Lágrimas

Foto de Bernardo Almeida

Aventura idílica

Em tuas mãos, páginas de idéias tumultuosas
Enquanto miravas as palavras, eu te olhava
Despertaste em mim um enlevo convidativo
Reforçado pela translúcida vestimenta que desenhava
E demonstrava claramente aquilo que supostamente escondias

Acelerado, meus batimentos tornaram-se assassinos camuflados e furiosos
Queriam matar-me ali, não sei se de ciúme ou paixão
Mas as tuas coxas suscitavam um triunfante desejo excessivamente carnal
Pareciam viver para ofertar o prazer mais digno, freqüente e gratuito do mundo

Enquanto eu insistia em disfarçar que não te atacava
Perplexo e aturdido por intenções calorosamente mudas e nuas
Escreveste com teu sorriso o chamado de que precisava

Descobrimos por dias e noites que éramos amantes ferozes
Lembro-me dos seus seios rígidos, intumescidos da base ao ápice
E dos murmúrios sublimes, dos enlaces de pernas e das pálpebras cerradas
Quando os meus suspiros atingiam a parte traseira da sua orelha
E tocava todo o seu corpo com uma parte do meu

Sabíamos: o que é bom não precisa durar pouco
E mantivemo-nos em contatos, em extratos e substratos
Constantemente conectados
Até que as lágrimas da rotina nos separasse...

Foto de M.Veríssimo

…Fim…

Vejo-te a olhar para mim
olhos amargos, secos, frios,
apercebo-me que chegámos ao fim
do vale onde desembocam os rios,
que são as nossa vidas unidas
amantes de lágrimas fingidas,
mentimos, enganamos e rimos
no desengano dos erros…e assim
teimosamente em frente seguimos
eu a olhar para ti, tu a olhares para mim…

Foto de babygirl

Soneto dos momentos Perdidos

Como se em uma respiração foste embora
Impossível tornar-se eterno o ardor
Ó vida de um minuto arrasta agora a dor
Como levou – me a felicidade outrora

Caminhando algum dia em sua serenidade...
Inaceitável talvez vivê-lo intensamente
Mágoa toca meu céu plenamente
Como nunca sentido o pesar da saudade

Lágrimas formando o dilúvio
Vida fracionada em pequenos cacos
Perdidos quando se veio o descuido

Sempre presente na vida, única vez na morte,
Triste és como a bruma nas manhãs
Amor maldito abandonado à própria sorte.

Foto de fer.car

NESTA ALMA HABITA MUITO MAIS...

Nesta alma habita a vida, a vontade de ser, de criar
Sou muito mais que um mero corpo à procura de algo
Sou vida em ebulição, sorriso solto e lágrimas que vertem em meu rosto
Sinto tudo e mais um pouco, sinto a paz e outrora a dor
Sou feita de amor, parte ódio
Sou movida à saudades, e ausência
Quem sabe seja fruto de um amor mal curado
Amor doentio, amor meu
Que me suga a energia, e outrora me dá força
Amor de uma ou quem sabe muitas vidas
Sou luta, esperança de que amanhã dias melhores virão
Que a marca de uma falta sentida seja esquecida
A harmonia de dias, a lágrima seca, e o olhar brilhando
Nesta alma habita muito mais que um coração
Habita a vontade de ajudar o próximo, de erguer-se sozinha das cinzas
A fé de que não estamos na Vida em vão
E que há muito mais além da própria vida
Da própria existência...
Que eu seja parte sua e vc parte minha
E este amor seja o relato de uma grande história
Que jamais se acaba...

AUTORIA: FERNANDA CARNEIRO
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS

Foto de InSaNnA

DeLíRioS

Nossos corpos em comunhão
balançam sobre desejos
socorrendo urgências,
disfarçadas de beijos
Na sinfonia dos gemidos,
descem pelas encostas,
lágrimas de amores
misturando-se em suores pudores..
A cor escarlate das peles
exalam odores de
frutos proibidos..
Minha lingua quente
brinca no teu ventre
uma alegria pervertida,
em diabruras de menina
O teu corpo responde,
abrindo em delírios
contraído,teso e ardente
que quase me faz perder
todos os meus sentidos
com a minha alma em maresia
embriago-me ,louca !
na beberagem da tua lascívia

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Beijos e bom final de semana..
Juízo!..rs

Foto de M.Veríssimo

Velho Marinheiro

Fui sombra, velho marinheiro
velejando pelas terras
do mundo, completamente extasiado.
Lágrimas suor e sangue, retornaram
em mais lágrimas suor e sangue,
busquei o sonho nas ondas do mar,
quebrei-as com o casco de meu navio
fui arrogante na força, forte
no espírito.
Mil e uma guerras, lutei,
exausto derrubei meus muros,
meus grilhões, todas as minhas prisões e segui,
segui o vento, as aves e o mar,
companheiros solitários
nesta viagem eterna.
E hoje junto aos meus companheiros
de viagem e credo, os meus ossos
descansam alvos, coral ósseo
no fundo do mar, de orbitas
vazias contemplando
o meu reino.

Foto de M.Veríssimo

Lágrimas

Vejo-me em teus olhos como grandes gotas,
escorrendo-te pela face num triste bailado...
exaurido de forças e extremamente cansado
acaricio-te lentamente em lágrimas soltas...

Acompanho-te desde sempre, sem que o saibas,
nessa doce tristeza...nesse triste chorar,
saio de teus olhos para a tua boca beijar,
mau grado o meu, com a língua me esmagas...

O sal de meu corpo, em delicias de sabor
derrete em tua boca, não resistindo ao calor
deste meu caminhar em teu sofrer.

E embora me doa, não sinto a dor...
pois alegra-me esta forma de morrer...
por esse beijo fugaz de prazer...!

Foto de M.Veríssimo

Escrevo Poemas

Escrevo poemas
de dor, amarga,
palpitante, profunda,
para permanecer
alerta, atento e avisado,
de que a paixão confunde
e o amor baralha, de que
o que temos hoje
são consequências do passado.

Escrevo poemas
de paixão, violentos,
duros, intransigentes
para que te sintam
como eu te sinto...
para que te lembrem
como eu te lembro,
dor, sorrisos e lágrimas
que não quero esquecer.

Escrevo poemas
de amor, caducos,
velhos e bolorentos,
para que fiques
gravada na memória
das palavras, que escrevi...
para que fiques
eterna, enquanto durar
o verbo.

Escrevo poemas
de felicidade e contentamento,
para que no fim,
a verdade transpareça
e que apesar de tudo,
aquilo que para mim
faz sentido, sejas
sempre
tu...!

Foto de Vera Silva

Mendiga

Quando a noite cai sobre mim
Deito-me envolvida pela escuridão,
Tapada com o manto das estrelas,
Contemplando a lua com emoção.

No meu rosto, o véu da melancolia,
Com lágrimas que correm perdidas…
Sou apenas mais um número,
Estatística de pessoas esquecidas.

Quem passa, finge que não me vê,
Sou vagabunda transparente…
Se tenho fome ou sinto frio,
A todos é indiferente.

Sem roupa decente para vestir,
E mais parecendo um espantalho,
Ninguém me abre uma porta,
Como vou eu arranjar trabalho?

De dia ando pelas ruas,
Pedindo, com um pouco de esperança,
Sendo animada por vezes
Pelo sorriso de uma criança.

Já um dia fui feliz
E passei pelos outros sem os ver.
Mal sabia eu que me esperava
Ficar na rua, tudo perder...

Foto de Karine K.

Herméticos

O corpo aprisiona os resquícios do pó vespertino
grãos incertos que se vão no vento
e nos cometem fazer parte
em forma de carne

que adoece, deseja, enseja no palco inundado no dilúvio
então, quer de volta suas asas que lhe foram quebradas na descida
ardida

Vaidosas borboletas que choram no espelho
vendo a metamorfose formar seus braços de carne seca
suicídio,
morte,
e sangue de lágrimas

Olhando para si...
olhando para si...
o mundo quase toca
as coisas quase ferem
e quase estamos imunes.

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