Joelhos

Foto de Maria silvania dos santos

Na glória de DEUS vivermos!

Na glória de DEUS vivermos!

_ Vivemos certas parte de nossa vida lamentando coisas
perdidas.
Mergulhado em solidão, muitas vezes aprofundamos em
depressão.
Mas a DEUS, não lembremos de dobrar nossos joelhos e fechar
os olhos, ergue nossos pensamentos a DEUS, enviar nossa voz do coração, em agradecimento
pela nossa proteção, por tudo que ele nos concede!
Muitas vezes com muita ingratidão a DEUS decidimos um não.
Dizemos DEUS não existir para outro mundo queremos partir.
Mas não paramos para refletir, que pouco de nós DEUS tem a
pedir. É somente seu mandamento seguir, Também não pensamos que sem DEUS não
estaríamos aqui.
Em um mundo sem amor e de muita dor vivemos aqui, mas isto é
por nos não refletir, e os mandamentos de DEUS não seguirmos.
Será que não vale apena, todos nós esforça um pouquinho,
sobre DEUS e a vida refletir?
E um novo caminho seguir?
Assim feliz aqui iremos ser, juntos iremos vencer, ate
quando DEUS nos chamar para com ele na eternidade viver.
Sendo assim, nunca mais iremos sofrer.
Basta somente fé nós termos, no seu caminho permanecer.
E salvo podemos ser, e na glória de DEUS vivermos!

AUTORIA; MARIA
SILVANIA DOS SANTOS.
E-mail; silvania1974@oi.com.br

Foto de Carmen Lúcia

Amor de mãe(dor sem nome)

No peito, o coração chora...
Em silêncio emite uma oração
levada a todos os cantos
pelo poder da emoção
que transcende o limite das horas,
do tempo, do espaço, do cansaço...
O limite de si mesmo.
Prostra-se ao chão
em sublime submissão,
em forma de cruz, simbolizando Maria,
Jesus!
Há muito o ritual é executado,
desde o dia em que ele fora levado.

Chora sem lágrimas...
O pranto secou
sem estancar a dor que ficou
e sangra a saudade infinita que arde,
queima, persiste, invade.
De joelhos, implora...
Senhor, traz meu filho agora!
O vazio instalado na alma a escora,
o colo que o acalantava ainda balança,
no regaço ainda envolve num abraço, a criança,
que mesmo crescida, sempre o será,
que não estando aqui, sempre estará.
E a voz entoa a velha cantiga de ninar...

Olha para o céu...
A última estrela ainda não se apagou.
Seria um sinal de que ele voltou?
Seria o filho, a estrela que ali se postou?
Transmuta-se para lá
seguindo aquele brilho a lhe guiar.
Amanhece o dia, desfaz-se a magia...
E a dor( sem nome) ocupa seu lugar.

(Carmen Lúcia)

Foto de Comandos

Amor de pai

Como ei de explicar o meu amor por meu filho?
Como ei de explicar um amor paterno?
Ei de fazer comparações?
Ei compara-lo a imensidão do mar?
Ao infinito do universo?
Ao brilhar do sol?
À beleza da lua cheia?
Ou a todas as maravilhas da natureza?
Não...
Não ei comparar-lo
Por que mais do que todas essas coisas
É apenas um sorriso de minha criança herdeira
Então o que ei de fazer?
Já sei...
Ei de dobrar os joelhos, rogar e emplorar ao nosso Jesus Cristo que Ele explique para o mundo o amor de um pai para com seu filho.

Foto de raziasantos

Perdoa-me

PERDOA-ME
Tuas palavras foram esquecidas em meus pensamentos
obstruindo minha razão, deixei amarelecer teus segmentos
mas à fogueira acesa, arderam chamas dentro de mim
e como pródigo filho, covardemente voltei a ti.

Não são mais vazios sangrando as chagas de um amor insano
cores e luzes encobriram nos cinzentos céus, o desfile profano
apagando rastros de paralelas curvas sem qualquer ponto comum
miserável angústia a me perseguir, sem me levar a lugar algum.

Ofuscaram-se os fantasmas, agonia de meu grito velado
desleal sombra em minha alma encoberta e dominada
o corpo opaco, sem vida, sofreu por querer, calado.

Desditosamente nos opostos da vida, tive o corpo açoitado
para hoje humildemente entregar-te minha alma como morada
vergando os joelhos, implorar-te perdão e teu amor ilibado.
Você é muito especial pra mim sempre será.
Perdoa-me por minha insanidade de um dia ter te perdido.

Foto de Rute Mesquita

Sou eu...

Sou eu…
uma pomba outrora livre.
Um desejo que pairava solto
Um som que bem suava no timbre
Sou eu…
um grito de revolto.
Uma fraqueza,
uma alma perdida,
um esquecimento
da mãe natureza…
Sou eu…
eu declínio espontâneo
um sofrimento
mais que momentâneo…
Sou eu…
dentro desta gaiola…
Sou eu…
numa voz melancólica
implorando
a volta do meu Romeu,
ao som de uma viola.

Vem, meu amor,
a tua presença fará desaparecer estas grades
que me envolvem e me limitam.
Esta dor,
irá afundar-se, nos seus degrades
que indigitam.
Vem, fazer de mim uma princesa,
dar-me o sol, a lua
tudo o que eu te peça
Volta, minha alma,
vem definir formas nesta escuridão,
procura nela um nu,
que a tua mão,
logo reconhecerá que é uma pele só tua.

Fico aqui,
de joelhos já sangrentos,
de corpo já cansado,
mas, ansiosa por ti,
pelos nossos momentos,
pelo teu suspirar apaixonado.

Foto de Rute Mesquita

A Cinco Pontas Dos Pés

Sinto que carrego correntes… pesos que se arrastam no chão. Oiço um rugir perseguidor. Um perseguidor tão pontual e assíduo quanto a minha própria sombra. Ainda não sei bem o que se passa à minha volta, ainda está tudo tão turvo… e eu sinto-me carregada de culpa, de arrependimento, de tristeza, de exaustão e de ódio por sentir tudo isto…
As coisas à minha volta estão a começar a compor-se, talvez deva continuar a desabafar…
Estou cansada, de tanto cair, estou cansada de olhar em redor e nada ver… estou farta de ouvir as minhas próprias lamurias, estou farta… neste momento só me apetece ter um tempo para mim. Preciso de travar mais uma guerra dentro de mim, aquela voz destabilizante não pára de querer medir forças comigo. Não me vou deixar vencer e é por isso que preciso deste tempo para mim, para que esta voz não venha como uma onda gigante e me leve este meu castelo que com tanto carinho construi.
De repente, uma súbita mudança surgiu, deixei de ver… mas, transpareci calma… não sei porquê mas, tinha confiança no destino e por isso passei neste primeiro teste, penso.
Sinto os meus cabelos a bailar com o vento. O meu corpo elegeu-se mais ou menos um palmo da superfície e flutua… não sei ao certo se deveria ansiar ou até implorar pelo chão, só sei que não o farei pois sinto-me leve como uma pena que voa aos sopros de brisas suaves. Recorda-me aqueles sonhos em que parece que a minha cama é um teletransporte.
Não vejo… mas, mesmo que visse iria fechar os meus olhos. Começo aos poucos a perceber esta viagem.
Cheira-me a sal, oiço o mar e nem preciso na areia tocar para saber que estou algures numa praia. O som das ondas diz-me que está maré baixa pois rebentam umas atrás das outras arrastando sal e humedecendo os pigmentos de areia que alcança. É como se as ondas beijassem constantemente a areia e a puxassem cada vez mais para si.

- ‘Serão amantes?’, pergunto e ao escutar a minha voz surpreendo-me com a minha pergunta, pois nunca tinha pensado assim.

Os meus pensamentos voltaram e pesam por isso, a gravidade actua novamente e pousa-me naquela areia. Acontece num processo tão lento que sinto que comecei por tocar a areia e agora entranho-me na mesma como se neste momento fizesse parte desta.
A minha visão, continua ausente mas, vejo um clarão de tons que vai desde a gama dos amarelos até aos laranjas mais avermelhados que me faz perceber que um calor se afoga naquele mar, dando lugar a uma outra gama de cores, cores que vão desde os violetas mais azulados aos verdes mais acastanhados. Julgo que seja o pôr-do-sol e que daqui por uns minutos se dê o erguer da lua.
E mais uma vez me surpreendo com o meu raciocínio, nunca tinha visto as coisas desta maneira tão sensível. Talvez por ter tido sempre a visão da ‘realidade’ facilitada e por isso nunca tivesse dado valor, penso.
Nisto, o mar agora beija os meus pés, como se me convidasse para entrar… mas, vou aguardar sentada de joelhos encostados ao peito e com os meus braços sobre os mesmos, pois uma brisa fria em breve virá arrepiar-me.
A lua já se ergueu, as cores que ‘vejo’ mudaram como, tão bem pensei que fosse acontecer. Um arrepio percorre a minha espinha, aquele arrepio por que já esperava mas, que não deixou de distorcer o meu corpo e fazer levantar todos os meus pêlos.
Os meus cabelos, agora mais que nunca parecem sem direcção, uns atravessam-se à frente minha face.

-‘Tenho que me mover, senão irei congelar’, disse para mim. E sentei-me de uma forma mais descontraída enquanto mexia na areia.
Imaginava a minha mão como uma ampulheta que com imensos grãos na minha mão suspensa no ar, decidia faze-los juntar-se aos outros seguindo uma constante, o tempo… e foi então que outro raciocínio inesperado da minha boca se soltou:

-‘Se encher a minha mão de areia e por uma abertura constante, a deixar cair e enquanto isso for contando os segundos até sentir a minha mão sem nada consigo perceber quanto tempo tem uma mão de areia, com aquela abertura de raio fixo e àquela distância do solo’.
Assim, percebo rapidamente que o tempo varia com dois factores, com o diâmetro do buraco que deixo, por onde a areia irá soltar-se e com a altura a que tenho a minha mão do solo arenoso, percebo que se me puser de pé a areia demora mais tempo a juntar-se àquele solo arenoso do que se eu estiver sentada. Após a experiencia dou por mim boquiaberta envolvida numa brincadeira de pensares, como se unisse uns pontos aos outros e no fim os justificasse com a experiencia.

-‘Deveria perguntar-me o que se passa? De onde surgem estes raciocínios? Porquê? Se ainda agora começo a descobrir os tais pontos, se ainda terei de uni-los e acabar com a sua comprovação que provém da experiencia?’

Sinto algo musculoso e texturado agarrado ao meu pé direito. Volto a sentar-me e pego naquele músculo e começo por tentar perceber a sua forma, percorrendo as minhas mãos pelo mesmo.
- ‘É uma estrela-do-mar!’, exclamei. E dou por mim a falar com esta estrelinha pela qual baptizei de cinco pontas dos pés.
- ‘Tens tantas pontas quanto os dedos que eu tenho nos pés e nas mãos. Não preciso saber a tua cor, pois para mim já és a Cinco Pontas Dos Pés mais bela que conheci.’ Confessava-lhe.
-‘O que te trás por cá minha Estrela? Bom, não interessa se aqui estás, é porque certamente fazes parte desta minha viagem e simbolizas algo na mesma, quem sabe sejas um daqueles pontos que terei de unir.’ Contava-lhe mas, discutindo comigo mesma.
-‘Sabes querida Estrela, esta viagem começou por ser um refúgio… passou a ser uma viagem de sensações, depois uma viagem rica em sensibilidades das coisas mais simples que agora vejo que são as mais belas e agora, encontro-te a ti, uma amiga como se adivinhasses que aguardava inquieta por contar tudo isto a alguém. Espera… é isso!’

Pousei a Cinco Pontas Dos Pés naquele meu pé que um tempo atrás se havia agarrado e comecei a unir os pontos.

-‘Vim num transtorno de estado de espírito, numa revolta por nada ver a minha volta e fiquei sem visão. Recordo-me que vinha carregada e que me sentia perseguida enquanto arrastava umas correntes e tudo desapareceu, eu elegi-me cerca de um palmo do chão e senti-me livre, leve como uma pena. Lembro-me também que procurava um tempo só para mim e vim parar a uma praia deserta. Depois aqueles meus raciocínios e olhares às coisas mais simples mas, que jamais em tempo algum lhes tinha dado tal valor. Desde aquele pensamento de o mar e a areia serem amantes, o pôr-do-sol e o eleger da lua, o arrepio e à pouco sobre os grãos de areia. E por fim, apareceste tu, claro! Vieste para eu me ouvir, a mim mesma e assim unir estes pontos.'
E continuei o meu discurso:

-'E com esta viagem, aprendi uma grande lição, que ao invés de me deixar domar pelas minhas lamúrias deveria confronta-las como sendo o que não são, belas e assim elas ficarão belas, porque assim as olho e quero que sejam. Isto de uma forma inteligente.
Aprendi que a beleza no Mundo está em todo o lugar, nas mais pequenas coisas encontramos o nosso mais sensível, o nosso mais profundo sentimento e assim afirmamos a nossa humanidade.
Aprendi que um amigo nos aconselha, nos apoia mas, que sobre tudo nos ouve, como tu minha amiga, Cinco Pontas Dos Pés que pouco precisaste dizer pois fizeste com que me ouvisse a mim mesma e chegasse onde cheguei.
Aprendi (…) a minha visão voltou!’

Está tudo turvo, sinto-me a regressar ao sítio de partida… e imploro:
-‘Estrela, estrela! Não largues o meu pé! Vens comigo!’

Estou de regresso e como me sinto bem, estou radiante de felicidade e tudo o que carrego agora comigo é paixão, paixão por toda a beleza que me rodeia e admiração, por esta experiencia que jamais esquecerei. Os meus olhos brilham, como duas pérolas, o meu rosto está iluminado como se uma auréola pairasse sob a minha cabeça. Estou vestida de branco e de sapatos e só penso ‘a minha Estrela!’. Descalço-me e não a encontro, dispo a camisa, as calças e o casaco e nada, não a vejo em lado nenhum… sento-me agrupada e lágrimas escorrem pelo meu rosto e quando já quase me sentia preparada para repetir a viagem vejo algo a mexer-se no meu casaco e qual é o meu espanto quando vejo a Cinco Pontas Dos Pés?! Que encantamento!

-‘Eu sabia que eras bela, minha Estrela, bela como aquele pôr-do-sol e ainda bem que vieste comigo pois serás sempre a minha melhor amiga e serás tu quem irá manter aquela experiencia sempre viva!’

Foto de Edigar Da Cruz

SER POETA OU SER DE POETISA

SER POETA OU SER DE POETISA

Ser poeta é fazer de cada fim um novo começo
De cada despedida uma linda saudade!..
É ter em mãos todos os sonhos e desejar somente UM..
E Vi velos intensamente de verdade descrevendo em palavras o que
sente na realidade..
Chora, Sorrir, Encantar e AMAR, sem medo de ser feliz e viver...
Ser poeta é!! Despir-se as palavras perante um espelho
Qualquer da vida e amar a vida e, de joelhos agradecer
A DEUS em cada noite e a cada novo amanhecer
E continuar a descrever o ser o poeta da vida..
O ser de sentir o amor as palavras sem medo de ser feliz
É amar encantar a cada minuto vivido,..
E viver sempre inspirado com desejos adormecidos,..
Colher da vida os frutos da paixão,..
Ser de poeta ou Poetisa é um pouco do mundo,..
Descritos em cada ponto e vírgula dentre elas separada por palavras,..
É Ter o passado como futuro
e o futuro um novo passado,..
E fazer da vida de sempre um novo recomeçar
Para descrever um novo fim..
Começo descrevendo um novo começo..

Autor : ED.Cruz

Foto de Allan Sobral

Fusão - (Schwanticamente Sobral-natural)

Minha mente anda em um ritmo frenético, ao ponto de me irritar facilmente pelas coisas complexas serem tão simples, as coisas que alguns julgam tão muito, serem para mim muito pouco.
Sinceramente peço perdão pela minha petulância, mas me viciei nos olhares que me oferecem jogados ao ar, pois ao ar só deixo suspiros tristonhos e carentes. Pois por de traz deste olhar firme e cortante, carrego lagrimas, ainda que raras, mas existentes, lagrimas que até hoje poucos entenderam, precisamente só um amigo chamado violão, uma dama chamada rosa, e um grupo de dançarinas das noites vazias conhecidas com estrelas.
Mas ainda não cria que houvesse outro, pensei que do meu planeta eu fosse o ultimo, e que nossa espécie já havia sido extinta, e esqueceram de mim. Mas não! Sobrou um ser, que é originalmente do sexo oposto, que foi escondido e criado muito distante de mim, mas que tem a marca da espécie, o poder de se comunicar através dos olhares.
...olhe em meus olhos, converse sem usar palavras, gargalhe da piada que não contei, chore da dor que não é sua, cante a canção que nunca toquei, viaje comigo até a estrela que dei seu nome, olhe a Terra comigo daqui da Lua, entenda as doze poesias que escrevi ao pensar em uma palavra que nem disse, ande comigo por este lugar que nem sei se é real, acredite na sua verdade simplesmente por acreditarmos que é, seja feliz pois a felicidade nasceu em nosso coração.
Dai-me sua mão, dobraremos nossos joelhos, e oraremos dentro de um templo ainda que desconhecido.
Dai-me sua mão, guerrearemos sozinhos contra todo o resto, um Guerreiro Massai e uma princesa Amazonas.
Dai-me sua mão, cavalgaremos com o vento beijando nossos rostos, Apolo e Artemis.
Dai-me sua mão, e enfrentaremos um mundo que não foi feito para nós, pois nós fomos feitos para ele, e provaremos que o mundo não é um lugar bom, mas vale a pena lutar por ele, e não temos maior responsabilidade que ser feliz.

Allan Sobral

Foto de andrelipx

Olhar quebrado...

Quero encontrar-te, quero descobrir-te e quero olhar-te. Perdi o meu olhar, pedir o brilho não sol do anoitecer, por isso procuro-o. Vaguei-o mundos e oceanos a procura do meu olhar, daquilo que me fazia olhar e ver a beleza, será que estou corrompido, ou será que já não consigo olhar tanta beleza? Não sei. Quero-o só para mim, perdi-o, e alguém o encontrou, quero o meu olhar, para poder olhar com intensidade tudo o que há e deve ser olhado, quero ver as flores, as borboletas, os pássaros, as nuvens, o amor, a felicidade, mas não consigo nada, nem ver nem fazer ver. Dá-me uma hipótese, de voltar a olhar, só quero ver o infinito e o finito, quero ver o anoitecer e o amanhecer, não quero mais olhar e ver o que não quero, sinto-me sem brilho, sem algo que me mostre como sou e como devo de ser... Sou sentimentalista, infeliz, romântico, mas sem ti não sou nada... Perdi-te nas correntes do oceano, e tu não me quisestes mais por isso fugistes, só quero uma hipótese para voltar a olhar, para voltar a contemplar e a admirar tudo o que há de belo... Faço, crio, procuro e construo-o palavras para que este brilho me volte a encontrar e a ver-me outra vez. Estou incrédulo, sem fio condutor, sem metal que me ligue ao brilho, sem cobre que faça este brilho trabalhar, só me resta o que construo-o, estas palavras, estas consoantes e vogais, que depois formam um conjunto infinito de Palavras sentimentalistas, quero o meu olhar, o meu brilho, a minha vida... Volta para mim, não me deixes sem ti perco a pouca vida que me resta... Quero voltar a olhar para as flores do meu jardim e ver que não caem, mas sim rejuvenescem...Volta para mim peco-te, suplico-te, ponho-me de joelhos para te ter outra vez... Eu sei que fostes sem mim, mas que um dia vais regressar, e despertar o meu olhar... Ele está morte, e moribundo, com magoas e aguas... Quero que voltes e me dês a vontade de viver, porque afinal és o meu olhar, é o meu viver, é as minha fonte de alegria... Volta olhar...Dá-me uma hipótese, mas volta...

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

OPCAO

OPCAO
(Luiz Islo Nantes Teixeira)
Nao adianta arrumar os cabelos
Se voce esta no meio
De um grande tufao
Nao adianta prostar de joelhos
Se no altar do passeio
Ninguem jamais ouvira sua oracao

Nao adianta escalar o monte
Se este esta coberto de lavas
De uma recente erupcao
Nao adianta atravessar uma ponte
Se so ha bastantes estacas
Que sobraram da construcao

Se o amor acabou
A esperanca acabou
Procura ser feliz
Pois seu ex-amor
Nao da a minima pra sua dor
Ou o que voce chora e diz

Projete a sua vida
Limpe a ferida
E sacode a poeira do abrigo
Com a vida no rumo certo
Voce vencera o deserto
Deus esta contigo

Nao adianta gastar suas lagrimas
Se nao ha mais o amor
Se nao ha mais motivacao
Mas adianta voce cair nas aguas
Lavar-se sem nenhum pudor
E purificar o seu coracao

Cada novo passo sera um desafio
Cada novo olhar sera um pavio
Para acender a chama do seu coracao
Como o vai e vem da vida
Ha amores na chegada
Ha dores na partida
E nao lhe faltara emocao

E chorar ou viver
Reagir ou morrer
Sua escolha e sua opcao
© 2011 Islo Nantes Music

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