Lenha

Foto de odias pereira

" QUERO TE AMAR GOSTOSO" ...

Eu queria estar contigo agora,
Te aquecer e me aquecer tambem.
Vou pegar o avião e vou embora,
Vou te encontrar, e te aquecer meu bem.
Quero ficar debaixo do teu cobertor,
Pesquisando as curvas do teu corpo lindo.
desvendando os mistérios do amor,
E esse amor gostoso eu já estou sentindo.
Já embarquei pode me esperar,
Meu avião já esta saindo.
Chegando ai, eu quero muito te amar,
De braços abertos eu vou chegar sorrindo...
Tire um bom vinho da adega,
Coloque lenha na lareira.
Vamos fazer um amor bem mega,
Depois de uma boa hidro na banheira.
Quero te amar gostoso, como nunca eu te amei,
Me entregar inteiro para esse corpo teu.
Sentir os prazeres que só você e eu sei,
E me sentir o principe encantado, desse mundo seu...

São José dos Campos SP
Autor Odias Pereira
03/07/2011

Foto de Marilene Anacleto

Doce Amor

Uma palavra não dita
inventa coisas
em nossas cabeças
E nossa mente
falante, falante,
deturpa, critica,
julga e condena
a nós mesmos
ou a alguém
Palavra, palavra,
palavra tem poder
poder de trazer
uma discórdia
uma doença.
Poder de trazer
um mal estar
feito uma azia...
Ai que azedume!!!

Vou falar... Vou dizer.
Falei tudo... Desabafei...
Não era o que pensei.
Foi-se o tormento e a dor
Era amor, doce amor.
Palavra, palavra,
palavra dita,
bendita,
traz a mente de paz
traz afeto capaz
do respiro de alívio
sem julgar mais
sem segurar ais.
Palavra, palavra,
que faz a dança
e se reúne ao canto
dos pássaros
em alegria e harmonia.
É um doce amor,
feito bolo de fubá
com banana,
assado na chapa
do fogão de lenha,
na folha da bananeira.
Ai que doçura...
Ai que saudade!!!

Foto de betimartins

O jovem lenhador e o ancião

O jovem lenhador e o ancião

Durante meses e farto de maus tratos um filho de um lenhador ainda novo, resolveu sair de casa e caminhar pelo mundo fora. Era um rapaz robusto, forte, sempre gentil e educado, apenas com uma muda de roupa, um velho cobertor, um prato de barro, dois talheres, uma panela pequena, e um copo de lata já tão torto que nem se reconhecia.
Tudo isso eram as suas posses, dinheiro ele não tinha, mas pensava que seus dois braços eram fortes e sua vontade de trabalhar era grande também.
Logo ele caminhou por caminhos nunca antes vistos por ele, tudo era completamente novo e até a saudade dos irmãos ficava para trás, apenas lembrava-se de sua mãe cansada e desgastada e sentia compaixão de ter a deixado, respirando fundo desviou os seus pensamentos e seguiu em frente. Sorrindo sempre, ele ia lembrando-se dos bons momentos passados e parecia que estava também se despedindo deles também. Por momentos a dor dos maus tratos do seu pai veio à mente e apertou seu coração, era melhor ter vindo embora que lhe faltar ao respeito.
Tudo que sua vista visualizava era algo que ele nem podia descrever, a paisagem estava mudando, logo estaria perto de uma cidade coisa que ele nunca viu na sua vida apenas numa folha de um jornal velho que achou pelo bosque e que teve que esconder, pois seu pai proibia tudo que fosse livros ou algo ligado a eles, dizia que era coisa do diabo e das tentações.
Passados dias de caminhar, dormir em locais variados, comer o que dava a natureza ele sentia um homem feliz e liberto da escravidão, tudo valia a pena por novos horizontes afinal ele tinha sonhos e o seu maior sonho era aprender a ler. Aquele bocado de jornal sempre o deixava ansioso, que queria dizer todas aquelas letras se ele nem o seu próprio nome saberiam escrever.
Apenas sabia que se chamava João Rodrigues, era o nome do seu avô que morreu muito novo era ele ainda um menino com tuberculose apenas lembrasse-se da tosse compulsiva nada mais.
Ele sabia o que queria e logo chegou à cidade, cheio de esperança, ele procurou trabalho e logo achou numa estalagem que veio mesmo a cair bem, os donos o deixavam dormir nos estábulos dos cavalos. Não era muito pior que sua casa, ele aprendeu a trabalhar com ferro, o velho da estalagem ensinou a tratar dos cavalos, ver e reparar as ferraduras e fazer novas também.
Como ele era educado e gentil depressa aprendeu o novo oficio logo todos gostaram dele até a filha mais nova dos donos da estalagem, logo ele descobriu os encantos do amor, entregando-se aos desejos da luxuria e depois conheceu o ciúme e afagou suas dores em copos de vinho retardado e azedo. Deixou-se afundar por mais de cinco anos, entre bebedeiras, brigas, até seu trato com as pessoas piorou ao ponto de ser despedido.
De novo ele pegou nas suas coisas que eram ainda mais leves, pois perdeu tudo e até a sua dignidade e voltou a caminhar pelo mundo fora.
O ar frio, do inverno gelava suas veias, as poucas vestes pareciam colar em seu corpo magro e maltratado pelo álcool e má nutrição. A sede secava sua boca e a fome era pouca, apenas queria um copo que aquecesse a alma e fizesse esquecer a vida sofrida.
Caminhou por montanhas, pensando na sua vida, nunca parava, aprendeu a comer o que a natureza dava, seja o pouco que para ele, era muito.
Cansado de mais um dia a caminhar, a tarde estava indo embora e ele tinha que arranjar lenha e um lugar abrigado para ficar. Estava no alto de uma grande montanha, não resistiu e sentou-se bem no pico ela, olhando para o horizonte.
Por instantes ele pareceu ver sua família, por instantes ele parecia ter saudades dos maus tratos do seu pai, era tudo tão estranho, parecia que estava sonhando, caiu uma lágrima pelo rosto e chorando ele sabia que tinha perdido tantos anos sem alcançar seu sonho.
Adormeceu ali, quase que poderia cair, bastava ele desequilibrar, sentiu uma mão quente em seu ombro abanando-o suavemente, uma voz doce e segura seria que estava a sonhar.
Depressa abre seus olhos inchados, assustado, olhando-o o homem que ali estava, era estranho, tinha umas vestes estranhas um pano enrolado no seu corpo e que deixando entrar frio. Lentamente saiu do lugar com muita calma para não cair, escuta a voz do homem estranho:
- Vamos para minha caverna que lá estará quentinho e mais confortável.
Acenando com a cabeça se deixa conduzir, mas seu corpo estava cansado, muito cansado e sua alma doente e triste.
Calado apenas observava o velho que estava a sua frente, magro de cabeça rapada, seus olhos grandes e um sorriso amplo. Observou a caverna, ampla, cheia de pedra, tinha uns desenhos estranhos tipo sinais, ele não compreendia era tudo estranho.
O velho ancião leva-lhe um pouco de sopa quente, era uma magra sopa, mas quente confortava a alma e suas energias. Tudo estava no mais repleto silencio apenas se escutava o crepitar da lenha e olhava para suas chamas, logo o sono fazia suas pálpebras fecharem contra a sua vontade.
Entendendo tudo isso o velho ancião ajuda-o a levantar e leva-o para um canto que estava repleto de folhas secas e dá ordem que se deite ali. Já há muito que não se sentia tão bem tratado e adormeceu.
A noite foi estranha, sonhos e sonhos, sonhava com seus pais e irmão sonhava com a vida que teve na estalagem, parecia que tudo estava a flor da pele, assustado ele voltou a sonhar, mas ai viu a sua mãe morta num caixão, acordou a gritar.
O velho ancião tranqüilizou dizendo que era só um pesadelo que estava com muita febre, dando de beber e colocando compressas frias da única camisa que ele tinha ganhado com o seu suor.
Ali ele travou a sua luta entre a vida e morte, sabia-o, ele sentia que era tudo estranho muito estranho, apenas pedia desculpa pelos seus erros, o velho ancião sorria e dizia, teremos tempo para falar de tudo isso com calma, agora vês se dormes e sossegas.
Logo se recuperou, agradecendo ao ancião a sua ajuda, pensando voltar a colocar a caminho para novo rumo.
O velho ancião o chamou e pelo seu nome João, pedindo-lhe que o escutasse por momentos:
- João na vida não existe acasos, não te encontrei por acaso, tu foste enviado por Deus para que fosses preparado, educado e aprendesses o que eu sei. Sei que teu sonho é aprender a ler e vais aprender a ler e escrever, deixar que tu aprendas tudo o que eu aprendi e assim estarei pronto a partir daqui em breve.
João por momentos ficou quieto, pasmo, sem saber que falar que pensar, ele tanto queria aprender, mas que seria que aquele velho poderia ensinar. Olha para o céu furtivamente afinal ele queria saber mais da vida e porque não arriscar afinal ele se importou com ele ali quase morrendo. Pensou será a minha forma de agradecer o que ele fez por mim.
O velho ancião leu seu pensamento e olhando em seus olhos e em voz forma exclama:
- João se for assim por agradecimento parte e vai embora. Apenas te quero aqui por vontade própria, para que possas receber os meus ensinamentos.
De repente algo acontece, parecia um sonho o João teve uma visão, clara como água cristalina, viu a sua mãe, orando ajoelhada nos pés de sua antiga cama, pedindo pelo seu filho, com as lagrimas caindo de seu rosto. Ele viu que era ali que deviria ficar Deus a ouviu e o conduziu até ali o salvando dos pecados mundanos.
Agradeceu ao seu ancião ajoelhando-se e beijando suas mãos com sinal de respeito e amor.
Assim João aprendeu a escrever e rapidamente assimilou todos os conhecimentos do seu amigo ancião. Tornando-se um conhecedor da natureza e aprendendo a ligar-se com seu maior mestre Deus.Aprendendo que agradecer é a maior maravilha do homem terreno.

Foto de betimartins

Na alma da poetisa

Na alma da poetisa

A poetisa é pensamentos soltos,
Repleta dos sonhos na arte do sonhar
Sua alma é amor, amor sofrido
Amor incompreendido, amor vadio...

Em lamentos na sua escrita, ela não para
Nem desiste dos seus sonhos, sonhados
Um dia certamente, eles serão contados
Ao som da lenha arder lentamente, na tua lareira...

Ao olhar do fogo, sua alma arde, agita-se
Em sentimentos renascidos, na dor do seu amor
Revoltos e puros na paixão do seu amor imortal
Imortal ao tempo, a de vastidão, aos séculos e a vida...

Ela entre lágrimas deslizando, escreve no desalento
Sobressaindo as imperfeições da vida, impotente
Deixando nas suas paginas esquecidas e amareladas
O que mais sua alma um dia foi deveras tocada e sentida...

Por vezes se deixa ir além das suas forças
Entre manifestações da sua imposição de vida
Deixando sua alma ir além do real e imaginário
E escreve sorrindo o que mais ela queria ver, um dia...

O que ela queria ver um dia, aqui neste mundo desigual
Que ela tanto ama e os seus irmãos que tanto adora
Ela escreve com afinco as historias de vida, como uma nação
Que bem reinada será imortal, jamais esquecida...

Na escola, na arte dos artistas que sabem declamar
Na coroa de flores depositada em sua lápide fria
Ela jamais descobre que um dia ela foi tão elogiada
Nem mesmo saberá que foram seus versos declamados...

Mas como sua alma é imortal ao tempo e a vida
Ela sorri e se alegra bem lá no alto, escrevendo
Ao sabor do tempo da eternidade as suas poesias
No doce brilhar das estrelas, sorrindo para ti...

betimartins

Foto de Sonia Delsin

A CHÁCARA

Que saudade eu tenho daquele tempo!
Do fogão a lenha, da polenta com leite.
Dos cabritinhos que nasciam.
Do perfume das flores das jabuticabeiras.
Dos balanços amarrados nas árvores altas.
A “pinguela”, o moinho de fubá.
A “nona” resmungando.
Os nossos castelos de sabugos de milho.
Neno, o porquinho favorito.
Bolinha, o cabritinho.
Garoto, nosso lindo cão preto.
Pai, você ainda se lembra do dia em que me joguei no rio, por causa de uma bola linda?
E os doces em formato de carrinhos, homenzinhos!
Os bambuzais, o paiol.
A nossa casa simples.
Como eu me lembro de um caminho limpo, varrido todas as manhãs.
As espirradeiras carregadas de flores, os lírios brancos, as roseiras, as avencas, as samambaias.
Ali ficaram todas as nossas fantasias de criança, lá a nossa infância foi linda.
Às vezes eu me transporto para lá e me pergunto, onde, em que canto ficaram os meus mais doces momentos.

São Carlos, 12 de janeiro de 1990

Foto de Oliveira Santos

Sou Eu

Sou o visitante inesperado
Que nunca pede licença
Sou o peregrino abençoado
Valor de toda crença

Sou a causa das voltas e revoltas
E dos jogos de conquista de onde não se espera a sorte
Sou o prêmio de quem vive, de quem volta
Das batalhas, das penúrias, de quem viu a própria morte

Sou o sustentáculo dos bons, força motriz demais capaz
De mover trens, montanhas, céus
Sou lenha de incinerador que queima o peito, que desfaz
Os sonhos com o amargor do fel

Converto todos os sentidos, subtraio todo o juízo
Do ser ferido por meu dardo
Apago toda a alegria, lanço o pranto, escondo o riso
Sob o peso do meu fardo

E se pergunta quem sou eu, que bem ou mal se sucedeu
Por quê do gosto ou então da dor
Respondo a este que leu sobre os prodígios feitos meus
Sou nobre, puro, intenso: Amor

20/01/97

Foto de KAUE DUARTE

naquele tempo

Vi no final da estrada
Aquela casa rosada
rodeada de colinas
ao seu redor pinheiros
arbustos e flores
dela vinha um aroma
de fogão a lenha
de comida caseira
de sua chaminé
saiam fumaças e mais fumaças
leves e brancas, rumo ao céu
dali de perto se ouvia o riacho
com suas águas virgens
arvores frutíferas e floríferas
rodeavam todo o cenário
a volta da pequena casa
a imensidão verde de pura relva
onde cantavam os passarinhos
pastavam o gado
onde fazíamos fogueira a noite
contávamos piadas, riamos a toa
falávamos do passado e da simplicidade
poucas coisas eram necessárias para sorrir
poucas eram as preocupações
pois a providência estava ali
no silêncio éramos felizes
não tínhamos luxo nem muitos bens
mais o necessário nos era dado
acordar, agradecer e ser feliz.........(kaue Jessé 26/10/2010*)

Foto de Dirceu Marcelino

SONHOS DE MENINO II - RETORNO DA LOCOMOTIVA Nº 58 DE PORTO FELIZ PARA SOROCABA

POESIA
MARIA DO CARMO

Eu me lembro bem de você assim!
Pelos trilhos da Estação Sorocabana
Rodavas em movimentos sem fim

Vinhas da oficina sempre assim...
Toda engraxada e ilustrada...
E apitava sempre assim...

Eras como uma jovem fogosa
Entravas como estivesse num salão
Dançavas de forma estrepitosa

Com o jovem em idade nupcial
Rodavas em movimentos sem fim
Como dançasses na estação principal...

Tiravas os vagões
Como se fosse para dançar
De grandes composições

Levava-os até a oficina
E depois os repunha no mesmo lugar...
Essa era a tua sina.

Lembro-me que te chamavam “manobreira”...
Posteriormente, conheci outras que faziam assim
Em vários ramais das ferrovias brasileiras.

Agora ao te ver nessa estação secundária
Eu te pergunto:
O que fazes aí toda sedentária?

Ah! Eu entendo e respondo por ti.
Tu me vias com olhar de menino
Com o coração cheio de amor...

E na realidade as coisas não são bem assim...
_Rodei muito! Não era dança o que vias
Era trabalho árduo e sem fim...

Trabalhei nos trilhos de Ipanema
Puxando lâminas de ferro
Até o tronco principal...

Viajei por outras paragens
Até o rio Tietê em Porto Feliz
Transportei cana de suas margens

Levei para o engenho central
E prá levar a sacaria fiz muitas viagens
Até o tronco principal...
Até o tronco principal...
Até o tronco principal...

Também transportei muita gente
Em inúmeras viagens
E por isso sou feliz

Sempre rodei pelo tronco principal
Mas estive estacionada
No parque do “Quinzinho”

Lá comecei a me deteriorar...
Embora fosse só um tempinho
Mas encontrei gente prá me olhar...

Então me levaram para Anhumas
E por nobres homens operários
Minhas peças uma a uma

Pela ABPF foram restauradas
E foi lá que tu me viste.

Sei que tens saudade!
Agora estou de volta,
Prá esta bela cidade.

Cheia de fôlego e pronta pra rodar...

Mas não sei por que fico estacionada
É só me darem água e lenha,
Botarem fogo na fornalha

Que eu começo a rodar assim...assim...sssim...sss
Como antes por este ramal...
Já andei por aqui sim...sim......

Muito antes de nasceres
E irei até o fim...assim...assim...
Se de mim tu cuidares...

Rodarei assim, assim...assssim...
Neste ramal de Votorantim

Sorocaba, 16de outubro de 2010-10-16
Dirceu Marcelino

Foto de Osmar Fernandes

Tudo passa

Eu morava sozinho na casa grande da fazenda.
Já namorava a mesma garota há mais de quatro anos.
Durante o dia trabalhava e à noite estudava.
A Dona Júlia cozinhava tudo no fogão a lenha.
Eu era um jovem de mil planos.
Arrancava suspiros das estudantes na estrada.

Certo dia resolvi roubar a minha namorada.
Eu a levei pra casa da fazenda e a tranquei no quarto.
Falei para os peões ficarem atentos.
Foi longa e linda aquela madrugada.
Quando meu pai chegou, estava acordado.
A minha mãe gritou, esbravejou, o clima ficou tenso...

Eu não me separei dela, era muita paixão.
Marquei o casamento, mas, ela ficou comigo.
Tudo isso aconteceu e esse fato foi histórico.
Quatro filhos, vinte anos, depois veio a separação...
Hoje temos três netos e somos grandes amigos.
A vida é uma novela, onde tudo passa e é meteórico.

Foto de robson oliveira

Um dia vou ter um carrinho de pilhas

Um dia eu vou ter um carrinho de pilha...
Um não... Quero ter muitos;
Uma coleção...
Quero ter caminhões também.
Helicópteros,
Carro de policia,
Cowboys,
Vaqueiros,
E todos o outro brinquedos
Que em minha infância não tive
Você não acredita que eu não tive brinquedos
Ta bom eu tive
Mas não era assim
Não eram eletrônicos
Nem modernos
Eu tive brinquedos sim
Mas eram feitos por mim mesmo
De pau... Madeira quadrada...
Com tampinha de garrafa... Feito rodas
Feito por mim mesmo,
Eram horríveis
Mas o pior que eu gostava deles mesmo assim
Pena que sempre acabavam virando lenha
Minha mãe sempre colocava no fogo
Eu chorava demais
Mas era só achar outra madeira
Que lá tinha outro caminhão ou carro
Mas eles não eram de pilhas, nem automáticos.
Mas eu gostava deles
Acho que prefiro eles mesmo
Que pena que eu cresci
E a juventude roubou meus carrinhos
Que não eram automáticos
Mas me fazia tão feliz...

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