Lágrimas

Foto de carlosmustang

FORNALHA

Quando estou triste
Faço meu próprio Carnaval
Deus me abençoou por ser normal
Sem beber, praguejar, ser inocente

Guardar minha raiva e ser contente
Onde esta minha porcaria de auto estima
Cade minha gata perfeita?
O choro correra junto as lágrimas minha

Não me arraste,preciso amar mais um pouco
Necessito deixar um rasto espesso
Pra quando lembrar, ser chorado

Quando a criatura subjugada
Mal amada submissa ao criador
Sem pecar ao reclamar ao formador

Foto de poetisando

Correm lágrimas

Correm lágrimas pelo meu rosto
Sai do meu peito um grito de dor
Observando um sol-posto
Nem ele me quer dar calor
Fecho os olhos e sonho
Na ternura do teu olhar
Dos mimos da tua boca
Da tua maneira de beijar
Procuro nos sonhos os teus braços
Por entre uma multidão
Vejo um pedinte em pedaços
Também ele fugindo da solidão
Com a alma destroçada
Gritando para a multidão
Tentando que o ajudem
Para ele sair da solidão

De: António Candeias

Foto de poetisando

Não tenho para onde ir

Está a chegar a noite
Eu sem vontade de sair
Estou sozinho a ficar
Sem ter para onde ir
Queria ter uma resposta
O porque deste meu sentir
A vida pouco me importa
Não tenho para onde ir
Amigos eu não os tenho
Com um grande sorriso
Não vêem que estou a fingir
Estou a sentir-me sozinho
Sem ter mais para onde ir
Dos meus olhos correm lágrimas
Que não consigo mais reter
Não tenho mais para onde ir
É assim este meu viver
E quando a noite chegar
Deixo de ter vontade de sair
Ficarei com a minha solidão
Não tenho mais para onde ir

De: António Candeias

Foto de Carmen Vervloet

Natal... Tempo de Amor

O natal entrou nos meus olhos de criança
dourado de sol como bolha de sabão
e se perpetuou nas minhas singelas lembranças
num pisca-pisca de luzes de imenso amor em ação

Imaginava que no berçário de um mundo conturbado,
nascendo Jesus do ventre da Virgem Maria,
jamais fosse ver tantos braços cruzados
diante da dor, da fome e da agonia.

Mas outra, hoje, é a realidade do mundo,
a terra é infecunda e não renasce, do amor, a semente
e entre lágrimas e suspiros profundos
vejo a decepção, a revolta e o sofrimento de tanta gente.

Papai Noel um velhinho simpático, mas cruel,
usado pelo selvagem regime capitalista
para poucos é só bondade, sorrisos e mel
mas a grande maioria é excluída da sua seleta lista.

Onde está o perfume do amor que exala das almas?
Onde estão os ensinamentos que nos trouxe o Menino?
Mãos estendidas... Vazias as palmas...
Jesus crucificado pelo egoísmo e seus desatinos.

Foto de Carmen Lúcia

Tempo de Natal...

Os sinos bradam alegremente...
Anunciam um suposto novo tempo,
tentam arquivar no esquecimento
os contratempos que marcaram a vida,
agentes de todo o mal...

Querem incutir o bem
num esforço supremo de alegrar alguém,
como se a dor instalada no peito
pela saudade que nada dá jeito
se esvaísse com as badaladas,
ressuscitando pessoas amadas
ceifadas do âmago de nosso contexto.

Estrelas se põem à mostra
acendendo um céu
que de marinho se borda.
O mesmo céu onde a lua aporta
inundando os lugares de prata angelical
de um mundo manchado de vermelho,
molhado de lágrimas, desolado, aviltado
em contraste com a suavidade da noite
inocente, a ofertar a paz celestial.

Tempo de Natal...

Árvores são enfeitadas com aparato,
luzes coloridas faíscam com recato,
exterioridades expõem beleza e luminosidade
que não alcançam os interiores escuros,
não abrangem o significado da data
nem apontam o caminho da simplicidade
onde o amor transita com humildade.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

Oração(conversa com Jesus)

Senhor, meu Senhor de todos os dias...
Senhor dos momentos que me angustiam,
pois estando feliz esqueço-me de Ti...
Apenas agradeço apressadamente,
palavras ditas automaticamente,
pelas alegrias que me dás como presente
sem me lembrar quão profundo é teu amor por mim...
E por muito me amar me queres feliz!
Ingrata que sou, largo Tua mão e ando por aí
e só quando caio, retorno a Ti...
E novamente Tua mão me estendes...
Dez, mil, um milhão de vezes,
e me amparas...me dá Teu colo,
me ouves serenamente, sopras meu pranto,
me envolves num grande abraço com Teu manto...

Hoje, Senhor, prostro-me a teus pés...
Deito-me ao chão em forma de cruz
e deixo meu pranto rolar...
Não vim pedir, mas implorar
a Tua luz, o Teu perdão, a Tua proteção...
Lavo tuas chagas com minhas lágrimas,
as mesmas que secaste quando caí,
as mesmas que derramei ao me aproximar de Ti,
ao me levantar e olhar em Teus olhos
que me olharam profundamente
e me falaram docemente
palavras que nunca escutei
sobre as dores que passei,
sobre o pranto que engoli...
ao relembrar que morreste por mim.

Perdoa-me, Senhor, por não ter merecido
as graças que me destes, confiando em mim...
Livrando-me do mal, levando-me a Ti...
Em gesto de humildade, deito-me ao chão
e diante de Ti deixo falar meu coração.

_Carmen Lúcia_

Foto de poetisando

Meu amor

Meu amor quando precisares do meu colo
Ele será sempre só teu meu amor
Quando tiveres o coração sofrendo
Eu estarei sempre ao teu lado
Quando a tua boca precisar de ser beijada
A minha boca deseja a tua
Quando estiveres sem forças
Eu estou ao teu lado para te amparar
Quando te sentires perdida
Eu te irei encontrar
Quando estiveres com vontade de chorar
Eu não deixarei que as tuas lágrimas
Aflorem aos teus olhos
Quando não tiveres força para caminhar
Eu pegarei em ti ao colo e te levarei
Quando a tua alma estiver triste
Eu a farei ficar alegre e feliz
O que sinto por ti é um amor sincero
Que nem a nossa distância o destrói
Não penses que por os meus olhos não te verem
Que o meu coração não sente
Sente mesmo um amor muito forte por ti meu amor
Conheci-te por acaso mas amo-te
Como se te conhecesse a longa data
Amo-te como se te conhecesse em real amor

De: António Candeias

Foto de Carmen Lúcia

Espectro de mim

Não espere de mim compaixão...
Há muito congelei a emoção,
sem razão de ser, calei os sentimentos
que secaram junto às minhas lágrimas,
sem luz, sem sol, sob o confronto das mágoas.

Não espere sinal de alegria...
Batizou-me a tristeza, um dia,
na água impura, drenada da lama
moldando meu ser que ajuda reclama
em silêncio, em segredo, sem mudar o enredo.

Não espere a contradição, voltar atrás...
As decisões fizeram-me incapaz.
Jamais ando na contramão do tempo,
não há como mudar a trajetória do vento.
Fatos sacramentados são fatos consumados.

Siga em frente, não espere,
nada há que se altere...
A sombra que umidifica me persegue,
gera musgos, ardilosas correntes
a prender nossos pés em prisão permanente.

Não espere reações impossíveis,
nem das vozes da alma, impassíveis,
um grito de arrependimento, uma nesga de amor...
Sou aquela que se fragilizou
e de encontro à parede, acuada,
não ousou, não lutou, não fez nada.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

O planeta chora

O planeta chora
Lágrimas de aço
Que caem sobre os rios
Formando um ciclo plúmbeo, sarcástico,
De dor e de ácido,
Subindo para as nuvens de plástico,
Poluição, fumaça, desgraça...
Num vaivém que nunca passa.

A terra seca se racha,
O que beber nunca acha...
Cicio de cigarras...
Tempo quente, o sol abrasa...
Novas enchentes vêm de repente,
Corpos emergem, cidades imergem,
As camadas de ozônio sequer protegem.

O mar se revolta, sem volta...
E ondas cinzentas, pusilânimes,
Transformam-se em tsunamis...
El Niño (Jesus Menino) roga por preservação,
Mas a ambição, a autodestruição,
Mantém o seu ritmo, num sádico delírio,
Desequilíbrio letal, desequilíbrio mental...

E o planeta chora o triste abandono;
É a lei do retorno...
Almas enlatadas antecipam o final.

_Carmen Lúcia_

Foto de Maria silvania dos santos

Anonimato da saudade

Anonimato da saudade

_ ( P...R )Quando criança, no anonimato da saudade por anos eu vivi, muitas vezes pensando em você eu consegui sorri, muitas vezes claro que um sorriso banhado de lágrimas pois eu não poderia viver o meu próprio eu, eu não poderia andar com minhas próprias pernas para chegar ate você...
Lembrei que em seus braços muitas vezes eu me atirei...
Neste momento a saudade invadia meu coração e eu viajava ao universo da vida a sua procura.
Eu tinha certeza que um dia pelo cantos, pelas percorrida da vida eu iria te encontrar, que eu iria poder te abraçar nos teus olhos olhar, sentir o poder dos sentimentos que por anos em minhas veias percorreu, sentir que valeu a pena carregar em meu peito a saudade daquela criança serena...
Sempre senti vontade de como dois amigos infinito de infância nós conversarmos....
As vezes a solidão invadia meu coração, não sei porque, não sei qual a razão mas as suas lembranças confortava meu coração...
Eu jamais imaginava que o meu mágico sentimento iria transforma em amarga ilusão...
Que o meu coração iria enganar eu não iria poder te abraçar...
Que os meus sentimentos você iria desprezar...

Autora; Maria silvania dos santos
silvania1974@oi.com.br

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