑ Diz‑me cá: o que é que fazias há tanto tempo parado em frente da montra, querias assaltá‑la?
‑ Eu? Cruzes credo senhor André, se a minha mãe soubesse que uma coisa dessas me passava pela cabeça sequer, punha‑me três dias a pão e água, embora em minha casa, pouco mais haja para comer.
‑ Então!, gostavas de ter algum daqueles brinquedos, é isso?
‑ Bem... lá isso era, mas ainda faltam 250$00 p'ra comprar.
‑ Bom, bom; estás com sorte, tenho aqui uns trocos, que devem chegar para o que queres. E deu‑lhe uma nota novinha de 500$00.
‑ 0 João arregalou muito os olhos agora brilhantes de alegria, e fazendo uma vénia de agradecimento, entrou a correr na loja dos brinquedos. Chegou junto do balcão, pôs‑se em bicos de pés para parecer mais alto, e gritou: ‑ quero aquela boneca que está na montra, e faça um bonito embrulho com um laço cor‑de‑rosa.
‑ ó rapaz!, tanto faz ser dessa cor como de outra qualquer, disse o empregado que o atendia.
‑ ómessa, diz o João indignado; um home paga, é p'ra ser bem atendido.
‑ Não querem lá ve ro fedelho, resmungava o empregado, enquanto procurava a fita da cor exigida.
0 senhor André que espiava de longe ficou bastante admirado com a escolha do João, mas não disse nada.
Depois de pagara boneca, meteu‑a debaixo da camisola de encontro ao peito, que arfava de alegria. Depois, encaminhou‑se para o café.
‑ Quero um maço de cigarros daqueles ali. No fim de ele sair, o dono do café disse entre‑dentes: ‑ Estes miúdos d'agora; no meu tempo não era assim. Este, quase não tem que vestir nem que comer, mas ao apanhar dinheiro, veio logo comprar cigarros. Um freguês replicou:
‑ Também no meu tempo, não se vendiam cigarros a crianças, e você vendeu-lhos sem querer saber de onde vinha o dinheiro.
Indiferente ao diálogo que se travava nas suas costas, o João ia a meter os cigarros no bolso, quando notou o pacote das piriscas que lá tinha posto. Hesitou um pouco, abriu o pedaço do jornal velho, e uma a uma, foi deitando as pontas no caixote do lixo. Quando se voltou, deu novamente de caras com o senhor André que lhe perguntou.
‑ Onde moras João?
‑ Eu moro perto da sua casa senhor. A minha, é uma casa muito pequenina, com duas janelas sem vidros que fica ao fundo da rua.
‑ Então é por isso que sabes o meu nome, já que somos vizinhos, vamos andando que se está a fazer noite.
‑ É verdade senhor e a minha mãe ralha‑me se não chego a horas de rezar o Terço.
Enquanto caminhavam juntos, o senhor André perguntou:
- ó João, satisfazes‑me uma curiosidade?
- Tudo o que quiser senhor.
- Porque te chamas João Pirisca?
- Ah... Isso foi alcunha que os miúdos me puseram, por causa de eu andar sempre a apanhar pontas de cigarros.
‑ A tua mãe sabe que tu fumas?
‑ Mas .... mas .... balbuciava o João corando até a raiz dos cabelos; Os cigarros são para o meu avôzinho que não pode trabalhar e vive com a gente, e como o dinheiro é pouco...
‑ Então quer dizer que a boneca!...
‑ É para a minha irmã que tem cinco anos e nunca teve nenhuma. Aqui há tempos a Ritinha, aquela menina que mora na casa grande perto da sua, que tem muitas luzes e parece um palácio com aquelas 'státuas no jardim grande q'até parece gente a sério, q'eu até tinha medo de me perder lá dentro, sabe?
‑ Mas conta lá João, o que é que se passou com a Ritinha?
‑ Ah, pois; ela andava a passear com a criada elevava uma boneca muito linda ao colo; a minha irmã, pediu‑lhe que a deixasse pegar na boneca só um bocadinho, e quando a Ritinha lha estava a passar p'ras mãos, a criada empurrou a minha irmãzinha na pressa de a afastar, como se ela tivesse peste. Eu fiquei com tanta pena dela, que jurei comprar‑lhe uma igual logo que tivesse dinheiro, nem que andasse dois anos a juntá‑lo, mas graças à sua ajuda, ainda lha dou no Natal.
‑ Mas ó João, o Natal já passou. Estamos em véspera de Ano Novo.
‑ Eu sei; mas o Natal em minha casa, festeja‑se no Ano Novo, porque dia de Natal, a minha mãe e o meu avô paterno, fartam‑se de chorar.
‑ Mas porquê?
‑ Porque foi precisamente nesse dia, há quatro anos, que o meu pai nos abandonou fugindo com outra mulher e a minha pobre mãe, farta‑se de trabalhar a dias, para que possamos ter que comer.
Despedíram‑se, pois estavam perto das respectivas moradas.
Depois de agradecer mais uma vez ao seu novo amigo, o João entrou em casa como um furacão chamando alto pela mãe, a fim de lhe contar a boa nova. Esta, levou um dedo aos lábios como que a pedir silêncio. Era a hora de rezar o Terço antes da parca refeição. Naquele humilde lar, rezava‑se agradecendo a Deus a saúde, os poucos alimentos, e rogava‑se pelos doentes e por todos os que não tinham pão nem um tecto para se abrigar., sem esquecer de pedir a paz para todo o mundo.
Parecia ao João, que as orações eram mais demoradas que o costume, tal era a pressa de contar as novidades alegres que trazia, e enquanto o avô se deleitava com um cigarro inteirinho e a irmã embalava nos seus bracitos roliços a sua primeira boneca, de pronto trocada pelo carolo de milho que fazia as mesmas vezes, ouviram‑se duas pancadas na porta. A mãe foi abrir, e dos seus olhos cansados, rolaram duas grossas e escaldantes lágrimas de alegria, ao deparar com um grande cesto cheinho de coisas boas, incluindo uma camisola novinha para o João.
Não foi preciso muito para adivinhar quem era esse estranho Pai Natal que se afastava a passos largos, esquivando‑se a agradecimentos.
A partir daí, acrescentou‑se ao número das orações em família, mais uma pelo senhor André.
GRAZIELA VIEIRA
JUNHO 1995

Foto de lohay

Olhe pra você

Com o tempo você vai percebendo que para ser feliz com outra pessoa,
você precisa em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquela pessoa que você ama,
ou acha que ama, e que não quer nada com você,
definitivamente não é a pessoa da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e
principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas...
é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar, não quem você estava procurando,
mas quem estava procurando por VOCÊ"

Foto de Alexxa

a tua ausência

a dor da tua ausência

oculto-a nos sorrisos imperfeitos
que rabisco no vazio
quando visitas meu jardim
subconsciente e íntimo

descubro-a nos soluços cavados
que sobressaltam meu chão
sismos que ameaçam meu templo
edificado em terra-de-ninguém

entrego-a na lágrima obstinada
que nasce no rincão oculto
de onde toda a inquietação
ingovernável e sôfrega flui

a dor da tua ausência
deslaço-a em mim
colo de quimeras mil
pasto tenro de desvarios
estupendos e plácidos
porque
na tua ausência
a dor é pilar em mim
é oriente e aurora
e meu fontanário de ser

Alexxa

Foto de Leonilson Veras

Somniu

Palavras doces numa canção singela
E sonhar um sonho apenas não revela
Teu beijo adoçado sabor de canela

Vi num jardim uma flor amarela
Rosas, roxas, azuis e outros tons
Bem ao fundo, ouvi sinos e ouvi sons
de um passarinho a cantar na janela

um olhar meigo, sério e penetrante
em uma face bela e carismática
um aroma suave e cativante
uma adorável paz enigmática

Uma esperança em si tão redimida
uma célebre fé compartilhada
uma doce canção, o som da vida
À luz da felicidade almejada

és minha sina, meu porto seguro
és minha estrela, meu sol, minha paz
meu singelo sorriso prematuro
fonte da vida no abismo obscuro
desejo que habita um sonho fugaz

Na esperança de ter-te delicada
Alimentando esta paixão voraz
Rogam a ti os anjos, minha amada
Em minhas preces tenho-te abraçada
um sonho que anima um desejo aldaz

És Pura, menina, não és de ninguém
Tens o aroma das flores, o doce do mel
A luz de uma estrela, as estrelas no céu
Não são como tu, pois são tuas também

O perfume que exalas nos céus e além
A alegria de um dia coberto de cores
A magia da vida, a mais linda das flores
E um brilho nos olhos é o que ela tem

E a doçura nos lábios da virgem donzela
Suave na voz, em doce melodia
Um anjo a cantar, transmitindo alegria
E um beijo adoçado, sabor de canela.

Foto de Carmen Vervloet

Amor em Flor

Concorrendo ao concurso "Meu Grande Amor"

Amor em Flor

Com você percorri uma estrada branca
pavimentada por fios de luar,
ladeada por flores coloridas
semeadas ao longo do caminhar...
Levando na bagagem carinhos
embalados num doce amar!

O destino tentou levar você de mim
mas nosso coração disse não...
Mesmo a vida querendo assim
mais forte foi nosso amor
que na beira desse caminho
foi se plantando em flor!

Foram tantas flores semeadas
que nossa vida floresceu em jardim
algumas murcharam é verdade...
Outras brotaram com qualidade
perfumando nossa felicidade!

Hoje vejo a felicidade brilhando
em seus olhos,
a alegria acariciando sua alma
e nas suas mãos está
a pujança do meu coração!

Gozo a eterna ventura
de viver ao seu lado...
Eu sempre sua, você sempre meu...
Companheiro de tantas horas
bálsamo quando a dor ancora
sempre me ofertando uma flor!

Rosa rubra da paixão,
lírio branco da paz,
acácia cor de rosa do companheirismo,
rosa azul da amizade,
violeta lilás da confiança,
cravo grená do amor,
flores do campo da bonança...

Hoje meu coração bate
nos mesmos passos do seu,
minha esperança presente em muitas horas
das noites e das auroras,
a alegria borbulhando nos mares de agora,
nesse nosso caminho outonal
calmo, sereno, sem vendaval...
Um teto de estrelas,
um chão florido,
um amor construído!

E você meu eterno namorado...
Dançando comigo bem aconchegado
a valsa do amor de nós dois,
rodopiando sonhos no nosso jardim cultivado...

A dançar... A dançar... A dançar...
Até que um raio de luar
nos leve para uma estrela
no infinito!
Quem sabe o infinito de nós dois...

Carmen Vervloet

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