Lamúria

Foto de betimartins

Nas cordas do tempo.

Nas cordas do tempo.

O tempo está apressado, sem ter mais tempo
Ele está de aborrecido com a falta de amor
Com a nossa falta de tempo para o tempo
Nem mesmo para nós mesmos, egoístas...

E neste egoísmo esquecemos-nos do silêncio
De escutar o silêncio que o tempo nos oferece
Este silêncio que abrasa, embala a nossa alma
Entre o tempo, o silêncio e o Nosso Pai...

Esta desunião apenas afina as cordas do tempo
Que acelera cada dia mais em desencontro da união
E os eixos se movem e transformam a nossa terra
E os povos estão incapazes de ter tempo para entender...

Não tem mais tempo para orar, para escutar, ajudar
Nem mesmo mais tempo para preservar e mudar
Sequer para criar nossos filhos no amor e os orientar
E o tempo dos meus pais foi perdido em vão, abandono...

E o tempo está zangado, sem tempo para escutar
Tanta lamúria, tanta barbaridade, tanto desamor
Tanta morte, corrupção, abandono, guerra e desespero
Porque o tempo apenas corre nos ponteiros do relógio...

E o tempo trás consigo a negra noite com a sua lua
Com ele os seus fantasmas da inquietude da alma
Para alegrar ele traz o dia com seu sol majestoso
Apenas para te alertar do renascimento da alma...

E o tempo chora como ele chora lágrimas de sangue
Ele abraça o silêncio, juntos eles choram e choram
E o tempo e o silêncio juntos abraçam Deus e choram
E como eles choram! E o tempo vai correndo sem parar...

betimartins

Foto de Carmen Lúcia

Pátria amada!

Quisera eu trancar a voz ...Silenciar!
Não ter no sangue o arrojo... e me calar...
Acovardar-me às injustiças que poluem o ar,
desencantando a vida, erradicando o verbo amar.
Mas me ficou de herança esse impulso que aflora
de rebelar, ter esperança, a toda hora...Agora!
Reativando o brado que um dia foi bradado
e no entanto jaz em terra que ainda chora.

Grito incontido, potente alarido,
lamúria triste de um povo sofrido...
Sem encontrar um eco e nada transformar...
E a lei do mais forte é a que se faz vingar...
Lágrima furtiva que rola condoída
como a pedir desculpa à pátria tão querida,
que em berço esplêndido privou de se deitar...
Tão linda e altaneira...injuriada e ultrajada,
onde o cantar do sabiá é um pátrio lamento
e as verdes palmeiras se curvam à voz do vento...

O que fazer senão extravasar o peito
e arrancar palavras que livres circulem
(já que o livre arbítrio é poder aceito...)
em versos e poemas, mágoas que se difundem
bradando a honestidade em gesto varonil,
país de liberdade de um povo servil!

(Carmen Lúcia)

Carmen Lúcia Carvalho de Souza
27/08/2008

Foto de Carmen Lúcia

Pátria amada!

Ah...Quisera eu trancar a voz ...Silenciar!
Não ter no sangue o arrojo... e me calar...
Acovardar-me às injustiças que poluem o ar,
desencantando a vida, desativando o verbo amar.
Mas me ficou de herança esse impulso que aflora
de rebelar, ter esperança, a toda hora...Agora!
Reativando o brado que um dia foi bradado
e no entanto jaz em terra que ainda chora.

Grito incontido, potente qual alarido,
lamúria triste de um povo sofrido...
Sem encontrar um eco e nada transformar...
E a lei do mais forte é a que se faz vingar...
Lágrima furtiva que rola condoída
como a pedir desculpa à pátria tão querida,
que em berço esplêndido privou de se deitar...
Tão linda e altaneira...injuriada e ultrajada,
onde o cantar do sabiá é um pátrio lamento
e as verdes palmeiras se curvam à voz do vento...

O que fazer senão extravasar o peito
e arrancar palavras que livres circulem
(já que o livre-arbítrio é poder aceito...)
em versos e poemas, mágoas que se difundem
bradando a honestidade em gesto varonil,
país de liberdade de um povo servil!

(Carmen Lúcia)

Foto de psicomelissa

MEU DOCE MENINO PARTE II

MEU HOMENZINHO, QUE NÃO É MAIS UM MENINO

Meu menino, lindo
Que foi me consumindo
E aos poucos me deixando tinindo
Sua sensibilidade me deu coragem
Pra humanidade enfrentar
E a todos proclamar
Que é a você que vou amar
Pois aparecestes na minha vida
De uma forma indefinida
Deixando de ser vazia pra ser preenchida
Por sua visita.

A D. lua é testemunha
Que não existe mais lamúria
Só há então
Um desejo por ti
Meu meninão
Que fez no meu coração
Uma canção ...

Onde o amor e o desejo
Estiveram com medo
E hoje floresceram
Pra que todos entendam
Que nada temo

Afinal o que desejo
Não há mal e não é anormal
Só não somos formal
Por isso não se torna natural
Algo que não é banal
Como o nosso amor carnal

Que vai sucumbindo
E de mansinho
Parece um menininho
Que hoje já é bem crescidinho
E ama uma mulher
Tratando dela como sendo
Uma dama

Esta nobre dama
Teme esta chama
Que brota no seu peito
E inflama
Numa dor tamanha
Que só sendo uma dama
Pode ter o efeito
Onde não se vê defeito
No seu homem perfeito

Esta nobre donzela
Hoje não tão bela
Porque nela existe a amarga lembrança
Que uma criança
Deixaste ...
Afinal não fora tratada
Como uma nobre donzela tivera um dia à esperança

Hoje tudo se tornou perfeito
Pois em seu peito já não existe conserto
Tendo ele como prefeito
Um jovem e audacioso
A dor não existe senão
Na vida do anão
Que hoje não tem pão

Foto de Stacarca

Oração

Oração

I

Aos desgraçados

Bênção a ti, ó belo tenebroso
De vivacidade falaz que afaga,
Bênção a tu, co'a bela jornada
Que cose até ao pior leproso.

Glória à tua formosura sombria,
Magnífica construção ao já visto
Da quimera co'a c'roa de cristo?
E a fé? E o crente? Tão havia?

Ó que alvura negra, de horrores
Belos à podridão da raça humana?
Louvo ainda a desgraça de amores.
- Ah Deus, porque ninguém me ama?

Pobre meu coração d'alta comédia,
Sangra pr'o amor e a morte atenta.
Minh'alma jura sobre a tragédia.
- Vos hei de sair dor que 'rebenta.

C'um obséquio subtil que não finda,
Quão fedida é a falta d'le. - Mata!
Pois o poeta já sofreu, quanto 'inda?
Que falais, fale, ó, grita. - Escarra!

Peço-te também a lamúria reclinada,
E as flóreas à brilhar a cova além,
Abençoeis ao mundo a triste finada,
Hoje e sempre nas dores. - Amém!

Foto de Mor

ENCONTREI A MINHA MÃE

ENCONTREI A MINHA MÃE

Mário Osny Rosa

Foi no dias das mães
Nem imaginar podia.
Encontrei a minha mãe
Que fosse naquele dia.

Depois de tanta procura
Sofrer toda a lamúria.
Aquela imagem tão pura
Seria aquela ternura.

Furo de reportagem
Uma grande mensagem.
A meus amigos contei
Minha mãe há encontrei.

São José/SC, 15 de maio de 2.006.
morja@intergate.com.br
www.mario.poetasadvogados.com.br

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