Leito

Foto de Maria Goreti

Recordações

Recordo grandes momentos...
Saudades do meu grande amor!
Olhando disse-me assim:
“Vem, vem correndo pra mim.

Vamos bailar abraçados
Pelo salão, radiantes!
Os nossos rostos colados,
Formando um par constante!

Nossas vidas hão de trilhar,
Juntas, os mesmos caminhos.
Se aceitares me amar,
Far-te-ei ouvir sininhos.”

Atirei-me em seus braços,
Fitando-o por algum tempo.
Rodopiamos no salão.
Soltos como plumas ao vento!

Em nosso leito de amor,
Soltamos nossos dragões.
As labaredas de fogo
Subiam os paredões.

Navegamos nos sonhos até onde
Nossa imaginação alcançou...
Assim foram todas as noites
Até que ele me deixou...

Sozinha, aqui, hoje eu estou.
Recordando meu belo rapaz.
Lembrando dos velhos tempos,
Tempos que não voltam mais.

Agora que vejo em meu rosto,
As marcas que o tempo deixou,
Aguardo que Deus me leve
Ao encontro do meu grande amor.

©Maria Goreti rocha
Vila Velha/ES - 03/02/06
Todos os Direitos Reservados

Foto de Senhora Morrison

Oh! Gente amiga

Terás o dia
Oh! Gente amiga
Que do peito escorrerás
O pretume pertinente
De travadas batalhas
E corações doentes
De olhares incisivos
A um só umbigo (o próprio)

Musculaturas tensas
E línguas afiadas
Agridem almas
Mesmo que armadas

Chegarás o dia
Oh! Gente amiga
Em que a neblina do egoísmo
Exalada de nossos poros
Encobrirá todos os olhares
Endividando os dignos
Com tanta soberba
Que tomaram isso como benefício

Retornarás ao dia
Oh! Gente amiga
Inconscientemente a memória infante
Abaixo da sombra dos errantes
Onde de constante a derradeiro
Foram o teu e o sorriso alheio
Num todo verdejante, colorido.
Perguntarás enfim:
_ Como terás se extinguido?

Refletirás o dia
Oh! Gente amiga
Todo infortúnio e fúteis bravezas
De se por a vaidade
Do que a gentileza
Por um instante em seu leito
Perceberás
Que de com ferro as flores
E a tantos amores
A ferida estagna ao peito

Reconhecerás um dia?
Oh! Gente amiga
Que o sofrimento a ti pertence
Em ter sido tão pertinente
Virando as costas à divindade
De uma vida sem maldade
Em troca de satisfações temporárias
Em corridas contrárias
Devastando a si e a teu redor
Deixando tudo cada vez pior
Esquecendo-se do fato nocivo
Que para morrer basta estar vivo

Renegarás os dias
Oh! Gente amiga
Que os fantasmas de sua condolência
Nutridos com tanta veemência
Submeterá-lhes ao condigno penar
De para trás não poder voltar
Bestificado então com a demência antes honrada
Depara-se com a realidade macabra
De ter contribuído ao fim
De um mundo deixado não só a mim

Senhora Morrison
09/04/2007

Foto de Carmen Lúcia

Bate,coração!

Coração,és quem ditas as regras do meu viver,
Transgrides as que governam o meu saber,
Porque sabes bem o que há dentro de mim
E tuas leis são as que eu quero cumprir
E me perder, talvez, no emaranhado do prazer.

A razão diz não!Tento evitar, mas te ouço baixinho...
-Vai...segue por outro caminho,foge do teu destino!
Persegue o que estás sentindo...Vive a emoção!
Intensamente, literalmente...Esquece a razão!

Então sigo desafiando a vida...
Ousando,amando,sorrindo,sonhando,
Às vezes me lamentando,tropeçando,me arrebentando,
Em outras me extasiando,me saciando,me vangloriando
Ou me ressarcindo de um bem que perdi.

Se eu me amedrontar,bate mais forte,
Só pra lembrar que tu comandas minha sorte,
Que imperas ante a razão,multiplicando emoção,
Que acende a vida,faz esquecer a morte.

Bate,coração,freneticamente em meu peito,
Faze- te ouvir quando eu pensar que já não há mais jeito...
Arranca-me do leito,se porventura eu me abater,
Devolve-me a ânsia e a vontade de viver!
Me abriga,faze-me apaixonar de novo pela vida...
Não esmoreças nunca...Bate,coração!!!

_Carmen Lúcia_

Foto de Fernanda Queiroz

Oi Mãe

Que bom dizer teu nome
Mesmo que não possa me ouvir
Que bom contornar os dedos pela tua face
Mesmo que você não possa sentir
Que bom percorrer teu álbum de foto
Maior herança de tua presença
Que bom poder te amar tanto
Sabendo que mesmo distante ira sentir

Um dia Deus determinou
Que eu iria existir
E deste amor intenso que brotou
E na semente fecundou
Em momentos de profundo amor
Vencendo a maior corrida da vida
Para tua alegria infinita
Em teu útero me alojei

Neste pequeno habitat
Que por tempos passei
Conheci tuas ânsias
Ou profundo mal estar
Que mesmo querendo evitar
A natureza ou a sábia ciência
Sempre soube explicar
E em teu ventre, gerei

Ouvia tua voz baixinha
Acompanhava teu caminhar
Que depressa ou lento
Levava-me a embalar
Tuas canções de ninar
Sempre a me acariciar
Onde teu toque singelo
Ensinou-me a te amar.

Mas os melhores momentos
Foi te acompanhar a bordar
Sentadas nós duas no lago
No enxoval a trabalhar
Com os teus pés a banhar
Onde teus pensamentos
Era parte do momento
Aguardando meu chegar

E em uma noite de verão
Onde o frio estarreceu
Trazendo sinais de vida
Mas de morte também
Onde meu primeiro choro
Foi acompanhado em coro
E depositando-me em teu leito
Silenciou teu coração no peito

Hoje sei de tua dor
Que é minha também
Queria me ter em teus braços
Apenas por um momento
Fecundando teu anseio
Ofertando-me teu seio
Como se amamentar
Fosse protocolo de amar

Mas Mamãe!
Você me passou tudo isto
Quando me alojou em teu ventre
Pude ouvir teu coração
E este amor infinito
Chegou que nem um grito
Que me deixou de herança
Que sempre será mais que lembrança.

Mãe!
Muitos versos existem
Muitos poetas escrevem
Tentando te completar
Falam de você em três letras
Comparam-te tamanho do céu
Ou um pouco menor que Deus
Só te digo Mãe querida
Meu coração sempre será teu.

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de THOMASOBNETO

Sentimentos da Alma

Sentimentos

Voa pensamento voa!
Deslize pelas sendas dos bosques,
Buscas em um leito solitário...
Uma alma jaz mortificada, em sonhos!

Olhos que se escondem, turbilhões de lágrimas.
Choradas ao frio vento, soluços e sofrimentos!
Momentos que são lenços de despedidas mal acenados...
Fazem rotas indecisas, farrapos de coração apaixonado!

Braços que se alongam em buscas, do nada.
Bocas que beijam o vazio desta vaga existência...
Atributos de loucura a uma frágil alma desiludida!

Alfombras de rosas que não desabrocham,
Luas que não desejam sol, ou noites de estrelas!
Vida que se apagou como uma chama, no candeeiro!

THOMAZ BARONE NETO.

Foto de aninha wagner

A Última Gota

A Última Gota

Livre
Serena
Em meu leito tranquilo
Ao brilho
Estremecido dos segundos
Sigo, mesmo a esmo
Em meu destino
As lembranças
Amareladas
Esmaecendo
E uma estrada
Por onde ninguém
Além de mim (além de nós)
Passará.
Que se há de fazer
Com a vida
Senão vivê-la
Até a última gota?

Ana Wagner

Foto de Max Seridó

Iluminada

Quisera eu estar contigo
Viver tão desvairados delírios,
Estar além da terra, céu e mar
Deleitar-me nas delícias
Desse teu intenso e envolvente amor,
Tanto que parece querer-me
Como duas criaturas juntas numa só
E perdidas nessa paixão sem limites
Feito as nuvens no seu doce e suave vagar,
Sem destino pelo firmamento sem fim
Poder saborear-te com todo o meu desejo,
Todas as minhas forças,
Todo o meu amor, louco amor
Passar minhas mãos pelas tuas
Para serem apertadas como quem sofre
Mas não de dor, sofre de paixão,
Esse sentimento possessivo, cruel,
Maldoso, impiedoso, tirano,
E ainda assim conquistador
Paixão que se arraigou
Em minha mente, vísceras,
Dominou todo o meu ser,
Paixão desvairada,
Irresistível prazer !
Olho os teus olhos,
Vejo-os tão pesados,
Sua face como a de quem
Passa por enorme cansaço, exaustão,
Tua respiração continuamente ofegante
E tua boca parece querer falar-me e fala,
Não são palavras
Mas vozes da brisa que soa leve
Em meus ouvidos e minh’alma,
Eregindo meus pêlos,
Excitando meus nervos,
Despertando minha firmeza carnal,
Fico teso,
Então entro, me adentro,
Me aprofundo, me arrebento,
Não lamento, desalento
Que tormento
Entre ser você e estar a te imaginar
No tédio ocioso e perturbador da solidão
Ouço o vento, fico atento,
Me recordo, me contento
De nosso delicioso momento,
Ai que prazeroso sofrimento
Imaginar tua pele com a minha,
Tua boca com a minha
E tuas pernas alvoroçadas
Me abraçando, me apertando,
Querendo me engolir, devorar,
Estão famintas, sedentas
De amor pra dar
Em nosso leito, que deito, me deleito
Em teu peito e gozo
Satisfeito, contente,
Feito azul do céu resplandescente
Com a luz do sol nascente,
Assim é entre eu e você
Paixão que acende,
Amor que não pode se apagar

Foto de Lou Poulit

Heresia

Tingidos de cio gritam
nos vazios do leito santo,
profanos, silenciados versos meus,
desmaiados, ébrios de tanto voltar
desse amor incandescente,
aquarelado por anjos dos céus.

Plenos de luz, penitentes,
deserdados versos nos escuros
do meu gozo sempre iminente,
vertente, transpassando muros,
excomungados da própria crença
precisam muito se confessar...

Precisam se armar de perdão!...
Mas quem os levaria ao próprio deserto?
Quem ousaria lhes desarmar?
Quem chegaria tão perto
e aceitaria o tanger dos gestos
e recolheria seus restos?...

Quem ungiria seu corpo, antes,
seguindo pegadas quentes, depois,
legadas ao passado por indulto?
Quem lhe perdoaria a poesia
e lhe exultaria a pura heresia
de ser uma criança... e um adulto?

(Parceria Lou Poulit e Norma Martins)

Foto de Coyotte Ribeiro

"Amor Sincero

Há muito tempo atrás, um casal de velhinhos que não tinham filhos morava em uma casinha humilde de madeira, tinham uma vida muito tranqüila, alegre, a qual ambos se amavam muito, eram felizes.
Até que um dia aconteceu um acidente com a senhora.
Ela estava trabalhando em sua casa quando começa a pegar fogo na cozinha e as chamas atingem todo o seu corpo.
O esposo acorda assustado com os gritos e vai a sua procura, quando a vê coberta pelas chamas imediatamente tenta ajuda-la e o fogo também atinge seus braços e mesmo em chamas consegue
apagar o fogo.
Quando chegaram os bombeiros já não havia mais fogo apenas fumaça e parte da casa toda destruída.
Levaram rapidamente o casal para o hospital mais próximo, onde foram internados em estado grave.
Após algum tempo aquele senhor menos atingido pelo fogo saiu da UTI e foi ao encontro de sua amada.
Ainda em seu leito a senhora toda queimada, pensava em não viver mais, pois estava toda deformada, as chamas queimaram todo o seu rosto. Chegando ao quarto de sua senhora, logo ela foi falando:
- Tudo bem com você meu amor? Sim respondeu ele, pena que o fogo atingiu os meus olhos e eu não posso mais enxergar, mas fique tranqüila amor que a sua beleza esta gravada em meu coração
para sempre.
Então triste pelo esposo, disse-lhe:
- Deus vendo tudo o que aconteceu meu marido, tirou-lhe as vista para que não se presencia esta deformidade em que eu fiquei.
As chamas queimaram todo o meu rosto e estou parecendo um monstro.
Passando algum tempo recuperados, voltaram para casa onde ela fazia tudo para seu querido esposo e ele todos os dias dizia-lhes, como eu te amo!
E assim viveram 20 anos até que a No dia de seu enterro quando todos se despediam então veio aquele senhor sem seus óculos escuro e com sua bengala nas mãos, chegou perto do caixão, beijando-o rosto e acariciando sua amada disse em um tom apaixonante:
- "Como você é linda meu amor eu te amo muito".
Ouvindo e vendo aquela cena, um amigo que estava ao lado perguntou se o que tinha acontecido era um milagre, e olhando nos olhos dele o velhinho apenas falou:
- "Nunca estive cego, apenas fingia, pois quando há vi toda queimada sabia que seria duro para ela continuar
Foram vinte anos vivendo ambos muito felizes e apaixonados!!”

"Por MJPA "

El Estraño....Coyotte

Foto de Broken Wings of Butterfly

Pulsos Sangrentos

Eu quero matar-me...
Por não saber mais como viver.
Eu quero matar-me...
Por fazer um ser tão nobre sofrer.

Quero matar-me,
Enfiar de uma vez uma estaca em meu peito.
Quero matar-me,
E morrer lentamente deitada em meu leito.

Eu quero matar-me...
Pois já não quero te causar mais toda essa dor.
Eu quero matar-me...
Pois sinto falta de teu abraço, de teu calor.

Quero matar-me,
Por fazer lágrimas escorrerem de uma face tão pura.
Quero matar-me,
Por não poder tirar de mim essa maldita armadura.

Eu quero matar-me...
Pois já não sei como agir diante de teu sofrimento
Eu quero matar-me...
Por estar te causando todo esse terrível tormento.

Quero matar-me
Por não poder secar suas lágrimas, seu pranto.
Quero matar-me
Por sempre tentar permanecer encolhida num canto.

Eu quero matar-me...
Pois já não sei mais o que fazer...
Eu quero matar-me...
Pois já te amo e não quero te perder...



By .: † MaLu Dark Butterfly † :.

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