Justiça

Foto de albertokaique

Poema de fases

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ㅤㅤㅤPoema de fases

ㅤㅤㅤㅤㅤI
No sertão vasto
O ser homem é poesia.
A palavra é arma

O chão rachado
E fome por justiça.
O povo grita!

Sol extenso sol
Deixa pele morena
Do trabalhador

Estação seca
Faz baiano lutador
Com terço na mão

ㅤㅤㅤㅤㅤII
Não sei pra que me serve
ser homem como todos
os outros empestados,
e assim devasso.

A politica não é corrupta, O homem
que se faz corrupto. E assim desonra
a câmera desta cidade-coragem.

Meu orgulho fica escasso.
Adoro a arte baiana,
mas não esta terra gana
que me arde em chama

Moro na terra manchada com o sangue
dos donos, erguida com o sangue negro
e colonizada por um povo exangue.

ㅤㅤㅤㅤㅤIII
E minha poesia se esvai!
Os versos ficam livres
Des... fra... g-men... ta… dos.

ㅤㅤㅤO Eu então se abusa
Escreve sobre ele mesmo. Sem mais métricas,
sem suas varias rimas pobres, e ricas,
sem crítica e apego pela a sua terra.
ㅤㅤㅤO Eu então escreve:

ㅤㅤㅤㅤㅤIV
Nasci...
Olhos a observar o outro
Mãos a tocar o outro
Ouvidos a escutar o outro
Língua a provar o outro
Nariz a cheirar o outro
Nasci...

Mas não tenho os mesmos olhos dos outros
Mas não tenho as mesmas mãos dos outros
Mas não tenho os mesmos ouvidos dos outros
Mas não tenho a mesma língua dos outros
Mas não tenho o mesmo nariz dos outros

ㅤㅤㅤㅤㅤV
E lá no canto eu canto
A minha ultima canção:

- Acender meu corpo!
Ascende minha alma!
Emergir de todo este caos!
Imergir em toda calmaria!

ㅤㅤㅤㅤㅤVI
E outra vez a minha poesia se esvai!
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤSem haicais
ㅤㅤㅤSem métricas
ㅤㅤㅤㅤSem rimas
ㅤㅤㅤㅤSem críticas
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤSem versos livres
ㅤㅤSem anáforas
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤSem Eu
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤSem palavras.

Foto de josimar-almeida

Trágico janeiro

Trágico janeiro

Chegava-se o ano novo
Com uma passagem feliz e estonteante
Ao lado da pessoa que mais amava
Foi prazeroso, delirante.

Abraços e sorrisos iam e vinham
E facilmente consigo trazia a bondade
Oriundo da justiça e apaziguador de conflitos,
Eram marcas de sua personalidade.

O janeiro de 2011 abria-se
Trazendo rumores de prosperidades,
Planos eram desencavados de sua mente
Buscando harmonia e felicidade.

No meio deste trágico mês
Comemorou mais um aniversário,
Mal sabia do que estava por vir
Soaram-se as trombetas do imaginário.

Depois de um "um feliz ano novo"
E um belo "parabéns pra você",
O janeiro anunciou sua desgraça
Lhe brindando com um maldito AVC.

A notícia formigou rapidamente
Ecoando tristeza em nossos corações,
Mas suas esperanças eram tantas
Que nos transbordavam emoções.

Duas semanas se passaram
E o infeliz janeiro não se deixou findar
Era dia 27, quase fevereiro
Quando o meu chão veio a desabar.

Ao meio-dia o recado chegou,
Junto com ele o desespero e pranto rolou em mim
Era meu irmão anunciando
Que a vida do nosso amado pai teve fim.

E anos que eram de 12 meses
Para mim não existirão mais,
Eles começarão em fevereiro, porque...
O trágico janeiro não voltará jamais.

Foto de raziasantos

ERA UMA VEZ...

Era uma vez Amy Winehouse!
Era uma vez Zezinho filho do seu João catador
De papelão:
Era uma vez Luciana filha de grande empresário:
Era uma vez Maria dona da padaria:
Era uma vez Carlinhos filhos do promotor de justiça:
Era uma vez seu Paulo de cinqüenta anos…
Eram uma vez jovens crianças de dez anos perdidas no abandono…
Eram uma vez suburbanos moradores de rua:
Era uma vez jovem da classe social filho dos engravatados:
Pobres ricos, famosos, não têm distinção nem se espera compaixão:
Era uma vez tantos seres humanos, adotados pelo vicio, malignos!
Era uma vez lágrima, dor, angústia, e escuridão…
Maconha passaporte barato para porta do inferno.
Cocaína já preste a morte eterna:
Crak suicídio coletivo:
Nossos filhos a beira do perigo:
Entre tantas ofertas de satanás banquete para nossos mortais.
Caminham para morte entregue e sua dose dor, pedido de socorro!
Invisíveis no meio da multidão são os filhos da nossa nação!
Eram uma vez promessas de políticos nas vésperas de eleição!
Era uma vez, mais um filho que ficou sem mãe!
Era uma vez a indiferença…
Era uma vez…!
O SOS…!
ERA UMA VEZ DROGAS ÁLCOOL, INIMIGO FATAL;
Infelizes para sempre?
Brasil qual é nossa missão?
Planeta terra!
Acorde!‼
Acorde!Ate quando vamos enterrar nossos semelhantes,
Em covas tão humilhantes…!

Foto de Marilene Anacleto

Vá, Amado!

O ninho desfeito
Construiu a família
De amor e respeito

Gratidão para a vida
Resguardava a justiça
Já tão requerida.

Do desfeito ninho
Penas se perdem no caminho
Registros saem de mansinho.

Ao fragmentar os rebentos
Desfolham sentimentos
Atirando-os ao vento.

Violentar-se sem ser
Para construir outro ser
É imenso anoitecer.

Importante compreender:
Para um ser crescer
Outro não precisa morrer.

Por si, cada um há de
Voltar a se compreender,
Sentir, evoluir, vencer.

Vá, meu grande amado,
Procure teu amanhecer
Para que eu também possa,
Feliz, voltar a Ser.

Foto de MAD

No que me tornei por tua causa

Era uma pessoa feliz e de bem com a vida, mas tu apareceste e mudas-te tudo.
És tão diferente daquilo que demonstraste ser, quando te conheci. Revelaste-te uma pessoa cruel, arrogante, mentiroso, hipócrita…
Como tiveste coragem de me enganar e trair desta maneira? Eu acreditava em ti, eu amava-te. Tu dizias amar-me mas tudo não passou de uma mentira, de um esquema montado por ti. Eras uma péssima pessoa, coração de pedra. Alguém que não sabe o que é o amor, alguém que magoa por prazer.
O amor agora se tornara ódio.
A vontade de me vingar é imensa, estava disposta a fazer-te sofrer tanto ou mais do que fizeste sofrer a mim. Iria-me vingar e fazer justiça, pois não tinhas direito de brincar com os sentimentos das pessoas desta maneira.
Eras um namorado, um amigo, um confidente.
Quando tive noção que te perdera, tudo á minha volta ficou suspenso, eu sem reacção e o meu mundo desabara.
Entreguei-me a ti como jamais me entregara a alguém. Só queria ser feliz e amada como amava.
Apesar de sentir a tua falta não te conseguia ver mais e acabavas por me meter nojo. Tinha de fazer algo para honrar a minha espécie. Não podia estar com meias medidas.
Agora sou uma assassina. Mato por amor e por ódio, afinal é extremamente necessário estar em equilíbrio e harmonia com nos próprios.

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"MINHAS ARMAS"

“MINHAS ARMAS”

Do que me adiantaria a palavra...
Se dela não fizesse uso...
Do que me adiantaria a revolta...
Se não a usasse contra os injustos!!!

Em uma breve analogia...
Em um raciocínio tacanho...
Me deparei com a triste ironia...
Estamos vivendo dias medonhos!!!

Onde nossos escolhidos nos apunhalam pelas costas...
Onde nossos lideres dilapidam nosso patrimônio...
E nós não lhes damos nem respostas...
Somos uns verdadeiros idiotas anônimos!!!

Diria eu que somos tremendamente irresponsáveis...
Nos furtamos diante dos compromissos...
Os elegemos por nossa própria falta de integridade...
Somos mentirosos, somos omissos!!!

Hoje nossa soberania esta ameaçada...
E a grande culpa é tão somente do povo...
Este povo que vive somente de futebol e cachaça...
Com a esperança de um Brasil novo!!!

Este Brasil novo não virá...
Talvez venha algo nada muito agradável...
Pois do jeito que a coisa esta...
Nosso final vai ser bastante deplorável!!!

A democracia a meu ver...
É a forma que mais se isenta das responsabilidades...
Pois aconteça o que acontecer...
Ninguém vai para traz das grades!!!

Pobre povo descompromissado...
Prefere colocar a culpa nos políticos...
Este mesmo povo desajustado...
Que hoje vive dias críticos!!!

Mas estamos passando apenas o que nos cabe passar...
Pois com a nossa falta de engajamento...
Permitimos que nos deixem manipular...
Em prol dos deprimentes acontecimentos!!!

Assim é o nosso País...
Liderado e manipulado por criminosos...
Não é bem o que o povo quis...
Mas é o que merecemos por sermos preguiçosos!!!

Para uma sociedade ser justa...
É necessário que seu povo tenha no coração justiça...
Que viva e se dedique a causa publica...
Como se fora sua própria vida!!!

Foto de Carmen Lúcia

Que...

Que as incertezas geradas pela imposição da vida não bifurquem meu caminho;

Que as asperezas sofridas não me separem do carinho;

Que o frio do inverno não congele meus sentimentos;

Que o breu da noite não me impeça de imaginar a lua;

Que o espinho da rosa não me afaste de sua beleza;

Que os erros cometidos me façam refletir e um dia acertar;

Que ao buscar a liberdade a encontre primeiro em mim;

Que eu saiba discernir desejo e prazer, amor e paixão, ser e ter, para que me complete como ser humano;

Que a razão esteja na mesma proporção da emoção e que se manifeste a que mais se requer, no momento que melhor aprouver;

Que minhas expectativas caminhem ao lado dos sonhos e que eles não voem bem mais alto que eu possa alcançar;

Que a distância por mim percorrida não me desvincule de minhas raízes;

Que cada derrota vivida seja um trampolim para recomeçar;

Que após cada vendaval eu creia num novo sol a sorrir;

Que a justiça seja meu escudo no combate aos preconceitos e desigualdades sociais;

Que o universo conspire a meu favor a cada apelo, a cada grito de dor;

Que antes de mais nada seja lida minha alma e não prevaleçam as aparências;

Que o amor fale sempre mais alto, calando a insensatez do ódio;

Que as cores do arco-íris descortinem as brumas do oceano refletindo as belezas do mundo;

E quando a aridez do solo sangrar os meus pés, que eu crie asas e possa voar...

_Carmen Lúcia_
21/08/2009

Foto de ISRAEL FELICIANO

Impaciência moral

Impaciência moral

Quantas vezes passamos pelas mesmas coisas que muitas pessoas passam deveras vezes, e sempre se questionam porque passam por aquilo, é como uma doença, como um vírus que se espalha no ar é inevitável a transmissão, mais controlável, se tiver o controle de se próprio, ou da conseqüência que pode trazer, a muitos que entram em contato com você, mais é assim difícil de imaginar e diga lá de suportar a situação, é complicado, e estressante mais pode se amenizar basta, trocar de repente de nome, raspar a cabeça, as axilas, ou ate mudar de sexo, que está comum hoje em dia, que os problemas vão sumir.
Ora doravante que já não se usa nos termos de aceitação, ou ate mesmo nas colunas sociais, como você vê essa forma de falar, expressar, o que pensa, o que será que pode falar, hoje em dia será que pode falar, é a lei da injustiça, a justiça da lei, será que é mesmo lei.
Das injurias dos processos da vida como ela é, sem burocracia, sem nem mesmo ver, o que acontece, quando, a doença começa a corroer, as partes mais ilustres do corpo , do ser que agoniza , a espera de um parecer, de uma boa vontade, de alguém , que possa diagnosticas essa espécie de câncer, que corroe, o mundo, e os políticos, os médicos que juram , salvar vidas, que juram , proteger a nação, mais será que é possível, isso acontecer e pois já está tão avançado, que a muitos só resta morrer,. Do coração, de uma síndrome, de dengue, ou seja, lá o que for, e nada será feito, apenas um parecer desfeito quem pois estão a ver um paciente com leucócitos a morrer!

Foto de betimartins

Poema do povo!

Poema do povo!

O povo é o maior poeta da nossa humanidade
Ele consegue em vez das rimas e das estrofes
Sorrindo, ele se transforma de forma capaz
No pouco pão e nas suas magras economias!

Então ele em vez de lindas palavras, floridas
Ele! Apenas se deixa morar em lugares frios
Em morros, em favelas e nas ruas, esquinas
Sorrindo!Alegre para a vida e as estatísticas...

As mães! Essas apenas ficam apenas aflitas
Pelas mãos, que traja uma arma apontada
Em vez de uma caneta de tinta e um caderno
E um simples tiro acerta aquele que fica na mira!

A mulher essa apenas é mais um desabafo
Do homem mal encrencado, mal resolvido
Que a estupra sai da cadeia em indulto, premiado
E logo encontra e desfaz inocência de uma criança...

E este poema é do povo, poema de desamor e de dor
Onde apenas! Na minha escrita correm rios de sangue
Onde não existe respeito, onde apenas existe!A heroína!
E logo, alguém morre ou é roubado pelo maldito vicio...

E que venha daí as leis, os indultos e os ladrões
Será a nossa maquina judiciária a maior punição?
Que na tinta do jornal corre a dor dos que já partiram
E nos telejornais apenas servem para níveis de audiência!

Mas o meu poema é do povo do que usa havaiana
Dos que correm para festas do funk, samba e outros
Onde a cerveja é a nota da rima do coração sofrido
Que apenas quer esquecer seu triste fado da vida aqui...

Pois é e na mesa deste poema aqui, o poema do povo
Apenas se vê feijão, com arroz aquecido numa panela
Já tão velha e gasta que nem sabe a cor dela! Um dia!
Ao som do batuque, das crianças chorando com fome...

Pois é meu poema! Apenas traja retalhos de sentimentos
Onde as palavras caem num esquecimento e se vestem
De um vermelho vivo, que corre pelas ruas e casas e esquinas
De uma justiça adormecida e desumana neste meu Brasil!

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Super Humano

Abre-se o gibi. A primeira página está colorida por tons fantásticos, criaturas flamejantes saltavam aos olhos sem sair do papel. Um herói, na sua superioridade, resguardava seus poderes das identificações em um segredo. Voava feito pássaro ou avião, era forte como uma manada inteira, via o que só as máquinas perfeitas tinham alcance.

Nos mais recentes dias da sua jornada, lutando contra os piores tipos de adversários maléficos, rasgando os céus da metrópole recebendo aplausos da população em peso, o herói de ritmo automático persistia em manter a justiça na cidade que amava. Não havia tempo hábil sequer para pensar. A velocidade lhe empurrava ao próximo desafio.

Mal reparava no que rodeava sua existência magnífica. Os pais de família se apertando nas conduções, as mães solteiras entregando panfletos nos faróis, os avós vigiando os netos. Não havia reparado que na prática a importância de uma pessoa não se determina pelo seu cargo, mas pela sua dedicação. A embriaguez de seus poderes o induziria à tragédia.

Desta vez, o que se abria era a primeira página do jornal da trama. Os cidadãos se apinhavam para ler as fofocas do incrível astro. Incompleto nas conquistas afundava no existencialismo frívolo e no doce dos ópios. Sua cabeça não suportava mais a consciência, pesada pelas derrotas nas quais falhava. Seu ideal era a perfeição.

Mas, a mais humilde das pessoas lhe ensinaria a lição mais valiosa. Era um chefe de família. Ele, que sempre observara com certo desdém quem estava nessa posição, que parecia não aproveitar o que a vida tem de bom, viu em um ato de heroísmo que só um pai faria o sentido que faltava ao seu preciosismo, sua coragem inabalável.

O heroísmo aqui citado chama-se sacrifício. É o ato de levantar-se cedo, trabalhar, ser honesto em um mundo repleto de trapaça, continuar humano, aliás, nunca deixar de ser humano, e do mesmo jeito ter ações extraordinárias. Sacrifício de ser de verdade em um mundo de mentiras. O herói, humano na sua essência, era humano também no seu heroísmo.

Enfim, a superioridade dos poderes deu lugar à simplicidade dos afazeres, e o herói finalmente decidiu sê-lo na realidade. O herói, agora um também um patriarca, sabia que a felicidade é como uma plantação, que se semeia na menor dos grãos e se colhe na maior das árvores. Esse foi o seu alimento, a fé dos que acreditam que o bem resolve os problemas.

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